Atleta paralímpica desclassificada após ajudar guia promete ir aos tribunais para reaver bronze

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Atleta paralímpica desclassificada após ajudar guia promete ir aos tribunais para reaver bronze

Espanhola Elena Congost perdeu a medalha após soltar corda que a unia ao atleta-guia na maratona em Paris
Por Redação do ge — Madri, Espanha

23/10/2024 20h33  Atualizado há 18 horas


Após perder o bronze conquistado nas Paralimpíadas de Paris, a maratonista Elena Congost promete lutar para recuperar a medalha. Orientada por seu advogado, a espanhola apresentou uma carta ao Comitê Paralímpico Internacional, ao Comitê Olímpico, ao Comitê Organizador Paris 2024 e ao Ministro do Esporte francês, em setembro, reivindicando a conquista.

- Se não responderem, iremos a tribunal. Iremos até ao fim. O que eu quero é conseguir o que ganhei e que todos viram que é uma injustiça - disse em entrevista ao "Marca".




Elena Congost e seu guia lamentam desclassificação nas Paralimpíadas de Paris — Foto: Andy Lyons/Getty Images


Elena foi desclassificada da maratona T12 feminina após soltar a corda que os corredores com deficiência visual usam para que o guia possa mantê-los no caminho certo. Na ocasião, quando faltavam apenas 10 metros para acabar a prova, a maratonista largou brevemente o instrumento para impedir que seu guia, que estava com cãibras, caísse no chão. Os dois cruzaram a linha de chegada normalmente, mas pouco depois os organizadores decidiram que Congost deveria ser desclassificada.

Segundo Elena, a principal motivação para tentar recuperar a medalha é desfazer uma injustiça. Para ela, houve um julgamento fora de contexto e faltou interpretação por parte da organização do evento.

- O erro é que essa regra não é interpretada, não se olha o contexto em que isso acontece. Me julgaram como a pessoa que larga a corda para fazer algum tipo de trapaça. Ainda tenho a sensação de que algo que ganhei me foi roubado e, além disso, devido a uma situação muito injusta - explicou.

A decisão do Comitê custou alto para a espanhola. Além de perder o bronze, a maratonista deixou de ganhar também de cerca de 33 mil dólares (R$ 180 mil) de premiação. Ela também alega que com a desclassificação perdeu o direito de ter uma bolsa que o Comitê Paralímpico Espanhol (SPC) normalmente paga a atletas que conquistam medalhas.




Fonte: https://ge.globo.com/paralimpiadas/noticia/2024/10/23/atleta-paralimpica-desclassificada-apos-ajudar-guia-promete-ir-aos-tribunais-para-reaver-bronze.ghtml