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Autor Tópico: Prioridade dada a ex-doentes Covid no acesso ao CMRSul indigna cidadãos com deficiência  (Lida 10425 vezes)

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Prioridade dada a ex-doentes Covid no acesso ao CMRSul indigna cidadãos com deficiência

Por Hugo Rodrigues • 10 de Março de 2021 - 9:20
Movimento Determinante diz que há pessoas com lesões graves há meses à espera por uma vaga no centro de reabilitação algarvio



CMRSul – Foto: Hugo Rodrigues | Sul Informação

Hugo Rodrigues

A Associação Movimento Determinante afirmou, numa Carta Aberta, o seu «desagrado e estupefação» pela criação de uma valência para reabilitação de doentes Covid-19 no Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul (CMR Sul), em São Brás de Alportel, quando há «uma preocupante lista de espera, que rondará os 5 meses» nesta instituição, de pessoas com lesões medulares, traumatismos crânio-encefálicos e vítimas de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC), entre outras.

A Associação de Cidadãos com deficiência, seus Cuidadores e Amigos não coloca em causa o direito dos doentes recuperados da Covid-19, mas com sequelas do período de internamento, a uma reabilitação especializada, mas sim o facto dessa valência «abrir à custa de outros, igualmente dela necessitados, a quem essa reabilitação tem sido recusada e a quem tem sido igualmente adiada a entrega de ajudas técnicas e materiais de apoio».

As pessoas na lista de espera mencionada pela Movimento Determinante estão «a aguardar por vagas constantemente proteladas», e, por isso, «com a sua reabilitação final seriamente comprometida por falta de intervenção médica e terapêutica oportuna».

«Como é que essas pessoas vão entender que uma ala que não foi reaberta para elas o seja agora e exclusivamente para reabilitação de doentes Covid?», questiona a associação.

Contactado pelo Sul Informação, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), no qual o CMR Sul está incluído, justificou que, nesta fase de pandemia, a unidade de saúde são-brasense «recebeu doentes funcionando como retaguarda do Hospital de Faro no âmbito do plano de contingência, mas manteve aberta a reabilitação em internamento com 31 camas e não suspendeu a reabilitação em regime de ambulatório, garantindo resposta sem interrupção aos seus doentes».

Salientando que o «CMR Sul tem vindo a evoluir e a consolidar um caminho de recuperação e crescimento da sua atividade», o CHUA lembra que, antes da sua integração no centro hospitalar, este polo «tinha apenas 13 camas de internamento ativas».

«Neste momento, essa capacidade aumentou para 36 camas, e estamos a trabalhar no sentido de gradualmente aumentar a capacidade até às 54 camas de internamento», assegurou aquela entidade.

No dia em que foi inaugurada esta nova valência para reabilitação de doentes Covid, à qual serão destinadas «até 25 camas», Ana Castro, presidente do Conselho de Administração do CHUA garantiu que as camas agora abertas vão continuar disponíveis no futuro, para reabilitar doentes não Covid.

No entanto, a Associação Movimento Determinante não aceita o que considera ser uma discriminação.

«Já não é a primeira vez que o CHUA (Centro Hospitalar Universitário do Algarve) utiliza o Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul para colocar utentes do Hospital de Faro sem as referidas patologias, quando dispõe de unidades de reabilitação nos seus hospitais, incluindo o de Faro e o de Portimão», salienta.

A associação diz também não compreender que «os doentes que tiveram Covid passem à frente dos doentes em lista de espera, que precisam de assistência e tratamento para poderem vir a ter (ou manterem) alguma qualidade de vida. Mas, como esses não tiveram Covid, não é importante! Afinal, são só uma minoria social de quem muito se fala, mas de quem muito poucos querem saber», acusa.

«Somos uma associação de defesa dos direitos das pessoas portadoras de deficiência e dos seus familiares e cuidadores, com experiência própria sobre as consequências da falta de intervenção médica e terapêutica na altura adequada. Defender a dignidade do CMR Sul e dos doentes que dele necessitam é uma das nossas formas de intervenção social para uma sociedade democrática. Para nós, não há doentes de primeira nem de segunda, como também não há portugueses de primeira nem de segunda. E para si?», remata a Movimento Determinante.



Fonte: https://www.sulinformacao.pt/2021/03/prioridade-dada-a-ex-doentes-covid-no-acesso-ao-cmrsul-indigna-cidadaos-com-deficiencia/
 

 
 
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