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Autor Tópico: Deficientes das Forças Armadas com "fundadas esperanças" em resolver problemas com Governo  (Lida 16242 vezes)

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Online Nandito

 
Deficientes das Forças Armadas com "fundadas esperanças" em resolver problemas com Governo

Lusa  23 de janeiro de 2020 às 17:07



ADFA exige apoios do Estado aos deficientes da guerra colonial.

A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) exigiu hoje, uma vez mais, apoios do Estado aos deficientes da guerra colonial e admitiu "fundadas esperanças" que os problemas sejam resolvidos pelo Governo no próximo ano.

Em conferência de imprensa, Manuel Lopes Dias, presidente da ADFA, afirmou que esta legislatura (2020-2023) é "o momento certo" para "a reconciliação" entre "a República e os antigos combatentes" antes da "solução biológica" -- a morte -- dado que grande parte deles tem hoje 72 ou 74 anos.

"Temos elevadas expectativas de que nesta legislatura se consigam algumas soluções para estes problemas. Se não for agora, nós já estamos dom 79/78 anos, já não valerá a pena", afirmou.

Entre as principais reivindicações da associação estão uma "melhoria das pensões degradadas", tanto dos antigos combatentes como das suas viúvas ou antigas companheiras, algumas das quais recebem "reformas de miséria", entre "250 e os 300 euros".

"É agora que a República poderá reconhecer estas situações. Esta é uma legislatura oportuníssima para, ainda a tempo, ainda antes da solução biológica, que é a morte, a República possa reconhecer as situações ao nível moral e material", afirmou ainda.

O presidente da ADFA disse que os deficientes não querem "este mundo e o outro, mas queremos uma melhoria da sua situação de vida", disse.

Uma das formas pode ser garantindo que "nenhuma pensão" dos antigos combatentes seja inferior ao salário mínimo nacional (635 euros) ou a um Indexante dos Apoios Sociais, ou IAS (438,81 euros).

"São pequenas coisas que não envolvem milhões, porque o universo é restrito", entre seis a sete mil pessoas, de ex-combatentes.

Durante a conferência de imprensa, Manuel Lopes Dias disse ter "fundadas esperanças" ou "elevadas expectativas" na resolução dos problemas, tanto através do Estatuto do Antigo Combatente, com propostas do Governo e dos partidos a aguardar agendamento no parlamento, como pelos Orçamentos do Estado de 2020, o que é votado em 06 de fevereiro, e o de 2021.

O caderno reivindicativo da ADFA será entregue ao Governo depois da votação do Orçamento do Estado de 2020, prevista para 06 de fevereiro, numa reunião com a secretária de Estado dos Recursos Humanos e Antigos Combatentes, Catarina Sarmento Castro.

Manuel Lopes Dias e a associação têm a expectativa de que o Estatuto do Antigo Combatente, a aguardar no parlamento, esteja aprovado em março ou abril.

Há questões e problemas pendentes que podem ser resolvidos, pelo estatuto e pelo Orçamento, como a impossibilidade de os antigos combatentes poderem pedir o agravamento da sua invalidez.

Outras seriam através da política orçamental, sugeriu Lopes Dias, atribuindo "um subsídio de invalidez, de acordo com a incapacidade".

fonte: cmjornal.pt Link: https://www.cmjornal.pt/sociedade/detalhe/deficientes-das-forcas-armadas-com-fundadas-esperancas-em-resolver-problemas-com-governo?ref=Mais%20Sobre_BlocoMaisSobre
« Última modificação: 13/11/2024, 22:57 por Nandito »
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Pedida a “devolução da nacionalidade portuguesa aos ex-militares guineenses”
Pela Associação Portuguesa de Autarcas Monárquicos
Há 10 horas  em 27/05/2021 às 23:00Por Luís Moreira




A Associação Portuguesa dos Autarcas Monárquicos (APAM) e a Associação dos Ex–Combatentes Deficientes das Forças Armadas Portuguesas na Guiné-Bissau (DECOFARP-GB), assinaram, dia 22, em Bissau, um protocolo de cooperação com o fim de exigirem à República Portuguesa “a devolução da nacionalidade portuguesa aos ex-militares guineenses, e concessão da mesma aos seus descendentes”.

No documento, assinado por Manuel Beninger da APAM – com sede em Braga – e Amadu Djau, da DECOFARP-GB, exige-se, ainda, “o pagamento da pensão de reforma, de sangue e de invalidez e o acesso ao tratamento médico aos ex-combatentes e seus familiares em Portugal”.

Os dois organismos pedem, também, ao Estado português “o cumprimento do Acordo de Argel de agosto de 1974, assinado entre Portugal e o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), que permitiu que Portugal reconhecesse a Guiné-Bissau como Estado independente e que previa o pagamento de pensões de invalidez, de sangue e a reforma aos seus ex-militares”.

O terceiro ponto do acordo, pede “a contagem do tempo de serviço destes cidadãos portugueses nascidos em território da Guiné portuguesa e que estiveram ao serviço do exército nacional”, e que Portugal “providencie a recolha dos restos mortais dos ex-Comandos Africanos, uma força de elite do então exército colonial, formado essencialmente por guineenses, assassinados pelas novas autoridades da República da Guiné-Bissau, a partir de 1974”.

Para homenagear e honrar a memória dos soldados portugueses tombados na guerra no território guineense, – prossegue o protocolo – “ambas as associações se comprometem a mandar cunhar uma Medalha de Honra ao Mérito Militar”.

A concluir, dizem que “é imperioso que Portugal dignifique todos os portugueses nascidos na Guiné Portuguesa que lutaram do lado de Portugal”.

O documento é antecedido por vários considerandos, um dos quais lembra que “a Assembleia da República portuguesa recomendou no dia 15 de janeiro de 2021, pela segunda vez, que o Governo estude formas de compensação para antigos militares recrutados nas ex-colónias portuguesas sem registos de carreira contributiva, que vivem atualmente fora do país”.

Fonte: ominho.pt   Link: https://ominho.pt/pedida-em-braga-a-devolucao-da-nacionalidade-portuguesa-aos-ex-militares-guineenses/
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Covid-19: Restrições e medo reavivaram memórias da guerra colonial

"Em África, no tempo da guerra, íamos passear em Luanda e andávamos a olhar de um lado para o outro a vermos quem nos andava a perseguir. Aqui, agora, acontece a mesma coisa", recorda ex-combatente.

Apandemia reavivou memórias dos combatentes na Guerra Colonial e aumentou o recurso a serviços de apoio psicológico, apesar da dificuldade em realizar sessões presenciais, quando "a solidariedade dos pares é fundamental".


guerra colonial
COFINA MEDIA


Para Manuel Diogo, um ex-combatente da Guerra Colonial residente na Guarda, a pandemia trouxe um reavivar de memórias em situações muito específicas, como quando começou a ver as pessoas na rua de máscara, observando um ambiente de desconfiança e medo que também sentiu em Angola, na guerra.

"Em África, no tempo da guerra, íamos passear em Luanda e andávamos a olhar de um lado para o outro a vermos quem nos andava a perseguir. Aqui, agora, acontece a mesma coisa", contou à Lusa.

O presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), Manuel Lopes Dias, afirmou que o isolamento a que a pandemia obrigou veio reavivar memórias dos tempos de guerra, que agravaram as dificuldades já sentidas pelos deficientes militares.

"A pandemia trouxe-nos vivências da guerra, como a solidão e o afastamento das nossas famílias, da sociedade e dos amigos, que nós passámos enquanto jovens na Guerra Colonial. Muito nós estamos afetados a nível psicológico porque ninguém volta igual da guerra. Todo o ser humano que é sujeito a uma situação de guerra tem sérias consequências psicológicas, há sempre efeitos traumáticos. E isso nós vivemos outra vez", afirmou, em entrevista à Lusa.

De acordo com dados da ADFA cedidos à agência Lusa, em ano de pandemia registou-se um aumento dos pedidos de ajuda por parte dos deficientes militares e do apoio psicológico prestado. Em 2020, a associação apoiou 82 pessoas a nível psicológico, por via telefónica ou presencialmente, quando necessário, nos polos de Lisboa e do Porto, mais 8 do que em 2019, ano em que foram acompanhados 74 deficientes militares.

"Temos casos já referenciados pelas nossas equipas multidisciplinares, de psicólogos e psiquiatras, porque a pandemia, de facto, está a afetar bastante alguns dos nossos deficientes militares afetados pelo stress de guerra e mais tocados por problemas psicológicos. Têm recorrido e telefonado mais", afirmou o coronel Lopes Dias.

Apesar de importante, o apoio psicológico não resolveu o problema da falta de contacto entre os deficientes militares que sofreram as marcas da Guerra Colonial e que foram obrigados a isolar-se uns dos outros, sustentou.

"A solidariedade dos pares é fundamental, para além do apoio técnico e do apoio das famílias", explicou Manuel Lopes Dias. "E, neste momento, a pandemia veio cortar, nalguns casos quase totalmente, esta possibilidade de os deficientes das Forças Armadas participarem, colaborarem, reunirem-se. Isso tem sido uma situação grave a que estamos a assistir".

Segundo a médica Luísa Sales, psiquiatra que integra a Comissão Científica do Centro de Recursos de Stress em Contexto Militar (CRSCM), de uma forma geral, "as populações reagiram com um aumento de expressões de stress, de processos de adaptação ou de trauma" à pandemia. Os antigos combatentes que estiveram na Guerra Colonial entre 1961 e 1974 e, em particular aqueles que desenvolveram patologias na sequência dessa experiência, não foram exceção.

Entre estas encontra-se o stress pós-traumático, mas também "depressões, quadros de ansiedade, fóbicos e de somatização, perdas de contacto com a realidade e comportamentos aditivos que são extremamente frequentes nestes contextos de rutura" e que fazem dos antigos combatentes uma população vulnerável, explica a psiquiatra, também responsável pelo Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar de Coimbra e coordenadora do Observatório do Trauma/CES.

"Foi extremamente acentuada a fragilidade das pessoas com mais de 70 anos e todos os ex-combatentes da Guerra Colonial, em geral, têm mais de 70 anos, portanto, isso foi razoavelmente perturbador. E o facto de estarem mais presos - por exemplo, nos meus grupos terapêuticos tivemos de fazer períodos de paragem -, não facilita as coisas", contou a profissional, em entrevista à Lusa.

Contactada pela Lusa, Anabela Oliveira, membro da Direção da Associação de Apoio aos Ex-combatentes Vítimas do Stress de Guerra (APOIAR) disse que a associação recebeu em 2020 mais pedidos de assistência e que os psicólogos prestaram apoio por telefone, existindo duas vezes por mês consulta de psiquiatria presencial.

De acordo com Luísa Sales, a terapia de grupo é a mais indicada no tratamento dos ex-combatentes, já que a existência de uma "rede social de suporte é muito importante na prevenção de quadros traumáticos e de desenvolvimento de doença pós-trauma", explica.

Mas apesar de as consultas de grupo terem sido interrompidas durante o confinamento, os ex-combatentes que acompanha mantiveram o contacto telefónico entre si quase diariamente. Para a psiquiatra, foi este apoio mútuo que lhes permitiu ultrapassarem os constrangimentos colocados pela pandemia.

Luísa Sales admitiu que inicialmente esperava que a pandemia, situação que classificou como "muito violenta", constituísse uma "espécie de ativação do trauma". Contudo, na sua prática clínica tal não se verificou, disse.


Fonte: sabado.pt        Link: https://www.sabado.pt/ultima-hora/detalhe/covid-19-restricoes-e-medo-reavivaram-memorias-da-guerra-colonial
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Restrições e medo reavivaram memórias da guerra colonial
Lusa 18 Julho 2021 — 10:03


Pandemia está a reavivar memórias de quem combateu na Guerra Colonial como solidão e depressão.© Mário Cruz Lusa

Manuel Diogo é ex-combatente da Guerra Colonial, vive na Guarda e diz que a pandemia lhe trouxe um reavivar de memórias em situações muito específicas, como quando começou a ver as pessoas na rua de máscara, observando um ambiente de desconfiança e medo que também sentiu em Angola, na guerra.

"Em África, no tempo da guerra, íamos passear em Luanda e andávamos a olhar de um lado para o outro a vermos quem nos andava a perseguir. Aqui, agora, acontece a mesma coisa", contou à Lusa.

O presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), Manuel Lopes Dias, afirmou que o isolamento a que a pandemia obrigou veio reavivar memórias dos tempos de guerra, que agravaram as dificuldades já sentidas pelos deficientes militares.

"A pandemia trouxe-nos vivências da guerra, como a solidão e o afastamento das nossas famílias, da sociedade e dos amigos, que nós passámos enquanto jovens na Guerra Colonial. Muito nós estamos afetados a nível psicológico porque ninguém volta igual da guerra. Todo o ser humano que é sujeito a uma situação de guerra tem sérias consequências psicológicas, há sempre efeitos traumáticos. E isso nós vivemos outra vez", afirmou, em entrevista à Lusa.

Em 2020, a associação apoiou 82 pessoas a nível psicológico, por via telefónica ou presencialmente, quando necessário, nos polos de Lisboa e do Porto, mais 8 do que em 2019, ano em que foram acompanhados 74 deficientes militares.
De acordo com dados da ADFA cedidos à agência Lusa, em ano de pandemia registou-se um aumento dos pedidos de ajuda por parte dos deficientes militares e do apoio psicológico prestado. Em 2020, a associação apoiou 82 pessoas a nível psicológico, por via telefónica ou presencialmente, quando necessário, nos polos de Lisboa e do Porto, mais 8 do que em 2019, ano em que foram acompanhados 74 deficientes militares.

"Temos casos já referenciados pelas nossas equipas multidisciplinares, de psicólogos e psiquiatras, porque a pandemia, de facto, está a afetar bastante alguns dos nossos deficientes militares afetados pelo stress de guerra e mais tocados por problemas psicológicos. Têm recorrido e telefonado mais", afirmou o coronel Lopes Dias.

Apesar de importante, o apoio psicológico não resolveu o problema da falta de contacto entre os deficientes militares que sofreram as marcas da Guerra Colonial e que foram obrigados a isolar-se uns dos outros, sustentou.

"A solidariedade dos pares é fundamental, para além do apoio técnico e do apoio das famílias", explicou Manuel Lopes Dias. "E, neste momento, a pandemia veio cortar, nalguns casos quase totalmente, esta possibilidade de os deficientes das Forças Armadas participarem, colaborarem, reunirem-se. Isso tem sido uma situação grave a que estamos a assistir".

Pandemia está a gerar quadros de stress pós-traumático, mas também "depressões, quadros de ansiedade, fóbicos e de somatização, perdas de contacto com a realidade

Segundo a médica Luísa Sales, psiquiatra que integra a Comissão Científica do Centro de Recursos de Stress em Contexto Militar (CRSCM), de uma forma geral, "as populações reagiram com um aumento de expressões de stress, de processos de adaptação ou de trauma" à pandemia. Os antigos combatentes que estiveram na Guerra Colonial entre 1961 e 1974 e, em particular aqueles que desenvolveram patologias na sequência dessa experiência, não foram exceção.

Entre estas encontra-se o stress pós-traumático, mas também "depressões, quadros de ansiedade, fóbicos e de somatização, perdas de contacto com a realidade e comportamentos aditivos que são extremamente frequentes nestes contextos de rutura" e que fazem dos antigos combatentes uma população vulnerável, explica a psiquiatra, também responsável pelo Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar de Coimbra e coordenadora do Observatório do Trauma/CES.

"Foi extremamente acentuada a fragilidade das pessoas com mais de 70 anos e todos os ex-combatentes da Guerra Colonial, em geral, têm mais de 70 anos, portanto, isso foi razoavelmente perturbador. E o facto de estarem mais presos - por exemplo, nos meus grupos terapêuticos tivemos de fazer períodos de paragem -, não facilita as coisas", contou a profissional, em entrevista à Lusa.

Contactada pela Lusa, Anabela Oliveira, membro da Direção da Associação de Apoio aos Ex-combatentes Vítimas do Stress de Guerra (APOIAR) disse que a associação recebeu em 2020 mais pedidos de assistência e que os psicólogos prestaram apoio por telefone, existindo duas vezes por mês consulta de psiquiatria presencial.

De acordo com Luísa Sales, a terapia de grupo é a mais indicada no tratamento dos ex-combatentes, já que a existência de uma "rede social de suporte é muito importante na prevenção de quadros traumáticos e de desenvolvimento de doença pós-trauma", explica.

Mas apesar de as consultas de grupo terem sido interrompidas durante o confinamento, os ex-combatentes que acompanha mantiveram o contacto telefónico entre si quase diariamente. Para a psiquiatra, foi este apoio mútuo que lhes permitiu ultrapassarem os constrangimentos colocados pela pandemia.

Luísa Sales admitiu que inicialmente esperava que a pandemia, situação que classificou como "muito violenta", constituísse uma "espécie de ativação do trauma". Contudo, na sua prática clínica tal não se verificou, disse.


Fonte: dn.pt         Link: https://www.dn.pt/sociedade/covid-19-restricoes-e-medo-reavivaram-memorias-da-guerra-colonial-13950372.html
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Ex-combatentes revoltados e desiludidos com atrasos na gratuitidade dos transportes

Agencia Lusa 09 ago 2021 05:08



São cada vez mais os antigos combatentes que tentam beneficiar da isenção de pagamento dos transportes públicos, aprovada pelo Governo, mas não o conseguem por falta de regulamentação da medida e até as próprias transportadoras desconhecem como irão proceder.

"As pessoas entram no transporte, apresentam o cartão [de Antigo Combatente] e preparam-se para fazer uma viagem sem ter de a pagar, conforme se lê no verso do cartão, e levam com um não pela frente", lamenta o presidente da Associação dos Combatentes do Ultramar Português (ACUP), Manuel Rodrigues.

No âmbito do Estatuto do Antigo Combatente, aprovado em 2020, mais de 200 mil cartões foram enviados, dos quais 190 mil para antigos combatentes e mais de 14 mil para viúvas ou viúvos de antigos combatentes, segundo informação do Ministério da Defesa Nacional.

Nas costas do Cartão do Antigo Combatente lê-se que o seu titular tem direito à isenção de taxas moderadoras, gratuitidade do passe intermodal dos transportes públicos das áreas metropolitanas e comunidades intermunicipais e gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais.

O cartão está a ser enviado com uma carta, na qual se explica que, "além dos benefícios consagrados pelo Estatuto do Antigo Combatente cujo gozo já foi possível garantir, nomeadamente, a isenção de taxas moderadoras e a gratuitidade da entrada nos museus e monumentos nacionais, existem outros benefícios conferidos através do presente cartão cujo acesso está dependente da respetiva regulamentação e da adoção de um conjunto de medidas, de natureza técnica e administrativa, que envolvem várias áreas governativas".

Mas esta informação não está a ser devidamente entendida pelos portadores do cartão, que o têm apresentado nos transportes, convencidos que já podem usufruir da isenção do pagamento das viagens, de acordo com as associações que representam os antigos combatentes e que nos últimos dias têm sido inundados de pedidos de esclarecimentos.

"Temos uma funcionária que o único papel dela durante o dia é receber estas queixas", disse à Lusa Manuel Rodrigues, que lamenta a situação e, principalmente, a "desilusão e desencanto" que os antigos combatentes sentem quando vêm rejeitado o cartão.

Isto apesar da entrada em vigor do Estatuto do Antigo Combatente, o qual define um conjunto de direitos aos militares que combateram ao serviço de Portugal, e era "uma velha reivindicação dos antigos combatentes", adiantou.

Manuel Rodrigues já esperava por esta confusão, pois apercebeu-se que as coisas no terreno não estavam preparadas. "Não se pode dar um cartão a um antigo combatente e depois dizer que, afinal, ainda não pode usá-lo para usufruir de parte dos direitos que lhe dá".

 Os portadores do cartão "pensavam que, ao recebê-lo, podiam utilizá-lo plenamente", acrescentou.

Nos últimos tempos, e tendo conhecimento das dúvidas que a questão está a colocar, o Ministério da Defesa Nacional colocou um conjunto de esclarecimentos nos meios digitais, indicando que "esta é uma medida de relativa complexidade atendendo à grande diversidade de operadores, serviços de transporte e sistemas de tarifários existentes nas diferentes áreas geográficas do país".

"Acresce que a sua concretização envolve quatro áreas governativas - Defesa Nacional, Finanças, Ambiente e Ação Climática e Infraestruturas e Habitação - e exige a articulação com as autoridades de transportes das áreas metropolitanas e das comunidades intermunicipais", prossegue a explicação.

A tutela não avança datas para a concretização da medida e as transportadoras também desconhecem a forma como a vão aplicar.

Contactada pela Lusa, a Associação Nacional de Transportes de Passageiros (Antrop), limitou-se a referir que aguarda a publicação da regulamentação para saber como este benefício irá ser aplicado.

Para o presidente da Liga dos Combatentes, Chito Rodrigues, esta questão dos benefícios é mais uma demonstração de como o Estatuto "é bom para o reconhecimento moral dos antigos combatentes, mas muito aquém do reconhecimento material".

Em declarações à Lusa, contou que a ideia da Liga para os benefícios nos transportes considerava os transportes públicos e não o "passe intermodal", conforme está definido na lei, o que reduz completamente o âmbito dos transportes".

Por essa razão, defende a revisão da lei e a clarificação deste, e outros, aspetos.

Alerta para o impacto de entregar um cartão onde se leem três direitos e depois não estarem todos em vigor. "É preciso calma", disse.

Chito Rodrigues acredita que a questão se irá compor e só espera que tal aconteça rapidamente, pois as dúvidas e as questões colocadas pelos antigos combatentes chegam à Liga "todos os dias e a todas as horas".

E deixa um aviso: "Somos cerca de 300 mil, mas daqui a 20 anos não está cá nenhum".

A Lusa contactou a Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) que optou por não se pronunciar sobre esta matéria.

Na quarta-feira, o PAN questionou o Governo sobre os atrasos na gratuitidade dos transportes públicos para antigos combatentes, afirmando que recebeu queixas de ex-combatentes que, "induzidos em erro pela carta que acompanhava o envio do cartão, tentaram, sem sucesso, fazer uso deste direito de utilização gratuita dos transportes públicos, não tendo em alguns casos conseguido obter explicação pelas empresas de transportes públicos para o sucedido".

A Lusa contactou várias empresas de transporte de passageiros, de norte a sul de Portugal, e nenhuma delas sabe como e quando a medida será aplicada.

Fonte: dnoticias.pt       Link: https://www.dnoticias.pt/2021/8/9/272318-ex-combatentes-revoltados-e-desiludidos-com-atrasos-na-gratuitidade-dos-transportes
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Deficientes das Forças Armadas queixam-se da rede médica de apoio na Região

Marco Livramento 05 Jan 2022 17:23


Irineu Barreto recebeu os representantes da Associação dos Deficientes das Forças Armadas esta quarta-feira. Foto DR



Foi no decorrer da audiência com Irineu Barreto que o presidente da Direcção Nacional da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) apontou algumas das dificuldades por que passam os seus associados madeirenses, nomeadamente as insuficiências ao nível da rede médica de apoio e o pagamento das despesas de transporte.

Na Madeira vivem cerca de 210 associados desta instituição de apoio a ex-militares, conforme apontaram os líderes nacional e regional, Coronel Nuno Santa Clara Gomes e Dr. João Martins, respetivamente.

Na ocasião, o novo presidente da Direcção Nacional, recentemente empossado para o mandato 2022-2024, manifestando satisfação pelo trabalho desenvolvido pela Instituição ao longo dos anos, mas não deixou de realçar algumas preocupações quanto ao futuro da ADFA, tendo em atenção o aumento da idade média dos seus associados e as dificuldades de financiamento da associação, assim como pela persistência de alguns constrangimentos legislativos, designadamente na falta de diferenciação entre assistência na doença e apoio a deficiências decorrentes do cumprimento do serviço militar.

Já o Representante da República aproveitou a ocasião para desejar as maiores felicidades aos novos corpos sociais e para louvar o relevantíssimo papel social da ADFA na luta pelo reconhecimento do sacrifício de tantos militares no serviço de Portugal, bem como na reabilitação da saúde de muitos antigos combatentes.




Link: dnoticias.pt              Link: https://www.dnoticias.pt/2022/1/5/291535-deficientes-das-forcas-armadas-queixam-se-da-rede-medica-de-apoio-na-regiao/
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Deficientes das Forças Armadas queixam-se de serem esquecidos pelos dois maiores partidos

Publicado 15 Janeiro 2022, 16:50 Por RTP


Fonte de imagem: DR



Cerca de 270 Deficientes das Forças Armadas que em 2016 deviam ter sido promovidos ao posto em que se encontram graduados, tal como sucedeu com quatro dezenas de camaradas seus, ficaram de fora dessa leva de promoções, provavelmente por lapso administrativo. Queixam-se agora da resistência do Governo e dos dois principais partidos parlamentares a corrigir esse lapso.
Um grupo de cidadãos conhecedores da frustração destes Deficientes das Forças Armadas (DFA) procurou entretanto tomar uma iniciativa que desbloqueasse a situação e pôs a circular uma petição pública https://peticaopublica.com/mobile/pview.aspx?pi=PT111074 a que a RTP teve acesso, e que segundo declarou ao online da RTP um dos seus promotores, capitão de mar-e-guerra Luís Costa Correia, tem registado uma adesão assinalável.

Na petição, ainda segundo Costa Correia, "transparece o natural desânimo sentido pela atitude de quem - deputados primeiro, e governantes depois - tem obstruído uma rápida e simples aplicação de justiça relativa à correcção de uma vincada desigualdade de tratamento entre dois conjuntos de Deficientes das Forças Armadas".

A isto acresce que os encargos financeiros mensais daquelas promoções importariam nuns 170 mil euros - "num orçamento em que a unidade de conta parece ser o milhão", sublinha ainda aquele oficial. A proposta nesse sentido, embora fosse análoga à que constava no orçamento de 2016, viu-se, mesmo assim, rejeitada pelos dois maiores grupos parlamentares.

Depois de dissolvida a Assembleia da República, nada impedia o Governo de ter resolvido o problema. E este, mesmo exibindo a novidade de incluir uma Secretaria de Estado dos Antigos Combatentes, recusou sugestão que lhe foi feita de aprovar um simples decreto que encerraria este assunto em tempo útil para os DFA, hoje na sua maioria octogenários.



Fonte: rtp.pt           Link: https://www.rtp.pt/noticias/politica/comeca-votacao-para-legislativas-prolongada-vacinacao-para-membros-de-mesas-de-voto_n1377301

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João Ferreira diz que é preciso fazer mais para valorizar antigos combatentes

Lusa
17 jan 2022 12:26



Fonte de imagem: sapo.pt

O dirigente comunista João Ferreira defendeu hoje que é necessário ir mais longe na valorização dos antigos combatentes das Forças Armadas e recordou que o PCP queria criar uma "pensão mínima de dignidade".

A manhã da primeira segunda-feira da campanha para as eleições legislativas foi ocupada com uma reunião na sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), em Lisboa.

No final da reunião, o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP sustentou que a situação "dos deficientes das Forças Armadas e dos antigos combatentes não pode ser esquecida".

"Estamos a falar ainda de milhares de portugueses e das suas famílias que carregam as feridas vivas ainda da sua condição de antigos combatentes", completou, razão pela qual o PCP considerou necessário ir mais longe no Estatuto do Antigo Combatente, aprovado em julho de 2020 na Assembleia da República.

Os comunistas propunham a criação de uma "pensão mínima de dignidade", que, de um modo faseado, impedisse que os antigos combatentes recebessem uma pensão "inferior ao salário mínimo".

Esta proposta acabou por não integrar o estatuto final, assim como o "complemento vitalício de pensão" para assegurar um mínimo de 50 euros.

Mais não foi feito, continuou, porque a dissolução do parlamento o impossibilitou, na sequência da rejeição da proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).

No final, João Ferreira transmitiu também uma mensagem da ADFA, que apelou à criação de uma "cultura de paz" e contra todos os conflitos que assolam o mundo.

Os dirigentes comunistas João Ferreira e João Oliveira substituem provisoriamente o secretário-geral do PCP na campanha para as eleições legislativas, enquanto Jerónimo de Sousa recupera de uma operação de urgência à carótida interna esquerda a que foi submetido em 13 de janeiro.

O secretário-geral comunista recebeu hoje alta hospitalar e vai continuar a recuperação em casa. A integração na caravana da CDU está prevista para o fim de semana.

Nas legislativas de 2019, a Coligação Democrática Unitária (CDU) - que integra o PCP, o PEV e a Associação Intervenção Democrática - elegeu 12 deputados (dez do PCP e dois do PEV) e obteve 6,33% dos votos, ou seja, 332.473 votos (de um total de 5.251.064 votantes), menos 113.507 do que em 2015, de acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI).

AFE // ACL

Lusa/Fim



Fonte: sapo.pt              Link: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/joao-ferreira-diz-que-e-preciso-fazer-mais_61e5622e4b798957878a754c
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CDU não quer deixar cair combatentes no esquecimento

18 Janeiro 2022 — 07:00


Fonte de imagem: © Paulo Spranger/Global Imagens


No segundo dia de campanha, João Ferreira esteve reunido com deficientes das Forças Armadas, em Lisboa. No final, o vereador da Câmara Municipal de Lisboa que substituiu Jerónimo de Sousa, que teve alta hospitalar horas mais tarde, frisou que a CDU quer melhorar o Estatuto do Antigo Combatente e dar mais apoios aos ex-militares e famílias.


"Ninguém fica para trás." Foi sob este mote, estampado na entrada da sede da
Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA), em Lisboa, que João Ferreira (CDU) foi recebido. O encontro serviu, segundo o candidato, para tentar garantir que esta realidade "não caia no esquecimento".

Para o vereador da Câmara Municipal de Lisboa, e número dez da lista pelo círculo eleitoral do distrito, os combatentes e as famílias carregam "as feridas vivas" do passado. Por isso, considera João Ferreira, esta questão é também "um problema da sociedade". Ao longo dos anos, refere, "o Partido Comunista tem tido uma intervenção constante na Assembleia da República para acorrer aos problemas" destas pessoas.

Por esta razão, a CDU considera ser preciso ir mais longe no Estatuto do Antigo Combatente, em vigor desde setembro de 2020. Para isso, os comunistas propunham a criação de uma "pensão mínima de dignidade", que impediria os combatentes de receber uma pensão inferior ao salário mínimo.

Em declarações aos jornalistas, ao lado de representantes da ADFA, João Ferreira disse que este encontro tem também associada uma mensagem "muito importante nos dias de hoje", de "promoção de paz, de prevenção de conflitos".

No entanto, nem só de reuniões se fez este encontro. Durante a ação de campanha, outra notícia surgiu: o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, sairia do hospital daí a poucas horas. As perspetivas para o rosto maior dos comunistas são otimistas. Se tudo correr como planeado após ter tido alta, o líder comunista retomará a campanha no próximo fim de semana.

Apesar da boa nova, o secretário-geral ainda tem uns dias de recuperação pela frente. Enquanto isso não acontece, João Ferreira e João Oliveira têm tomado conta da campanha. Segundo o substituto de Jerónimo de Sousa, esta é uma boa notícia, recebida com desejos de uma retoma rápida, para que Jerónimo volte "cheio de energia e de vontade" à campanha.

Visto como um dos rostos mais fortes à sucessão de Jerónimo de Sousa, João Ferreira não aponta ao cargo. "A substituição que todos desejamos é que seja feita por ele próprio", desejando que "possa voltar" o mais depressa possível. Além disso, refere, "esta não é a campanha de apenas um homem, mas sim de milhares de homens e de mulheres por todo o país".

Depois de Lisboa, a caravana da CDU seguiu viagem para Couço, no concelho de Coruche. A campanha da CDU termina no dia 28 de janeiro, com um comício no distrito de Braga.

Texto de Rui Miguel Godinho editado por Carlos Ferro



Fonte: dn.pt            Link: https://www.dn.pt/politica/cdu-nao-quer-deixar-cair-combatentes-no-esquecimento-14500047.html
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"Têm coragem de os encarar?" 270 militares deficientes esquecidos pelo Estado


PorRicardo Alexandre
02 Fevereiro, 2022 • 17:54


São 270 militares, deficientes das Forças Armadas, que não tiveram as pensões atualizadas em 2016 como aconteceu com uns quantos. Há anos esperam uma solução. Sentem-se esquecidos pelo Estado.


© Leonel de Castro/Global Imagens

Grupos parlamentares, Governo, Presidente da República, eles correram tudo. Foram onde puderam. Não resultou. Mesmo havendo no Governo uma secretaria de Estado que lhes é dedicada. A dissolução do Parlamento não ajudou e a resolução do problema voltou a ser adiada.

Escreveram uma petição dirigida ao primeiro-ministro. Um dos signatários, em nome dos camaradas (mesmo não sendo, ele próprio, deficiente das Forças Armadas) é o Comandante Luís Costa Correia que fala pelos camaradas que não foram contemplados por essa disposição em 2016, que "por lapso ou esquecimento, foi aplicada apenas a quarenta". Tentaram, por via parlamentar, a aprovação de um artigo semelhante que pudesse corrigir a situação.

Costa Correia recorda que alguns dos visados na falta de atualização das pensões "já são octogenários, muitos deles com graves lesões visíveis, outros com graves lesões embora não visíveis, e aqueles que psicologicamente ficaram arrasados; será que esses responsáveis serão capazes de os encarar se os virem na rua?". A correção do que consideram ser uma injustiça não iria pesar muito no Orçamento do Estado, segundo este antigo oficial da Marinha: "Eram apenas 160 mil euros mensais, isto num orçamento cuja unidade de conta é o milhão."

Luís Costa Correia tem a indicação de que o caso já pode ter passado do gabinete do primeiro-ministro para o ministro da Defesa, que até tem uma secretária de Estado dos antigos combatentes e entende que esta é uma boa oportunidade para António Costa dar aplicação prática ao discurso que fez na noite da vitória eleitoral, "se quiser aplicar o conceito de que maioria absoluta não é poder absoluto e governar sozinho. Aqui tem uma pequena sugestão para que se corrija uma injustiça deste género".

Mas o facto de haver no governo uma secretária de Estado dos antigos combatentes não ajudou a resolver o problema: "Até agora, não."

A TSF solicitou esta tarde esclarecimentos ao Ministério da Defesa.


Ouça no link da noticia oficial os comentários em audio:







Fonte: tsf.pt            Link: https://www.tsf.pt/portugal/sociedade/tem-coragem-de-os-encarar-270-militares-deficientes-esquecidos-pelo-estado-14553456.html
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Deficientes do Ultramar querem rever incapacidade

Hermana Cruz
11 Março 2022 às 19:32



Vírgilio Manuel está em greve de fome desde o dia 2 de março na escadaria do Parlamento, em protesto por apenas receber 278 euros de pensão
Foto: Reinaldo Rodrigues/Global Imagens


A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) quer que sejam esclarecidos os critérios utilizados na atribuição de incapacidade aos ex-combatentes e também que os processos possam ser reavaliados ao fim de 10 anos. As exigências surgem devido à greve de fome que um dos seus associados está a fazer na escadaria do Parlamento.

"Este caso vai ao encontro de muitos outros: a necessidade da clarificação do conceito de campanha, que tem deixado ao desamparo centenas de deficientes militares, vítimas da insensibilidade ou desconhecimento de quem elabora os processos", considera a ADFA, pedindo que sejam tomadas medidas legislativas "com caráter de urgência".




Fonte: jn.pt             Link: https://www.jn.pt/nacional/deficientes-do-ultramar-querem-rever-incapacidade-14673158.html
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Deficientes das Forças Armadas pedem aos deputados para resolverem problemas nos 50 anos do 25 de Abril

Agência Lusa 15 jun 2022, 15:30

Entre as dificuldades elencadas pelo presidente da direção da Associação de Deficientes das Forças Armadas está a dificuldade no acesso a próteses, especialmente tendo em conta o local de residência.


O presidente da associação considera que o apoio às Forças Armadas não é apenas uma questão cívica, mas ética  TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

A Associação de Deficientes das Forças Armadas apelou esta quarta-feira aos deputados que aproveitem os 50 anos do 25 de Abril de 1974 para resolver alguns problemas destes antigos militares, como a dificuldade no acesso a próteses.

Este apelo foi deixado pelo presidente da direção nacional da ADFA, coronel José Clara Gomes, numa audiência na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na qual lembrou que esta associação “nasceu do pouco cuidado ou do desprezo mesmo a que foram votados os deficientes militares durante o tempo da guerra [do Ultramar]”.

“Não é por acaso que alguns de nós fizeram parte do 25 de Abril e isso tem a ver com aquela necessidade que tivemos, num conceito que para nós é extremamente importante, que é a cidadania plena. (…) O grande apelo que faço a esta casa que nos merece todo o respeito é esse: porque não aproveitar os 50 anos do 25 de Abril, os 50 anos da fundação da ADFA, para encerrar o nosso contencioso?”, questionou.

Entre as dificuldades elencadas pelo presidente da direção da ADFA — que esteve acompanhado pelo secretário, coronel Manuel Lopes Dias, e tesoureiro, Cândido Mendes — está a dificuldade no acesso a próteses, que se agravam consoante um cidadão viva em Lisboa ou na ilha do Corvo, onde “fica mais complicado”, exemplificou.

“Temos que ter a consciência de que ficar sem uma prótese não é o mesmo que ficar sem uma escova de dentes, [o cidadão] não se desloca pura e simplesmente, está diminuído. E depois há processos administrativos que são caros. Não sei se têm noção, mas uma prótese de uma perna já não é como antigamente um bocado de pau com uma borracha na ponta, é uma coisa eletrónica que pode custar 30 ou 40 mil euros”, referiu.

O coronel vincou ainda que a ajuda aos deficientes das Forças Armadas é “não só uma questão cívica, é uma questão de ética” e sublinhou que estes antigos combatentes “têm que ser apoiados no dia a dia” e não ter “apenas transportes gratuitos ou entradas grátis em museus” — numa alusão a medidas do Estatuto do Antigo Combatente.

Todos os partidos concordaram quanto à importância das reivindicações da ADFA, tendo trocado algumas acusações sobre responsabilidades executivas ou até sobre a necessidade de juntar às palavras os atos.

Pelo PS, a deputada Anabela Real disse que os socialistas registam as preocupações da associação, priorizando esta questão, tratando-se de “um desígnio nacional”.

Logo a seguir, Emília Cerqueira, do PSD, mostrou preocupação pelo “tratamento em matéria de integração” feito pelo atual governo dos deficientes das Forças Armadas, apelando a que “as ações sejam coincidentes com os discursos”.

Também o social-democrata Carlos Eduardo Reis criticou as verbas do Orçamento do Estado para 2022 na área da Defesa, lamentando a falta de investimento.

Pelo Chega, o deputado Pedro Pessanha disse que os antigos combatentes, e nomeadamente os deficientes das Forças Armadas, são uma “prioridade absoluta” para o partido, deixando uma série de questões à associação.

Já Patrícia Gilvaz, da Iniciativa Liberal, vincou que este deve ser um tema transversal, independente de “posicionamentos político-partidários” e defendeu uma “resposta digna e duradoura”.

João Dias, do PCP, lamentou que sejam criadas aos antigos combatentes “muita expectativa, mas quando se chega ao momento de traduzir essa expectativa na prática em alteração da vida dos antigos combatentes, aí já não se traduz”.

Pelo BE, a deputada Joana Mortágua também referiu a “aparente unanimidade no discurso” dos vários partidos mas advogou que esse respeito tem que ser “traduzido em mais ação”.

No final da audiência, o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, o social-democrata Fernando Negrão, dirigiu-se aos representantes da ADFA: “Esperemos que essa ideia da comemoração do 25 de Abril com a pacificação com os problemas que versam da guerra colonial sejam resolvidos e essa ideia é uma ideia muito interessante”, disse.






Fonte: observador.pt                     Link: https://observador.pt/2022/06/15/deficientes-das-forcas-armadas-pedem-aos-deputados-para-resolverem-problemas-nos-50-anos-do-25-de-abril/
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Atrasos nas próteses deixam deficientes militares desesperados, em “prisão domiciliária”

12 AGOSTO 2022 11:29

Vítor Matos
texto Jornalista
Tiago Miranda
fotos Fotojornalista



Carlos Fanado, perdeu uma perna e um pé numa emboscada, na Guiné-Bissau, durante a Guerra Colonial, um mês antes do 25 de Abril. Espera há oito meses por um novo encaixe para a prótese. FOTO TM Tiago Miranda

Há mutilados da guerra meses à espera de material como próteses ou botas ortopédicas. Sentem-se revoltados, continuam a sentir-se tratados como “carne para canhão” e há quem faça ameaças

O furriel Carlos Fanado foi o único sobrevivente do último grande ataque do PAIGC na Guiné-Bissau, já no fim da Guerra Colonial. A emboscada apanhou-o no dia 22 de março de 1974, a um mês e dois dias do 25 de Abril: “Os que iam comigo na viatura morreram todos... eu perdi as duas pernas.” Numa, foi amputado acima do joelho. Na outra, usa uma bota “de características muito especiais”, feita por medida na Alemanha. “Assim que fiquei amputado mandaram-me para a Alemanha e estive lá um ano para me porem a andar”, recorda. Aos 71 anos, desde janeiro que está limitado às muletas, quando o médico do Hospital das Forças Armadas lhe prescreveu uma nova ida à Alemanha para refazer o encaixe da prótese. Mas o processo não avançou ao longo de oito meses e este bancário reformado, a viver em Cascais, não sabe nem como nem quando será resolvido. “Estou nisto... não sei nada da minha vida. Tenho de andar de muletas, com problemas de coluna — para não falar dos psicológicos —, e recusam-me o tratamento a que tenho direito”, desabafa, com irritação, impaciência e revolta: “Fui como carne para canhão, mandado para lá, estive três anos no Hospital Militar e agora estou nesta situação porque os senhores militares me recusam assistência.”

O Orçamento do Estado tem previsto €20 milhões anuais para os deficientes das Forças Armadas e apresenta como objetivo “apoiar a saúde, a qualidade de vida, a autonomia e o envelhecimento saudável de antigos combatentes e, em concreto, de deficientes militares, por forma a prevenir a sua dependência, precariedade, isolamento e exclusão”. Mas o Expresso falou com quatro ex-combatentes e todos têm queixas semelhantes, que garantem ser inéditas: meses à espera de substituição ou reparação de próteses, sem que o Laboratório Militar lhes dê um prazo. O desespero é de tal ordem que um dos ex-militares com que o Expresso falou, para além dos que são citados neste artigo — e que preferimos não identificar dado o tipo de declarações —, ameaça com atentados a políticos que ele entenda terem responsabilidade na situação.






Fonte: expresso.pt                   Link: https://expresso.pt/politica/2022-08-12-Atrasos-nas-proteses-deixam-deficientes-militares-desesperados-em-prisao-domiciliaria-22fdd8c7
« Última modificação: 12/08/2022, 16:54 por Nandito »
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Deficientes militares: Exército justifica atrasos na entrega próteses com burocracia nas aquisições

12 AGOSTO 2022 13:00
Vítor Matos Jornalista




José Marto Dias, perdeu a perna enquangto combatia no Ultramar, em Lisboa. FOTO TM Tiago Miranda

Perante as queixas dos ex-combatentes feridos na guerra, o Exército diz-se "ciente das dificuldades perpetradas pelo regime legal a observar" e reconhece tempos de espera entre 45 dias e seis meses.

Os atrasos na entrega de próteses, botas ortopédicas ou cadeiras de rodas aos deficientes das Forças Armadas, noticiados pelo Expresso na edição desta sexta-feira, são justificados pelo Exército com os procedimentos legais para efetuar as aquisições. Quatro ex-combatentes, mutilados na guerra, relataram atrasos superiores a sete ou oito meses, no entanto, o Exército responde que "o tempo médio de satisfação dos artigos constantes da prescrição médica ronda os 45 dias, havendo artigos que são fornecidos de imediato e outros que poderão chegar até seis meses".





Fonte: expresso.pt                     Link: https://expresso.pt/politica/2022-08-12-Deficientes-militares-Exercito-justifica-atrasos-na-entrega-proteses-com-burocracia-nas-aquisicoes-55d6820d
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Deficientes das Forças Armadas: PSD quer explicações da ministra da Defesa sobre atrasos na entrega de próteses

22 AGOSTO 2022 18:05 Isabel Paulo
Jornalista



Carlos Fanado, perdeu uma perna e um pé numa emboscada, na Guiné-Bissau, durante a Guerra Colonial, um mês antes do 25 de Abril. Espera há oito meses por um novo encaixe para a prótese. FOTO TM Tiago Miranda

Bancada parlamentar 'laranja' pede esclarecimentos ao Governo sobre a razão da demora na disponibilização de próteses a militares e que diligências já efetuou para resolver "esta situação intolerável". Advertência surge após o Expresso ter revelado que Deficientes das Forças Armadas sentem-se em "prisão domiciliária".

O Grupo Parlamentar do PSD entregou, esta segunda-feira, na Assembleia da República uma pergunta dirigida à ministra da Defesa sobre os reiterados atrasos na disponibilização de dispositivos médicos destinados “aos Deficientes das Forças Armadas junto do Laboratório Militar".

O pedido de resposta surge após o Expresso ter revelado, a 12 de agosto, que há mutilados de guerra à espera de próteses ou botas ortopédicas há oito meses, o que obriga, em muitos casos, os militares a ficarem em “prisão domiciliária”. A bancada liderada por Joaquim Miranda Sarmento liderado questiona ainda a ministra da Defesa em relação às diligências que já foram ou serão efetuadas para resolver "esta situação que não pode ser tolerável".

Na missiva à tutela, a bancada 'laranja' recorda que, tal como decorre da Lei, é considerado deficiente das Forças Armadas “o cidadão que no cumprimento do serviço e na defesa dos interesses da Pátria adquiriu uma diminuição na capacidade geral de ganho, diminuição das possibilidades de trabalho para angariar meios de subsistência, em resultado de acidente e/ou doença”.

Para o grupo parlamentar social-democrata, Portugal tem para com os militares Deficientes das Forças Armadas “uma dívida de gratidão” que se traduz no compromisso de garantir uma vida digna e o acesso a cuidados de saúde capazes de ajudar a ultrapassar as dificuldades resultantes das operações militares em que participaram.

O PSD salienta que o problema não é novo, repetindo-se ao longo dos últimos anos: “Observamos que os DFA têm passado por enormes dificuldades, nomeadamente na obtenção de próteses em tempo oportuno”. Na questão destinada à Defesa, os deputados recordam as declarações ao Expresso do presidente da Delegação de Lisboa da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Francisco Janeiro, que afirmou dispor de uma lista de quase 30 ex-combatentes com problemas urgentes de falta de próteses, cadeiras de rodas, espaldares para o banho, aparelhos auditivos ou baterias para cadeiras elevatórias, “tudo porque o Laboratório Militar estará à espera de cabimentação orçamental”.

O grupo parlamentar alerta a ministra da Defesa que apresentou uma proposta de alteração no debate do OE para 2021 a defender que “as verbas destinadas aos DFA fossem excecionadas de qualquer cativação ou retenção”, proposta aprovada por todos os partidos, com exceção do PS “que votou contra”. Contudo, em sede de especialidade no OE para 2022, uma proposta do PSD a manter a exceção de cativações ou retenções acabou por ser “rejeitada com o voto do grupo parlamentar do PS”, avança o comunicado.






Fonte: expresso.pt                  Link: https://expresso.pt/politica/2022-08-22-Deficientes-das-Forcas-Armadas-PSD-quer-explicacoes-da-ministra-da-Defesa-sobre-atrasos-na-entrega-de-proteses-240b91b3
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