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Autor Tópico: Transfusão de sangue  (Lida 21615 vezes)

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Offline Sininho

Transfusão de sangue
« em: 31/10/2010, 16:46 »
 
A transfusão de sangue é a transferência de sangue ou de um componente sanguíneo de uma pessoa (dador) para outra (receptor).

As transfusões realizam-se para aumentar a capacidade do sangue para transportar oxigénio, restaurar o volume de sangue do corpo, melhorar a imunidade e corrigir problemas de coagulação.

Dependendo do motivo da transfusão, o médico pode requerer sangue completo ou apenas um componente sanguíneo, como glóbulos vermelhos, plaquetas, factores da coagulação, plasma fresco congelado (a parte líquida do sangue) ou glóbulos brancos.  Sempre que seja possível, a transfusão limita-se ao componente sanguíneo que satisfaz a necessidade específica do doente, em vez do sangue completo. Fornecer um componente específico é mais seguro e não se desperdiçam os restantes.

Nos países mais desenvolvidos realizam-se vários milhões de transfusões todos os anos. Graças ao aperfeiçoamento das técnicas de detecção, as transfusões hoje em dia são mais seguras do que nunca. Mas ainda originam riscos para o receptor, como reacções alérgicas e infecções. Embora a possibilidade de contrair SIDA ou hepatite pelas transfusões seja remota, os médicos estão muito conscientes destes riscos e fazem transfusões apenas quando não existe outra alternativa.

Controlo da infecção do sangue de um dador

A transfusão de sangue pode transmitir doenças infecciosas presentes no sangue do dador. Por esta razão os responsáveis de saúde intensificaram os métodos de controlo. Hoje em dia, todas as doações de sangue são submetidas a um controlo de hepatite viral, SIDA, sífilis e outros vírus específicos.

Hepatite viral


Analisa-se o sangue doado para verificar que não possui os tipos de hepatites virais (B e C) transmitidas através das transfusões de sangue. Estas análises não podem identificar todos os casos de sangue infectado, mas, graças aos avanços recentes no controlo e verificação do sangue do dador, a transfusão quase não tem risco de transmissão da hepatite B. A hepatite C continua a ser a mais frequente das infecções potencialmente graves transmitidas através das transfusões de sangue, com um risco actual de aproximadamente três infecções por cada 10 000 unidades sanguíneas de transfusão.

SIDA

O sangue do dador é analisado à procura do vírus da imunodeficiência humana (VIH), a causa da SIDA. A análise não tem 100 % de precisão, mas entrevistam-se os dadores como parte do processo de controlo. Os entrevistadores investigam acerca dos factores de risco de SIDA (por exemplo, se os dadores ou os seus parceiros sexuais mantiveram relações sexuais com um homem homossexual). Graças à análise de sangue e à entrevista, o risco de contrair SIDA através da transfusão de sangue é extremamente baixo (1 em cada 420 000), de acordo com estimativas recentes.

Sífilis

Não é comum que as transfusões de sangue transmitam sífilis. Além de controlar os dadores e as suas doações de sangue quanto à sífilis, o sangue doado é, além disso, refrigerado a temperaturas baixas, que matam os organismos infecciosos.


Colheita e classificação do sangue


Existem organismos de saúde oficiais que regulam a colheita, o armazenamento e o transporte do sangue e seus componentes. Muitas autoridades sanitárias locais e estatais, assim como a Cruz Vermelha e os bancos de sangue, entre outros, têm as suas próprias normas adicionais.

Os dadores de sangue submetem-se a vários exames para constatar o seu estado de saúde. Toma-se o seu pulso, mede-se a pressão arterial e a temperatura e analisa-se uma amostra de sangue para verificar se estão anémicos. Pergunta-se-lhes se sofrem ou sofreram de alguma doença que os impossibilite de doar sangue. Doenças como a hepatite, problemas cardíacos, cancro (salvo certos tipos, como o cancro de pele localizado), a asma grave, o paludismo, as perturbações hemorrágicas, a SIDA e a possível exposição ao vírus da SIDA podem incapacitar um dador de forma permanente. A exposição à hepatite, uma gravidez, uma grande cirurgia recente, uma pressão arterial alta mal controlada, uma pressão arterial baixa, uma anemia ou o uso de certos medicamentos podem incapacitar um dador temporariamente. Estas restrições foram desenvolvidas para proteger tanto o dador como o receptor. Em geral, não se permite aos dadores dar sangue mais de uma vez em cada dois meses. O costume de pagar aos dadores de sangue quase desapareceu, já que incentivava os necessitados a apresentarem-se como dadores e negavam ter qualquer doença que os incapacitasse como tais.

Para os dadores seleccionados, dar sangue é muito seguro. Todo o processo precisa de cerca de uma hora; a doação em si mesma não leva mais de 10 minutos. Habitualmente experimenta-se uma sensação de comichão quando se espeta a agulha, mas o próprio processo é indolor.

A unidade de sangue doada anda à volta de meio litro. O sangue recém-obtido é selado em bolsas de plástico que contêm conservantes e um composto anticoagulante. Uma amostra pequena de cada dador é examinada para detectar doenças infecciosas como a SIDA, a hepatite viral e a sífilis. O sangue refrigerado conserva-se em bom estado durante 42 dias. Em circunstâncias especiais (por exemplo, para conservar um tipo de sangue pouco comum) os glóbulos vermelhos podem ser congelados e conservados durante um máximo de 10 anos.

Como realizar uma transfusão de sangue que não é compatível com o receptor pode ser perigoso, o sangue doado é habitualmente classificado em grupos A, B, AB ou O e como Rh positivo ou Rh negativo. Por exemplo, o tipo de sangue de uma pessoa pode pertencer ao grupo O positivo ou ao AB negativo. Como precaução adicional, antes de começar a transfusão, um técnico mistura uma gota do sangue do dador com sangue do receptor para se assegurar de que são compatíveis; este procedimento denomina-se teste de compatibilidade.

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« Última modificação: 31/10/2010, 16:53 por Sininho »
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Offline Sininho

Re:Transfusão de sangue - O sangue e os componentes sanguíneos
« Responder #1 em: 31/10/2010, 16:49 »
 
O sangue e os componentes sanguíneos

Uma pessoa que precisa de uma grande quantidade de sangue com urgência (alguém que está sangrando muito, por exemplo) pode receber sangue completo para facilitar a recuperação da circulação e do volume de sangue. Também se pode administrar sangue completo quando o componente sanguíneo necessário não se encontra disponível sob forma separada.

Tipos de sangue compatíveis


O componente do sangue que mais habitualmente se transfunde são os concentrados de glóbulos vermelhos, que podem restabelecer a capacidade do sangue para transportar oxigénio. Este componente pode dar-se a uma pessoa com hemorragia ou anemia grave. Visto que os glóbulos vermelhos congelados são muito mais caros do que os concentrados de glóbulos vermelhos, habitualmente reservam-se aqueles para as transfusões dos tipos de sangue menos comuns.

Algumas pessoas que precisam de sangue são alérgicas a este. Se os medicamentos não conseguem prevenir as reacções alérgicas, a pessoa pode ter que receber glóbulos vermelhos lavados. A lavagem dos glóbulos vermelhos retira do plasma do dador quase todo o rastro de substâncias que podem causar reacções alérgicas.

Uma quantidade reduzida de plaquetas (trombocitopenia) pode causar uma hemorragia grave e espontânea. A transfusão de plaquetas pode restaurar a capacidade de coagulação do sangue. Os factores da coagulação são as proteínas do plasma que normalmente trabalham com as plaquetas para que o sangue coagule. Se não existisse esta coagulação, a hemorragia não cessaria depois de se produzir uma lesão. Os concentrados de factores da coagulação do sangue podem ser fornecidos às pessoas que sofrem de uma doença hereditária do sangue, como a hemofilia ou a síndroma de Von Willebrand.

Os factores de coagulação encontram-se no plasma. O plasma fresco congelado utiliza-se nas perturbações do sangue quando não se conhece o factor de coagulação que falta ou quando não se dispõe do concentrado do mesmo. Também se usa quando a hemorragia é causada por uma produção insuficiente de factores de coagulação, como no caso de uma insuficiência hepática.

Não é frequente que se realize uma transfusão de células brancas para tratar de infecções letais em pessoas cuja contagem de glóbulos brancos é muito baixa ou cujos glóbulos brancos funcionam de forma anormal. Nestes casos, habitualmente receitam-se antibióticos. Ocasionalmente, administram-se anticorpos (imunoglobulinas), componentes do sangue que protegem o organismo de algumas doenças, para criar imunidade em pessoas que foram expostas a uma doença infecciosa como a varicela ou a hepatite, ou naquelas que apresentam uma baixa quantidade de anticorpos.

Tratamento de doenças mediante transfusões de sangue

Os médicos usam um tipo de transfusão chamada hemaférese para tratar certas doenças. A hemaférese é um processo de purificação. Consiste em extrair sangue de uma pessoa, eliminar os elementos ou componentes prejudiciais e efectuar uma retransfusão do sangue purificado.

Os dois tipos mais comuns de hemaférese recebem o nome de citaférese e plasmaférese. A citaférese extrai as quantidades excessivas de certas células sanguíneas. Utiliza-se para tratar a policitemia (um excesso de glóbulos vermelhos), certos tipos de leucemia (um excesso de glóbulos brancos) e a trombocitose (um excesso de plaquetas). A plasmaférese (intercâmbio de plasma) extrai os elementos prejudiciais do plasma (a parte líquida do sangue).

Por exemplo, usa-se para tratar a miastenia grave e a síndroma de Guillain-Barré.

Difícil e cara, a hemaférese está normalmente reservada para pessoas com doenças graves que não responderam ao tratamento convencional. Para ser útil, a hemaférese deve extrair o elemento sanguíneo a uma velocidade superior à que o corpo necessita para o produzir. A hemaférese deve ser repetida apenas se for necessário, já que as deslocações importantes de líquidos entre os vasos sanguíneos e os tecidos que ocorrem quando se faz a extracção e se realizam a transfusão e a retransfusão podem causar complicações em pessoas já doentes. A hemaférese pode contribuir para controlar algumas doenças, mas em geral não consegue curá-las.
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Offline Sininho

Re:Transfusão de sangue - Procedimentos de doação especial
« Responder #2 em: 31/10/2010, 16:52 »
 
Procedimentos de doação especial

Numa transfusão tradicional, uma pessoa doa sangue completo e outra pessoa recebe-o. Contudo, este conceito está a ampliar-se. Consoante o caso, uma pessoa pode receber um único componente sanguíneo, por exemplo as células ou os factores de coagulação. A transfusão só de componentes seleccionados faz com que o tratamento seja específico, reduz os riscos dos efeitos colaterais e permite usar os diferentes componentes de uma única unidade de sangue para tratar de maneira eficaz várias pessoas. Noutros casos, uma pessoa pode receber o seu próprio sangue completo (transfusão autóloga).

Aférese

Na aférese, um dador dá apenas o componente sanguíneo específico que o receptor requer, em vez do sangue completo. Se um receptor necessita de plaquetas, extrai-se sangue completo do dador e uma máquina que separa os componentes do sangue extrai as plaquetas e devolve o resto do sangue ao dador. Como os dadores voltam a receber a maioria do seu sangue, podem doar, sem risco, de 8 a 10 vezes mais plaquetas durante um destes procedimentos do que as que se poderiam recolher se doassem sangue completo uma única vez.

Transfusão autóloga

A transfusão de sangue mais segura é aquela em que o dador também é o receptor, já que elimina o risco das incompatibilidades e das doenças induzidas pelo sangue. Por vezes, quando um doente sofre uma hemorragia ou é submetido a uma intervenção cirúrgica, pode colher-se o sangue e este ser devolvido ao doente. É ainda mais frequente que a pessoa doe sangue que receberá depois numa transfusão. Por exemplo, um mês antes da intervenção, uma pessoa pode doar várias unidades de sangue para as receber (se for necessário) durante ou depois daquela.

Doação directa ou dirigida

Os familiares ou amigos podem doar sangue especificamente uns aos outros, desde que o grupo sanguíneo e o Rh do receptor e do dador sejam compatíveis. Para alguns receptores, saber quem doou o sangue faz com que se sintam melhor, apesar de uma doação de um familiar ou amigo não ser necessariamente mais segura que a procedente de um desconhecido. O sangue de um familiar trata-se com irradiação para prevenir a doença do enxerto contra o receptor, que, embora pouco frequente, ocorre mais amiúde quando o receptor e o dador são aparentados.

Precauções e reacções

Para minimizar os riscos de uma reacção durante a transfusão, os responsáveis de saúde tomam várias precauções. Depois de verificarem duas vezes que o sangue que vão utilizar é compatível com o do receptor, administram-no lentamente, em geral durante duas horas ou mais para cada unidade de sangue. Como a maioria das reacções adversas se produz durante os primeiros 15 minutos da transfusão, no princípio o receptor é observado cuidadosamente. Depois disto, uma enfermeira pode inspeccionar o receptor todos os 30 ou 45 minutos e, se apresentar uma reacção adversa, pára-se a transfusão.

A maioria das transfusões são seguras e alcançam o seu objectivo; contudo, de vez em quando produzem-se reacções ligeiras e raramente reacções graves e fatais. As reacções mais frequentes são febre e alergias (hipersensibilidade), que ocorrem em 1 % a 2 % das transfusões. Os sintomas incluem prurido, erupções, inflamação, vertigens, febre e dor de cabeça. Com menos frequência aparecem dificuldades respiratórias, arquejos e espasmos musculares. Não é frequente que uma reacção alérgica seja suficientemente grave para ser perigosa. Existem tratamentos que permitem praticar transfusões a pessoas que previamente sofriam de reacções alérgicas.

Apesar de se verificar cuidadosamente a compatibilidade do sangue, ainda existem incompatibilidades que ocasionam a destruição dos glóbulos vermelhos administrados pouco depois da transfusão (reacção hemolítica). Habitualmente, esta reacção começa com uma sensação de incomodidade geral ou de ansiedade durante a transfusão ou imediatamente depois da mesma. Por vezes aparecem dificuldades respiratórias, pressão torácica, rubor e dor aguda nas costas. Muito raramente, as reacções tornam-se mais graves ou mortais. O médico pode averiguar se uma reacção hemolítica está a destruir os glóbulos vermelhos verificando se a hemoglobina libertada por estas células está presente no sangue e na urina do paciente.

Os receptores de transfusões podem sofrer uma sobrecarga de líquido. Os que sofrem de doenças cardíacas são muito vulneráveis, de maneira que as transfusões se realizam mais lentamente e sob um controlo mais rigoroso.

A doença do enxerto contra o receptor é uma complicação não usual que afecta as pessoas cujo sistema imunitário se encontra lesado principalmente por drogas ou doenças. Nesta doença, os tecidos do receptor (hospedeiro) são atacados pelos glóbulos brancos do dador (enxerto). Os sintomas incluem febre, pressão arterial baixa, erupções, destruição de tecido e choque.

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