Sociesc lança Projeto inédito no Brasil para deficientes visuais: Régua da Inclu

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Sociesc lança Projeto inédito no Brasil para deficientes visuais: Régua da Inclusão


A atuação no ensino, pesquisa e extensão do Instituto Superior Tupy (IST), da Sociedade Educacional de Santa Catarina (Sociesc), em Joinville, resulta em vários projetos que além de beneficiar a sociedade refletem em prática profissional e compromisso social envolvendo alunos, professores e a comunidade. Foi assim que surgiu a "Régua da Inclusão", produto inédito no Brasil que beneficia deficientes visuais. O projeto de ensino, pesquisa e extensão Régua de inclusão, sob coordenação da professora Eliane Mafra envolve acadêmicos dos cursos de graduação de Tecnologia em Design de Produto e Engenharias: produção mecânica, produção e plásticos. O produto, patenteado pela Sociesc, é pioneiro no Brasil e chama a atenção por unir a teoria e a prática acadêmica à responsabilidade social.
[float=left][/float]Fruto de pesquisas a partir das principais necessidades dos deficientes visuais, a Régua da inclusão é um instrumento multifuncional de caráter pedagógico planejado e adaptado, que visa auxiliar o processo de ensino, ajudando a proporcionar melhores condições de aprendizagem e independência às pessoas com deficiência visual. Assista o vídeo...
Como objeto auxiliar neste processo, tem como resultado viabilizar a autonomia e a integridade do indivíduo.
Entre os principais resultados está o benefício direto de aproximadamente 700 crianças e adultos da Casa da Inclusão de Joinville e da Associação Joinvilense de Integração do Deficiente Visual (Ajidevi).

A meta é desenvolver parcerias com empresas para produzir mais Réguas da Inclusão gratuitamente para beneficiar o maior número de pessoas com deficiência visual no Brasil, ampliando o número de jovens e adultos contemplados com o produto, melhorando a qualidade de vida da população com deficiência visual severa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) demonstram que a população de deficientes visuais no Brasil chega 148 mil pessoas cegas totalmente e 2,4 milhões com grande dificuldade de enxergar.

O lançamento oficial do produto, com a presença de autoridades, profissionais que atuam em áreas de responsabilidade social e representantes da Associação Braille de Joinville ocorreu em agosto, durante o Congresso de Inovação Tecnológica (Cintec) Plásticos, que foi realizado em paralelo à Interplast 2010, no Complexo da Expoville, em Joinville (SC). O projeto também já foi apresentado no Seminário “Conhecendo e Respeitando as Diferenças”, promovido em setembro, em Curitiba, pelo Governo do Paraná, em parceria com o Instituto Brasileiro dos Deficientes Visuais em Ação.


Saiba mais sobre o projeto
Como explica a professora Eliane Mafra, coordenadora do Projeto Régua da Inclusão, é papel da academia unir teoria e prática em prol de soluções que melhorem a vida dos cidadãos. “Nossa prática no IST/ Sociesc é ultrapassar os limites da sala de aula por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, ou seja, estudar e desenvolver projetos que façam a diferença para a sociedade. “Problemas, sofrimentos ou desejos podem ser oportunidades para a criação de soluções no universo do desenvolvimento de produtos”, observa.
[float=right][/float]Assim, consciente da realidade dos deficientes visuais de Joinville, há cerca de um ano a professora apresentou aos alunos a proposta de criação de um instrumento que auxiliasse o processo de ensino-aprendizagem deste grupo. Algo que trouxesse benefícios para a vida em sociedade, liberdade, autonomia e independência às pessoas com deficiência.
Isso porque, embora já existam produtos como máquinas de escrever em braile, gravadores, livros sonoros, computadores com linha braile ou softwares com síntese de voz, leitores de tela e ampliadores, impressoras braile e auxílios óticos, as ferramentas pedagógicas básicas - como materiais escolares - aparecem com pouquíssima variedade de soluções, majoritariamente em configuração inadequada para este público específico.

Diante deste cenário e graças ao apoio da área de Serviços de Engenharia da Sociesc com o planejamento e a produção de um molde altamente complexo, a professora, funcionários e alunos deram início ao projeto de uma régua multifuncional. Tudo isso para possibilitar a utilização por pessoas com deficiências visuais e que tivesse em seus princípios a acessibilidade, ou seja, que fosse um instrumento pedagógico multifuncional para deficientes visuais, facilitando o processo de alfabetização e visando a inclusão educacional do indivíduo deficiente visual. O importante é que a régua, desde a sua essência, é inclusiva: pode ser utilizada por qualquer pessoa, deficiente ou não.

Para desenvolver o projeto foram utilizados conceitos de acessibilidade, tecnologias assistivas e design universal. Neste sentido, a equipe procurou:
a) conhecer o funcionamento do processo de aprendizado dos deficientes visuais: diferentes níveis de deficiência visual exigem diferentes abordagens pedagógicas;
b) entender as expectativas e as exigências do público-alvo: sanar algumas de suas dificuldades na escola e em outras atividades que envolvam o uso de um instrumento adaptado;
c) conhecer e filtrar suas principais necessidades, substituindo a improvisação de material por instrumento oficial para medição mais precisa;
d) oficializar um guia para escrita e assinatura mais acessível e firme, garantindo assim uma maior autonomia do deficiente visual;
e) conceber uma solução que agrade estética, ergonômica e tecnicamente para ser usada tanto em instituições de ensino quanto em ambientes residenciais;
f) desenvolver soluções multifuncionais para o uso da pessoa com deficiência visual severa;
g) buscar a aplicação dos princípios do design universal e tecnologias assistivas para o produto proposto.
As pesquisas de campo e testes práticos do produto foram realizadas com os integrantes da Casa da Inclusão de Joinville e da Associação Joinvilense de Integração do Deficiente Visual (Ajidevi). A pesquisa recebeu apoio da área de Fundição da Sociesc que cedeu seu maquinário para a elaboração do molde e injeção da régua. Empresas da região também apoiaram com a doação de materiais, insumos e serviços para a confecção do produto que foi patenteado pela Sociesc.


Aspecto Multifuncional
A Régua da Inclusão para Deficientes Visuais foi bem aceita pelo público-alvo justamente por comportar o aspecto multifuncional. É um produto compacto que une diversas funções para atividades no processo pedagógico. As funções resultantes que compõem a régua são:
[float=left][/float]a. régua com marcações táteis e graduação padrão em milímetros e centímetros;
b. transferidor de graus com marcações táteis a cada dez graus e graduação padrão a cada um grau;
c. guia de escrita e assinatura com três formas retangulares vazadas para pessoas com baixa visão;
d. furações para sistema de referência;
e. gabarito de formas geométricas;
f. marcador de páginas.
O objetivo do grupo envolvido no projeto é aprimorá-lo cada vez mais e, com a ajuda de novos apoiadores, continuar injetando novos lotes de Réguas da Inclusão a fim de promover o acesso do produto a deficientes visuais de todo o País.

A Sociesc
Com mais de 50 anos de ensino, pesquisa e extensão para a comunidade, a Sociesc é detentora de um grande know how na prestação de serviços de gestão, tecnologia e engenharia, a Sociesc tem como diferencial uma das maiores infraestruturas tecnológicas no país. São mais de 130 laboratórios especializados nas áreas de ferramentaria, fundição e tratamento térmico que proporcionam soluções para a indústria e negócios. Como parte da Sociesc, o Instituto Superior Tupy de Joinville, oferece 28 cursos de nível superior nas mais diversas áreas do saber, bem como cursos de pós-gradução lato e stricto sensu (Mestrado Profissional em Engenharia mecânica e Engenharia de Produção).

A Sociesc também é pioneira em Santa Catarina na parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e oferece - no Estado - cursos de graduação em Administração e em pós-graduações nas mais diversas áreas do conhecimento numa associação forte e promissora. Mais informações em www.sociesc.org.br.

Informações adicionais à imprensa: Prof. Eliane Mafra (47) 9971-1972.

Assessoria de Imprensa Sociesc:
EDM Logos Comunicação Corporativa
Marlise Groth – (47) 3433-0666 – marlise@edmlogos.com.br

Assista o vídeo sobre o projeto.

[youtube]http://www.youtube.com/watch?v=Ie5l8YCiSZM[/youtube]