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Autor Tópico: João é um “viciado” no CrossFit — e vai representar Portugal numa prova adaptada  (Lida 31 vezes)

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João é um “viciado” no CrossFit — e vai representar Portugal numa prova adaptada

Começou a fazer CrossFit há quase nove anos e já depois da amputação da perna direita. Agora, vai representar Portugal numa das maiores provas internacionais de CrossFit adaptado.

Bárbara Baltarejo (texto) e Rui Gaudêncio (fotografia)
15 de Setembro de 2023, 10:08

Avida de João Jerónimo, 34 anos, teve, até agora, uma constante: o desporto. Começou aos quatro anos, no andebol – a “paixão” de sempre, como descreve — e o acidente que teve aos 15 (e que o deixou sem uma perna) não o afastou desse mundo. O confesso “viciado” no Crossfit está de malas feitas para representar Portugal numa das maiores competições internacionais da modalidade adaptada, que acontece este fim-de-semana, de 15 a 17 de Setembro, em Barcelona. E o objectivo é só um: fazer mais e melhor.

“Gostava de ter um pódio”, admite, em conversa com o P3. Mas os planos para o Wodcelona, onde vai participar na categoria one point lower, para atletas com um membro inferior amputado, passam muito mais por “aprender com os melhores”.


Quem não o conhece, não adivinharia que vive uma “vida dupla” — durante o dia trabalha na Câmara Municipal de Leiria, enquanto assistente operacional na área de contratações públicas. Antes e depois do trabalho, passa o tempo a treinar, num total de quatro horas por dia. Conciliar tudo é uma espécie de “jogo de Tetris”, diz, a brincar, uma sequência que cumpre todos os dias com uma pontualidade britânica.

Começa às 6h da manhã com um treino em jejum na bicicleta estática antes de seguir para o trabalho. Depois do expediente, tem encontro marcado na box Crossfit Leiria Sul para o WOD (ou Work Out of The Day, uma gíria da área que se refere ao treino diário). “Depois chego a casa às 18h para despachar o jantar e o almoço do dia seguinte”, afirma. Afinal, a alimentação é uma parte importante deste Tetris, e todas as refeições são pensadas (e pesadas) ao grama com a ajuda de um nutricionista.

Preparado o menu do dia seguinte, é hora de se juntar à equipa de andebol em cadeira de rodas da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) de Leiria. Porque o andebol foi mesmo o seu primeiro amor.


João Jerónimo é um desportista nato: faz andebol e crossfit RUI GAUDÊNCIO

Experimentou pela primeira vez aos quatro anos e teve uma evolução rápida e contínua. Aos 10, já jogava “nos escalões acima [da idade] porque era maior e mais entroncado que os outros miúdos”. Passou pela Juventude Desportiva do Lis, pelo União de Leiria e pelo Atlético Clube Sismaria, onde deu “o maior pulo” da carreira. Aos 15 anos, estava num momento alto e decisivo. Já tinha feito um estágio para a selecção nacional, os treinos eram bidiários e a oportunidade de treinar num clube maior parecia cada vez mais próxima — até um acidente lhe mudar os planos.

Uma brincadeira; uma mudança de vida
Foi uma brincadeira inocente. Estava à espera que a mãe saísse do trabalho, pegou “num empilhador” e despistou-se. “Tentei segurá-lo, mas a máquina continuou a andar e a cabine esmagou-me contra a parede”, conta, 19 anos depois. As consequências foram graves: João sofreu um esmagamento da anca central, esteve 52 vezes no bloco operatório, levou 124 pontos.

Os médicos optaram por amputar a perna direita por completo e, a partir desse momento, João teve de se adaptar a uma nova rotina. “O primeiro mês foi o mais complicado”, assume. “Foi de aceitação do que me tinha acontecido.” Mas não esteve muito tempo parado.

Quase de seguida, tirou o “curso de cronometrista e de oficial de mesa” de andebol, para poder estar próximo dos colegas, a controlar o marcador, registar golos ou a preencher documentação técnica sobre os jogos para entregar à federação. Contudo, estar fora das quatro linhas foi uma solução a curto prazo. “Começou a fazer-me muita confusão a ideia de não poder jogar”, admite.


Procurou alternativas. Experimentou o lançamento de pesos e a natação paralímpica, com muito bons resultados — no currículo desportivo guarda o título de campeão nacional e campeão ibérico na natação.



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