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Autor Tópico: Comerciantes de Alverca sentiram na pele os obstáculos com que se deparam os cegos  (Lida 1176 vezes)

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Comerciantes de Alverca sentiram na pele os obstáculos com que se deparam os cegos



Cegos ensinaram aos comerciantes de Alverca como estes devem interagir com quem sofre daquela deficiência

Na principal artéria da cidade de Alverca onde estão concentradas mais de uma centena de lojas apenas duas são acessíveis a quem tem deficiência. Projecto da junta de freguesia quis sensibilizar comerciantes para melhorar os seus espaços e torná-los mais inclusivos.
A Avenida Capitão Meleças, no centro da cidade de Alverca do Ribatejo, é a principal zona comercial da cidade e tem mais de uma centena de lojas e serviços que oferecem quase tudo excepto uma coisa: acessibilidades em condições para quem sofre de deficiência visual ou motora. Em toda a rua apenas dois espaços são acessíveis a quem é cego ou anda de cadeira de rodas: a Caixa Geral de Depósitos e a delegação da câmara municipal. De resto, sobressaem as barreiras de acesso o que, para o executivo da união de freguesias, é um problema para o qual os comerciantes devem começar a ser sensibilizados no sentido de encontrarem soluções.
Para chamar a atenção para o problema a junta de freguesia promoveu, na tarde de 20 de Abril, a iniciativa “Experiências de Ex(in)Clusão”, onde durante uma tarde membros da Associação Promotora do Ensino dos Cegos (APEC) acompanharam o presidente da junta, Cláudio Lotra, numa acção de sensibilização em várias lojas. Os comerciantes foram vendados e desafiados a tentar entrar dentro das suas próprias lojas. A maioria só conseguiu com a ajuda de guias.
“Escolhemos esta avenida como exemplo do que tem de ser corrigido. A artéria foi construída nos anos 60 quando estas preocupações não existiam. Hoje temos de ir trabalhando na adaptação do espaço público à circulação livre destes cidadãos”, apela Cláudio Lotra, presidente da junta a O MIRANTE. Tratando-se de imóveis privados cabe a cada proprietário fazer as obras mas a junta já começou a dar o exemplo. Em ano e meio de mandato instalou mais de 400 pilaretes por toda a cidade para impedir o estacionamento abusivo que bloqueava passeios e acesso a habitações. “Também já rebaixámos alguns passeios e colocámos rampas em alguns edifícios. Este é um trabalho que nunca está completo porque sonhamos tornar a cidade mais acessível a todos”, explica.

“Ser cego já não é uma sentença de vida”
Rui Nascimento, secretário da direcção da APEC e coordenador dos serviços da associação, deu o mote para a iniciativa lembrando quão difícil é ser cego. “Quem é cego não vê escuro como vocês quando fecham os olhos. Não vemos nada. Muita gente ainda não sabe lidar com um cego”, lamenta. O dirigente não hesita em considerar que antigamente um cego “só dava para ser músico ou pedinte” mas que esses tempos estão a mudar. “Hoje há psicólogos, economistas, gestores. Eu próprio fui advogado muitos anos. Ser cego já não é uma sentença de vida”, defende a O MIRANTE.
Para Rui Nascimento, o mobiliário urbano nas cidades continua a ser colocado de forma labiríntica, o que prejudica a mobilidade dos cegos e alerta para a epidemia das trotinetas nas cidades. “Ou um cego vai com muita atenção ou passa a vida a cair nelas porque são largadas em todo o lado. A inconsciência das pessoas continua a criar-nos muitas dificuldades”, lamenta.
Muita gente, diz, ainda desconhece como lidar com uma pessoa cega. O mais importante é sempre perguntar primeiro se a pessoa precisa de ajuda antes de a agarrar. Deve agir-se com normalidade e devem evitar-se comportamentos como colocar obstáculos no interior da loja, super proteger os cegos ou ausentar-se sem os informar.

O que dizem as bengalas?
Segundo Rui Nascimento, da Associação Promotora do Ensino dos Cegos, é possível saber mais sobre um cego olhando apenas para a bengala que usa. Se for verde é provável que se trate de uma pessoa com baixa visão. Uma bengala branca significa que se está perante uma pessoa totalmente cega e uma bengala branca e vermelha significa que se trata de uma pessoa cega e surda.



O Mirante
 
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