Atletas do rugby em cadeira de rodas apoiados pela PM são convocados para o Parapan

[Fisgas]

Atletas do rugby em cadeira de rodas apoiados pela PM são convocados para o Parapan
Publicado em 27/07/2015 11:40


O rugby em cadeira em rodas é uma modalidade que ainda luta por espaço e infraestrutura no Brasil. Em Curitiba (PR), a Polícia Militar do Paraná apoia os atletas paraolímpicos do time Gladiadores Curitiba Quad Rugby, cedendo o ginásio da Seção de Educação Física e Desportos (Sefid) para a preparação da equipe. A persistência dos atletas resultou na convocação de cinco deles para a Seleção Brasileira da modalidade na disputa pelo pódio nos jogos Parapan-Americanos 2015, em Toronto, no Canadá.

Há poucos dias do embarque os atletas para os jogos, o comandante-geral da PM, coronel Maurício Tortato, acompanhou o treino do time, reforçou o apoio da Polícia Militar e desejou boa sorte ao grupo. “Eles têm o apoio integral da PM e isso demonstra o lado verdadeiro e humano da Corporação, que está integrada com a sociedade em todas as suas dimensões e atenta às suas necessidades”, disse.

O comandante destacou que o trabalho dos atletas, que treinam diariamente no ginásio que fica no Quartel do Comando Geral, demonstra a qualidade técnica e preparo que possuem. “A PM está à disposição do time para garantir espaço para que se preparem e para que alcancem grandes vitórias”, completou o coronel.

Os convocados são Anderson Kaiss, Gilson Dias Wirsma Júnior, José Raul Guinter, Moises Domingues Batista e Rafael Hofmann. “Nós viajaremos em 1º de agosto para o Parapan 2015, em Toronto, e será uma honra defender o Brasil. Vamos lutar por uma medalha e é bem provável que nosso time fique entre os três primeiros colocados”, disse Rafael, de 31 anos. Ele, que está na equipe há dois anos. Entrou para o esporte a convite de um amigo e percebeu que a vida poderia seguir normalmente, mesmo com as limitações físicas.

Para Rafael a estrutura da Polícia Militar foi muito importante na preparação para os jogos. “O espaço que a Polícia Militar nos ofereceu foi fundamental, pois hoje existe uma carência de lugares acessíveis para nossa atividade. O clima de organização e de vitória que há no quartel é essencial e combina com o estilo da nossa equipe”, disse.

Andreson Kaiss, 30 anos, que aderiu ao esporte após uma séria lesão, destaca as maiores conquistas da equipe. “Já fomos campeões brasileiros e em 2015 conquistamos o vice-campeonato nacional. Até agora, temos três medalhas de bronze em Parapan-Americanos e uma medalha de ouro no Campeonato Sul-Americano em 2014”, detalhou.

Moises Batista, de 37 anos, é um dos mais experientes do grupo que vai para a competição. Com passagem pelo basquete e natação, ele já participou de duas Paraolimpíadas – Atenas, em 2004, e Pequim, em 2008 – além de quatro Parapan-Americanos. “Em 2012 conheci o time dos Gladiadores por meio do técnico, e foi aí que tive a oportunidade de conhecer o rugby, esporte que pratico atualmente. Nossa expectativa é voltar de Toronto com ao menos a medalha de bronze. Temos consciência do nível técnico das outras seleções, mas vamos lutar para fazer boas partidas e honrar nossa bandeira brasileira”.

O treinador da equipe, Carlos Kamarowski Júnior, agradeceu à Polícia Militar pelo apoio. "Agradeço a PM, especialmente ao capitão Oliveira e ao comandante-geral pelo incentivo. Temos certeza que podemos contar com esta corporação para a continuidade dos nossos treinos, o que é essencial para garantir um bom desempenho do grupo", disse orgulhoso de seu time e, principalmente, por terem conquistado a participação no Parapan de Toronto.

O RUGBY EM CADEIRAS DE RODAS – A modalidade surgiu em 1970, no Canadá, com o objetivo de atender tetraplégicos, mas a primeira participação oficial em uma competição internacional só aconteceu em 2000, nos Jogos de Sidney, quando os Estados Unidos conquistaram a medalha de ouro, seguidos pela anfitriã Austrália (prata) e a Nova Zelândia (bronze).

O jogo funciona da mesma forma que o rugby convencional. Cada equipe possui quatro jogadores, com oito atletas reserva para cada lado. A partida é dividida em quatro tempos de oito minutos e o objetivo é cruzar a linha do gol adversário com a bola nas mãos e as rodas da cadeira. Atualmente, o esporte é praticado por atletas tetraplégicos, com alguns tipos de les cerebral, amputações/deformidades nos quatro membros e com sequelas de poliomielite, entre outros.

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fonte: http://www.aen.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=85092&tit=Atletas-do-rugby-em-cadeira-de-rodas-apoiados-pela-PM-sao-convocados-para-o-Parapan&ordem=1000