iacess

ergometrica

Anuncie Aqui

Liftech

mobilitec
onlift

Autopedico

Invacare

TotalMobility

Rehapoint
myservice

Tecnomobile

Liftech

Multihortos

Anuncie Aqui

Autor Tópico: “Os pais de crianças com necessidades especiais não confiam nas escolas”  (Lida 828 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.

Online Sininho

 
“Os pais de crianças com necessidades especiais não confiam nas escolas”

Enquanto os pais receiam revelar a situação dos filhos, os professores das crianças com necessidades educativas especiais são postos de parte e entregues à sua sorte. São geralmente jovens, menos experientes, sentem-se mal preparados e pouco confiantes. E, estão exaustos. Por isso, pedem formação e apoio. É preciso mais envolvimento da sociedade e do Governo, conclui um estudo ontem divulgado pela Universidade de São José sobre Educação Inclusiva em Macau.



Cláudia Aranda

É preciso um “maior envolvimento de todas as partes interessadas no apoio a crianças com necessidades educativas especiais nas escolas privadas”, sendo que este tipo de estabelecimento particular corresponde à quase totalidade – 96,5 por cento – das instituições de ensino não superior integradas no sistema educacional de Macau. Esta é a primeira de 11 recomendações inseridas num estudo divulgado ontem pela Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de São José (USJ) sobre “Educação Inclusiva em Macau: Percepções e Atitudes dos Professores” (“Inclusive Education in Macao: Teachers’ Perceptions and Attitudes”). O estudo destina-se a apoiar o projecto de desenvolvimento de escolas inclusivas, em conformidade com a proposta de revisão da legislação em vigor, que remonta a 1996 e que regula a educação de estudantes com necessidades educativas especiais em Macau.

“A educação inclusiva é um projecto muito complexo, precisamos de envolver todas as partes interessadas, os pais, as crianças, muitas vezes sem voz, mas que têm que ter voz. A mensagem mais importante é que precisamos de trabalhar em conjunto, incluindo as universidades, o Governo, as escolas, os pais”, frisou Ana Correia, directora da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da USJ, que fez parte da equipa de investigadores – junto com Vítor Teixeira, Elisa Monteiro e Angus C. H. Kuok – responsáveis pelo estudo.

Uma das percepções comuns a alguns dos 508 professores inquiridos é de que muitas crianças com necessidades educativas especiais nas escolas privadas de Macau não estão identificadas nem diagnosticadas, pelo que não chegam sequer a receber o apoio do que necessitam, indica o estudo. As escolas privadas em Macau beneficiam de grande autonomia, a admissão de alunos é muito selectiva, crianças que venham a evidenciar necessidade de apoio podem ser convidadas a mudar de escola. Estas questões constituem obstáculos para a criação de escolas mais inclusivas, alertam os professores e os investigadores: “Os pais, actualmente, não confiam nas escolas, esta é talvez a principal razão porque eles não se abrem. Nós, geralmente, culpamos a cultura de Macau, mas não é a cultura. Há um motivo mais razoável para os pais não se abrirem, eles não têm a garantia de que, depois de revelarem os problemas da criança, ela continua nessa escola, eles têm receio de que a criança seja enviada para outro estabelecimento, porque essa escola não tem as condições para educar a criança. Por isso, temos de melhorar as infra-estruturas, as acessibilidades, cada escola deve ter uma equipa de educação especial, sem esta equipa e sem haver um reconhecimento de que os professores inclusivos não são um grupo isolado dos outros professores, não é possível evoluir, estes professores têm de ser integrados na escola”, insistiu Ana Correia.

No ano lectivo em estudo, de 2015/2016, havia 77 escolas activas em Macau e 74.550 estudantes inscritos. Das 77, três não aceitam estudantes com necessidades especiais, pelo que o estudo considera apenas 74 escolas – 10 públicas e 64 particulares – e 72.613 estudantes inscritos (apenas 2544 em escolas públicas), dos quais 2,19 por cento (1.592 alunos) estão diagnosticados com necessidades educativas especiais: 20,17 por cento em escolas públicas e apenas 1,54 por cento em privadas.

Os 508 professores inquiridos neste estudo trabalham em sete escolas privadas com educação inclusiva (as públicas não foram incluídas por representarem apenas 3,5 por cento do universo escolar), incluindo 91 em jardins-escolas, 198 no ensino primário, e 249 no secundário.

A falta de preparação e de auto-confiança para lidar com alunos com necessidades educativas especiais foi outra das carências apontadas pelos professores, frisou o investigador Vítor Teixeira: “O que eles sentem que precisam é de mais formação, e de sentir mais confiança. É importante dar mais aconselhamento e orientação aos menos preparados recorrendo à ajuda dos profissionais com experiência”, disse Vítor Teixeira.

Ana Correia sublinhou que os problemas identificados pelo estudo não são novos e que são do conhecimento do Governo. O estudo contou com financiamento da Fundação Macau e os investigadores beneficiaram da colaboração com o Governo, nomeadamente do Centro de Apoio Psicopedagógico e Ensino Especial (CAPPEE).

 
Fonte: Ponto final
Queira o bem, plante o bem e o resto vem...
 

 



Anuncie Connosco Anuncie Connosco Anuncie Connosco Anuncie Connosco Anuncie Connosco


  •   Política de Privacidade   •   Regras   •   Fale Connosco   •  
     
Voltar ao topo