Uma injecção de uma proteína que ajuda a decompor os triglicerídeos pode ser uma esperança para o tratamento de uma forma hereditária da doença, refere um estudo realizado pelo centro de investigação do Children's Hospital de Oakland, EUA, publicado na revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, avança o Portal da Saúde do ALERT Life Sciences Computing.
Os triglicerídeos são um tipo de gordura presente no sangue que em níveis elevados, uma condição conhecida como hipertrigliceridemia, têm sido associados à doença arterial coronária.
Os investigadores avaliaram um novo componente em ratinhos geneticamente modificados para apresentarem uma deficiência numa proteína chamada apolipoproteína apoA-V que lhes causava níveis altos de triglicerídeos no sangue. A apoA-V aumenta a eficácia da lipoproteína lipase, uma enzima necessária para decompor os triglicerídeos.
A parte activa é constituída por apoA-V com fosfolipídios para formar uma lipoproteína de alta densidade (HDL). Os pesquisadores aplicaram, via intravenosa, a parte activa nos ratinhos. "Nós levantamos uma questão simples: será que ao injectarmos apoA-V nos ratinhos que têm falta da proteína e que apresentam níveis elevados de triglicerídeos os conseguimos baixar? Ficámos muito satisfeitos quando vimos que isso aconteceu e que continuava a acontecer durante um período de oito horas ", explicou o líder da investigação, Trudy Forte, em comunicado enviado à imprensa.
Após o tratamento, os níveis de triglicerídeos baixaram 87%. No entanto, nos roedores geneticamente modificados para apresentarem uma proteína chamada GPIHBP1, que também conduz a níveis muito elevados de triglicerídeos, a injecção de apoA-V não surtiu efeito.
Fonte: ECM Pharma