Boccia nas escolas

[Eduardo Jorge]

A festa do Torneio de Boccia, organizado pela Escola Secundária de Maximinos, é geral. Independentemente dos vencedores. A grande nota da edição deste ano, indubitavelmente, vai para o recorde de participantes. Foram 31 alunos, oriundos de 11 escolas do distrito de Braga
E esta é a “maior compensação” para aqueles que estão ligados à organização do evento. Basta recordar que, há seis anos, a primeira edição deste torneio apenas tinha uma aluna... Eunice Raimundo. Mas, agora, estão garantidos mais seguidores...
                                                     
“Este desporto tem pouca visibilidade, no entanto a alegria que temos em ver estes jovens a competirem e receberem um troféu ou um certificado de participação, é salutar e faz com que possamos continuar”, aponta António Braga, o professor que impulsionou a modalidade no desporto escolar. Em Maximinos a equipa de boccia conta com sete alunos, que “apresentam resultados muito positivos”. No ano passado, a Escola Secundária de Maximinos participou pela primeira vez nos campeonatos nacionais do des-porto escolar e arrecadou um terceiro lugar. No dia 30 de Abril vai participar no Torneio de Espinho que visa o apuramento para a fase final nacional.

O boccia nas escolas está em franca expansão

As sementes estão lançadas e já criaram raízes. O boccia é, em definitivo, uma modalidade em expansão no desporto escolar. Destina-se, essencialmente, a alunos do ensino especial, e por aí abrem-se caminhos para a prática desportiva que, de outra forma, seria impossível encontrar a porta.
A Escola Secundária de Maximinos é um exemplo de persistência nessa aposta. E com sucesso. Seguem-se outros estabelecimentos. O torneio  já deu para ver qual o caminho a seguir, tendo em conta o contágio de felicidade que atingiu mais de uma centena de pessoas que estiveram ligadas directamente ao torneio (professores, funcionários e alunos).
A Escola de Maximinos arrastou as EB2,3 de Cávado, Moure, Vizela, Manhente, Marinhas, Monsenhor Elísio, Amares, Lamaçães e Gonçalo Nunes. Tudo começou por sessões de demonstração de boccia.
O número de praticantes da modalidade aumenta de dia para dia. E os torneios também se multiplicam. Escolas como Amares, Cávado, Manhente já organizam os próprios torneios.

Fonte: Correio do Minho