o Mural da amizade
num pequeno bairro cheio de vida, um grupo de crianças reunia-se todos os dias para brincar e explorar o mundo à sua volta cada uma tinha a sua personalidade única, mas eram inseparáveis, sempre prontas a ajudar mutuamente. tomas era enérgico e movia-se rapidamente na cadeira de rodas, que sempre fazia parte as sua aventuras. sara era que sugeria as brincadeiras. aisha, sempre criativa e pratica adorava criar mapas para descobrir novo lugares no bairro, João era mais atento aos pormenores e sabia sempre como resolver o problema. havia também Leila que gostava de ensinar os amigos a dançar, enquanto pedro o mais aventureiro, passava o tempo a observar os animais e a subir as árvores. Bianca gostava de escrever poemas sobre a natureza e Rafael com o seu sentido de humor, fazia, a cada passo rir os amigos. enquanto numa tarde soalheira, exploravam o que do bairro, e as crianças repararam uma vela parede de tijolos, coberta de grafiti desbotado e de manchas de humidade. era uma parede esquecida, mas para eles, parecia cheia de potencialidades. – E se mos fazia algo aqui? - sugeriu sara entusiasmada. – Podíamos arranjar uma pintura bonita! a ideia rapidamente ganhou força. cada criança começou a imaginar o que podia ser pintado. joao sempre metódico, tirou do bolso um caderno e começou a anotar as sugestões: podemos incluir pessoas de mãos dadas? - e flores e borboletas acrescentou Bianca. – Não se esqueciam de rodas- disse tomas, com um sorriso maroto, apontando para a sua cadeira. – podemos mostrar tudo novamente como se todo estivesse a girar . aisha pratica como sempre sugeriu: - primeiro precisamos de materiais Há um arrecadação lá em casa com algumas tintas que o meu pai já não usa. Pedro ofereceu-se prontamente para ajudar a recolhê-las e convenceu outros vizinhos a contribuírem com pincéis e latas de tinta. Aos poucos, o grupo reuniu tudo aquilo de que precisava. Quando se preparavam para começar o mural, perceberam que era preciso limpar a parede. Arregaçaram as mangas e, juntos, esfregaram a superfície com esponjas e baldes de água. O trabalho era cansativo, mas o riso e as piadas de Rafael tornaram o momento mais leve. Depois de prepararem a parede, o verdadeiro desafio começou: decidir como compor a pintura. Pediram a ajuda de um pintor amigo do pai de Aisha, que os ajudou a fazer um rascunho prévio da totalidade do mural. Sara desenhou um esboço com pessoas de diferentes idades, de mãos dadas, formando um círculo. Aisha sugeriu adicionar elementos culturais, tais como padrões tradicionais, que ela traçou com precisão. João teve a ideia de incluir motivos científicos, como constelações e planetas, para mostrar que a imaginação e o conhecimento não têm fronteiras. Em seguida, chegou o momento de todos meterem mãos à obra. À medida que cada um ia pintando a sua parte, o mural começava a ganhar vida. Tomás usou um pincel mais largo para desenhar rodas que pareciam girar, integrando- -as no todo da composição. Bianca preencheu os espaços com flores e borboletas. Pedro subiu a uma escada para alcançar as partes mais altas, onde pintou um céu vibrante, cheio de pássaros. À medida que o mural tomava forma, as pessoas do bairro começaram a aproximar-se. Alguns vizinhos paravam para elogiar, e até ofereceram ajuda. — Isto é maravilhoso — disse uma senhora, emocionada. — Faz-me lembrar que o nosso bairro é mesmo especial, porque vocês fazem parte dele. Quando o mural foi finalmente concluído, refletia a essência do grupo: diversidade, criatividade e união. No centro, pessoas de mãos dadas representavam a amizade. À volta, flores e padrões tradicionais celebravam a riqueza das diferenças. E, como fundo, o céu pintado por Pedro e os elementos científicos de João simbolizavam os sonhos e a imaginação que os uniam. O mural tornou-se um ponto de encontro no bairro, mostrando a todos que, com iniciativa, trabalho de equipa e um pouco de coragem, era possível transformar mesmo os espaços mais esquecidos em algo de belo e de inspirador.