Avanços tecnológicos ajudam no tratamento de deficientes

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Avanços tecnológicos ajudam no tratamento de deficientes
Publicado em 03/08/2018 - 16:24:01

Dados do IBGE apontam que 46 milhões de brasileiros possuem algum tipo de deficiência

Divulgação / Assessoria de Imprensa
Avanços tecnológicos ajudam no tratamento de deficientes


Por: Laura Dozza Reis

Dados do IBGE apontam que 46 milhões de brasileiros são portadores de algum tipo de deficiência. Estamos na semana em que se comemora o Dia Nacional da Saúde, 05 de Agosto, e a expressiva população com deficiência física, mobilidade reduzida ou sequelas motoras encontra um motivo para comemorar: a regulamentação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), Lei nº 13.146, aprovada em julho de 2015.

Com a regulamentação, um novo decreto estipula que os novos empreendimentos residenciais deverão incorporar recursos de acessibilidade nas áreas de uso comum dos condomínios, tendo um prazo de 18 meses para se adaptarem. Além das unidades residenciais, já haviam sido regulamentados os artigos da LBI que tratam das micro e pequenas empresas; arenas, teatros e cinemas e unidades do setor hoteleiro, entre outros.

Outras conquistas têm sido promovidas pelos avaços tencológicos que buscam proporcionar mais conforto e autonomia. No final de julho, por exemplo, aconteceu no Rio de Janeiro, a feira Mobility & Show - exposição de veículos, equipamentos, serviços e adaptações para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida - durante a qual, diversos recusros foram apresentados, como um óculos que lê livros sozinho e é capaz de descrever, em tempo real, todo o cenário que cerca um deficiente visual.

Em Florianópolis, a fisioterapeuta Camila Szpoganicz atende em uma das poucas clínicas de fisioterapia credenciadas para oferecer o sistema TheraSuit - método que permite ao paciente tetraplégico se exercitar em pé, sustentado por uma veste inspirada na indumentária de astronautas -, acaba de ampliar seu portfólio com uma ergométrica adaptada para cadeirantes. Acomodado na própria cadeira de rodas, o pacienre tem acesso aos “pedais” adaptados para as mãos, fazendo com que se trabalhe, simultaneamente, o sistema cardiovascular, a força e a coordenação motora.

Com duas especializações nos Estados Unidos, Camila é obstinada na busca por recursos que possam motivar os pacientes. A fisioterapeuta tira proveito da Gameterapia – onde os pacientes se exercitam enquanto disputam jogos em frente à TV – e também, do método criado pelo casal Richard e Izabela Koscielny e disseminado pelo mundo, com aprovação da Anvisa para aplicação no Brasil, o TheraSuit.

Os resultados, segundo a fisioterapeuta, podem ser vistos diariamente na rotina da clínica, graças aos equipamentos que tornam possível uma posição até então impensada: a realização dos exercícios sustentado nos próprios pés.

Primeira opção entre os métodos utilizados nos Estados Unidos para tratar pessoas com desordem neuro-muscular, o TheraSuit permite que pacientes de todas as idades adquiram uma nova habilidade motora, fortalecendo musculaturas que não vinham sendo acionadas e que proporcionam uma postura mais firme e confortável. Ao desafiar a gravidade, por repetir as séries de exercícios na posição vertical, o cadeirante também contrapõe problemas recorrentes, como a osteoporose e a atrofia muscular.

Além da veste inspirada na roupa de astronautas, o método TheraSuit utiliza uma espécia de gaiola, a Universal Exercise Unit, que apresenta uma infinidade de recursos, respeitando não apenas as particularidades físicas, mas também emocionais de cada paciente, estimulado a superação em cada sessão individual e personalizada.

Durante os tratamentos intensivos, com sessões diárias com mais de duas horas de duração, os resultados já podem ser visíveis em apenas um mês, seja na disposição e autonomia com os equipamentos como com avanços na condição neuro-muscular, especialmente em crianças que apresentam restrições severas de locomoção.

Indicações do método Therasuit:
– Paralisia Cerebral
– Síndrome de Down
– Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
– Pós traumatismos cranianos
– Pós acidente vascular encefálico (AVE)
– Discinesias (ataxia, atetose)
– Espasticidade
– Hipotonia
– Danos na medula espinhal
– Disfunções neuromusculares.

Benefícios:
– Fortalecer a musculatura;
– Proporcionar o reaprendizado do Sistema Nervoso Central;
– Diminuir contraturas;
– Adequar o tônus muscular;
– Promover a correção dinâmica da marcha;
– Influenciar no sistema vestibular;
– Controlar movimentos involuntários;
– Desenvolver as habilidades motoras finas e grossas;
– Melhorar o equilíbrio e a coordenação.




Fonte: https://www.portaldailha.com.br/noticias/lernoticia.php?id=44182