PJ detém oito pessoas após buscas em farmácias[float=left]

[/float]A Polícia Judiciária deteve oito pessoas na sequência de uma investigação que envolveu onze buscas a farmácias e empresas de distribuição de medicamentos na zona de Lisboa, disse à Lusa fonte policial.
Entre os detidos estão farmacêuticos e pessoas ligadas a distribuidores de medicamentos, segundo a mesma fonte, acrescentando que em causa está uma suspeita de burla ao Estado «no valor de muitos milhões de euros».
A operação está a ser conduzida pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e resultou de denúncias feitas pelo Ministério da Saúde relacionadas com comparticipações fraudulentas de medicamentos, disse ainda a fonte.
O Ministério da Saúde tinha já afirmado que as buscas de hoje da Judiciária em farmácias tiveram origem em denúncias feitas após «auditorias e inspecções» de entidades por si tuteladas.
Em comunicado, o gabinete da ministra Ana Jorge afirma que essas inspecções «concluíram pela existência de indícios graves» que o Ministério passou «às autoridades competentes», o que levou à intervenção da Polícia Judiciária (PJ).
O Ministério considera que com as buscas hoje em curso por suspeitas de crime económico estão «agora a ser visíveis os resultados do reforço da actividade inspectiva».
Este reforço, segundo a tutela, deu origem a participações de «diversas irregularidades detectadas no circuito do medicamento», já apontadas em Novembro passado por Ana Jorge, que «divulgou a existência de várias suspeitas de fraude» e irregularidades «da prescrição à dispensa» em medicamentos anti-psicóticos e antidepressivos.
A fiscalização passou por uma «acção concertada» entre a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), a Administração Central do Sistema de Saúde e a Inspecção-geral das Actividades em Saúde. Quaisquer suspeitas são primeiro identificadas pela Central de Conferência de Facturas.
Lusa/SOL