Publicidade
Olá,
Visitante
. Por favor
Entre
ou
registe-se
se ainda não for membro.
1 Hora
1 Dia
1 Semana
1 Mês
Para sempre
Entrar com nome de utilizador, password e duração da sessão
Início
Ajuda
Entrar
Registe-se
Deficiente-Fórum
»
..:: Deficiente-Forum - Temas da Actualidade ::.. Responsável: Nandito
»
Bem - Estar, Saude e Qualidade de Vida
»
Notícias de saúde
(Moderador:
Pantufas
) »
Tudo relacionado com o Coronavírus
« anterior
seguinte »
Imprimir
Páginas:
1
...
70
71
[
72
]
Ir para o fundo
Autor
Tópico: Tudo relacionado com o Coronavírus (Lida 258129 vezes)
0 Membros e 5 Visitantes estão a ver este tópico.
Nandito
Super Moderador
Mensagens: 4903
Gostos: 2448 veze(s)
Sexo:
Tem deficiência: Sim
Re: Tudo relacionado com o Coronavírus
«
Responder #1065 em:
12/02/2025, 15:08 »
Covid-19: China garante que instituto de Wuhan não esteve envolvido na criação do vírus
Por Francisco Laranjeira 12:15, 12 Fev 2025
O Instituto de Virologia de Wuhan não esteve envolvido na criação ou fuga do vírus da Covid-19, afirmou esta quarta-feira um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, durante uma entrevista coletiva.
O responsável chinês, salientou a agência ‘Reuters’, garantiu ainda que o instituto também não fez qualquer pesquisa de ganho de função sobre o coronavírus.
A China pediu igualmente aos Estados Unidos que refletissem sobre si mesmo, em vez de mudarem a culpa e se entregarem às teorias da conspiração. Guo Jiakun fez as observações na sequência de notícias recentes nos media americanos, na qual era alegado que a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional utilizou o dinheiro de contribuintes americanos para financiar estudos de ganho de funções do vírus no Instituto de Virologia de Wuhan, alegado ‘berço’ do vírus que causou a pandemia da Covid-19 e levou à morte de milhões de pessoas em todo o mundo.
“É extremamente improvável que a pandemia tenha sido causada por uma fuga de laboratório, que é a conclusão autoritária alcançada pelos especialistas da missão conjunta da OMS-China”, concluiu.
Fonte: executivedigest.sapo.pt Link:
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/covid-19-china-garante-que-instituto-de-wuhan-nao-esteve-envolvido-na-criacao-do-virus/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Registado
"A justiça é o freio da humanidade."
Nandito
Super Moderador
Mensagens: 4903
Gostos: 2448 veze(s)
Sexo:
Tem deficiência: Sim
Re: Tudo relacionado com o Coronavírus
«
Responder #1066 em:
13/02/2025, 17:47 »
Covid-19 revelou necessidade de repensar sistema de saúde moçambicano
Lusa
13 fev 2025 14:20
O diretor do Observatório do Cidadão para Saúde de Moçambique disse hoje que a covid-19 evidenciou a necessidade de se "fortalecer o sistema de saúde" nacional, quando se assinalam cinco anos desde o primeiro caso em África.
"Aprendemos com a covid-19 que é preciso fortalecer o sistema de saúde, não só na perspetiva de doenças endémicas, mas também na perspetiva de que o mundo, o perfil epidemiológico de um país, pode mudar muito rapidamente", disse Jorge Matine, em entrevista à Lusa, em Maputo.
O diretor da Organização Não-Governamental (ONG) Observatório do Cidadão para Saúde (OCS) questionou a capacidade de Moçambique lidar com a vigilância, internamento e resposta a doenças respiratórias a partir da experiência com a pandemia da covid-19, admitindo a fragilidade do sistema de saúde do país.
"A pergunta que se faz hoje em Moçambique é de que 'será que hoje temos melhores condições de lidar com doenças respiratórias, temos melhores condições em termos de vigilância, internamento para respostas [em casos de] doenças pandémicas como essa da covid-19'?", questionou o diretor.
Para Jorge Matine, a pandemia evidenciou também a necessidade de uma vigilância epidemiológica "eficiente" a nível global, considerando que se vive agora numa "aldeia global" e com uma "alta mobilidade".
"Ficou claro que as grandes pandemias, neste caso como a covid-19, dependem da saúde global, o que significa que um país isolado não tem capacidade de fazer essa resposta, precisa de uma solidariedade internacional entre os países, de uma maior coordenação", referiu.
Moçambique registou o primeiro caso do novo coronavírus em 22 de março de 2020 e em 31 de agosto de 2022, o então Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou o fim da obrigatoriedade generalizada de uso de máscaras para prevenção da doença, com exceção em espaços de saúde e outros casos particulares.
Até agosto de 2022, Moçambique apresentava um balanço global de 2.220 mortes por covid-19, ou seja, cerca de 1% do total de 230.076 casos positivos registados no país.
De acordo com os números do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (África CDC), organismo da União Africana (UA), a covid-19 infetou 12,1 milhões de pessoas nas 54 nações africanas, representando 2% dos casos a nível mundial. Pelo menos 256.000 pessoas morreram.
LN/EAC (LFO/SMM) // JMC
Lusa/Fim
Fonte: sapo.pt Link:
https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/covid-19-revelou-necessidade-de-repensar_67ae00f7c5200e7493ae59b7
Registado
"A justiça é o freio da humanidade."
Nandito
Super Moderador
Mensagens: 4903
Gostos: 2448 veze(s)
Sexo:
Tem deficiência: Sim
Re: Tudo relacionado com o Coronavírus
«
Responder #1067 em:
19/02/2025, 09:56 »
Covid Longa vai ser investigada por unidade do Serviço de Saúde da Madeira
Ruben Pires
18 Fevereiro 2025, 19h30
“A equipa da Unidade de Saúde Pública do Serviço Regional de Saúde da Madeira (SESARAM) em parceria com a consulta da Covid Longa e a NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa, irá realizar um estudo sobre a Covid Longa na população madeirense. O objetivo é aumentar a evidência existente sobre esta doença, identificando os fatores de risco que favorecem a ocorrência”, referiu o SESARAM.
A Covid Longa (continuidade de sintomas durante três meses ou mais após a
infeção
) vai ser investigada pela Unidade de Saúde Pública do Serviço Regional de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM).
“A equipa da Unidade de Saúde Pública do SESARAM em parceria com a consulta da Covid Longa e a NOVA Medical School da Universidade Nova de Lisboa, irá realizar um estudo sobre a Covid Longa na população madeirense. O objetivo é aumentar a evidência existente sobre esta doença, identificando os fatores de risco que favorecem a ocorrência”, referiu o
SESARAM
, na semana passada.
A coordenadora da Unidade de Saúde Pública do SESARAM, Susana Gonçalves, disse que este estudo será “uma mais-valia para fortalecer a evidência sobre a Covid Longa, contribuir para o conhecimento em como esta patologia afeta a população madeirense e utilizar essa evidência para apoiar a decisão de ajustar os serviços de saúde às necessidades da população”.
Susana Gonçalves sublinhou que o estudo “enaltece a capacidade de investigação em saúde pela Região e coloca a Madeira no cerne da discussão de uma temática global”.
Este estudo envolverá toda a equipa da Unidade de Saúde Pública do SESARAM que irá proceder às entrevistas telefónicas entre janeiro e fevereiro. “As entrevistas serão realizadas a uma amostra de utentes seguidos na Consulta Covid Longa do SESARAM (casos) e a utentes que tiveram Covid-19 em 2021 e 2022 (controlos). Os resultados deverão ser conhecidos no segundo semestre deste ano”, referiu o SESARAM.
Fonte: jornaleconomico.sapo.pt Link:
https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/covid-longa-vai-ser-investigada-por-unidade-do-servico-de-saude-da-madeira/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Registado
"A justiça é o freio da humanidade."
Nandito
Super Moderador
Mensagens: 4903
Gostos: 2448 veze(s)
Sexo:
Tem deficiência: Sim
Re: Tudo relacionado com o Coronavírus
«
Responder #1068 em:
25/02/2025, 10:40 »
Cientistas em alerta: Descoberto novo coronavírus em morcegos na China com potencial para infetar células humanas
Por Executive Digest 06:45, 25 Fev 2025
Investigadores do Instituto de Virologia de Wuhan, na China, anunciaram a descoberta de um novo coronavírus em morcegos, designado HKU5-CoV-2, que demonstrou ser capaz de entrar em células humanas utilizando o recetor ACE2 — o mesmo mecanismo que desempenhou um papel crucial na disseminação do SARS-CoV-2, o vírus responsável pela pandemia de Covid-19. Embora não tenham sido reportados casos de infeção humana até ao momento, a notícia gerou receios sobre o potencial deste vírus para desencadear surtos no futuro, refletindo-se inclusive na valorização das ações de empresas farmacêuticas especializadas em vacinas.
A descoberta reacendeu as preocupações quanto à crescente ameaça das doenças zoonóticas — infeções transmitidas de animais para humanos — impulsionadas por fatores como a desflorestação, a urbanização, a intensificação da agricultura e as alterações climáticas. Desde a peste bubónica até à gripe espanhola e ao VIH, a história tem demonstrado o impacto devastador de pandemias de origem animal. Agora, num mundo altamente interligado, o risco de novos agentes patogénicos emergirem e se disseminarem rapidamente é maior do que nunca.
O que se sabe sobre o HKU5-CoV-2?
A equipa de investigação recolheu a estirpe HKU5-CoV-2 de uma pequena amostra de centenas de morcegos Pipistrellus analisados nas províncias chinesas de Guangdong, Fujian, Zhejiang, Anhui e Guangxi. A análise genética revelou que este coronavírus pertence a um ramo distinto que inclui o vírus causador da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS), mas está apenas remotamente relacionado com o SARS-CoV-2.
Uma característica notável desta nova estirpe é a sua capacidade de se ligar ao recetor ACE2, uma proteína presente na superfície de várias células humanas. Esta é precisamente a estratégia usada pelo SARS-CoV-2 para entrar nas células, replicar-se e propagar-se pelo organismo. Além disso, experiências laboratoriais sugerem que o HKU5-CoV-2 pode infetar uma grande variedade de mamíferos, aumentando a preocupação com a possibilidade de transmissão entre espécies.
A investigação foi liderada pela virologista Shi Zheng-Li, especialista em coronavírus de morcegos, cujo laboratório já enfrentou alegações sobre um possível envolvimento na origem do SARS-CoV-2, ainda que sem provas conclusivas.
Que risco representa para a saúde humana?
Apesar da sua capacidade de infetar células humanas, ainda não há evidências de que o HKU5-CoV-2 seja transmissível entre pessoas. Para avaliar o seu verdadeiro impacto na saúde pública, os cientistas precisam de determinar até que ponto esta estirpe circula na natureza, incluindo se pode estar presente em animais domésticos ou selvagens que atuem como vetores intermediários antes de chegar aos seres humanos.
Estudos anteriores já demonstraram que os morcegos são reservatórios naturais de diversos coronavírus, incluindo o SARS-CoV-1, responsável pelo surto de SARS entre 2002 e 2004, e o próprio SARS-CoV-2. De facto, uma investigação publicada em 2021 indicou que dezenas de milhares de pessoas no Sudeste Asiático podem ser infetadas anualmente por coronavírus de origem animal, muitas vezes sem que os casos sejam identificados, devido à ausência de sintomas graves.
Dado o histórico de zoonoses que evoluíram para pandemias, a comunidade científica sublinha a importância de continuar a monitorizar o HKU5-CoV-2 e outras estirpes emergentes para antecipar e mitigar potenciais riscos.
O perigo de novas pandemias está a aumentar?
Sim. A globalização, o crescimento do tráfego aéreo e a intensificação do comércio internacional criam condições propícias para a rápida disseminação de novos agentes patogénicos. Antes da pandemia de Covid-19, o número de viagens aéreas de passageiros duplicou desde o início do século, atingindo 4,5 mil milhões em 2019. Vírus altamente transmissíveis pelo ar, como o SARS-CoV-2 e o vírus da gripe, são particularmente preocupantes devido ao seu potencial para causar pandemias globais.
Embora a teoria mais aceite sobre a origem da Covid-19 seja a de uma transmissão natural do SARS-CoV-2 de animais para humanos, a hipótese de uma fuga laboratorial não foi completamente descartada, sobretudo num contexto em que um número crescente de instalações trabalha com patógenos altamente infecciosos, aumentando o risco de acidentes biológicos. Além disso, há preocupações de que avanços em inteligência artificial possam ser explorados para criar vírus sintéticos perigosos.
De onde vêm as novas doenças?
Nas últimas quatro décadas, têm sido identificados, em média, mais de três novos agentes patogénicos humanos por ano. Cerca de 75% dessas doenças têm origem animal, um fenómeno conhecido como zoonose. Certas espécies desempenham um papel crucial na manutenção e transmissão desses vírus. As aves aquáticas, por exemplo, são reservatórios naturais do vírus da gripe, enquanto os morcegos hospedam agentes como o vírus Ebola, Hendra e Nipah. A proximidade crescente entre seres humanos e esses animais, impulsionada pela destruição de habitats naturais, cria oportunidades para a passagem de vírus de uma espécie para outra.
O que impulsiona o surgimento de zoonoses?
Os cientistas identificaram vários fatores que aumentam o risco de novas infeções zoonóticas:
- Destruição de ecossistemas naturais: O crescimento populacional humano levou à ocupação acelerada de áreas selvagens, reduzindo em mais de
3 milhões de quilómetros quadrados a extensão de terras sem perturbação humana desde os anos 1990.
- Consumo de animais selvagens: O comércio e consumo de animais exóticos, muitas vezes mantidos em mercados com condições sanitárias
precárias, têm sido associados à emergência de coronavírus como o SARS-CoV-1 e o SARS-CoV-2.
- Urbanização acelerada: Mais de metade da população mundial vive atualmente em áreas urbanas, criando ambientes onde espécies como ratos,
macacos e raposas prosperam e podem servir de hospedeiros intermediários para vírus.
- Pecuária intensiva: A criação de animais em grande escala facilita a disseminação de doenças, enquanto o uso indiscriminado de antibióticos pode
gerar agentes patogénicos resistentes a tratamentos.
- Alterações climáticas: O aumento das temperaturas tem expandido a distribuição geográfica de insetos transmissores de doenças, como mosquitos
e carraças, contribuindo para o aumento de infeções como a febre do Nilo Ocidental, a dengue e a doença de Lyme.
Como prevenir futuras pandemias?
A pandemia de Covid-19 acelerou o desenvolvimento de tecnologias inovadoras para monitorizar e combater surtos de doenças infecciosas, incluindo testes rápidos, vigilância de esgotos e vacinas de mRNA. Além disso, aumentou a consciencialização sobre os riscos associados à criação intensiva de animais e ao comércio de espécies exóticas, como visons, civetas e cães-guaxinins, que podem albergar coronavírus e vírus da gripe.
Medidas adicionais para prevenir futuras pandemias incluem o reforço das regulamentações sobre o comércio de vida selvagem, a implementação de sistemas globais de alerta precoce e a adoção do conceito One Health, que reconhece a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental. Os especialistas defendem que apenas uma abordagem integrada pode reduzir eficazmente o risco de futuras crises sanitárias.
Fonte: executivedigest.sapo.pt Link:
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/cientistas-em-alerta-descoberto-novo-coronavirus-em-morcegos-na-china-com-potencial-para-infetar-celulas-humanas/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Registado
"A justiça é o freio da humanidade."
Nandito
Super Moderador
Mensagens: 4903
Gostos: 2448 veze(s)
Sexo:
Tem deficiência: Sim
Re: Tudo relacionado com o Coronavírus
«
Responder #1069 em:
02/04/2025, 09:42 »
Covid-19: Há 5 anos, metade da população mundial estava confinada. Que legado nos deixou a pandemia?
Por Pedro Zagacho Goncalves 08:00, 2 Abr 2025
Esta terça-feira assinala-se o quinto aniversário de um dos acontecimentos mais marcantes do século XXI: o confinamento imposto a metade da população mundial para conter a propagação da pandemia de Covid-19. No auge da crise sanitária, 2,6 mil milhões de pessoas estiveram sob alguma forma de restrição, num fenómeno sem precedentes que foi descrito como “o maior experimento psicológico da história” pela psicóloga Elke Van Hoof, da Universidade Vrije de Bruxelas.
Desde 11 de março de 2020, data em que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou oficialmente a pandemia, a Covid-19 infetou mais de 777 milhões de pessoas e causou, de forma direta ou indireta, entre 7 e 15 milhões de mortes, segundo estimativas da OMS. Apesar dos impactos devastadores da crise sanitária e económica, a pandemia também trouxe avanços científicos, mudanças sociais e um maior reconhecimento da importância da saúde mental.
O valor da ciência e o avanço das vacinas
Uma das maiores lições da pandemia foi a rapidez sem precedentes com que a ciência respondeu à ameaça global. Em apenas nove meses, foi desenvolvida uma vacina eficaz contra o SARS-CoV-2, utilizando tecnologia de RNA mensageiro. Esta inovação, estudada há anos, ganhou impulso com a necessidade urgente de uma solução, levando ao desenvolvimento das vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna.
Margaret Keenan, uma idosa britânica de 90 anos, tornou-se a primeira pessoa a receber uma vacina aprovada contra a Covid-19 a 8 de dezembro de 2020. O trabalho pioneiro dos cientistas Katalin Karikó e Drew Weissman, responsáveis pela tecnologia de RNA mensageiro, valeu-lhes o Prémio Nobel de Medicina em 2023.
Segundo Margaret Harris, porta-voz da OMS, “testemunhámos avanços tecnológicos a uma velocidade incrível”. Harris destaca ainda que a experiência da Covid-19 permitiu acelerar o desenvolvimento de vacinas para outras doenças, incluindo o cancro. Devi Sridhar, professora da Universidade de Edimburgo, reforça à BBC que as lições aprendidas melhoraram a capacidade global de resposta a futuras pandemias: “Se antes perguntávamos se uma vacina seria possível, agora perguntamos: com que rapidez podemos produzi-la?”
A revolução na educação
O encerramento de escolas durante meses teve um impacto profundo, sobretudo nas crianças mais vulneráveis. Segundo Mercedes Mateo, do Banco Interamericano de Desenvolvimento, “a pandemia levou a um aumento das taxas de abandono escolar e a um retrocesso na aprendizagem”. No entanto, também acelerou a digitalização do ensino e impulsionou o debate sobre novas metodologias de aprendizagem híbridas.
“Antes da pandemia, havia resistência à digitalização na educação. Agora percebemos que é fundamental manter o ensino acessível mesmo em situações de crise”, afirma Mateo. Ainda assim, permanece a incerteza sobre se, numa nova pandemia, os governos optariam por soluções alternativas ao fecho das escolas.
O impacto no mundo do trabalho
O mercado de trabalho sofreu uma reviravolta sem precedentes. O confinamento obrigou muitas empresas a adotarem o teletrabalho, um modelo que perdura em vários setores. Para Gerson Martínez, especialista da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “as políticas de proteção ao emprego foram essenciais para evitar uma catástrofe maior”.
A OIT destaca que, apesar das perdas iniciais, a recuperação do emprego foi mais rápida do que o esperado. No entanto, desafios persistem, especialmente para jovens e mulheres, que foram os mais afetados. A pandemia também consolidou o trabalho remoto como uma opção viável e impulsionou novas formas de emprego, como as plataformas de entregas e serviços digitais.
A valorização da saúde mental
O impacto psicológico da pandemia foi profundo. O confinamento, o medo e a incerteza aumentaram exponencialmente os casos de ansiedade, depressão e outros transtornos mentais. Relatórios da OMS e da Organização Pan-Americana da Saúde indicam um crescimento significativo dos pedidos de ajuda psicológica, assim como um aumento nos comportamentos suicidas.
A psicóloga Laura Rojas-Marcos destaca que a pandemia “mudou a nossa memória emocional e a forma como nos relacionamos”. Apesar do sofrimento generalizado, ela observa que houve uma maior consciencialização sobre a importância da saúde mental. “Hoje entendemos que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo”, afirma.
A pandemia também impulsionou a adoção de terapias à distância, facilitando o acesso ao apoio psicológico. Segundo Rojas-Marcos, “o atendimento remoto permitiu ajudar pessoas em zonas isoladas e em situações extremas, como soldados na Ucrânia”.
O lado humano da crise
Apesar dos desafios, a pandemia também evidenciou a capacidade de resiliência e solidariedade das pessoas. Estudos indicam que muitas pessoas passaram a valorizar mais o tempo em família e a conexão com a comunidade. Segundo um inquérito da GlobeScan para a BBC, realizado em 2022, 36% dos entrevistados afirmaram sentir-se melhor do que antes da pandemia, destacando o reforço dos laços pessoais e a clareza sobre prioridades na vida.
Para Margaret Harris, “vimos o melhor da humanidade durante a pandemia”, com gestos de solidariedade que ajudaram a mitigar os impactos da crise.
Cinco anos depois, o que mudou?
Cinco anos após o início do confinamento global, o mundo ainda enfrenta desafios decorrentes da pandemia, mas também incorporou mudanças que podem ter impactos positivos a longo prazo. A ciência demonstrou a sua capacidade de resposta rápida, a educação e o trabalho evoluíram para modelos mais flexíveis e a saúde mental passou a ser um tema central na sociedade.
Embora a pandemia tenha sido um dos períodos mais difíceis da história moderna, as lições aprendidas poderão ajudar o mundo a enfrentar futuras crises com maior preparação e resiliência.
Fonte: executivedigest.sapo.pt Link:
https://executivedigest.sapo.pt/noticias/covid-19-ha-5-anos-metade-da-populacao-mundial-estava-confinada-que-legado-nos-deixou-a-pandemia/?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
Registado
"A justiça é o freio da humanidade."
Os seguintes membros Gostam desta publicação:
migel
Imprimir
Páginas:
1
...
70
71
[
72
]
Ir para o topo
« anterior
seguinte »
Deficiente-Fórum
»
..:: Deficiente-Forum - Temas da Actualidade ::.. Responsável: Nandito
»
Bem - Estar, Saude e Qualidade de Vida
»
Notícias de saúde
(Moderador:
Pantufas
) »
Tudo relacionado com o Coronavírus
There was an error while thanking
Gostando...
Política de Privacidade
Regras
Fale Connosco