
Ricardo já tem data para pôr fim à vida e um plano detalhado para os últimos momentos antes de partir
Ricardo Fernandes
© TVI
Em fevereiro deste ano, conhecemos no Goucha a história impressionante de Ricardo Fernandes. No dia 9 de maio de 2009, a sua vida mudou drasticamente após um grave acidente de viação. Ficou tetraplégico, com 95% de incapacidade, e permaneceu durante 15 horas no local do acidente até ser encontrado. O longo processo de recuperação foi marcado por determinação, reinvenção e apoio familiar.
Apesar da vida construída, Ricardo nunca deixou de lidar com momentos de sofrimento. Inscrito na associação suíça Dignitas, especializada em morte medicamente assistida, confirmou agora à revista Sábado que já tem uma data marcada para a sua partida.
Tudo está organizado, inclusive com a funerária. Ricardo tem ainda definido um plano simples e sereno para os seus últimos momentos: “Uma coisa supersimples: banhinho tomado, vestido, beber aquele batido que tem um sabor horrível, segundo me chegou a informação, e nalguns minutos adormecer e dormir um sono profundo – a ouvir a minha playlist. Nada mais do que isto. Não quero que estejam comigo nesse momento, a olhar para mim à espera, prefiro que as pessoas não fiquem com essa memória.”, contou à revista Sábado
A família desconhece o dia exato. “Quero que as pessoas aproveitem comigo um dia de cada vez e com naturalidade”, afirmou. Também não deseja que ninguém esteja presente no momento da sua morte: “Prefiro que não fiquem com essa memória.”, terminou.
Ana Fernandes, a esposa de Ricardo, foi um dos seus principais pilares durante todo o processo de recuperação. Recordou, no Goucha, com emoção, a noite do acidente e os desafios que se seguiram. Quando Ricardo ficou tetraplégico, os seus filhos tinham apenas 5 e 3 anos, e a responsabilidade de gerir a família e apoiar o marido recaiu sobre Ana. Apesar das dificuldades, Ana permaneceu ao seu lado, ajudando-o a ultrapassar os momentos mais sombrios.
TVI