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Autor Tópico: Plantas Medicinais  (Lida 178369 vezes)

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Online Neo

Plantas Medicinais
« em: 12/01/2012, 15:55 »
 
Nome popular ABACATEIRO


Nome científico   Persea americana C. Bauh

Família   Lauráceas

Sinonímia popular   Abacate, abacateiro

Parte usada   Folha, fruto (polpa) e semente (caroço)

Propriedades terapêuticas   Diurética, carminativa, afrodisíaca

Indicações terapêuticas   Diarréia, disenteria, dor de cabeça, contusão

Informações complementares

                               O fruto (polpa) e o caroço (semente) devem  ser consumidos ainda frescos, podendo ficar na geladeira por algum  tempo. A folha pode ser usada verde ou seca em geral para fazer chá.



 O chá da folha do abacateiro é diurético e carminativo (elimina gases  intestinais) e ajuda a vesícula a liberar a bile, melhorando a digestão  das gorduras. Evite tomar grandes quantidades diárias do chá (mais de 2 xícaras/dia),  pois sendo diurético pode reduzir muita a pressão arterial em pessoas  que tenham essa doença.



 Sendo diurético também procure tomar pela manhã e no máximo até 17 horas.
 O caroço (semente) tostado e moído bem fino combate a diarréia e a disenteria.
 A polpa do abacate é considerada afrodisíaca. Já no caroço (semente) concentra-se parte do poder de aumentar a libido.



 A polpa pode ser consumida com mel ou melaço de cana (use pouco) e  recomendo evitar o uso de qualquer tipo de açúcar, seja o branco,  invertido, demerado ou mascavo. Pode ser misturado com iogurte e outros  alimentos.



 A polpa é muito rica em nutrientes, vitaminas, sais minerais,  antioxidantes e principalmente gordura boa. Suas gorduras são parecidas  com as do azeite de oliva e seu teor de colesterol é irrisório ao  contrário do que muita gente pensa. É boa para o coração e vasos.



 O abacate escurece por ação do oxigênio do ar sobre os nutrientes  contidos na polpa produzindo radicais livres. Assim acontece com a banana, a maçã, batata e outros vegetais depois de  cortados quando perdem a proteção da casca que funciona como uma roupa  protetora. Para evitar o escurecimento da polpa passe um pouco de limão,  rico em vitamina C, que tem ação anti-radicais livres.



 As cascas são ricas em fitonutrientes que protegem as plantas contra a  ação dos radicais livres. É por isso que deve-se comer a casca de  algumas verduras e frutas. Com isso estamos consumindo seus nutrientes  que também nos protege.



 Mas existe um cuidado a ser tomado. Algumas frutas como o morango - um  dos mais ricos em nutrientes, ao serem cultivados recebem uma carga  muito grande de herbicidas que se acumulam exatamente na casca. Outros  alimentos também tratados com muito herbicida são o tomate e a batata do  reino.



 Procure comprar em feiras onde se vendem produtos sem uso de agrotóxicos e de boa procedência.
 Do ponto de vista prático seu uso mais freqüente em fitoterapia é como chá diurético.



Dosagem indicada

Afrodisíaco

O macerado do caroço (sem a folha, nem cânfora) preparado com vinho  branco ou álcool de cereais para se obter um extrato também é usado como  afrodisíaco. Deixar em infusão durante pelo menos 20 dias (quanto mais  tempo melhor) em frasco de vidro escuro,  protegido da luz. Procure  agitar pelos menos uma vez ao dia. Depois de pronto pode-se tomar um  cálice/dia.



Creme amaciante para face ou mãos

Polpa do fruto maduro, mel de abelha. Amasse, faça uma massa cremosa  (1/4 da polpa, 1 colher de sopa de mel de abelha). Aplique e deixe  cerca de 30 a 40 minutos. Retire com água fria. Use pelo menos duas  vezes por semana.



Dores de cabeça reumáticas e contusões

A folha e a semente picadas colocadas em repouso durante pelo menos 5  dias combate dores de cabeça, reumáticas e contusões. Infusão: 1 colher  picada de folha, outra de semente ralada, 1 xícara de álcool de cereais a  60%, 1 pedra de cânfora; aplicar nas partes doloridas com chumaço de  algodão. Essa infusão não deve ser bebida, é para uso tópico no local  afetado.



  Cuidado

A polpa é muito rica em calorias e deve ser evitada por quem faz dieta  para perder peso. Já para atletas e malhadores de academias, desde de que orientados, é uma boa fonte de  energia, substituindo com larga vantagem as mortais e venenosas  margarinas e manteigas.



    Uso culinário

  Com a polpa, azeite de oliva e iogurte natural desnatado e uma pitada de  sal marinho iodado se faz um delicioso e nutritivo creme que pode ser  usado no lugar da manteiga, margarina e maionese industrializada.



 
Colaboração

Dr. Fernando Mascarenhas dos Santos
 

Online Neo

Re: Plantas Medicinais
« Responder #1 em: 12/01/2012, 16:03 »
 
Nome popular        ABACAXIZEIRO



Nome científico   Ananas sativus

Família   Bromeliaceae

Sinonímia popular   Ananás

Parte usada   Fruto

Propriedades terapêuticas   Refrescante, diurético, expectorante, antiinflamatória, digestiva.

Princípios ativos   Rico em bromelina

Indicações terapêuticas   Ajuda na digestão, no emagrecimento, a dissolver  coágulos sanguíneos, a reduzir inflamações, a acelerar a cicatrização de  tecidos.  Previne a osteoporose e as fraturas ósseas. Contra artrite,  ácido úrico.

    Informações complementares                   Origem

  Brasil. Chamada pelos índios de nana (fruta excelente); a = fruta, nanas = excelente, ou seja, fruta saborosa.



Descrição

  Devido à sua coroa, é considerado o rei das frutas, tendo nome científico de Ananas sativus, pertencente à família das Bromeliáceas. 
 Existem hoje cerca de 150 espécies diferentes de abacaxi. Os espanhóis  que estiveram no Brasil na época do descobrimento experimentaram o  fruto, gostaram do sabor adocicado, colheram o broto e levaram para a  Espanha e Filipinas, onde a batizaram com o nome de piña. 
 O Havaí produz mais de 5 toneladas de abacaxi por ano, além da  Austrália, Inglaterra, México, Cuba, Flórida e Índias ocidentais, onde  também se cultiva a fruta.
 A espécie encontrada em nosso país é o Ananas comosus, também conhecida com o nome de Ananas sativus. Destacam-se dela várias variedades: smooth cayenne (variedade havaiana) e pérola desenvolvida aqui. 
 Em menor escala temos as variedades boituva, jupi, rondon, salvaterra e  lagoa santa. O plantio é feito por mudas, que vêm da parte inferior –  filhotes, rebentos ou estolões da planta matriz. São necessários 4 a 5  meses para que o fruto se desenvolva.



Uso medicinal

  O abacaxi contém muito mineral como o cobre, que pode acabar com as  dores, principalmente de cabeça. O Dr. James G. Penland, PhD. psicólogo  do Departamento Norte Americano de Agricultura, após vários estudos com  homens e mulheres com dores de cabeça, constatou uma melhora sensível  com a aplicação do cobre na alimentação de seus pacientes.
 O abacaxi ajuda a dissolver coágulos sangüíneos, a reduzir inflamações, a  acelerar a cicatrização de tecidos e na digestão. Além disso é  antiviral, antibacteriano e um bom alimento para prevenir a osteoporose e  as fraturas ósseas, devido ao seu alto teor de manganês.
 Contém ferro, que se encontra no fígado, ossos e medula óssea. Contém  manganês que mantém os ossos fortes. A professora de Nutrição da  Universidade do Texas, em Austim nos Estados Unidos, Jeanne F. Graves,  aconselha as pessoas, sobretudo as mulheres, a comer abacaxi ou a tomar  do seu suco, pois a fruta é rica em manganês. Este mineral está  envolvido no metabolismo ósseo, sem ele as pessoas podem desenvolver  osteoporose intensa.
 Contém cálcio, vital para a formação dos ossos e dentes, o mineral mais  conhecido na prevenção da osteoporose e a coagulação do sangue. Segundo o  Dr. Cedric Garlanda, diretor do Centro de Câncer da Universidade da  Califórnia em San Diego, homens que consumiram diariamente certa  quantidade de cálcio nos alimentos diariamente durante mais de duas  décadas tinham 1/3 da propensão ao desenvolvimento de câncer de cólon em  relação aos outros que não o consumiram, pois o cálcio suprime a  proliferação de células superficiais da parede interna do cólon,  prevenindo o rápido crescimento do câncer.
 Contém fósforo, que se encontra no corpo dos animais na mesma quantidade  aproximadamente que o cálcio, é parte importante dos tecidos cerebrais.   
 Contém iodo, necessário ao organismo para abastecer a glândula tireóide.
 Seu alto teor de fibras ajuda na prisão de ventre, pois age como  laxativo suave e natural. Possui também as vitaminas A e C, que aumentam  a imunidade. 
 A Vitamina A é essencial contra doenças de pele, infecções infantis e  distúrbios digestivos. É ótima aliada no tratamento de colite e doença  de Crohn. Um estudo de Harvard mostra que homens que consomem altas  doses de vitamina A têm risco 54% menor de ter úlcera do que aqueles com  nível mais baixo. A recomendação diária é de cinco mil UI. Impede que o  colesterol se torne tóxico, além de ser um importante antídoto contra  derrame.
 A Vitamina C é importante para o corpo celular e para os vasos  sanguíneos, combate as infecções e é essencial para a boa saúde dos  dentes, das gengivas e dos ossos.
 Mais a maior virtude dessa fruta está na quantidade de bromelina,  extraída do talo do abacaxi, enzima capaz de degradar materiais  albuminóides (proteínas solúveis em água) em proteases ou peptonas,  dissolver gorduras, principalmente as das carnes, sendo empregada também  para amaciá-las, para clarificar cerveja e como droga antiinflamatória.
 A bromelina é encontrada no fruto, no miolo do abacaxi, onde se  concentra a maior quantidade de bromelina, ou mesmo na parte central da  fatia (parte dura), que muita gente retira na hora de saborear a fruta. A  enzima bromelina age em nosso organismo desempenhando três funções:

[LIST=1]
  • tem ação mucolítica, dissolvendo o muco ou catarro dos pulmões,  favorecendo uma limpeza geral, como se fosse passada uma esponja,  facilitando a expectoração, além de ajudar no trânsito intestinal;
  • é antiinflamatória, ajudando a desobstruir a circulação, principalmente se houver edema provocado por batida em algum acidente;
  •   é digestiva, sua principal virtude. Age no estômago, pois a bromelina é a  enzima que desdobra as proteínas alimentares, facilitando o melhor  aproveitamento dos nutrientes, favorecendo e acelerando a digestão  pesada.
  Indicação como diurético e para tosse

  O suco de abacaxi é um excelente diurético, pois sua polpa é constituída  de 93% de água e é laxante suave. E para quem sofre de tosses rebeldes,  experimente bater num liquidificador 2 fatias de abacaxi com 2 colheres  de sopa de mel. Tomar 2 colheres de chá a cada duas horas. Não há tosse  que resista.

   Outras indicações: doenças circulatórias, artrite, ácido úrico

Não são apenas esses os efeitos benéficos desta fruta. Na terra do Tio  San, o nosso abacaxi (hoje “naturalizado” americano) é indicado pelos  médicos para as pessoas que sofrem de doenças circulatórias, pois tem a  ação de “quebrar” nas artérias as placas de fibrinas, que são as  proteínas que formam a parte essencial dos coágulos sanguíneos.
 Como tem propriedades antiinflamatórias, combate a artrite, que se  caracteriza por inflamação ou dor nas juntas, joelhos, cotovelos e  dedos.
 O que é ácido úrico?
 É a destruição de células sadias por ingestão de bebidas e alimentos, já  citados. Para que novas células se estabeleçam no organismo, os núcleos  de cada uma dessas células deverão eliminar substâncias que devem ser  descartadas pelo corpo, essa eliminação deve ocorrer pela urina.



 Esta doença tem cura?
 
 Se diagnosticada por meio de exames de sangue, no seu início, sim! O  tratamento é feito com remédios que provocam a eliminação pela urina, e  por aparelhos para ajudar a reduzir a dor. Deve-se evitar alimentos com  muita proteína como peles e fígados de animais, carnes vermelhas, como  também bebidas tais como vinho tinto e cerveja, que certamente irá  provocar o aumento de ácido úrico, aceitável pelos padrões de medicina. 
 Para quem tem problemas de gota/ácido-úrico, ingerir 3 fatias de abacaxi de manhã, 3 à tarde e 3 à noite, durante 30 dias.



 Abacaxi em dietas de emagrecimento

Tem ação anorexígena, usado em dietas de emagrecimento, reduz o apetite. Para quem quer perder peso, o abacaxi tem uma ação fora de série. Se  você quiser perder um quilo num dia, faça o seguinte: numa segunda-  feira, por exemplo, durante o dia todo, só use fatias de abacaxi como  alimento e sucos com água, sem ingerir outros alimentos. No final da  noite, pese-se e observe que perdeu 2 quilos (depois recupera-se 1  quilo). Repita a dose na outra semana. Até o fim do mês, você perderá  com certeza 4 quilos. Que tal?
 Comece já, ingerindo esta saborosa, gostosíssima e emagrecedora fruta  tropical, que só podia ter tido origem em nosso país abençoado por Deus.  O valor calórico em 100g de abacaxi, é de aproximadamente 33 calorias.
 Faça um suco excelente com fatia de abacaxi e folhas de hortelã. Bata no liquidificador com gelo. Ninguém resiste!



Curiosidade

Quem enfrenta problemas de ordem financeira, profissional ou  sentimental, diz: “Tenho na minha frente um abacaxi”. Se todos os  problemas fossem um abacaxi, seriam fáceis de resolver!Talvez a razão de  compará-los a essa fruta tropical se deva ao trabalho de descascá-la  sem faca. 
   Uso culinário
Para quem não tem problema de sobrepeso, aproveite essa receita de cocada de abacaxi cremosa.



     
  Cocada de abacaxi cremosa: o casamento perfeito do abacaxi com o coco     

   Tempo de preparo: até 30 minutos         
Rendimento: 16 porções         
Nível de dificuldade: fácil         
Categoria: doce caseiro         
Calorias: 192 por porção

 Ingredientes           

  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 1 xícara (chá) de água
  • 4 xícaras (chá) de abacaxi cortado em cubinhos
  • 2 gemas
  • 1 lata de leite condensado
  • 300g de coco ralado
  Modo de Preparo

 Ferva o açúcar e a água por dois minutos, ponha o abacaxi e ferva por  mais três minutos. Junte as gemas, o leite condensado e o coco ralado.   No fogo baixo, e sem parar de mexer, cozinhe até que se desgrude do fundo da panela. Deixe esfriar e sirva em taças.     

 

Online Neo

Re: Plantas Medicinais
« Responder #2 em: 12/01/2012, 16:10 »
 
Nome popular        AÇAFRÃO, CÚRCUMA OU ZEDOÁRIA



Nome científico   Curcuma longa L/C.

Família   Zingiberácea

Sinonímia popular   Açafrão-da índia, açafrão-da-terra, açafroa

Sinonímia científica   Amonum curcuma Jacq

Parte usada   Rizoma, semelhante ao gengibre, seu parente.

Propriedades terapêuticas   Antiinflamatória, anticoncepcional, antiagregante plaquetária, antiinfecciosa, antiasmática

Princípios ativos   Curcuminóides, diferuil metano, curcuminas I e III e  outras curcuminas, óleos essenciais, sesquislactonas (turmerona),  zingibereno, bisabolano, cineol, linalol, eugenol, curcumenol,  curcumernona

Indicações terapêuticas   Cálculo biliar, vesícula biliar, fígado, psoríase, leucemia, colesterol, câncer de colo de útero, feridas,

Informações complementares

                   Temos vários açafrões: um é a planta chamada Crocus sativus, Lineo,  conhecida alhures como Açafrão oriental, Açafrão cultivado, Açafrão  verdadeiro, Flor da aurora, Flor de Hércules, que é um arbusto pequeno  muito comum nos jardins do Brasil. Não é deste que falamos aqui. Neste  site falamos da Curcuma longa L/C.
 Outro é o Curcuma zedoaria (Christm) Roscoe, falso açafrão,  zedoária, bastante parecida com a descrição abaixo, com um diferencial  importante - esta tem flor vermelha e a outra tem flores maiores e  brancas, mas a folhagem é idêntica. Usada há séculos como estomáquica.



 Outros nomes populares

Açafroeira, açafroeira-da-índia, batata-amarela, gengibre-amarelo, gengibre-dourado (a cor da raiz no "curry"), mangarataia (turmeric em inglês), que é o açafrão milenar da medicina chinesa e indiana e também usada no Brasil como tempero de alimentos, à semelhança do que os indianos fazem no "curry".



Outros sinônimos científicos

Curcuma domestica Valeton, C.; Sichuanensis XX Chen; Stissera curcuma Racusch
 
Nome em outros idiomas e países

  • Espanhol: Cúrcuma, azafrán de la Índia
  • Inglaterra: turmeric
  • Itália: curcuma di levante
  • França: safran des Indes
  Origem

  É um planta da Índia, introduzida nas Antilhas e Europa por navegadores. Gosta de solos úmidos, ricos e argilosos.

Descrição

Com um rizoma ovóide que contém tubérculos cilíndricos, possui grandes  folhas elípticas que partem deste rizoma. Suas flores são amareladas de   15 centímetros de largura em espigas densas.



 Princípios ativos

  Em sua composição química, os principais são curcuminóides (corantes) em  2 a 5%, diferuil metano, curcuminas I e III e outras curcuminas.
 Tem óleos essenciais, onde 60% deles são de sesquislactonas (turmerona),  zingibereno, bisabolano, cineol, linalol, eugenol, curcumenol,  curcumernona, como os principais, além de polissarídeos A, B e C,  galactano, potássio, resina, glucídios (mais amido).
 Sua composição em cada 100 gramos de rizoma é aproximadamente = 354  calorias, 11,4% de água, 7,8% de proteínas, 9,9 de gorduras, 64,9% de  hidratos de carbono, 6,7 %de fibras, 6% de cinzas, 182mg de cálcio,  268mg de fósforo, 41,4mg de ferro, 38 mg de sódio, 2525 mg de potássio,  0,15 mg de tiamina, 0,23 mg de riboflavina, niacina 5,14mg, ácido  ascórbico em 26 mg e caroteno.



Uso medicinal

  Trabalhos realizados fundamentalmente com os corantes mostraram efeitos  colerético, colagogo e protetor hepático em ratas (Ozaki Y. et al., 1988  e outros posteriormente.)
 Há um estudo que mostra involuções de cálculos biliares com uso de  curcumina - Hussain M. et al., 1993 - e melhora das funções de muitas  enzimas do fígado : Goud V. et al., 1993, além de ser hepatoprotetor e  antitóxico do fígado, como nos diz Donatus I. et al.,em 1990.
 Na verdade há muitos trabalhos nos dando conta de que é uma ótima planta  para os problemas do fígado e vesícula biliar. Há, também, nestes rizomas, atividades pró-digestiva das boas como quer  outra série de bons trabalhos científicos. Kiso Y. em 1983 demostrou que  ela estimula a digestão. É protetor gástrico, por diminuir a secreção  de ácidos segundo Rafatullah S. et al.,1990.
 Apresenta atividade imunomoduladora estimulante e antiinflamatória em  ratas, por potencializar o sistema retículo-endotelial e quem nos diz  assim  é Kinoshita G et al , 1986 e Gonda  R. et al., 1992.
 Há muitos outros estudos provando sua atividade antiinflamatória.
 É uma planta que abaixa o nível de colesterol e lipídios totais no  sangue às custas da curcumina. Extrato de Cúrcuma doméstica demonstrou  abaixar triglicerídeos e fosfolipídeos em trabalhos de A . Beynen em  1987 e V. Dixit e outros no ano seguinte.
 A curcumina inibe o acetato de tetradecanoil-forbol que causa tumor de  pele, a nitrosamina, causadora de cânceres orais e gástricos e  azoximetanol, indutor de câncer em cólon. Nagabhushan M, Bhide S. e  Huang M. et al. em 1992 provaram que 2% de curcumina protegem a mucosa  do intestino grosso contra este último agente.
 Ainda é antiagregante plaquetária, antiinfecciosa, antiasmática e útil  em casos de despigmentação da pele como na psoríase e alguma leucemia.
 Em altas doses inibe a ovulação e poderia, então, ser usada como  anticoncepcional: trabalho feito na Universidade de Filipinas (publicado  em Philippine Journal of Science).
 No Oriente é usada como hepatoprotetor, estimulante das vias biliares,  antiflatulenta, diurética, afrodisíaca, diurética, antiparasitária,  antifebril, antiinflamatória e para a circulação.
 Na China é usada contra o câncer de colo de útero (em aplicação local e  via oral), como fala o Dr. Jorge R. Alonso da Associação Argentina de  Fitomedicina.



Dosagem indicada

Externamente é bom cicatrizante e desinfectante de feridas, inclusive de  olho, e anti-reumático (usa-se 1% de rizoma em decocção, duas ou três  vezes ao dia.)
 Pode ser usada como extrato seco (5:1 é proporção da droga vegetal nesta  forma farmacêutica) em encapsulados, na dosagem de 80 mg, duas vezes ao  dia ou em extrato fluido em 50 gotas por duas ou três tomadas (cada 40  gotas têm um gramo).
 A absorção dos princípios ativos dela pelas vias digestivas é boa (cerca  de 60%) e não é ulcerogênica como os antiinflamatórios convencionais,  provou em 1986 R. Srimal. 
   Uso culinário

A cúrcuma participa do curri, tempero tradicional indiano, e é usada por  farmácias como corantes. Aliás, os trajes típicos budistas têm a cor  amarelada pela cúrcuma usada, que não pode substituir o açafrão caseiro  (Crocus sativus Linneo) apenas porque o sabor é muito forte.



  Dosagem indicada e uso medicinal do açafrão caseiro

Este outro açafrão, chamado de açafrão verdadeiro (ou cultivado),  açaflor ou erva-ruiva é semelhante ao que comentamos, porém, mais comum e  usado na culinária brasileira. Seus estigmas secos são usados contra  gases intestinais, dores gástricas, atonia digestiva (as raízes também  têm esta ação), afecções das vias urinárias, calculose renal e da  vesícula biliar, e para  problemas do sistema respiratório.
 Usam-se as raízes ainda para a circulação do sangue e como  antihipertensivo, oralmente, por infuso de uma colher de sobremesa para  cada xícara de água, uma a três vezes ao dia.
 Os estigmas são usados também por infusão (15 estigmas por xícara de água), três xícaras por dia: aceleram a digestão.



  Efeito colateral

Um cuidado é importante ter: não tomar mais que 10 gramos por dia (30  estigmas ou quatro colheres de sobremesa) porque esta planta é tóxica em  grandes doses, podendo dar alteração no sistema nervoso, ou provocar  abortos.



Colaboração

Dr. Luis Carlos Leme Franco
 

Online Neo

Re: Plantas Medicinais
« Responder #3 em: 12/01/2012, 16:11 »
 
Nome popular        AGRIÃO



 Nome científico   Nasturtium officinalis       
 
     Família   Cruciferae     

Sinonímia popular
   Jambu, agrião-da-água, berro, agrião aquático, agrião do rio

Parte usada   O vegetal inteiro       

Propriedades terapêuticas
   Depurativo, antiescorbútico, diurético, antidiabético, anti-raquitismo, expectorante, ungüento,  cicatrizante       

Princípios ativos
   Iodo, potássio, fósforo, óleo, sais minerais,  vitaminas, óleo essencial; glicosídeos, gliconastursídeo. Fermento  (mirosina). Sais minerais, vitaminas, proteínas, carotenos, clorofila.

Indicações terapêuticas   Tuberculose, afecções pulmonares, tosse, bronquite

Informações complementares

                         Origem

Europa, tendo se aclimatado bem no Brasil.



Modo de conservar

  Utilizar sempre o vegetal fresco, com folhas verde-escuras.



Características da planta

  Planta herbácea rasteira, chega a 60 cm. de altura. Exige solo poroso, estercado e com muita  umidade. Erva de sabor picante, normalmente usada em saladas.



  Herbácea pequena, que atinge de 15 a 30 cm de altura. Possui caule tenro, oco, carnoso e  nodoso, onde se apresentam 2 tipos de raízes: as finas e brancas que surgem nas axilas das  folhas, e as principais que fixam a planta na terra.



 As folhas de coloração verde-escuro, bem intenso, são partidas em segmentos nas formas  arredondadas ou ovais e reunidas geralmente em grupos de 3 a 7u.



 As flores são brancas e pequenas, com quatro pétalas. Para um bom desenvolvimento, deve ser  plantada em local de água corrente, como na beira de rios, ou colocando as sementes em  caixotes, em local seco, e depois transplantadas as mudas para local definitivo.



 Pode-se utilizar também o plantio por meio de estacas. Geralmente é cultivada em canteiros,  com o solo saturado de água por meio de irrigação, e cobertos por uma fina camada de esterco de curral.



 A colheita pode ser feita entre quarenta e sessenta dias após o plantio.



 A espécie de agrião de terra enxuta, cujo plantio pode ser feito o ano todo, prefere lugares  frescos e sombreados, e as folhas são pequenas. O agrião d´agua, cujos ramos devem ser  plantados perto de nascentes, onde a água escoe mansamente, tem as folhas maiores.



 É um vegetal recomendado pelo seu  valor nutritivo, teor de vitaminas e ótimo paladar, com  odor característico e sabor francamente amargo e picante. As folhas somente devem ser  coletadas quando aparecem as flores.



Cuidado

Seu uso interno em grandes quantidades pode provocar irritações na mucosa do estômago e nas  vias urinárias.
 

Online Neo

Re: Plantas Medicinais
« Responder #4 em: 12/01/2012, 16:12 »
 
    Nome popular        ALCACHOFRA



     Nome científico   Cynara scolymus L.       
     
         Família   Compostas

    Sinonímia popular   Alcachofra-hortense, cachofra     

    Parte usada
       Folhas, brácteas (cabeça), raízes     

    Propriedades terapêuticas
       Antiesclerótico, digestiva

    Princípios ativos   Cinarina(amargo cristalizável), Ácido cafeico,  Pigmentos, Flavonóides(luteol), Glicosídeos, Cinarosídeos,  Cinaropectina, Taninos, Mucilagens, Pró vitamina A, Vitamina C, Enzimas         

    Indicações terapêuticas
       Psoríase, doenças das vias biliares e hepáticas,  diabetes, icterícia, eczemas, erupções cutâneas, anemia, escorbuto,  raquitismo, colesterol, hemorróidas, prostatite, uretrite, bronquite  asmática, debilidade cardíaca, hepatite, colecistite

    Informações complementares                   

    Nomes em outros idiomas

     
    • Francês: artichaut
    • Inglês: artichoke
    • Italiano: carciofo
    • Alemão: artischocke
    • Espanhol: alcachofera
      Origem

     Planta européia das regiões do Mediterrâneo, sendo cultivada no sul da  Europa, na Ásia menor e ainda na América do Sul, principalmente no  Brasil. 

    Uso medicinal


      Possui substâncias com efeito benéfico nas doenças das vias biliares e  hepáticas. Possui como princípios ativos a cinarina e o ácido cafeico  que estimulam a formação da bile hepática, regularizam a formação de  sais biliares e o colesterol, e o seu uso é indicado para os diabéticos.  São usadas igualmente com sucesso contra a icterícia, cujos sintomas  desaparecem mais rapidamente. As folhas reduzem a taxa de açúcar no  sangue e são usadas como  adjuvantes no tratamento da diabetes. Tem  efeito antiesclerótico, ou seja, é um bom combatente do endurecimento  das artérias e servem também para fabricar licores e bebidas amargas.
     O suco fresco é utilizado externamente para tratar eczemas e erupções  cutâneas. O consumo da cabeça de  alcachofra é excelente para quem sofre  de anemia, pois é uma fonte muito rica em ferro. Por ter ação  digestiva, auxilia também na prisão de ventre. Combate o escorbuto e o  raquitismo pelo conteúdo de suas vitaminas.
     É portadora da enzima cinerase, que coagula o leite na fabricação de  queijos. Possui como matérias minerais: cal, ácido silícico, óxido de  ferro, cloreto de sódio, magnésio e ácido fosfórico. 
       Dosagem indicada

    Estimulante (hepático, vesicular e venal); artérias endurecidas; colesterol; diurético:

    [LIST=1]
    • Coloque 1 colher (sopa) de folhas fatiadas em 1 xícara (chá) de água  em fervura. Deixe ferver por 5 minutos. Abafe por 10 minutos e coe.  Tome 1 xícara (chá), 2 ou 3 vezes ao dia, antes das principais  refeições.
    • Coloque 2 colheres (sopa) de folhas fatiadas em xícara de  álcool de cereais a 70%. Deixe em repouso por 5 dias e coe. Tome 1  colher (café) diluído em um pouco de água, antes das principais  refeições.
    • Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de  vinho branco. Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e  coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
    Inflamações rebeldes, anemia: Consumir as brácteas tenras e cruas ou ligeiramente  aferventadas(cabeça), comer duas a três vezes ao dia, durante algumas  semanas.

    Nefrite: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco do limão, 1 xícara três a quatro vezes ao dia.



    Diabetes: Consumir a cabeça da alcachofra ao natural, juntamente com suco de limão, três a quatro vezes ao dia.



    Bronquite asmática: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco de limão e um pouco de azeite de oliva, 1 xícara de 3 a 4 vezes ao dia.



    Hemorróidas, prostatite e uretrite: Caldo em mistura com suco de cenoura ou limão, 1 copo quatro vezes ao dia.



    Debilidade cardíaca: Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, acompanhada de suco de limão.



    Hepatite, colecistite, arterioesclerose: Chá por decocção, na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, 1 xícara 3 vezes ao dia.



    Diurético: Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água.  Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.



    Uso culinário

    Lave muito bem 1 cabeça de alcachofra, coloque em água suficiente para  cozinhar adicionando 1 folha de louro. Deve ser consumida ao dente, isto  é, nem moles nem duras.



      Contra-indicações

    Contra-indicado para alérgicos à alcachofra, quando há obstrução do canal biliar. 
    Efeitos colaterais

     Não são conhecidos
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #5 em: 12/01/2012, 16:13 »
     
    Nome popular        ALCAÇUZ           

    Nome científico
       Glycyrrhiza glabra L.       
     
         Família   Leguminosas     

    Parte usada
       Raiz     

    Propriedades terapêuticas
       Antitussígeno, antiúlcera, laxante, antihistamínico, regulador hormonal, expectorante, laxante     

    Princípios ativos
       Glicósidos do grupo das flavonas, saponinas, óleo  essencial, taninos, enzimas, glycirrizinina 5 a 10%, goma, sucrose,  fitoesteróis, polissacarídeos, cumarinas     

    Indicações terapêuticas
       Conjuntivite, fígado, supra-renais, desequilíbrios  hormonais, úlceras pépticas, baço, rins, hepatite, toxinas, difteria,  tétano, garganta

    Informações complementares                         

    Nomes em outros idiomas

     
    • Espanhol: Regaliz
    • Alemão: Süssholz
    • Inglês: Licorice
    Origem

     Europa meridional e Oriente. O uso medicinal do alcaçuz é datado dos povos antigos do Egito, relatado em seus papiros.

     Uso medicinal

     A complicada composição química do alcaçuz dá a ele um largo espectro de  propriedades. Centenas de estudos já comprovaram sua ação no tratamento  de doenças do fígado, supra-renais, desequilíbrios hormonais e úlceras  pépticas.  Na China, onde é uma das ervas mais utilizadas, é indicado para o baço,  rins e proteger o fígado de doenças. No Japão um preparado de alcaçuz é  utilizado para tratar a hepatite. Estudos mostram que o uso do alcaçuz  ajuda o fígado a combater as toxinas produzidas pela difteria, tétano,  cocaína e estriquinina e também aumenta a estocagem de glicogênio.
     Uma outra ação é de estimular as supra-renais. Muitos estudos comparam  sua ação com a hidrocortisona, mas sem seus efeitos colaterais. Como a  cortisona, diminui as inflamações e  alivia sintomas de artrite e alergias, daí seu efeito anti-histamínico. A  raiz possui glicirrizina (cinquenta vezes mais doce que a sacarose),  que favorece a formação de hormônio como a hidrocortisona. Mulheres com  ciclos menstruais irregulares tratadas com alcaçuz normalizam seus  ciclos, pelo equilíbrio hormonal que o tratamento promove.
     O alcaçuz também é utilizado para tratamento de úlceras. Seu uso cobre o  estômago como um gel protetor, além de diminuir a acidez estomacal e  reduzir os espasmos intestinais. O alcaçuz também combate irritações na  garganta e congestão nos pulmões, sendo um expectorante. Estudos na  Índia comprovaram o uso do alcaçuz para combater conjuntivites.
     O alcaçuz é ligeiramente laxante. O suco evaporado, purificado e  engrossado é abundantemente utilizado em farmacologia como coadjuvante  aromático e elástico para pastilhas. 
      Dosagem indicada
     Mau-hálito, tosse

    Vinho medicinal: colocar em infusão, por 10 dias em um litro de bom  vinho branco, 120 g de raízes de alcaçuz esmagadas, 60 g de sementes de  anis e 60g de sementes de funcho. Filtrar o vinho e tomar 6 colheres ao  dia. Este vinho serve também para fazer bochechos, especialmente quando o  mau-hálito é persistente. Também é eficaz contra tosse nesta dose



     Inflamações das gengivas e boca:

    Decocção 1: ferver por 3 minutos 300g de alcaçuz em 1 litro e meio de  água e, após meia hora, filtrar o líquido morno e empregá-lo em  bochechos e gargarejos freqüentes.
    Decocção 2: ferver por 10 minutos em 1 litro de água, 20g de raízes e  ramos de alcaçuz, 40g de eucalipto, 10g de segurelha. Deixe o líquido  repousar por meia hora e depois filtrá-lo, empregando-o para bochechos e  gargarejos freqüentes.



     Depurativo, eczema:

    Decocção: cozinhar lentamente por uma hora em 3litros de água, 15g  de raízes de alcaçuz, 20g de raízes de genciana, 20 g de raízes de  salsaparrilha, 50g de raízes de bardana, 50g de raízes de gramínea, 150g  de raízes de dente-de-leão. Quando o líquido estiver frio, filtrá-lo e  tomar uma xícara pela manhã em jejum, outra no meio da tarde e outra à  noite, antes de deitar-se.



    Prisão de ventre

    Infusão: misturar 50g de raízes de alcaçuz em pó, 50g de folhas de  sene em pó, 30g de folhas de funcho em pó, 20g de folhas de zolfo em pó.  Verter uma colherinha desta mistura em um pouco de água morna, deixar  repousar por alguns minutos, remisturar e beber. Ingerida à noite ao  deitar.



    Úlcera do duodeno:

    Decocção: verter em um litro de água 100g de alcaçuz e 100g de  hipérico. Ferver tudo por 5 minutos, deixar repousar meia hora e  filtrar. Tomar 1 xícara pela manhã em jejum e uma xícara após as  refeições principais.



    Acalmar tosse e acessos de bronquite:

    Balas de alcaçuz: dissolver 500g de alcaçuz em meio litro de água,  adicionar 250g de goma arábica, 150g de açúcar e levar ao fogo. Deixe  cozinhar até a mistura adquirir a consistência de massa ou pasta,  espalhando-a então sobre uma superfície de mármore previamente untada.  Depois de fria corta-se a massa com uma tesoura, em pequenos pedaços.



      Contra-indicações

    O emprego de altas doses de alcaçuz pode reter sódio e eliminar  potássio, retendo líquidos, causando aumento de pressão sanguínea e  dores de cabeça. Portanto usa-se com cuidado em hipertensos. Extratos  concentrados em laxantes podem agravar perda de potássio quando o uso é  diário e prolongado. Evitar uso em grávidas, hipertensos e doentes  renais.



      Uso culinário

    É um flavorizante de doces, licores, sorvetes, gomas por ser a  gilicirrizina 50 vezes mais doce que a sacarose, além de enriquecer o  sabor do cacau. Aumenta também a quantidade de espuma nas cervejas.
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #6 em: 12/01/2012, 16:14 »
     
    Nome popular        ALECRIM           



    Nome científico
       Rosmarinus officinalis L.       
     
         Família   Lamiaceae (Labiatae)     

    Sinonímia popular
       Alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarino, libanotis.

    Parte usada   Folhas e flores Propriedades terapêuticas   Estimulante digestivo, anti-espasmódica, estomacal, vasodilatora, anti-séptica.

    Informações complementares

           Origem

    Sul da Europa e Norte da África.



    Propagação

    Estacas, ponteira dos ramos.


      Modo de uso

    Infusão das folhas frescas ou secas na forma de compressas, decoto  das folhas na forma de loção, na forma de pomada usando-se o suco  concentrado.



    Dosagem indicada

    Dor de cabeça de origem digestiva

    Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas  picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1  xícara de chá antes ou após as principais refeições.   

    Problemas respiratórios   

    Xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de  cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas. 
    Infusão: 1 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6 horas. 
     Tintura: 10 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de  cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco  de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas. 
     Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.



    Outros usos

      Usam-se ramos em armários para afugentar insetos.
     Usado como tônico do sistema nervoso central e indicado em casos de  esgotamento cerebral, excesso de trabalho e depressão ligeira.
     Seu uso à noite pode alterar o sono.



    Toxicologia

    Em altas doses pode ser tóxico e abortivo. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrointestinais.



    Colaboração
    Sérgio Antonio Barraca
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #7 em: 12/01/2012, 16:14 »
     
    Nome popular        ALECRIM-PIMENTA



    Nome científico   Lippia sidoides Cham       

    Família
       Verbenaceae     

    Sinonímia popular
       Lípia, alecrim-pimenta,  alecrim-do-nordeste, estrepa-cavalo, alecrim-bravo.

    Propriedades terapêuticas   Antibiótica, antimicótica.

    Princípios ativos   Óleo essencial, terpenos fenólicos, flavonóides, quinonas.     

    Indicações terapêuticas   Afeccções da pele, impingem, mau cheiro dos pés  (chulé), afta, corrimento vaginal, acne, pano-branco, escabiose, caspa,  sarna infecciosa, pé-de-atleta, inflamações da boca e garganta.

    Informações complementares

                       São apresentados a seguir dois textos referentes a Lippia sidoides Cham!

     Características

      É um grande arbusto caducifólio, muito ramificado e quebradiço, com folhas aromáticas e picantes, do semi-arido nordestino.
     Tem flores pequenas e frutinhos em aquênio, que não germinam. Para a reprodução é preciso mudas.



    Uso medicinal

      As partes medicinais são as folhas e as flores usadas em chás em  lavações nasais para rinite alérgica. Também útil para aftas e  corrimento vaginal, em gargarejos e lavações, respectivamente.
     Pode ser feito tintura das folhas a 20%, aplicada em couro cabeludo e afecções da pele, como impingens e "chulé".



    Princípios ativos

      Tem óleo essencial (4%), dos quais se destaca o timol, em 60% e  cravacrol, dois terpenos fenólicos que tem boa atividade antibiótica e  antimicótica. Também tem flavonóides e quinonas que lhe dão carácter  anti-séptico.



    Outros usos

      Estudo mostra ação moluscicida contra o hospedeiro intermediário da esquistossomose, o caramujo Biomphalaria glabra.
     Seu óleo é adicionado a cosmético por ter estes usos em peles.
     É usado em temperos de carnes, como o Alecrim comum (Rosmarinus).



     


      Indicações

    Para impingens, acne, pano-branco, aftas, escabiose, caspa, maus odores  dos pés, axilas, sarna-infecciosa, pé-de-atleta, para inflamações da  boca e garganta, como antiespasmódico e estomáquico. Seus constituíntes  químicos lhe conferem forte ação antisséptica contra fungos e bactérias.  Parte usada: folhas secas ou frescas.



    Preparo e dosagem

    Infusão: 1 colher de chá de folhas picadas para cada xícara de água, tomar 2 a 3 xícaras por dia.



     Tintura: 200 a 300 g de folhas frescas com 1/2 l de  álcool e 250 ml de água.Usar como loção em lavagens e compressas. Para  gargarejos e bochechos usar a tintura diluída em duas partes de água.



    Colaboração

    Sérgio Antonio Barraca
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #8 em: 12/01/2012, 16:15 »
     
    Nome popular        ALFARROBA



     Nome científico   Ceratonia siliqua L.

     Família   Fabaceae     

    Parte usada
       Vagem

    Princípios ativos   Açúcar (sacarose, glucose, frutose, manose), fibra  (celulose e hemicelulose), gordura, proteína, elevado teor de cálcio e  fósforo, taninos (compostos  polifenólicos). Indicações terapêuticas   Antidiarreico para crianças. Utilizado como substituto do chocolate, seja por causa da cafeína ou do açúcar.

    Informações complementares

                       Nome em outro idioma

    Inglês: carob



    Origem

    Nativa da costa do Mediterrâneo.



    Descrição e características

    A alfarroba (do árabe al karrub, a vagem), é o fruto da alfarrobeira. Usado na forma de chá numa composição com erva-mate e menta.
     Pensa-se que as suas sementes foram usadas, no antigo Egipto, para a  preparação de múmias. Foram, aliás, encontrados vestígios de suas vagens  em túmulos.
     Pensa-se que a alfarrobeira terá sido trazida pelos gregos da Ásia  Menor. Existem indícios de que os romanos mastigavam as suas vagens  ainda verdes, muito apreciadas pelo seu sabor adocicado. Como outras, a  planta teria sido levada pelos árabes para o Norte de África, Espanha e  Portugal.
     A semente da alfarrobeira foi, durante muito tempo, uma medida utilizada  para pesar diamantes. A unidade quilate (carat) era o peso de uma  semente de alfarroba. Era considerada uma característica única da  semente da alfarroba, o seu peso sempre igual. Hoje em dia, contudo,  sabe-se que seu peso varia como qualquer outra semente.



     
    Outros usos

    Do fruto da alfarrobeira tudo pode ser aproveitado, embora a sua  excelência esteja ainda ligada à semente, donde é extraída a goma,  constituída por hidratos de carbono complexos (galactomananos), que têm  uma elevada qualidade como espessante, estabilizante, emulsionante e  múltiplas utilizações na indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética. 
     Mas a semente representa apenas 10% da vagem e o que resta - a polpa -  tem sido essencialmente utilizado na alimentação animal quando, devido  ao seu sabor e características químicas e dietéticas, bem pode ser mais  aplicado em apetecíveis e saborosas preparações culinárias.
     A farinha de alfarroba é a fracção obtida pela trituração e posterior  torrefacção da polpa da vagem. Contém, em média, 48-56% de açúcar  (essencialmente sacarose, glucose, frutose e manose), 18% de fibra  (celulose e hemicelulose), 0,2-0,6% de gordura, 4,5% de proteína e  elevado teor de cálcio (352 mg/100 g) e de fósforo. Por outro lado, as características  particulares dos seus taninos (compostos polifenólicos) levam a que a  farinha de alfarroba seja muitas vezes utilizada como antidiarreico,  principalmente em crianças.



    Curiosidade

    A alfarroba é uma vagem comestível, semelhante ao feijão, de cor marrom  escuro e sabor adocicado, que mede em torno de 10 a 20 cm de comprimento  e demora em torno de um ano para amadurecer. Dentro dessa vagem  encontram-se de 10 a 16 sementes, ou quilates, que na antigüidade eram  utilizados pelos mercadores para avaliar o peso das jóias, em razão do seu pouco peso e  uniformidade, de onde vem as palavras "karat" e "kilat".
     Atualmente essas sementes também são utilizadas na indústria de  alimentos na produção de gomas e espessantes. O pó que é utilizado para substituir o  cacau é derivado da polpa da vagem que é torrada e moída. Esse pó,  contudo, possui expressiva diferença em relação ao cacau no conteúdo de  açúcar e de gordura. Enquanto o cacau possui até 23% de gordura e 5% de  açúcar, a alfarroba possui 0,7% de gordura e um alto teor de açúcares naturais  (sucrose, glucose e frutose), em torno de 38 a 45%.



    Uso alimentar

    Utilizada por quem não pode ou não quer comer chocolate, seja por causa  da cafeína ou por causa do açúcar, tem aparência idêntica e sabor bem  mais suave.



       Receita - Bolo de Alfarroba

     Ingredientes
     

    • 1 xícara de farinha de trigo integral peneirada
    • 2 colheres (sopa) de farinha de alfarroba
    • 1 colheres (sobremesa) de fermento
    • 1 colher (café) de baunilha
    • 4 ovos
    • 1 xícara de óleo de girassol
    • 1 xícara de frutose
    • 1/2 xícara de leite magro
    • 1 xícara de nozes picadas
    Preparação


    • Misture as gemas, o óleo, a frutose e o leite.
    • À parte junte a farinha de trigo, a farinha de alfarroba e o fermento.
    • Misture com os primeiros ingredientes.
    • Acrescente a baunilha e as nozes picadas.
    • Por último acrescente as claras batidas em castelo.
    • Leve ao forno médio (200º) cerca de 30 minutos.
      Colaboração

     Tarsila Sangiorgi Rosenfeld
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #9 em: 12/01/2012, 16:16 »
     
    Nome popular        ALFAZEMA



    Nome científico   Lavandula officinalis Chaix & Kitt.       
     
         Família   Labiatae     

    Sinonímia popular
       Lavanda

     Parte usada   Flores     

    Propriedades terapêuticas
       Anti-séptico, tônico, antiespasmódico, calmante, digestivo, antibacteriana, carminativa, revulsiva

     Princípios ativos   Óleos essenciais (acetato de linalilo e linalol), taninos 12%, cumarinas, princípio amargo, saponina ácida, resina

    Indicações terapêuticas   Reumatismo, nevralgias, hemicrania, excitação  nervosa, insônia, vertigens, contusões, feridas, inapetência, má  digestão, asma, coqueluche, faringite, laringite, depressão, cistites,  enxaquecas, bronquite, corrimento vaginal, prurido vaginal, sarna,  piolho

    Informações complementares

                                                           Variedades  utilizadas: Lavandula angustifólia Mill,            Lavandula  officinalis Chaix, Lavandula spica L., Lavandula Vera DC.,  Lavandula  vulgaris Lam.
     Nome em outros idiomas: alemão (lavendel), inglês (lavender), francês (Lavende), italiano (lavanda).



    Propriedades terapêuticas: anti-séptico, tônico do sistema  nervoso, antiespasmódico, calmante dos nervos, digestiva,  antibacteriana, carminativa, favorece o fluxo biliar. Para o uso  externo:ligeiramente revulsivo, sendo empregada no reumatismo.



    Usos medicinais: nevralgias, hemicrania, excitação  nervosa,insônia, vertigens, contusões, feridas, inapetência, má  digestão, asma, coqueluche, faringite e laringite.



    Dosagem indicada:

    Asma, bronquite, tosse, catarro, gripes, sinusites, tensão nervosa,  depressão, insônia, vertigens, cistites, enxaquecas:


    coloque 2 colheres de flores em 1 xícara de álcool de cereais a  60%.Deixe em maceração por 5 dias e coe. Tome 1 colher (café) diluída em  um pouco de água, 2 vezes ao dia. Pode também adicionar este preparado à  água de banho.Faça banho de imersão por 20 minutos.



     Asma, bronquite, tosses, catarro e gripes:

    Decocção: ferver por 2 minutos, em um litro de água, 60g de  sumidades floridas de alfazema. Filtrar e beber o líquido de 4 a 6  xícaras ao dia.
    Infusão: colocar em infusão, por 5 minutos, 5 g de flores de alfazema em  uma xícara de água fervente. Adoçar com mel e beber. Repetir a dose 4  vezes ao dia.



     Cansaço:

    Óleo de alfazema: em um recipiente, colocar 3 quartos de litro de um bom  azeite e um punhado de flores frescas de alfazema. Fechar bem o  recipiente e colocá-lo em um lugar fresco onde deve ser deixado por  cerca de 20 dias. Filtrar o óleo sobre um tecido de linho. Pingar  algumas gotas do óleo sobre um torrão de açúcar e deixar derreter  lentamente na boca. Também algumas gotas de essência de alfazema sobre  as têmporas e pulsos dará um grande alivio àquele que se sente cansado  por excesso de trabalho ou por uma vigília prolongada.



     Contusões:

    Alcoolato de alfazema: colocar em infusão, por 15 dias, 50 g de flores  de alfazema em 1 litro de álcool. Filtrar o líquido e colocá-lo em um  vidro provido de tampa em esmeril. Contra as contusões, friccionar  suavemente com um pouco de líquido para aliviar as dores e fazer  desaparecer a inflamação.



     Fricções

    Verter na palma da mão algumas gotas de essência de alfazema e  friccionar a região contundida. A essência de alfazema encontra-se à  venda em farmácias especializadas.



     Diurético:

    Colocar por cinco minutos 5g de flores de alfazema em uma xícara de água fervente. Filtrar e beber 3 xícaras ao dia.



     
    Estômago(má digestão)

    Óleo de alfazema, vide cansaço. Pingar algumas gotas do óleo de alfazema  em um dedo de água ou um torrão de açúcar para tomar após a refeição.



     Alcoolato de alfazema, vide contusões. No álcool empregado para uso  interno, certificar-se ser álcool de cereais, próprio para consumo.  Antes de cada refeição, beber dois dedos de água na qual foram diluídas  alguma gotas de alcoolato de alfazema.



     Excitação nervosa:

    Infusão: em uma xícara de água quente, colocar em infusão uma pitada  da mistura obtida com: 30 de flores de alfazema, 10g de camomila, 5g de  hipérico, 5g de lúpulo, 5g de raiz de valeriana. Filtrar o líquido e  beber antes de deitar-se.

    Inalação: em uma tigela com água fervente e esfumaçante colocar algumas  gotas de essência de alfazema, colocar a cabeça sobre o recipiente,  tendo à testa uma toalha. Aspirar profundamente os vapores.



     Faringite:

    Decocção: ferver por dois minutos 40g de flores de alfazema em 1  litro de água. Filtrar o líquido ainda morno. Tomar de 4 a 6 xícaras ao  dia.



     Feridas:

    Desinfetante: a falta de um desinfetante alcoólico pode ser suprida,  momentaneamente, com alguma gotas de essência de alfazema vertidas  sobre a ferida.



     Hemicrania,vertigens:

    Ver cansaço.Tomar seis ou sete gotas muitas vezes ao dia. Contra as vertigens, algumas gotas em pouca água.



     Insônia:

    Alcoolato de alfazema: ver contusões. Pingar algumas gotas de alcoolato em um torrão de açúcar e deixar derreter na boca.

    Decocção: ferver uma pitada de alfazema em uma xícara de água. Filtrar,adoçar e beber antes de deitar-se.

    Infusão: ver excitação nervosa. Uma ou duas xícaras antes de deitar-se.
     Laringite,coqueluche e tosse:

    Infusão: colocar 50g de flores de alfazema em um litro de água  fervendo. Filtrar e beber de 4 a 5 xícaras, adoçadas com mel, durante o  dia.



     Nevralgia:

    Óleo de alfazema: ver cansaço. Algumas gotas de óleo sobre um torrão de açúcar. Deixar derreter na boca.



    Infusão: misturar as seguintes ervas: 20g de flores de alfazema,60 g de  flores de prímula medicinal e 20g de flores de camomila. Colocar 5g  desta mistura em uma xícara de água fervente e deixar repousar por meia  hora. Filtrar e beber em seguida. A dose deve ser repetida de 2 a 3  vezes ao dia.



     Corrimento vaginal,prurido vaginal,sarna,piolho: coloque 2  colheres(sopa) de flores em 1 xícara (chá) de vinagre branco. Deixe em  maceração por 3 dias e coe. No caso de pruridos e corrimento  vaginal,adicione 2 colheres(sopa) à água de banho. Faça banho de assento  1 vez ao dia. Para piolhos aplique no couro cabeludo, com ligeira  massagem, deixando agir por 2 horas. Em seguida enxágüe e passe o pente  fino.


     Para sarnas, aplique com um chumaço de algodão.



     Escaras de decúbito, queimaduras, picadas de inseto, afecções da pele(eczemas,dermatites e psoríases):

    Em 1 xícara(chá) coloque 2 colheres (sopa) de flores e adicione óleo de  cozinha. Leve ao fogo, em banho-maria, por 1 hora. Espere amornar e coe.  Aplique nos locais afetados, com um chumaço de algodão, de 2 a 3 vezes  ao dia.



     Contra-indicações: seu uso dentro das doses preconizadas não tem  contra-indicação.



    Nas mulheres grávidas deve-se evitar o uso em doses  altas por ser estimulante uterino.


    Uso culinário: conta-se como curiosidade que uma rainha inglesa gostava   de conservas condimentadas com alfazema. Pode-se também fazer um  vinagre de alfazema, macerando-se alguns caules da alfazema em vinagre  branco por 3 semanas. Em Marrocos suas flores são usadas  numa mistura  de especiarias em pratos finos.



     Para empregos caseiros:



     Água de colônia anti-séptica: deixar macerar, por vinte dias, 60g de  sumidades floridas de alfazema em 1 litro de álcool de cereais a 60º.  Filtrar e conservar a água-de-colônia em vidro fechado. Além de ser  utilizada para fricções sobre o corpo, após o banho, serve também  para  desinfetar as mãos e banhar as têmporas e as narinas após ter-se estado  próximo a um doente atingido por uma moléstia infecciosa, ou quando se  está cansado e acalorado.



     Água de alfazema n° 1: misturar os seguintes ingredientes: 200g de  álcool a 80º,10g de essência de alfazema,1 g de essência de cravo, 2g de  essência de citronela, 5g de essência de bergamota. Deixar em maceração  por vinte dias, filtrando em seguida e conservando o líquido em  garrafa.



     Água de alfazema nº 2: misturar os seguintes: 1 litro de álcool a 80º,  8g de essência de alfazema, 5g de essência de cedro, 8g de essência de  bergamota, 3g de essência de benjoim, 15g de alcoolato de melissa. Após  vinte dias,filtrar o líquido e conservá-lo em garrafa.



     Banho perfumado: misturar 150g de bicarbonato de sódio, 100g de ácido  tartárico, 25g de amido de banho, 100g de óleo de amêndoa, 10g de  essência de alfazema, 5g de essência de bergamota. Misturar todos os  ingredientes e conservar a pasta em um vidro. Usar uma colherinha para  cada banho.



     Saquinhos perfumados para a roupa branca: misturar todos os ingredientes  após tê-los triturados até reduzi-los a p: 25g de sementes de lírio  germânico, 30g de pétalas de rosa secas, 7 g de canela, 10g de cravo.  Distribuir a mistura em saquinhos e colocar em gavetas, no meio da  roupa, ou pendurar nos armários.



     Sais aromáticos de alfazema: escolher um vidro com tampa esmerilhada,  preenchendo-o com carbonato de amônia em grãos. Adicionar depois uma  solução composta de 3 gotas de essência de rosas, 2 gotas de essência de  cravo, 1 gota de essência de canela, 3 gotas de essência de bergamota. A  solução deve preencher os interstícios entre as paredes do vidro e os  grãos de sal.
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #10 em: 12/01/2012, 16:16 »
     
    Nome popular        ALHO



    Nome científico   Allium sativum L.

    Parte usada   Dentes (bulbilhos)     

    Propriedades terapêuticas
       Expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo Indicações terapêuticas   Bulbos depois de transformados em chá têm ação contra  vermes e parasitos, hipertensão, picada de inseto, contra ácido úrico,  gripe, resfriado, tosse, rouquidão, dor de ouvido, arteriosclerose.

    Informações complementares

                                         Uso medicinal

      Eficiência terapêutica comprovada pelo Ministério da Saúde. Indicações: contra hipertensão, picadas de inseto, diurético,  expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório,  antibiótico, antisséptico, vermífugo (lombriga, solitária e ameba), para  arterioesclerose e contra ácido úrico.



    Dosagem indicada

    Gripe, resfriado, tosse, rouquidão



    Maceração: esmagar um ou dois dentes de alho dentro de um copo com água. Tomar um copo três vezes ao dia.   
    Tintura: moer uma xíc. (cafezinho) de alho dentro de um recipiente  contendo 5 xíc. de álcool 92o GL, deixar em maceração por 10 dias, coar.  Tomar 10 gotas em meio copo de água três vezes ao dia, para problemas  do aparelho respiratório (gripes, etc.).



    Hipertensão

    Utilizar uma colher de chá da tintura em meio copo de água três vezes ao dia ou comer dois dentes de alho pela manhã.



    Vermífugo

    Comer três dentes de alho pela manhã em jejum durante sete dias.



    Dor de ouvido

    Amassar um dente de alho em uma colher de sobremesa de azeite morno. Pingar três gotas no ouvido e tampar com algodão.



    Arteriosclerose

    Comer na alimentação 3 dentes de alho cru picado, 3 vezes por semana, durante 3 meses.



    Contra-indicação

    Contra-indicado para pessoas com problemas estomacais e de úlceras,  inconveniente para recém-nascidos e mães em amamentação e em pessoas com  dermatites. Em doses muito elevadas, pode provocar dor de cabeça, de estômago, dos  rins e até tonturas.



    Colaboração

    Sérgio Antonio Barraca
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #11 em: 12/01/2012, 16:17 »
     
    Nome popular        AMORA           



    Nome científico
       Morus alba L. Família   Moráceas

    Sinonímia popular   Amoreira (variedades negra e branca)

    Sinonímia científica   Morus nigra L.     

    Parte usada
       Folhas, frutos, raízes, cascas     

    Propriedades terapêuticas
       Laxativa, sedativa, expectorante, refrescante, emoliente, calmante, diurética, antidiabético, antiinflamatória, tônica       

    Princípios ativos
       Morus Alba: adenina, proteína, sais, glicose,  flavonóides, cumarina, taninos; Morus nigra: adenina, glicose,  asparagina, carbonato de cálcio, proteína, tanino, cumarina,  flavonóides, açúcares, ácido málico, matérias albuminóides e pectínicas,   pectosa.       

    Indicações terapêuticas
       Dor de dente, pressão sanguínea, tosse, inapetência,  prisão de ventre, inflamação da boca, febre, diabetes, dermatoses,  eczema, erupçõe cutâneas

    Informações complementares

    Nomes em outros idiomas - Alemão:  maulbeerbaum; Espanhol: moral;    Francês: murier; inglês: mulbery tree;  Italiano: gelso
     
    Propriedades terapêuticas:

    Laxativa, expectorante, refrescante, emoliente, calmante e diurética,  antidiabético (variedade nigra), dor de dente, antiinflamatório, reduz  pressão sanguínea.
     Frutos:tônico, laxante
     Folhas: antibacteriana, expectorante,sudorífero
     Cascas: anti-reumática,reduz a pressão sanguínea, analgésica
     Cascas da raiz: sedativa, diurética, expectorante

    Princípios ativos:

    Continuação (Morus nigra): Os frutos contém vitaminas A,B1,B2,C. Os  frutos maduros contém 9% de açúcares (frutose e glicose), ácido málico  (em estado livre 1,86%), matérias albuminóides e pectínicas, pectosa,  goma e matérias corantes com 85% de água.

    Uso medicinal:

    São conhecidas duas variedades alba e nigra. A segunda com frutos negros  e a primeira com frutos brancos. No século XVI, na Europa, se  empregavam tanto os frutos como a casca e as folhas da amora negra. O  fruto para as inflamações e hemorragias, a casca para as dores de dentes  e as folhas para as mordidas de cobra e também como antídoto de  envenenamento por acônito. Apesar da amoreira estar desaparecendo da  matéria médica na Europa, a amoreira branca segue sendo muito empregada  na China como remédio para tosse, resfriados seguidos de febre, dor de  cabeça, garganta irritada e pressão alta. Com o conceito chinês de yin e  yang, a amoreira branca é empregada para dissipar o calor do canal do  fígado, que pode levar a irritação dos olhos e afetar estados de ânimo e  também  para refrescar o sangue. Portanto é considerada um tônico yin.
    Na Europa recentemente tem-se empregado as folhas da amora negra para estimular a produção de insulina na diabetes.

    Dosagem indicada:

    Inflamações da boca: espremer alguns punhados de amoras, ainda que não  totalmente maduras,recolhendo o líquido em uma tigela. Fazer bochechos  freqüentes com este suco diluído em pouca água.

    Dores de dentes:  Decocção: em fogo moderado, ferver 40g de raízes de amoreira em meio  litro de água, até que fique reduzida à metade. Depois de morno, filtrar  o líquido e empregá-lo em bochechos.

    Diurético:
    Infusão: deixar em infusão, até amornar, um punhado de folhas secas  de amoreira em um litro de água fervente. Filtrar o líquido, bebendo-o  em calicezinhos durante o dia para que produza efeito diurético.

     Garganta, tosse:
    Xarope:esmagar ao máximo algumas amoras negras e recolher o suco em  um recipiente de alumínio esmaltado ou de vidro. Adicionar açúcar numa  quantidade que tenha o dobro do peso do suco e colocar em fogo brando.  Quando esta mistura adquirir a consistência de xarope, deixá-la esfriar e  guardá-la num vidro bem fechado, conservando-o em local fresco e  escuro. Para as inflamações da garganta, devem-se diluir duas  colherinhas do xarope em um cálice de água morna, empregando-a em  gargarejos.Em caso de tosse,dissolver uma colherinha do xarope em uma  xícara de água quente e tomá-la.
     
     Estômago(inapetência):
    Decocção: ferver 20g de cascas de amoreira branca em meio litro de  água. Filtrar o líquido e adoçá-lo, tomando-o em calicezinhos meia hora  antes das refeições.

    Intestinos (prisão de ventre):
    Decocção (laxativa): em meio litro de água, ferver 15g de raiz e casca  de amoreira misturadas. Quando o líquido ficar morno, filtrá-lo e  adoçá-lo com mel. Beber metade pela manhã, em jejum, e o restante à  noite, antes de deitar. Para obter-se um laxativo de efeito mais rápido,  deve-se aumentar em até o dobro a quantidade de casca e raiz, ou seja  30g das cascas e raízes misturadas, regulando-se quantidade de acordo  com as reações do organismo a este tipo de purgante. Também os frutos ingeridos frescos e temperados com um pouco de açúcar,  especialmente da variedade negra, ajudam no funcionamento do intestino.

     Pele (dermatoses, eczema, erupções cutâneas):
    Cataplasma: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira, depois  de lavadas e enxugadas, em um recipiente com uma ou duas colheres de  água, aquecendo-o até o líquido evaporar. Estender as folhas sobre uma  gaze, esmagá-las um pouco fazendo sair todo o líquido e aplicá-las  quentes (mas não ferventes) sobre a região afetada. Quando a compressa  esfriar, renová-la mais duas vezes.

     Pressão sanguínea alta:
    Infusão: colocar um punhado de folhas frescas de amoreira em meio  litro de água fervente. Depois de morno,filtrar o líquido, bebê-lo em  cálices no decorrer do mesmo dia em que foi preparado.

     Febre: 40 a 80g de folhas por litro em infusão.

     Diabetes:
    Infusão: utilizando as folhas, 1 xícara 4 a 6 vezes ao dia.

     Contra-indicações:
    Não se deve consumir o fruto em caso de diarréia. Não se deve  administrar as folhas nem raízes no caso de debilidade ou "frio"  pulmonares. Em caso de dúvida deve-se recorrer ao médico.


     Curiosidades:
    A amora  é  cultivada pelas suas folhas que são o alimento   exclusivo do bicho da seda.A cultura da amora se estendeu pelo  mediterrâneo junto da qual se cria o bicho da seda.
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #12 em: 12/01/2012, 16:18 »
     
    Nome popular        AMOR-PERFEITO



               Nome científico   Viola tricolor L.       
     
         Família   Violáceas     

    Sinonímia popular
       violeta-tricolor,violeta-de-três-cores

    Parte usada   A planta toda     

    Propriedades terapêuticas
       Antiinflamatória,expectorante,estimulante,sudorífica,diurética,depurativa, emoliente, antitumoral, laxante     

    Princípios ativos
       Flavonóides,Saponinas,Alcalóides,Taninos,Violarrutina,Violanina,Mucilagens,Resina,Glucosídeos,  contém sobretudo um óleo essencial, a violaquercitrina-flavona, um  metil éster do ácido salicílico.

    Indicações terapêuticas   Feridas,chagas, úlceras, eczema úmido,infecções  cutâneas,afecções do sangue, debilidade nervosa,cansaço,doenças  cardíacas nervosas, icterícia 

    Informações complementares

    Outros nomes populares: amor-perfeito-branco, flor-da-trindade.
     Nome em outros idiomas: Alemão: stiefmütterchen; Francês: pensée du  bois; Espanhol: pensamiento, trinitaria; Inglês: pansy; Italiano: viola  del pensioero.
     Origem: Europa

    Propriedades terapêuticas:

    Especialmente útil no tratamento do eczema úmido.Atua favoravelmente sobre os gânglios linfáticos.

    Usos medicinais:

    É muito empregada desde os tempos remotos.Homero conta que os atenienses  a utilizavam para moderar a ira. Utilizavam uma guirlanda de flores da  Viola tricolor para prevenir dores de cabeça e enjôos. Os chineses  utilizam a espécie Viola yedoensis de forma similar. Esta última também  empregada em tratamento do eczema infantil grave em um hospital de  Londres.
     As folhas secas da Viola tricolor, pulverizadas ou misturadas com mel  até formarem uma pomada, aplicadas sobre as feridas, ajudam a  cicatrizá-las. Para curar infecções cutâneas, tratam-se as partes  afetadas com compressas de gaze embebidas em uma infusão da planta.  A decocção alivia também as dores reumatismais e trata as afecções de  pele, dermatites e eczemas. A infusão, que também pode ser bebida,  combate as afecções do sangue, a debilidade nervosa, o cansaço, as  doenças cardíacas nervosas e icterícia, pois estimula o metabolismo.
     Constitui um bom expectorante devido a seu alto conteúdo em saponinas e também tonificam e fortalecem os vasos sanguíneos. 
     Emprega-se como cosmético para limpeza de pele e como loção capilar  contra a queda do cabelo. Serve para gargarejos. As raízes são eméticas.

     Dosagem indicada:

    Infusão para uso geral: Prepara-se infusão de duas colheres de café por  xícara de água fervente, deixe descansar por um quarto de hora. Adoçar  com mel. Em virtude dos efeitos eméticos do amor-perfeito,  desaconselha-se o aumento das doses. 
     Xarope: triturar uma colher média de flores secas e colocar em maceração  durante uma hora em 250g de água fervendo. Filtrar. Dissolver a quente,  sem ferver, 250g de açúcar. Tomar de 5 a 6 colherinhas ao dia.

     Depurativo:
    Infusão: macerar, por uma noite, 8gr de flores e folhas secas de  amor-perfeito em um quarto de litro de água fria. Pela manhã, ferver  tudo, adicionando 100gr de leite açucarado. Filtrar a bebida e ingeri-la  em jejum. Continuar o procedimento por 3 semanas.

     Feridas,chagas e úlceras:
    Cataplasma: para favorecer a cicatrização, fazer compressas com flores e  folhas frescas e esmagadas de amor-perfeito, misturadas com leite frio.
    Infusão: por durante um quarto de hora uma colher de flores secas  trituradas em uma xícara de água fervendo. Tomar de 2 a 3 vezes ao dia.  Adoçar com mel.
     
     Contra-indicações: não se deve administrar doses muito altas, já que a  planta contém saponinas que podem produzir náuseas e vômitos.

     Curiosidades: no livro de Shakespeare Sonho de uma noite de verão, o amor perfeito é a flor que Oberon pede a Puck encontrar para fazer adormecer Titânia.
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #13 em: 12/01/2012, 16:19 »
     
    Nome popular        ANIL




    Nome científico   Indigofera tinctoria L.       
     
         Família   Leguminosas     

    Sinonímia popular
       Anileira, anileiro-da-india, caá-chica, timbozinho     

    Parte usada   Folhas, raiz, semente     

    Propriedades terapêuticas
       Antiespasmódico, estomáquico,febrífugo,diurético, purgativo, insetífuga     

    Princípios ativos
       Leucoindigotina     

    Indicações terapêuticas
       Epilepsia, icterícia, dores articulares e  nevrálgicas, distúrbios circulatórios, afecções das vias respiratórias,  inflamações agudas da pele, hemorragia nasal, intestino, uretrites  blenorrágicas,  afecções do sistema nervoso, sarna.

    Informações complementares

                                   O anil é representado por muitas espécies.  Vamos nos referir neste site  principalmente a duas espécies:  Indigofera tinctoria L. e  Indigofera anil L.



     Outros nomes populares: caobi-indigo, timbó-mirim



                                 Nomes em outros idiomas:

    Alemão:índigo
    Espanhol: anileira
    Francês:indiotier
    Italiano: Alberto d"indaco



     Origem: Leste da Índia



     Princípios ativos: as folhas da anileira encerram leucoindigotina,  substância que convenientemente tratada, precipita o índigo. Mas este  fica só quimicamente puro na forma de indigotina, quando dissociado de  diversos sais, de uma matéria vermelho esverdeada e de uma resina  vermelha, reduzindo o seu peso a pouco mais de 20%.



     Uso medicinal
     
     Na homeopatia o anileiro tem indicações para os seguintes casos: dores  articulares e nevrálgicas, distúrbios circulatórios, afecções das vias  respiratórias, inflamações agudas da pele (com erupções de vesículas) e  hemorragia nasal. As folhas têm propriedades antiespasmódicas e  sedativas, estomáquicas, febrífugas, diuréticas e purgativas, com ação  direta sobre a última parte do intestino, empregadas contra as uretrites  blenorrágicas e as afecções do sistema nervoso.



     Ainda com ação contra a epilepsia e icterícia. As folhas machucadas são  usadas  topicamente contra a sarna. A raiz é odontálgica e útil na cura  da icterícia. Outrora empregavam na mordedura de cobras. As sementes   depois de pulverizadas tem ação insetífuga, ou seja afugenta insetos. É  planta reputada antídoto do mercúrio e do arsênico.



      Dosagem indicada

      Chá de anileiro:
    Colocar em infusão, em um litro de água fervente, 5g de folhas e raízes  de anileiro misturadas. Tomar uma ou duas xícaras ao dia.



     Curiosidades:

    Originário da Índia o anileiro é planta muito popular no Brasil,  vegetando espontaneamente em quase toda parte. Há algum tempo o anileiro  era bastante cultivado no Brasil para extração do anil, cuja exportação  chegou a atingir considerável vulto. Ultimamente com a fabricação de  matérias corantes sintéticas em larga escala, o uso do anil, corante de  bela cor azul, inodoro e sem sabor tem sido relegado ao esquecimento.  Existe pouca bibliografia referente ao anil. O corante anil sintético  data de 1880, passando então esta erva cada vez mais cair no desuso e  desinteresse.



     Há muitos processos para a produção do corante azul extraído do anil.  Todos os processos são complexos e incluem fermentação. Traços do  corante azul natural foram encontrados nas antigas tumbas egípcias  datadas de 3000 anos. Quando as rotas entre Europa e Índia foram  estabelecidas no século XVI, o corante índigo foi trazido para a América  do Norte.


     Existem muitas espécies no Brasil para o gênero Indigofera, algumas  usadas como forrageira, outras como adubo verde. No norte do país, por  exemplo, temos a Indigofera pernambucencis. Em Mato Grosso, encontra-se a  Indigofera lespedezoides, denominada de timbó mirim ou timbozinho,  sendo uma espécie que fornece notável quantidade de anil.
     

    Online Neo

    Re: Plantas Medicinais
    « Responder #14 em: 12/01/2012, 16:19 »
     
    Nome popular        ANIS




    Nome científico
       Pimpinela anisum L.       
    Família   Umbelíferas     

    Sinonímia popular
       Erva-doce     

    Parte usada
       Fruto-semente e folhas

    Propriedades terapêuticas   Digestivo, expectorante, carminativo, desinfetante     

    Princípios ativos
       Óleo essencial (anetol, isoanetol e anisaldeído,  metilchavicol, derivados dos dimetílicos de estiboestrol), óleo fixo,  proteínas, colina, açúcares, cumarinas, ácidos orgânicos, flavonóides,  esteróis     

    Indicações terapêuticas
       Tônico estomacal, flatulência, regulariza as funções menstruais, melhora a digestão, catarros bronquiais.

    Informações complementares                                           

    Nome em outros idiomas

     Alemão:anis; Espanhol: anis; Frances: anis cultive; Inglês: anise;   Italiano:aniceOrigem

    Originária do Oriente Médio, o anis vem sendo cultivado no Egito, na  Ásia menor e nas ilhas gregas há mais de mil anos. Quando o Império  Romano absorveu a cultura grega, também passou a cultivá-lo,  estendendo-o às costas do Mediterrâneo, à França e à Inglaterra.

    Propriedades terapêuticas

     Digestivo, expectorante, alivia a flatulência, carminativo, tônico  estomacal, antiespasmódica, galactagogo, regulariza as funções  menstruais, é um excelente desinfetante. 

    Uso medicinal


     As sementes de anis facilitam a digestão e são muito apropriadas para  crianças pequenas que sofrem de diarréia. Adoçada com mel, sua infusão  alivia a flatulência além de aliviar a asma.  Se a este mesmo chá for acrescentado funcho,  obter-se-á um ótimo  remédio para os catarros bronquiais.  Utilizado junto ao açúcar, na forma de xarope, é um excelente  expectorante. Mascar sementes de anis ajuda a conciliar o sono, e  tomá-las com água faz desaparecer o soluço. 
     É um excelente antiespasmódico que estimula  a ação das glândulas  endócrinas, assim como das mamárias. Por conterem até 20% de proteínas,  quando secas e destiladas, estas sementes são indicadas para mulheres  que amamentam, na medida em que estimulam a produção de leite.
     O azeite que delas se extrai serve para matar piolhos, quando   friccionado no couro cabeludo, e para acalmar as cólicas, em fricções no  ventre.
     As sementes do anis possuem excelentes qualidades anti-sépticas, sendo o  óleo de anis muito  utilizado em pastas de dentes e repelentes de  insetos. 
     A essência de anis serve também para aromatizar numerosos medicamentos,  inclusive como corretivo para sabor de infusões onde se misturam ervas.  Também é usado para compor incensos.   

    Dosagem indicada

     Dentes (elixir dentifrício). Colocar em um recipiente,que se possa fechar bem,os seguintes  ingredientes: 30g de anis em pó, 8g de cravo em pó, 8 g de canela em pó,  1g de essência de hortelã, 850 de aguardente puríssima. Deixar macerar  todos os ingredientes na aguardente por cerca de dez dias. Filtrar o  líquido e conservar em um vidro com a tampa esmerilhada. Para refrescar a  boca, desinfetá-la, purificar o hálito, clarear os dentes e tonificar  as gengivas, fazer bochechos com algumas gotas do elixir em um cálice de  água morna.

     Digestão difícil, acidez do estômago. Carvão digestivo: colocar 50g de sementes de anis em pó , em um  recipiente com 50g de carvão de tília  em pó e 50g de açúcar. Misturar  os ingredientes e tomar uma colherinha desta mistura após cada refeição.



     Excitação nervosa, insônia e caimbras. Tintura de anis: macerar, por dez dias, 13g de sementes de anis em 50g  de álcool a 70º. Filtrar e conservar o líquido em um vidrinho com tampa  em conta-gotas. Tomar 10 gotas logo após as refeições, ou a cada vez que  se manifestem os distúrbios. Se o estômago estiver vazio, tomar as  gotas diluídas em um uma bebida quente: camomila, tília, chá, etc. Não  tomar nunca mais de 50 gotas de tintura ao dia.



     Intestino (meteorismo). Infusão: 30g de sementes de anis em um litro de água quente. Filtrar  quando o líquido estiver morno e tomar uma xícara, após cada refeição.  Usar neste caso também a tintura de anis, ver excitação nervosa,  utilizando as mesmas doses.



     Afecções intestinais (gases e cólicas); desinfetante intestinal;  dores de cabeça (origem digestiva); gastrite (origem nervosa); cólicas  infantis. Em 1 xícara (chá), coloque 1 colher (sobremesa) de fruto-semente e  adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá),  3 vezes ao dia.



     Enjôos e vômitos na gravidez; aumentar o leite materno; enxaquecas de origem digestiva. Coloque 3 colheres (sopa) de fruto-semente em 1 garrafa de vinho branco.  Deixe em maceração por 10 dias e coe. Tome 1 cálice antes das  principais refeições.



     Afecções intestinais (gases e cólicas); desinfetante intestinal;  enxaquecas (origem digestiva), gastrite (origem nervosa); purificador  de hálito (halitose). Coloque 1 colher (sobremesa)  de fruto-semente e 1 colher (sopa) de  folha de  guaçatonga picada, em 1 xícara (chá) de álcool  de cereais a  60%. Deixe em maceração por 5 dias e coe. Tome 1 colher (café) diluído  em um pouco de água, 3 vezes ao dia, sendo uma de manhã, em jejum, e as  demais antes das principais refeições. 

    Contra indicações

     O uso do fruto-semente desde que dentro das doses recomendadas, não tem  contra-indicação. Entretanto, o uso exagerado do óleo essencial pode  provocar efeitos tóxicos. Contra-indicado em caso de alergia ao anis e  anetol.

    Efeitos colaterais

     Ocasionalmente podem ocorrer reações alérgicas na pele, trato pulmonar e gastrointestinal.

     Culinária

     As sementes, por conterem óleo essencial, são excelentes para preparo de  alimentos e no uso de seu tempero. Pode ser usado para temperar peixes,  aves e também ser utilizados em cremes, sopas e molhos. Bolos doces,  biscoitos também podem levar o toque doce desta erva. Esta erva também  tem muita afinidade com frutas frescas, especialmente figos. As folhas  já possuem aroma mais delicado. Pode-se consumi-las frescas na forma de  salada, com vegetais ou queijos em creme. 

    Curiosidades


     Semente de anis é um ingrediente base na preparação de licores Anisette  como  Pernod e Anise. Na medicina popular diz ser afrodisíaco.  Aromaterapeutas utilizam a essência do anis para relaxamento e reduzir a insônia.
     Administrando-se às vacas, aumenta-se a produção de leite.  Os animais são atraídos pelo seu aroma. Escondendo um pouco de sementes  de anis, dentro de um pedaço de queijo, torna-se uma eficiente isca para  as ratoeiras.
     

     



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