Cientistas ainda desconhecem as origens do autismo
no dia 12 de Maio de 2014
Um estudo realizado na Suécia mostra que os factores ambientais são tão importantes quanto a genética na origem do autismo.
"Ficamos surpresos com o resultado, porque não esperávamos que os factores ambientais fossem tão importantes para o autismo", comentou Avi Reichenberg, investigador do Mount Sinai Seaver Center for Autism Research, em Nova Iorque.
Estes factores ambientais, não analisados pelo estud em causa, incluem, segundo os autores, o nível sócio-económico da família, complicações no parto, infecções sofridas pela mãe e o uso de drogas antes e durante a gravidez.
Os investigadores disseram-se surpreendidos ao descobrirem que a genética tem um peso de 50%, muito menor do que as estimativas anteriores, de 80% a 90%, segundo um artigo publicado no Journal of the American Medical Association.
O resultado partiu da análise de dados de mais de 2 milhões de pessoas na Suécia entre 1982 e 2006, o maior estudo já realizado sobre as origens genéticas do autismo, que atinge uma em cada 100 pessoas no mundo.
Porém, estatísticas norte-americanas recentes revelam que uma em cada 68 pessoas é autista nos Estados Unidos.
Os autores da pesquisa trabalham no King´s College de Londres e no Instituto Karolinska de Estocolmo.
Os cientistas ainda desconhecem as origens do autismo. Estudos recentes apontam para uma origem pré-natal deste fenómeno patológico.
Fonte: SAPO Saúde com AFP