O desafio para desenvolver a cadeira de rodas do futuro já tem finalistasO Desafio de Mobilidade Ilimitada tem quatro milhões de euros para os dispositivos que melhorem a mobilidade de pessoas com paralisia dos membros inferiores. Já são conhecidos os cinco finalistas.
P3 7 de Janeiro de 2019, 18:32 Partilhar notícia
“O nosso mundo precisa de ser redesenhado. Mobilidade é liberdade.” Foi com esta “chamada à acção” que o Fundo para a Mobilidade da Toyota apresentou a competição que desafia engenheiros, inovadores e designers a encontrarem soluções que melhorem a mobilidade de pessoas com paralisia dos membros inferiores.
O Desafio de Mobilidade Ilimitada — que tem quase quatro milhões de euros em prémios — só termina em 2020, em Tóquio, mas já são conhecidos os cinco finalistas. Para já, cada uma das tecnologias de auxílio vai receber 440 mil euros, bem como acesso a parceiros e a mentores para desenvolverem os dispositivos que deverão ser apresentados no Japão, no próximo ano. O vencedor vai receber mais 880 mil euros.
A concurso estão agora um sistema de partilha de sistemas eléctricos que integram cadeiras de rodas, dois exosqueletos, uma cadeira ultra-leve e uma "manga" que envia estímulos eléctricos que ajudam o utilizador a andar.
Continue connosco. Temos muitos outros artigos para si
Registe-se no PÚBLICO e acompanhe o que se passa em Portugal e no mundo. Ao navegar registado, tem acesso a mais artigos grátis todos os meses.
Mãe cria arnês que devolve mobilidade a crianças com deficiências motoras
“As cadeiras de rodas são difíceis de empurrar e de virar. Têm rodas da frente muito pequenas que criam muitas vibrações e resistências”, diz o responsável pela Phoenix AI, também ele sem mobilidade nos membros inferiores desde os 14 anos. A proposta da empresa escocesa é uma cadeira de rodas manual, ultra-leve, feita de fibra de carbono. O dispositivo terá ainda sensores que detectam se a pessoa está inclinada para a frente ou para trás, mudando a configuração da cadeira em consonância, tornando-a assim mais confortável e fácil de manusear.
A cadeira ultra-leve da Phoenix AI.
Já o Evowalk, desenvolvido pela Evolution Devices, dos Estados Unidos da América, é um dispositivo “funcional e económico” de reabilitação, através de estimulação eléctrica. Trata-se de uma “manga” que se coloca à volta da perna do utilizador, não intrusiva, com sensores que “monitorizam o andar e depois estimulam os músculos certos na altura certa para ajudar a andar melhor”. “A estimulação muscular personalizada que ajuda os músculos a contraírem enquanto o utilizador anda, vem ajudar não só no dia-a-dia mas também a reabilitar os músculos ao longo do tempo”, defendem os criadores.
Quix, o outro exosqueleto a concurso.Do Japão, da Universidade de Tsukuba, chegou uma proposta que pretende remover “a cadeira da cadeira de rodas”. É também um exosqueleto, com rodas, que permite que a pessoa se levante e se sente. A mobilidade é controlada com a parte superior do corpo, permitindo uma opção de mãos livres.
QOLO é um dos dois exosqueletos a entrar na lista de finalistas. Cada um dos cinco projectos ganhou 440 mil euros (500 mil dólares)
No total, o desafio recebeu 80 candidaturas de 28 países e todos eles, além dos 11 júris, concordam que a cadeira de rodas precisa de uma "remodelação". Os cinco finalistas foram apresentados na Consumer Electronics Show (CES), em Las Vegas, esta segunda-feira.
Moby, um sistema de partilha de cadeiras de rodas eléctricas, é um dos cinco finalistas do Desafio de Mobilidade Ilimitada, lançado pelo Fundo de Mobilidade da Toyota SIMON MCKEOWN E CRAIG MCMULLENFonte: Publico