SIBS lança o primeiro cartão inclusivo para pessoas com deficiência visual
Novo equipamento, que vai ter carateres em Braille, foi certificado pela ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal.
Mónica Costa
Publicado a:
04 Janeiro 2023, 13:58
O desafio já tinha sido lançado pela, mas ainda não tinha sido possível encontrar uma resposta. Agora, a SIBS conseguiu dar forma ao pedido da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal e lança o primeiro cartão inclusivo para pessoas invisuais.
Esta solução inclui cartões bancários e não bancários com identificação e carateres em Braille e vai permitir que pessoas com dificuldades de visão e cegos possam distinguir qual o cartão que estão a utilizar.
Como explica a empresa responsável pela rede Multibanco, em comunicado, "trata-se de uma tecnologia e solução próprias desenvolvidas pela SIBS, que passam a estar disponíveis a todos os seus clientes e parceiros, em Portugal e no estrangeiro que pretendam incluir esta solução na sua oferta".
Agora, qualquer utilizador conseguirá identificar o tipo de cartão (bancário, de fidelização, de acesso ou outro; débito, crédito, pré-pago, entre outros no caso dos cartões bancários), assim como o banco que o emitiu. Para além do mais, os carateres em Braille "complementa assim o cortante lançado em 2018, um corte efetuado no cartão em formato de meio lua que permite às pessoas cegas ou com baixa visão identificarem o lado correto para utilização do mesmo", detalha a SIBS.
Dois anos depois da ACAPO ter lançado o desafio, o diretor-geral da SIBS Cartões, orgulha-se do objetivo cumprido. "Somos mais uma vez agentes de mudança, assegurando a utilização de cartões de forma autónoma, privada e segura, em terminais de pagamento e caixas automáticos, por parte de um cego ou amblíope", diz Gonçalo Campos Alves.
Atualmente, em Portugal, 23.396 pessoas não conseguem ver e 3,7% da população tem muita dificuldade em realizar esta tarefa.
E precisamente devido a este facto, o presidente da Direção Nacional da ACAPO, Rodrigo Santos, considera que este "este projeto é um passo importante não só para as pessoas cegas ou com baixa visão, e para todos os que lhes são mais próximos". Ao consciencializar sobre a importância do acesso igual e acessível a todos, Rodrigo Santos acredita que "um maior número de entidades poderão adotar no seu dia-a-dia práticas inclusivas, quer para a informação que produzem quer para o relacionamento com os seus clientes"
Fonte: DN