Felipe III
Rei da MacedôniaFelipe Arrideo era filho de Felipe II, rei da Macedônia (360 a 336 A.C.) e sua segunda esposa, Filina, da Tessália. Era mais ou menos da mesma idade que Alexandre, muito embora este fosse filho legítimo de Felipe II e sua primeira esposa, Olímpias. Essa condição tornava Alexandre o príncipe herdeiro.
Segundo historiadores diversos, havia evidentes problemas com Arrideo, sempre mantido isolado. Durante as muitas campanhas de Alexandre ele foi mantido na Macedônia, sob a supervisão severa de Antipater, comandante supremo das forças macedônicas na Europa. O motivo, claramente indicado pelos historiadores de então, era notório: “instabilidade mental e epilepsia”.
Mesmo assim, Arrideo estava na Babilônia no dia 11 de junho de 323, quando Alexandre morreu com apenas 32 anos de idade.
No dia seguinte os generais reuniram-se para discutir a situação. Normalmente Arrideo seria o novo rei, mas, além de não ser filho de Olímpias, a primeira esposa de Felipe II, não apresentava condições mentais para governar. Houve muita discussão, divergências e várias hipóteses foram levantadas, sempre ignorando Arrideo.
Num certo momento, segundo Quintus C. Rufus, um homem da mais baixa classe disse: “Qual é a necessidade de brigar e começar uma guerra civil quando vocês têm o rei que procuram? Vocês estão esquecendo o filho de Felipe, Arrideo, irmão do nosso falecido rei Alexandre, que recentemente acompanhou o rei em cerimônias religiosas e agora é o único herdeiro. Como é
que êle mereceu isso? Que atos seus justificam que êle seja despojado de seu direito universalmente reconhecido? Se vocês estão procurando alguém idêntico a Alexandre, vocês nunca encontrarão; se vocês querem um parente próximo, há apenas esse homem.” (em “História de Alexandre, o Grande, da Macedônia”, de Quintus C. Rufus).
Graças a essa observação muito oportuna, Arrideo acabou sendo conduzido para a reunião, onde foi recebido e saudado como rei, com o nome de Felipe III, em junho de 323 A.C.
Devido a seus problemas mentais, era o rei, mas quem realmente governava era o General Perdicas, homem da mais absoluta confiança e apoiado com unanimidade pelos generais de Alexandre.
Alguns anos depois, já casado com Eurídice, que pertencia a uma família nobre da Macedônia, Felipe III ficou sob a tutela de Antipater, que passou a ser o regente do grande império deixado por Alexandre.
Instigado pela esposa, Arrideo acabou confrontando-se abertamente com Olímpias, mãe de Alexandre, que o considerava simplesmente um filho bastardo de Felipe II. Poderosa como sempre havia sido, Olímpias mandou matar Felipe III em 25 de dezembro de 317, forçando Eurídice a se suicidar.
Fonte: Faster