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Autor Tópico: Ansiedade: Aprender a ler os sinais e distinguir os vários tipos  (Lida 997 vezes)

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Online Nandito

 
Ansiedade: Aprender a ler os sinais e distinguir os vários tipos

20.07.2022 às 09h51



Desde o começo da pandemia, o número de pessoas com ansiedade aumentou. Nuns casos, são situações passageiras, noutros podem obrigar a tratamentos mais longos. Veja as respostas de Catarina Graça, psicóloga e psicoterapeuta na Clínica da Mente

Como perceber que se tem um problema de ansiedade?

É normal sentirmos ansiedade no nosso dia a dia. Já todos nós sentimos ansiedade, sabemos qual a sensação, principalmente nos momentos em que temos de pôr as nossas capacidades à prova, quando somos desafiados, testados, ameaçados. Já todos nós sentimos o coração um pouco mais acelerado, aquele “friozinho na barriga”, às vezes até aquela espécie de tontura. No entanto, esta ansiedade é considerada normativa quando a canalizamos para sermos produtivos, mais focados, assertivos e eficazes. Já a ansiedade patológica é quando acontece o contrário, ou seja, quando ficamos bloqueados, não nos reconhecemos no nosso próprio comportamento, estamos incongruentes comparativamente com o nosso desempenho no passado. É desta forma que conseguimos diferenciar a ansiedade boa da má. Na má ganhamos até medo das sensações físicas que esta ansiedade provoca, medo de que estas sensações nos dominem… Por vezes até o medo de morrer.

Quais os primeiros sinais?

Um dos sinais mais preocupantes é quando a ansiedade começa a interferir no nosso dia a dia, desenvolvendo-se até um comportamento de evitamento face a coisas que se fazia com regularidade e que começam a ser paulatinamente subtraídas da rotina pelo próprio paciente. Trata-se de uma sensação constante de vulnerabilidade e insegurança que retira por completo a possibilidade de se viver de forma descontraída e espontânea. Posso sem dúvida considerar que o primeiro sinal de alerta que nos chega em consulta é o facto de o paciente se sentir incongruente, ou seja, o paciente nota que sente as coisas do seu dia a dia de uma forma muito diferente do seu habitual. Isto é sinal de que a ansiedade deixou de ser funcional, passou a ser patológica, o que acaba por toldar completamente a visão que temos de tudo o que nos rodeia. Importa sublinhar que numa ansiedade patológica o medo está sempre à espreita. Trata-se de um mindset focado na ameaça constante de que algo de mau vai acontecer. No fundo, estamos a falar de medos exagerados, fruto de uma perceção distorcida daquela que é efetivamente a realidade.

Como se previne e se trata a ansiedade?

É possível prevenirmos a ansiedade quando percebemos o que está a provocá-la. Quais os estímulos aos quais estamos a reagir no nosso dia a dia. É fundamental percebermos o que é que estamos a temer que aconteça ou de que formas estamos a representar mentalmente os nossos medos. Porque efetivamente sentimos aquilo em que pensamos. Por isso mesmo, a solução passa por conhecermos a nossa forma de pensar. Não importa só tomar medicação para não sentirmos as consequências físicas da ansiedade, importa, sim, perceber de onde é que essas sensações vêm, qual a fonte do problema, qual o erro de pensamento que estamos a cometer. O processo psicoterapêutico é fundamental para que haja este autoconhecimento acerca das nossas emoções e do nosso padrão, que nos faz reagir comportamentalmente sempre da mesma forma. Este é o primeiro passo para a prevenção, para a melhoria, para a mudança.

    "A solução passa por conhecermos a nossa forma de pensar"
    Catarina Graça
    Psicóloga e psicoterapeuta na Clínica da Mente

Que situações são mais causadoras de ansiedade?

A perceção que temos da nossa vida, dos eventos que vivemos e integramos no nosso leque de experiências desde que nascemos até à nossa atualidade é uma das principais fontes de ansiedade. A causa está quase sempre associada a experiências vividas no passado de forma traumática e que terão condicionado o paciente a reagir sempre de forma ansiogénica, por vezes até sob a forma de pânico, a situações semelhantes no seu presente. Assim sendo, as causas específicas podem ser variadas, desde o medo de exposição face aos outros, medo de morrer de forma súbita, medo de falhar, medo da rejeição, etc. Torna-se por isso fundamental identificar todos os estímulos destabilizadores para que se consiga equilibrar a resposta emocional e psicológica do paciente.

Os vários tipos

A Associação Portuguesa de Perturbações de Ansiedade explica que há diferentes formas de as pessoas se sentirem ansiosas e quais os sintomas e sinais de aviso associados a cada uma

Perturbação de ansiedade generalizada

É caracterizada por uma ansiedade persistente e excessiva relativamente a vários acontecimentos ou atividades do dia a dia.

Sintomas: Agitação, fadiga, tensão muscular, irritabilidade, dificuldade de concentração, perturbação do sono.

Perturbação de pânico

Surge como um ataque de pânico, quando se sente um nível extremo de ansiedade, inesperadamente. A sensação imediata é de que se está a ter um ataque cardíaco.

Sintomas: Dificuldade respiratória ou sensação de estar a sufocar, vertigens, instabilidade ou desmaio, palpitações ou ritmo cardíaco acelerado, tremores, sudação, falta de ar, formigueiros, calafrios, náuseas, dor de estômago ou diarreia, dor ou incómodo no peito, sensação de irrealidade ou separação do meio envolvente, medo de perder o controlo, medo de morrer.

Ansiedade social

Caracteriza-se pelo medo persistente de situações sociais e de desempenho. As crenças associadas a esta perturbação caracterizam-se pelo medo irracional que o indivíduo tem de se expor, evitando assim situações em que esteja sujeito ao escrutínio ou à avaliação dos outros.

Sinais de alerta: Nervosismo diário, medo e ansiedade, que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, comprometendo a sua rotina diária, o desempenho no trabalho, na escola e noutras atividades.

Fobia, medo persistente irracional

Consiste num medo persistente, irracional, involuntário e exagerado perante uma situação ou um objeto específico. O medo é reconhecido pelo indivíduo e causa um grande impacto na vida de quem sofre, podendo levar ao evitamento da situação temida. A pessoa quando chega ao estado de fobia/pânico, sente uma ansiedade excessiva em relação ao perigo real que uma determinada experiência ou exposição apresenta. Há três grupos de perturbações fóbicas: fobias simples, fobias específicas, fobia social e agorafobia.

Agorafobia

Consiste no medo fóbico de espaços abertos e/ou fechados. A pessoa sente medo quando se encontra em situações percecionadas como inseguras, das quais sente dificuldade em sair. Esta perturbação pode incluir outros medos, como o de utilizar transportes públicos, o de estar sozinho em casa, e/ou o de estar longe de casa.

Sinais de alerta: Ansiedade quando permanece numa fila ou quando está no meio de uma multidão.

Ansiedade de separação

Consiste no medo exagerado em relação à separação de figuras de apego. Trata-se de uma ansiedade excessiva, para a idade de desenvolvimento da criança. Quem sofre desta perturbação sente um medo persistente quando é afastado(a) da mãe, do pai, ou de outra pessoa significativa. Muito embora esta perturbação seja mais frequente na infância e na adolescência, também pode ser expressa durante a idade adulta.

Sinais de alerta: Os indivíduos são relutantes ou recusam-se a sair de casa sozinhos devido ao medo de separação.

Mutismo seletivo

Caracteriza-se pela ausência da fala em um ou mais contextos. O mutismo seletivo consiste na incapacidade persistente de falar em situações sociais específicas, como, por exemplo, na escola. Esta alteração interfere no rendimento escolar, laboral ou na interação social com os pares. A duração da perturbação é de, pelo menos, um mês (não limitada ao primeiro mês de escola). Este bloqueio de falar não é devido à falta de conhecimentos ou de familiaridade com a língua requerida na situação social.

Saiba também…

A instabilidade das finanças pessoais, em muitos casos agravada também pela pandemia, está a gerar stresse e ansiedade nas pessoas. No vídeo, saiba que atitudes podem ajudam a lidar com a ansiedade financeira, segundo um guia da Ordem dos Psicólogo

Veja o vídeo clicando no link oficial da noticia em baixo:






Fonte: visao.sapo.pt                   Link: https://visao.sapo.pt/visaosaude/2022-07-20-ansiedade-aprender-a-ler-os-sinais-e-distinguir-os-varios-tipos/
"A justiça é o freio da humanidade."
 
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Online Ana-S

 
A ansiedade é um mal deste século!
Os motivos podem variar de pessoa para pessoa mas é importante pedir ajuda, até para saber distinguir as crises de outra coisa qualquer e evitar que se repitam com frequência.
Uma coisa muito importante é tentar controlar a mente e evitar os pensamentos negativos. Nem sempre é fácil e passa a ser mesmo um exercicio diário!
 
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Online Nandito

 
A ansiedade é um mal deste século!
Os motivos podem variar de pessoa para pessoa mas é importante pedir ajuda, até para saber distinguir as crises de outra coisa qualquer e evitar que se repitam com frequência.
Uma coisa muito importante é tentar controlar a mente e evitar os pensamentos negativos. Nem sempre é fácil e passa a ser mesmo um exercicio diário!

Sim Ana tens razão :(

eu por exemplo sofro desta há já muitos anos, e parece-me que cada vez está pior :(

Ansiedade social

Caracteriza-se pelo medo persistente de situações sociais e de desempenho. As crenças associadas a esta perturbação caracterizam-se pelo medo irracional que o indivíduo tem de se expor, evitando assim situações em que esteja sujeito ao escrutínio ou à avaliação dos outros.

Sinais de alerta: Nervosismo diário, medo e ansiedade, que afetam diretamente a qualidade de vida da pessoa, comprometendo a sua rotina diária, o desempenho no trabalho, na escola e noutras atividades.
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Online migel

 
pois ... eu diria que todos sofremos desta doença, uns mais que outros.
Eu por ex tenho muita dificuldade de me concentrar em momentos importantes, e por vezes falho..
Nunca se deram a pensar, porque eu estou a pensar nisto???   eu nem acredito que seja verdade... mas a realidade é que não deixamos de pensar, e quase sempre são coisas negativas  :(
 
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Offline SLB2010

 
Isto é a doença da modernidade, e quando ligada a ciúmes é terrível....   :$
 
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Online Ana-S

 
Verdade Nandito! Também tenho notado uma piora significativa nos últimos tempos. A tensão tem subido, o nervosismo está no auge e qualquer coisa assusta-me. Até a dormir não tenho descanso, acordo com qualquer barulhinho!  eek

Sim, Migel. É muito dificil controlar a mente e evitar os pensamentos negativos. É mais forte que nós!  :(

SLB essa ansiedade causada pelos ciumes também não é nada fácil...  :$
 
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Online Nandito

 
Ansiedade: a que sinais deve estar alerta?

João Reis Médico/a
N.N.



Fonte de imagem: Pixabay

Os quadros de ansiedade patológica têm um elevado impacto na qualidade de vida, produtividade e saúde física devendo ser tratados adequadamente. Um artigo do médico João Reis, especialista em Psiquiatria.

A ansiedade é uma emoção universal que surge associada à experiência subjetiva de tensão sem agressividade (senão sentiríamos irritabilidade) e que é do ponto de vista médico e psicológico considerado grande parte das vezes como normal.

Considera-se a ansiedade do ponto de vista evolutivo uma parte importante da reação a uma situação de stress para o qual ancestralmente (e também nos dias de hoje embora mais raramente) era necessária uma preparação do corpo para uma situação de fuga ou de confrontação física ou agressão - "flight ou fight". Assim perante a suspeita de que uma reação desse tipo vai ser necessária, em termos mentais inicia-se o processo de estreitamento do campo de interesses na forma de preocupação em relação ao estímulo de stress e simultaneamente vão ocorrer diversas alterações no corpo para o preparar fisicamente para reagir ao stressor, sendo as mais importantes a aceleração dos ritmos cardíaco e respiratórios e, a nível metabólico, o aumento dos nutrientes em circulação.

Exemplificando a importância deste fenómeno constata-se que a ansiedade melhora genericamente a performance até certo ponto e quando adequada às circunstâncias que a causaram. Nestes casos pertencentes à experiência normal ao longo da vida, a ansiedade é vivida sem sofrimento e com compreensibilidade do próprio e pelos outros pela sua adequação ao estímulo: ninguém estranhará uma reação ansiosa se tivermos um encontro inesperado com um animal selvagem ou fizermos uma apresentação em público para uma audiência.

Os fatores que podem tornar a experiência de ansiedade patológica são a sua grande intensidade, a sua duração ser prolongada ou surgir como reação a uma situação desadequada ou mesmo sem qualquer estímulo como acontece por exemplo nos estados de pânico.

A ansiedade pode ser também dividida em estado e traço (Sims e Snaith 1988), em que o estado é temporário e circunscrito a um momento limitado e o traço uma tendência ao longo do tempo (muitas vezes ao longo de toda a vida). O traço ansioso poderá ser a manifestação do temperamento, característica da personalidade com forte componente hereditário e fator de risco para o desenvolvimento de doenças ansiosas.

Os sintomas de ansiedade são vários:

- Somáticos e autonómicos: Palpitações (sensação de batimento cardíaco acelerado ou fora do tempo), dificuldade em respirar, boca seca, náuseas, aumento da frequência urinária, tonturas, tensão muscular, sudorese excessiva, desconforto abdominal, tremores, pele fria;

- Psíquicos (psicológicos): Sentimentos de temor ou ameaça, irritabilidade, pânico, antecipação ansiosa, preocupação excessiva com situações triviais, dificuldades de concentração, dificuldades em adormecer, dificuldade em relaxar. Nas consultas médicas surgem tipicamente três síndromes ansiosos principais:

1. Perturbação de ansiedade generalizada:


tem uma prevalência de cerca de 3% na população adulta, caracteriza-se por ansiedade e preocupação excessivas e desproporcionais interferindo com a capacidade de trabalho ou alterando o padrão de socialização e hábitos da pessoa. Está associada frequentemente à sensação de estar no limite, cansaço fácil, dificuldades de concentração, irritabilidade, tensão muscular e alterações do sono

2. Fobia (social ou específica):

Tem uma elevada prevalência estimando-se que 7-9% das pessoas possam ter critérios para esta perturbação e muitas vezes não procuram ajuda médica. Caracteriza-se por medo ou receio intenso de um objeto ou situação específica (por exemplo alturas, andar de avião, elevador ou de metro, animais, sangue) havendo esforço activo para evitar o objeto fóbico. O medo é desproporcional em relação à situação e contexto socio-cultural. A fobia social tem uma prevalência de 3-7% e caracteriza-se por medo da exposição social, evitamento de falar em público, falar com estranhos, ser observado durante a alimentação.

3. Perturbação de pânico:


Surge em 2-3% dos adultos, sendo diagnosticada nos casos em que ocorrem episódios de pânico de forma recorrente. Um ataque de pânico caracteriza-se por mais vários dos seguintes sintomas: Palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de estar a sufocar, náusea ou desconforto abdominal, sensação de tonturas ou desmaio, arrepios ou sensação de calor, formigueiros ou alterações da sensação, desrealização ou despersonalização, medo de perder o controlo ou enlouquecer, medo de morrer.

Os quadros de ansiedade patológica têm um elevado impacto na qualidade de vida, produtividade e saúde física devendo ser tratados adequadamente. As pessoas que apresente quadros destes poderão iniciar o tratamento no Serviços de Saúde Primários (Médico de Família) que estão completamente habilitados a tratar a grande maioria destes quadros e a referenciar os quadros com indicação para Psiquiatria e Psicologia quando for necessário.

Um artigo do médico João Reis, especialista em Psiquiatria no Hospital Lusíadas Lisboa.







Fonte: lifestyle.sapo.pt                         Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/fitness-e-bem-estar/artigos/ansiedade-a-que-sinais-deve-estar-alerta
"A justiça é o freio da humanidade."
 
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