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Autor Tópico: Caridade livra milhares da fome  (Lida 972 vezes)

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Online Sininho

Caridade livra milhares da fome
« em: 06/12/2010, 12:20 »
 
Caridade livra milhares da fome

Paula Pereira ficou cega há onze anos. A deficiência condenou-a à pobreza e, hoje, aos 49 anos, tem uma reforma de apenas 207 euros, a que junta o abono de 110 euros pelo filho, que estuda no 11º ano. A renda da casa leva-lhe 250 euros. Resta-lhe a solidariedade da família e dos amigos para conseguir chegar ao fim do mês com alguns cêntimos na carteira. Residente em Fetais (Loures), Paula é uma das 250 pessoas que, através da associação Vida Cristã Filadélfia, recebem bens do Banco Alimentar Contra a Fome (BA).

A entrega de alimentos que o BA recolheu na campanha do último fim-de-semana de Novembro, que arrecadou um valor histórico de 3250 toneladas, já teve início. No distrito de Lisboa, são cerca de 60 mil os carenciados que, graças à ajuda alimentar, escapam ao flagelo da fome. Em Camarate (Loures), uma das freguesias mais pobres da Grande Lisboa, na fila para os bens alimentares os mais pobres contam sobretudo a ausência de esperança num futuro melhor. E o futuro mais próximo é a festa de Natal, para quem ainda tem espírito natalício. "Será uma casa cheia de calor que acaba por fazer esquecer as necessidades", disse Paula Pereira, que conta para as estatísticas como um dos 41 por cento de beneficiários do BA que já tiveram uma vida sem necessidades. E a pobreza leva a que Paula viva sem ver. "Só para operar uma vista, num hospital particular, pedem-me 80 mil euros. Como é possível pagar?", interroga.

Em Portugal, há 1,8 milhões de pessoas carenciadas e, destas, cerca de 400 mil vivem no distrito de Lisboa. A resposta para as suas necessidades resulta de uma rede de solidariedade de associações que, em parceria com o Estado, visam combater a fome. Em Camarate, no Bairro de Angola, a distri-buição de alimentos é feita pela associação Vida Cristã Filadél-fia, presidida pelo pastor evangélico Jorge Jacinto.

Apesar de o desemprego, a criminalidade e a degradação das habitações marcarem a vida no bairro, Jorge Jacinto entende que hoje se vive melhor. "Há 30 anos, não havia nenhum apoio, as pessoas lutavam pelo pão para o dia-a-dia", recordou.

"ARRENDADOS 'BURACOS' POR 400 EUROS": Rita Gonçalves, Educadora social em Camarate

– Correio da Manhã – Qual a maior injustiça que os pobres enfrentam?

– Rita Gonçalves – O preço das rendas. Não sei se é por Camarate estar perto de Lisboa, mas há senhorios sem escrúpulos que pedem 400 euros por autênticos ‘buracos’, piores do que barracas.

– Há pessoas que vão precisar sempre da ajuda do Banco Alimentar?

– Para as pessoas idosas com baixas reformas, penso que a necessidade será sempre sentida. São pessoas cujo nível de vida não se vai alterar e esses são a maioria dos inscritos.

– Há famílias em lista de espera?

– Sim. São cerca de 20 famílias.

SOBRAS OFERECIDAS AOS SEM-ABRIGO

Há três anos que cerca de dez restaurantes em Lisboa fornecem 300 refeições para serem distribuídas à noite pelos sem-abrigo, numa acção do Centro de Apoio ao Sem-Abrigo (CASA). Nuno Jardim, vice-presidente desta associação, referiu ao CM que diariamente são também fornecidas 300 refeições quentes no Porto e em Faro. Nas cidades de Coimbra, do Funchal e de Setúbal, são 200 as refeições fornecidas diariamente. "A distribuição assenta num trabalho de voluntariado e só é possível graças à disponibilidade dos restaurantes", acrescentou.

Do lado de quem dá, está Luciano Cruz, do restaurante Terra, em Lisboa. "É crime ver ir para o lixo cerca de 30 refeições diárias, pelo que, ao fim do dia, embalo as sobras em taças de alumínio", referiu. Perante as queixas dos sem-abrigo de não haver nenhuma instituição que distribua almoços na rua, Nuno Jardim respondeu que "não há capacidade para tal tarefa". O responsável sublinhou que se verifica um aumento gradual de carenciados desde 2007 e muitos, em função de ordenados baixos, apesar de terem casa, optam por comer na rua.

CAPITAL É A 4ª CIDADE MAIS POBRE DA EUROPA

Lisboa é considerada pela União Europeia como a 4.ª cidade mais pobre da Europa. Segundo o Eurobarómetro sobre a qualidade de vida, publicado em Maio, a capital portuguesa surge apenas atrás de Budapeste e Miskolc (Hungria) e Riga (Letónia). 67% dos lisboetas confessaram problemas crescentes em pagar contas da farmácia, mercearia, luz e água e consideram proibitivos os preços das casas. 86% disseram ser difícil encontrar emprego em Lisboa.

IGREJA DA RAMADA DÁ ALIMENTOS A 120 FAMÍLIAS

A solidariedade dos fiéis permite, na Igreja da Ramada (Odivelas), alimentar cerca de 120 famílias, através da Conferência Vicentina, disse ao ‘CM’ o pároco local, padre Arsénio Isidoro. "A igreja conta também com um refeitório social onde diariamente são servidas todas as refeições a 25 pessoas, bem como lhes é possível fazer a sua higiene pessoal", acrescentou o padre. "No refeitório, em Janeiro de 2007 comiam apenas 7 pessoas, hoje são já 25", referiu o pároco, que entende haver um crescimento gradual da pobreza no concelho, localizado a norte de Lisboa.

in Correio da Manhã online
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