"É urgente contratar profissionais." Liga Contra o Cancro garante que IPO de Lisboa não é caso únicoFaltam físicos médicos capazes de operar equipamentos para os tratamentos com radioterapia. Liga Portuguesa Contra o Cancro garante que a escassez destes especialistas vai muito além do IPO de Lisboa.
Instituto Português de Oncologia de Lisboa© Orlando Almeida/Global Imagens
PorCristina Lai Men com Rita Carvalho Pereira
26 Julho, 2021 • 11:25
O presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro alerta que a situação tem de ser resolvida urgentemente
"A Agência Portuguesa do Ambiente exige, e muito bem, um conjunto de critérios de pessoal, nomeadamente a nível de físicos médicos - e, sob o ponto de vista formal, não há propriamente físicos médicos - e corre-se o risco de, a médio prazo, não conseguirmos cumprir estas normas", avisa o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
Vítor Rodrigues refere que há poucos profissionais que cumpram os requisitos ditados pela Agência Portuguesa do Ambiente
A TSF sabe que três dos sete aceleradores lineares da instituição correm o risco de parar, colocando em causa os tratamentos de radioterapia não só dos doentes do IPO de Lisboa, mas também dos doentes oncológicos que são enviados pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central e pelo Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. A falta de recursos humanos está ainda a impedir a abertura da segunda ala do novo Bloco Operatório do IPO de Lisboa. As novas salas de cirurgia estão prontas, mas precisam de mais 25 enfermeiros e 15 assistentes operacionais.
O Ministério da Saúde comprometeu-se também com a contratação de 36 enfermeiros, 26 assistentes operacionais, quatro físicos médicos e 12 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica.
Em resposta à TSF, o Ministério das Finanças garante que já autorizou a contratação destes 78 profissionais de saúde.
Fonte_ TSF