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Autor Tópico: Identificando Necessidades Educativas Especiais  (Lida 1937 vezes)

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Offline Aislin

 

A- Identificando Necessidades Educativas Especiais
A educação é um direito de todos e PARA TODOS; para isso a escola deve se adequar às necessidades educacionais de seu alunado. Portadores de Necessidades Educativas Especiais não são, somente, os portadores de deficiências como muitos ainda pensam... leia um trecho da Resolução que trata deste assunto:

RESOLUÇÃO CNE/CEB No. 02/2001 Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica

Art. 2º Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educando com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos.

Art. 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o
processo educacional, apresentarem:
I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que
dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:
a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica;
b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências;
II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a
utilização de linguagens e códigos aplicáveis;
III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar
rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.





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É importante conhecer as Necessidades Especiais para saber lidar com os alunos:

Deficiência Visual
Baixa Visão
É a alteração da capacidade funcional da visão, decorrente de inúmeros fatores isolados ou associados, tais como: baixa acuidade visual significativa, redução importante do campo visual, alterações corticais e/ou de sensibilidade aos contrastes, que interferem ou que limitam o desempenho visual do indivíduo.
A perda da função visual pode se dar em nível severo, moderado ou leve, podendo ser influenciada também por fatores ambientais inadequados. Logo que detectada a baixa visão, existem técnicas para trabalhar o resíduo visual (usam-se óculos, lupas, etc) as pessoas com baixa visão distinguem vultos, claridade e objetos a pouca distância. Utilizam para leitura e escrita letras com tipos ampliados.

Cegueira
É a perda total da visão, até a ausência de projeção de luz.
Do ponto de vista educacional, deve-se evitar o conceito de cegueira legal (acuidade visual igual ou menor que 20/200 ou campo visual inferior a 20° no menor olho), utilizada apenas para fins sociais, pois não revelam o potencial visual útil para a execução de tarefas. Utilizam o método Braille para leitura e escrita, para locomoção utilizam a bengala longa e para cálculos matemáticos utilizam o soroban que é uma adaptação do antigo ábaco.


Deficiência Física:
Alteração completa ou parcial dos membros superiores (braços) e/ou inferiores (pernas), acarretando comprometimento da função física. Em alguns casos é devido à paralisia cerebral (conjunto de distúrbio motores decorrentes de uma lesão no cérebro, durante os primeiros estágios de desenvolvimento); pode ter afetada a comunicação oral, escrita e/ou gestual. Nestes casos pode ser utilizada a comunicação alternativa (pranchas ou livros de comunicação com desenhos, fotos ou símbolos com figuras correspondentes a substantivos, adjetivos, verbos e advérbios mais utilizados na linguagem do cotidiano). Pode ser utilizado o Método Bliss.

Deficiência Auditiva:
Perda parcial ou total das possibilidades auditivas sonoras, variando em graus e níveis, desde uma perda leve ate a perda total da audição. (pode-se trabalhar com os resíduos auditivos nas atividades educacionais através do uso de aparelho auditivo que amplificam o som). Utilizam a LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais (é a primeira língua materna dos surdos).

Deficiência intelectual:
É a nomenclatura usada atualmente para definir o que antigamente chamávamos de deficiência mental. O termo foi aprovado em agosto de 2006, em uma Convenção Internacional de Direitos Humanos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU). Dificuldade na aprendizagem de conceitos abstratos, focar a atenção, na capacidade de memorização e resolução de problemas, com manifestação antes dos 18 anos. Em alguns casos apresentam discrepância entre idade mental e a idade cronológica, porém a melhor forma de promover a interação social é colocando-os em contato com crianças da mesma faixa etária, o que contribuirá muito com seu desenvolvimento.

Deficiência múltipla:
é a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências, como também a distúrbios (neurológico, emocional, e de linguagem) que causam atraso no desenvolvimento educacional, vocacional, social e emocional, dificultando sua autonomia. Aprendem mais lentamente; tendem a esquecer as habilidades que não são praticadas; necessitam de alguém para mediar seu contato com o meio que o rodeia.

Surdocegueira:
É um indivíduo com privações multisensoriais. É uma deficiência única que apresenta a perda da audição e da visão de tal forma que a combinação das duas impossibilita o uso dos sentidos à
distância, cria necessidades especiais de comunicação. Para sua autonomia, a pessoa surdocega precisa de um guia-intérprete. Existem 2 tipos de surdocegueira:
· Surdocego pré-linguistico:
crianças que nascem surdocegas ou adquirem a surdocegueira nos primeiros anos de vida, antes da aquisição de uma língua;
· Surdocego pós-linguistico:
crianças, jovens ou adultos que apresentam uma deficiência sensorial primária (auditiva ou visual) e adquirem outra após a aquisição de uma língua (português ou Libras)
Formas de comunicação: Libras, Alfabeto digital na mão da pessoa surdocega letra por letra (formato em tinta ou alfabeto de surdos), tadoma (utilização do tato, pela pessoa com surdocegueira, colocando-se a mão no rosto de quem fala).

Transtornos Globais do Desenvolvimento:
Autismo- é um transtorno do desenvolvimento, que manifesta-se tipicamente antes dos 3 anos de idade. Este transtorno compromete todo o desenvolvimento psiconeurológico, afetando a comunicação (fala e entendimento) e o convívio social, apresentando em muitos casos um retardo mental. Pode ser utilizado o Método Teacch: programa estruturado que privilegia a rotina e a antecipação das atividades através de estímulos visuais o que facilita a comunicação (linguagem receptiva e expressiva). São utilizados como estímulos (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais).

Condutas Típicas:
São “manifestações comportamentais típicas de portadores de síndromes (Ex.: Síndrome de Asperger, Síndrome de Willians, Síndrome de Rett) e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento da pessoa e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado”.(MEC-SEESP,1994, p.7-8).

Altas Habilidades / Superdotação:
Sugere-se o atendimento suplementar para aprofundar e/ou enriquecer o currículo escolar. A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como portadores de altas habilidades / superdotados os educandos que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica especifica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora. A escola deve apresentar propostas que atendam as suas particularidades, seja na classe comum ou em programas específicos de enriquecimento em salas de recursos.

Dislexia:
Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda alterações no padrão neurológico.
Haverá sempre:
- dificuldades com a linguagem e escrita;
- dificuldades em escrever;
- dificuldades com a ortografia;
- lentidão na aprendizagem da leitura;

Se criança continua apresentando alguns ou vários dos sintomas a seguir, é necessário um diagnóstico e acompanhamento adequado, para que possa prosseguir seus estudos junto com os demais colegas e tenha menos prejuízo emocional:
- Dificuldade na aquisição e automação da leitura e escrita;
- Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);
-Desatenção e dispersão;
-Dificuldade em copiar de livros e da lousa;
-Dificuldade na coordenação motora fina (desenhos, pintura) e/ou grossa (ginástica,dança,etc.);
- Desorganização geral, podemos citar os constantes atrasos na entrega de trabalhos escolares e perda de materiais escolares;
-Confusão entre esquerda e direita;
-Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc.;
-Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou sentenças longas e vagas;
-Dificuldade na memória de curto prazo, como instruções, recados, etc.;
-Dificuldades em decorar seqüências, como meses do ano, alfabeto, tabuada, etc.;
-Dificuldade na matemática e desenho geométrico;
-Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomias);
- Troca de letras na escrita;
-Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
-Problemas de conduta como: depressão, timidez excessiva ou o ‘’palhaço’’ da turma;
-Bom desempenho em provas orais.


Continua...
 

Offline Aislin

Re:Identificando Necessidades Educativas Especiais
« Responder #1 em: 08/03/2010, 11:20 »
 
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção
É um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

Quais são os sintomas de TDAH?
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade

O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.


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Sugestões de adaptações para alunos com necessidades especiais

Deficiência Visual
Possíveis sinais de deficiência visual
• Irritação constante nos olhos;
• Aproximar muito o rosto do papel, quando escreve e lê;
• Dificuldade para copiar material da lousa à distância;
• Olhos franzidos para ler o que está escrito na lousa;
• Cabeça inclinada para ler ou escrever, como se procurasse um ângulo melhor para enxergar;
• Tropeços freqüentes por não enxergar pequenos obstáculos no chão;
• Nistagmo (olho trêmulo);
• Estrabismo (vesgo);
• Dificuldade para enxergar em ambientes muito claros ou escuros.

O que você pode fazer?
• Orientar os pais para que procurem um médico especialista em visão (oftalmologista)
• Nunca usar colírio ou outros medicamentos sem recomendação médica
Sugestões para a convivência com pessoas cegas ou com deficiência visual
• Se a pessoa cega não estiver prestando atenção em você, toque em seu braço para indicar que você está falando com ela. Avise quando for embora, para que ela não fique falando sozinha;
• Se sua ajuda for aceita, nunca puxe a pessoa cega pelo braço. Ofereça seu cotovelo ou o ombro (caso você seja muito mais baixo do que ela). Geralmente, apenas com um leve toque a pessoa cega poderá seguir você com segurança e conforto;
• Num local estreito, como uma porta ou corredor por onde só passe uma pes­soa por vez, coloque o seu braço para trás ou ofereça o ombro, para que a pessoa cega continue a seguir você;
• Algumas pessoas, sem perceber, aumentam o tom de voz para falar com pessoas cegas. Use tom normal de voz; Não modifique a posição dos móveis sem avisar a pessoa cega e cuide para objetos não fiquem no seu caminho. Avise se houver objetos cortantes ou cinzeiros perto dela;
• Conserve as portas fechadas ou encostadas à parede;
• Para indicar uma cadeira, coloque a mão da pessoa cega sobre o encosto e informe se a cadeira tem braço ou não. Deixe que a pessoa se sente sozinha;
• Seja preciso ao indicar direções: informe as distâncias em metros ou passos.
• Leia ou peça para alguém ler o que está escrito na lousa;
• Sempre que possível, passe a mesma lição que foi dada para a classe;
• Procure o apoio do professor especializado, que ensinará à criança o sistema braile e acompanhará o processo de aprendizagem;
• Busca de recursos pedagógicos para o aluno com deficiência é um direito dele;
• Disponibilize com antecedência os textos e livros para o curso;
• Se possível, o material de estudo deve ser fornecido sob a forma de textos ampliados, textos em braile, textos e aulas gravadas em áudio ou em disquete, de acordo com as necessidades do aluno e a possibilidade da escola. O aluno poderá, ainda, precisar utilizar auxílios ópticos e computadores com programas adaptados, assim como apoio para trabalho de laboratório e do pessoal da biblioteca;
• Durante as aulas, é útil identificar os conteúdos de uma figura e descrever a imagem e a sua posição;
• Substitua os gráficos e tabelas por outras questões ou utilize gráficos simples em relevo;
• Transcreva para braile as provas e outros materiais;
• Possibilite usar formas alternativas nas provas: o aluno pode ler o que escreveu em braile; fazer gravação em fita K-7 ou escrever com tipos ampliados;
• Amplie o tempo disponível para a realização das provas;
• Evite dar um exame diferente, pois isso pode ser considerado discriminatório e dificulta a avaliação comparativa com os outros estudantes;
• Ajude só na medida do necessário;
• Tenha um comportamento o mais natural possível, sem super proteção, ou pelo contrário, ignorá-lo.

Como o aluno com deficiência visual pode aprender matemática?
Para ensinar matemática, o instrumento mais utilizado é o ábaco (ou soroban) que é de origem japonesa. Seu manuseio é fácil e pode ajudar também os alunos que enxergam, pois ele concretiza as operações matemáticas.
Outra técnica complementar que pode ser utilizada com bons resultados é o cálculo mental, que deve ser estimulado desde o início da aprendizagem e que será útil, posteriormente, quando o aluno estudar álgebra.
É importante ressaltar que, ao adaptar recursos didáticos para facilitar o aprendizado de alunos com deficiência, o professor acaba beneficiando todos os alunos, pois recorre a materiais concretos, que facilitam a compreensão dos conceitos.

Deficiência Auditiva:
Sinais de deficiência auditiva
• As primeiras palavras aparecem tarde (3 a 4 anos);
• Não responde ao ser chamado em voz normal;
• Quando está de costas, não atende ao ser chamado;
• Fala em voz muito alta ou muito baixa;
• Vira a cabeça para ouvir melhor;
• Olha para os lábios de quem fala e não para os olhos;
• Troca e omite fonemas na fala e na escrita.

O que você pode fazer?
Orientar os pais a procurar profissional especializado (médico otorrinolaringologista ou fonoaudiólogo).
Sugestões para a convivência com pessoas surdas ou com deficiência auditiva
• Quando quiser falar com uma pessoa surda, se ela não estiver prestando atenção em você, acene para ela ou toque levemente em seu braço;
• Se ela fizer leitura labial, fale de frente para ela e não cubra sua boca com gestos e objetos. Usar bigode também atrapalha;
• Quando estiver conversando com uma pessoa surda, pro­nuncie bem as palavras, mas não exagere. Use a sua veloci­dade normal, a não ser que lhe peçam para falar mais devagar;
• Não adianta gritar;
• Se souber algumas palavras na língua brasileira de sinais, tente usá-las. De modo geral, suas tentativas serão apreciadas e estimuladas;
• Seja expressivo. As expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo serão boas indicações do que você quer dizer, em substituição ao tom de voz;
• Mantenha sempre contato visual; se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou;
• A pessoa surda que é oralizada (ou seja, que aprendeu a falar) pode não ter um vocabulário extenso. Fale normalmente e, se perceber que ela não entendeu, use um sinônimo (carro em vez de automóvel, por exemplo);
• Nem sempre a pessoa surda que fala tem boa dicção. Se não compreender o que ela está dizendo, peça que repita. Isso demonstra que você realmente está interessado e, por isso, as pessoas surdas não se incomodam de repetir quantas vezes for necessário para que sejam entendidas;
• Se for necessário, comunique-se através de bilhetes. O importante é se comunicar, seja qual for o método
Como você pode ensinar um aluno surdo?
Você pode desenvolver o processo de aprendizagem com o aluno surdo adotando a mesma proposta curricular do ensino regular, com adaptações que possibilitem:
• o acesso ao conteúdo, utilizando sistemas de comunicação alternativos, como a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a mímica, o dese­nho, a expressão corporal;
• a utilização de técnicas, procedimentos e instrumen­tos de avaliação compatíveis com as necessidades do aluno surdo, sem alterar os objetivos da avaliação, como, por exemplo, maior valoriza­ção do conteúdo em detrimento da forma da mensagem expressa.
Você sabia que é errado dizer “surdo-mudo”? Algumas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Elas não são mudas, porque podem emitir sons. A pessoa muda é aquela que não consegue emitir nenhum som. As pessoas surdas podem se comunicar de várias formas, uma delas é através da língua de sinais, que funciona como uma linguagem gestual.

Sugestões de apoio ao aluno com deficiência auditiva:
• Os alunos com deficiências auditivas devem ficar sempre na primeira fila na sala de aulas. Dependendo da condição sócio-econômica da família e do tipo de surdez, o aluno pode utilizar um recurso acústico (Aparelho Auditiva e/ou Sistema de FM), para amplificar o som da sala;
• Há alunos que conseguem ler os movimentos dos lábios. Assim, o professor e os colegas devem falar o mais claramente possível, evitando voltar-se de costas enquanto fala. É extremamente difícil para estes alunos anotarem nas aulas, durante a exposição oral da matéria, principalmente aqueles que fazem leitura labial enquanto o professor fala;
• É sempre útil fornecer uma cópia dos textos com antecedência, assim como uma lista da terminologia técnica utilizada na disciplina, para o aluno tomar conhecimento das palavras e do conteúdo da aula a ser lecionada. Pode também justificar-se a utilização de um intérprete que use a língua brasileira de sinais;
• Este estudante pode necessitar de tempo extra para responder aos testes;
• Fale com naturalidade e clareza, não exagerando no tom de voz;
• Evite estar em frente à janela ou outras fontes de luz, pois o reflexo pode obstruir a visão;
• Quando falar, não ponha a mão na frente da boca;
• Quando utilizar o quadro ou outros materiais de apoio audiovisual, primeiro exponha os materiais e só depois explique ou vice-versa (ex.: escreva o exercício no quadro ou no caderno e explique depois e não simultaneamente);
• Repita as questões ou comentários durante as discussões ou conversas e indique (por gestos) quem está a falar, para uma melhor compreensão por parte do aluno;
• Escreva no quadro ou no caderno do aluno datas e informações importantes, para assegurar que foram entendidas;
• Durante os exames, o aluno deverá ocupar um lugar na fila da frente. Um pequeno toque no ombro dele poderá ser um bom sistema para chamar-lhe a atenção, antes de fazer um esclarecimento.

Continua...
 

Offline Aislin

Re:Identificando Necessidades Educativas Especiais
« Responder #2 em: 08/03/2010, 11:22 »
 
Deficiência Física:
• Definição: uma variedade de condições que afeta a mobilidade e a coordenação motora geral de membros ou da fala. Pode ser causada por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, más-formações congênitas ou por condições adquiridas. Exemplos: amiotrofia espinhal (doença que causa fraqueza muscular), hidrocefalia (excesso do líquido que serve de proteção ao sistema nervoso central) e paralisia cerebral (desordem no sistema nervoso central), que exige dos professores cuidados específicos em sala de aula (leia mais a seguir).
• Características: são comuns as dificuldades no grafismo em função do comprometimento motor. Às vezes, o aprendizado é mais lento, mas, exceto nos casos de alteração na motricidade oral, a linguagem é adquirida sem problemas. Muitos precisam de cadeira de rodas ou muletas para se locomover. Outros apenas de apoios especiais e material escolar adaptado, como apontadores, suportes para lápis etc.
• Recomendações: a escola precisa ter elevadores ou rampas. Fique atento a cuidados do dia a dia, como a hora de ir ao banheiro. “Algum funcionário que tenha força deve acompanhar a criança”, explica Marília Costa Dias, professora do Instituto Superior de Educação Vera Cruz, na capital paulista. Nos casos de hidrocefalia, é preciso observar sintomas como vômitos e dores de cabeça, que podem indicar problemas com a válvula implantada na cabeça.

Paralisia Cerebral:
• Definição: lesão no sistema nervoso central causada, na maioria das vezes, por uma falta de oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, ao nascer ou até dois anos após o parto. “Em 75% dos casos, a paralisia vem acompanhada de um dano intelectual”, acrescenta Alice Rosa Ramos, superintendente técnica da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), em São Paulo.
• Características: a principal é a espasticidade, um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão. Inclui dificuldades para caminhar, na coordenação motora, na força e no equilíbrio. Pode afetar a fala.
• Recomendações: para contornar as restrições de coordenação motora, use canetas e lápis mais grossos – uma espuma em volta deles presa com um elástico costuma resolver. Utilize folhas avulsas, mais fáceis de manusear que os cadernos. Escreva com letras grandes e peça que o aluno se sente na frente. É importante que a carteira seja inclinada. Se ele não consegue falar e não utiliza uma prancha própria de comunicação alternativa, providencie uma para ele com desenhos ou fotos por meio dos quais se estabelece a comunicação. Ela pode ser feita com papel cartão ou cartolina, em que são colados figuras pequenas, do mesmo material, e fotos que representem pessoas e coisas significativas, como os pais, os colegas da classe, o time de futebol, o abecedário e palavras-chave, como “sim”, “não”, “fome”, “sede”, “entrar”, “sair” etc. Para informar o que quer ou sente, o aluno aponta para as figuras e se comunica. Ele precisa de um cuidador para ir ao banheiro e, em alguns casos, para tomar lanche.

Múltipla Deficiência Sensorial:
Sinais de surdocegueira
• Déficit de audição e visão;
• Atraso significativo no desenvolvimento global (motor e cognitivo);
• Ausência de fala;
• Dificuldade em estabelecer relações com o outro;
• Tendência ao isolamento pela falta de comunicação;
• Chora, geme e faz movimentos corporais como formas de comunicação.
Deficiência Mental:
Sinais de deficiência mental
• Atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor (a criança demora para firmar a cabeça, sentar, andar, falar);
• Dificuldade no aprendizado (dificuldade de compreensão de normas e ordens, dificuldade no aprendizado escolar).
• É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um único aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.

O que você pode fazer?
Nem sempre é fácil o diagnóstico da deficiência mental, porque os sinais podem ser indicadores de problemas de outra ordem, como as questões emocionais que interferem no aprendizado. Portanto, o professor deve ser cuidadoso e procurar descartar esta possibilidade antes de encaminhar a família para um diagnóstico de deficiência.
Este tipo de diagnóstico é feito por uma equipe multiprofissional composta por psicólogo, médico e assistente social. Tais profissionais, atuando em equipe, têm condições de avaliar o indivíduo em sua totalidade, ou seja, o assistente social através do estudo e diagnóstico familiar (dinâmica de relações, situação da pessoa com deficiência na família, aspectos de aceitação ou não das dificuldades da pessoa, etc.) analisará os aspectos sócio culturais; o médico através de entrevista detalhada e exame físico (recor­rendo a avaliações laboratoriais ou de outras especialidades, sempre que necessário) analisará os aspectos biológicos e finalmente o psicólogo que, através da entrevista, observação e aplicação de testes, provas e escalas avaliativas específicas, avaliará os aspectos psicológicos e nível de deficiência mental.

Continua
 

Offline Aislin

Re:Identificando Necessidades Educativas Especiais
« Responder #3 em: 08/03/2010, 11:25 »
 
Alunos com deficiência mental
• Não subestime a inteligência das pessoas com deficiência mental! Encoraje as perguntas e a expressão de suas opiniões;
• Não superproteja as pessoas com deficiência mental. Deixe que ela faça ou tente fazer sozinha tudo o que puder. Ajude apenas quando for realmente necessário;
• Valorize mais o processo do que o resultado. Mas não ignore os resultados, eles também devem ser esperados e cobrados do aluno com deficiência m e n t a l ;
• Promova a participação em atividades estimulantes e diversificadas;
• Respeite as preferências, os gostos e as decisões da pessoa.

Autismo - Transtorno Global do Desenvolvimento
-Características: dificuldades de interação social, de comportamento (movimentos estereotipados, como rodar uma caneta ou enfileirar carrinhos) e de comunicação (atraso na fala). “Pelo menos 50% dos autistas apresentam graus variáveis de deficiência intelectual”, afirma o neurologista José Salomão Schwartzman, docente da pós-graduação em Distúrbios do Desenvolvimento da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Alguns, porém, têm habilidades especiais e se tornam gênios da informática, por exemplo.
- Recomendações: para minimizar a dificuldade de relacionamento, crie situações que possibilitem a interação. Tenha paciência, pois a agressividade pode se manifestar. Avise quando a rotina mudar, pois alterações no dia a dia não são bem-vindas. Dê instruções claras e evite enunciados longos.
SÍNDROME DE ASPERGER
• Definição: condição genética que tem muitas semelhanças com o autismo.
• Características: focos restritos de interesse são comuns. Quando gosta de Matemática, por exemplo, o aluno só fala disso. “Use o assunto que o encanta para introduzir um novo”, diz Salomão Schwartzman.
• Recomendações: as mesmas do autismo.

SÍNDROME DE WILLIAMS
Definição: desordem no cromossomo 7.
• Características: dificuldades motoras (demora para andar e falta de habilidade para cortar papel e andar de bicicleta, entre outros) e de orientação espacial. Quando desenha uma casa, por exemplo, a criança costuma fazer partes dela separadas: a janela, a porta e o telhado ficam um ao lado do outro. No entanto, há um interesse grande por música e muita facilidade de comunicação. “As que apresentam essa síndrome têm uma amabilidade desinteressada”, diz Mônica Leone Garcia.
• Recomendações: na sala de aula, desenvolva atividades com música para chamar a atenção delas.

SÍNDROME DE RETT
• Definição: doença genética que, na maioria dos casos, atinge meninas.
• Características: regressão no desenvolvimento (perda de habilidades anteriormente adquiridas), movimentos estereotipados e perda do uso das mãos, que surgem entre os 6 e os 18 meses. Há a interrupção no contato social. A comunicação se faz pelo olhar.
• Recomendações: “Crie estratégias para que esse aluno possa aprender, tentando estabelecer sistemas de comunicação”, diz Shirley Rodrigues Maia, da Ahim-sa. Muitas vezes, crianças com essa síndrome necessitam de equipamentos especiais para se comunicar melhor e caminhar.

AltaS Habilidades/ Superdotação:
Diferentes estratégias podem ser empregadas nas classes comuns para diferenciação e modificação do currículo regular, contribuindo, inclusive, para estimular potencialidades de toda a turma. A seguir, são apresentados alguns exemplos de estratégias metodológicas e pedagógicas. Elas se aplicam tanto à educação infantil quanto ao ensino fundamental:
• A aprendizagem deve ser centrada no aluno. Leve em consideração os interesses e habilidades dos alunos.
• Implemente atividades de enriquecimento em sala de aula, como, por exemplo, dramatizações, produção de histórias etc.
• Investigue os interesses, os estilos de aprendizagem e de expressão dos seus alunos ou observe-os de forma a identificar seus interesses, pontos fortes e talentos.
• Analise e modifique o currículo existente de forma a identificar e eliminar redundâncias e incrementar unidades que sejam desafiadoras para os alunos.
• Retire ou reduza do currículo a ser desenvolvido conteúdo que os alunos já dominam ou que pode ser adquirido em um ritmo compatível com suas habilidades. O uso dessa estratégia educacional elimina conteúdo curricular repetitivo, cria um ambiente de aprendizagem desafiador, reduz sentimentos de apatia e desinteresse dos alunos superdotados com relação às atividades desenvolvidas em sala de aula, e possibilita a esses alunos utilizar o tempo economizado para se dedicar às atividades de seu interesse.
É importante que seja feita uma avaliação criteriosa do nível de conhecimento do aluno acerca do conteúdo antes de se implementar essa estratégia:
• Desenvolva atividades com diferentes produtos finais, de modo que as necessidades individuais possam ser atendidas.
• Permita que os alunos comuniquem conhecimento ou experiências prévias.
• Use várias estratégias de ensino (atividades em grupo, dramatização, brincadeiras etc) de forma a assegurar o envolvimento do aluno em sala de aula.
- Convide pessoas da comunidade ou especialistas para falar para os alunos de forma a despertar o interesse dos mesmos sobre o conteúdo estudado e promover o desenvolvimento de habilidades.
• Envolva os alunos em atividades de solução de problemas que os levem a transferir os objetivos de aprendizagem a situações em que a criatividade e outras habilidades superiores de pensamento (por exemplo, análise, avaliação, síntese) sejam empregadas.
• Estimule os alunos a encontrar respostas para suas próprias questões por meio de projetos individuais (ex.: registro de atividades e descobertas em álbuns, cartazes, filmagens, gravações, desenhos, colagens) e atividades de exploração.
• Envolva os pais no processo de aprendizagem de seus filhos (tutoria, acompanhamento no dever de casa).
• Dê ao aluno oportunidade de escolha, levando em consideração seus interesses e habilidades.
• Dê oportunidades ao aluno de obter conhecimento pessoal acerca de suas habilidades, interesses e estilos de aprendizagem, oferecendo experiências de aprendizagem variadas.
• Relacione os objetivos do conteúdo às experiências dos alunos.
• Ofereça aos alunos informações que sejam importantes, interessantes, contextualizadas, significativas e conectadas entre si, levando em consideração os interesses e habilidades das crianças.
• Oriente o aluno a buscar informações adicionais sobre tópicos de seu interesse, sugerindo fontes de informações diversificadas (livros, indivíduos, revistas, internet etc).
• Estimule o aluno a avaliar seu desempenho em uma atividade ou tarefa. • Valorize produtos e idéias criativas.
• Situe os alunos nos grupos com os quais melhor possa trabalhar. Dê oportunidade aos alunos de desenvolverem atividades com outros de mesmo nível de habilidade.
• Ofereça ao aluno oportunidade de visitar e observar locais variados (ex.: parques, jardim zoológico, jardim botânico, teatros, comércio, galerias de arte, museus, lojinha de animais domésticos, feira, praça etc).
• Evite rotular o aluno de superdotado. Trate as diferenças individuais como um fato natural. Lembre-se de que nem sempre o aluno superdotado terá um desempenho excelente em todas as áreas ou atividades.
 

Offline Aislin

Re:Identificando Necessidades Educativas Especiais
« Responder #4 em: 08/03/2010, 11:27 »
 
Dislexia:
Não há nenhuma linha de tratamento que seja considerada ‘’a melhor’’ ou ‘’a única’’. O importante é a aceitação e adaptação do próprio disléxico à linha adotada pelo profissional. O que podemos dizer é que como a principal característica dos disléxicos é a dificuldade da relação entre a letra e o som (Fonema -Grafema), na terapia deverá ser enfatizado o método Fônico. Deve-se também treinar a memória imediata a percepção visual e auditiva. É sugerido que se adote o método multissensorial, cumulativo e sistemático. Ou seja, deve-se utilizar ao máximo todos os sentidos. Um exemplo básico é poder ler e ouvir enquanto se escreve. O disléxico assimila muito bem tudo que é vivenciado concretamente.
TDAH - Transtorno de Déficit de Atenção Hiperatividade
Como tratar?
O Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação é parte muito importante do tratamento.A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental. Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH.



Fonte: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf

 

 



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