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Autor Tópico: Plantas Medicinais  (Lida 176370 vezes)

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Offline Neo

Cavalinha
« Responder #30 em: 06/03/2012, 11:08 »
 
Nome popular        CAVALINHA



Nome científico   Equisetum arvense L.

Família   Equisetáceas

Propriedades terapêuticas   Diurético, anti-hipertensivo, mineralizante, antiinfeccioso,  antiprostático.

Princípios ativos   Saponinas (equisetoninas), potássio, cálcio, fósforo,  manganês, ácido silícico, flavonóides, alcalóides, taninos,  fitosteróides, ácidos graxos aconitínico, benzóico, málico, gálico,  péctico, vitamina C,  resinas, lignanos

Indicações terapêuticas   Osteoporose, reumatismo,  ajuda nos tratamentos para  emagrecer, edema pré-menstrual, favorece o metabolismo do cálcio na  coagulação sangüínea.

Informações complementares

       
Origem

Europa


Nome em outros idiomas



  • Espanhol: cola de caballo, yunquillo, yerba de los plateros, yerba  del tigre, cola de lagarto (Uruguai) e tembladera pequeña (Colômbia).
  • Inglês: equisetum ou horsetail
Descrição

As cavalinhas (Equisetum arvensis L/Equisetum hyemale) habitam o mundo todo, inclusive o Brasil, onde se adaptou.

 É uma planta perene, rizomatosa e reptante da família das Equisetáceas,  que prefere terrenos pantanosos ou  úmidos. Caracteriza-se pelos talos  férteis, pardo-amarelos ou estéreis, verdes. Os primeiros nascem no  inverno e formam espigas esporangíferas de até 20 cm, enquanto os vedes,  de até 80 cm, surgem dos primeiros.


 Esta planta deriva de ancestrais mesozóicos de mais de 270 milhões de  anos. Seus rizomas são longos e tem nós de espaço a espaço além de  lançarem ramificações compridas que formam curvas bonitas semelhantes ao  que acontece com os rabos de cavalos. Daí seu nome.


 Tem 5% de saponinas (equisetoninas) e mais potássio, cálcio, fósforo,  manganês, ácido silícico, flavonóides, alcalóides, taninos,  fitosteróides, ácidos graxos (linolêico, linólico e oléico) aconitínico,  benzóico, málico, gálico, péctico e vitamina C, além de resina e  lignanos.


 Uso medicinal

Por seu alto conteúdo mineral, principalmente o silício, a cavalinha é  muito usada para recompor o tecido conjuntivo, por aumentar a atividade  dos fibroblastos e a elasticidade dos tecidos, o que a torna útil na  osteoporose e reumatismos (Weiss R., 1980). Por outro lado, tendo  potássio, equisetonina e ácido gálico, é um bom diurético e  anti-hipertensivo, além de ajudar nos tratamentos para emagrecer,  conforme Bakke, F. et al., 1980, já estudaram.


 Nos edemas pré-menstruais, o equiseto pode ajudar muito, já que receita  de diurético de síntese não funciona: na Colômbia, Corpas J. et al.,  em 1995, fizeram pesquisas neste sentido e mostraram que estigmas de  milho e equiseto eram bons medicamentos para isto. Ademais, por ter ácidos, aconítico e cítrico, favorece o metabolismo do  cálcio na coagulação sangüínea, contracenando estes ácidos com a silícea  e os flavonóides (Viñas, F., 1993).


 Um trabalho de Peris, J. et al., em 1995, mostrou algum efeito  retardador sobre o crescimento de células neoplásicas e do aparecimento  de metástases e que os alcalóides podem ter ação anticolinérgica e  oxitócica.



Dosagem indicada

Na etnomedicina, decocção de seus talos (50 g/l) é usada como  mineralizante, diurético, antiinfeccioso, urinário e antiprostático, com  quatro xícaras ao dia (50 g tem aproximadamente 30 mg de silício, mais  ou menos o que se usa em prescrição médica).


 Outros usos

Na Europa, o E. hyemale, variedade do nosso equiseto, é usado  para pulir prata e estanho. Isso é possível pela alta quantidade de  silício que apresenta (a areia tem muito silício).


 Também o colocam sobre páginas de livros velhos para protegê-los de  deterioração e na agricultura biológica a cavalinha macerada, seu pó ou  decocção é usada para controle de pragas.


 Na cosmética, é reforçador de unhas e ajuda na prevenção de estrias e  rugas por ter, como vimos, muito silício. Este metal participa da  formação de glucosaminaglicanos, essenciais para o metabolismo de ossos e  cartilagens. 



Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Cebola
« Responder #31 em: 06/03/2012, 11:10 »
 
Nome popular        CEBOLA



Nome científico   Allium cepa L.

Família   Liliaceae

Parte usada   Bulbo tunicado

Propriedades terapêuticas   Antiinflamatória, antibiótica, antiviral, sedativa.

Princípios ativos   Óleo essencial (componentes sulfurados); vitaminas;  sais minerais; pigmentos; flavonóides; glucoquinina, quercetina (não na  cebola branca)

Indicações terapêuticas   Afecções das vias respiratórias (resfriados, gripes,  coriza e tosse), eliminador de uréia e cloretos, diabetes, enxaqueca,  asma, infecção urinária (suco).

Informações complementares

                    Dosagem indicada, modo de uso

Uso Interno. Em um pilão coloque 1 cebola média e 2 colheres de açúcar  cristal. Amasse bem. Deixe em repouso por 2 horas. Coe e adicione 1  colher de mel.


Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Cerefólio
« Responder #32 em: 06/03/2012, 11:11 »
 
Nome popular        CEREFÓLIO



Nome científico   Anthriscus cerefolium (L.)

Família   Apiaceae

Sinonímia científica   Anthriscus longirostris Bertol., Cerefolium anthriscus (L.) Beck, Cerefolium cerefolium (L.) Sch. & Thell., Chaerophyllum sativum Lam., Scandix cerefolium L

Parte usada   Raiz

Propriedades terapêuticas   Tônica, depurativa, diurética, hipotensiva

Princípios ativos   Flavonóides, lignana, óleo essencial.

Indicações terapêuticas   Problemas  na circulação, contra radicais livres, recomendado para a memória.

Informações complementares

                   Histórico

  Esta erva é nativa do Oriente Médio, provavelmente sul da Rússia e do  Cáucaso, e possivelmente foi introduzida na Europa pelos romanos.  Tornou-se uma das ervas mais utilizadas na culinária francesa, na qual é  considerada indispensável. O cerefólio embora tenha sido utilizado como  uma droga é empregada principalmente como aromática para fins  culinários (Fejes et al. 2000a).   


Constituintes

  Metilcavicol, 1-alil-2, 4- dimetoxibenzeno (Fejes et al. 2000). 


Atividade farmacológica

   O extrato possui atividade antioxidante e anti-lipoperoxidante, é  utilizada popularmente para problemas na circulação (Fejes et al. 2000a,  Fejes et al. 2000b). 


 A raiz é usada como tônica no Japão e na China (Mitsugi et al. 1982).   Possui atividade depurativa, diurética e hipotensiva (Flamini et al,  1997). 


 Flavonóides e lignanas da raiz mostraram forte atividade contra os  radicais livres, enquanto que o óleo obtido a partir da planta foi menos  eficaz. A identificação dos constituintes dos extratos indicam que  apiin é o principal flavonóide, deoxipodofilotoxina a principal lignana,  e metilcavicol o componente predominante do óleo essencial (Fejes et  al., 2003).


 O extrato é recomendado para melhorar a memória (Adams et al., 2007).   




Fonte: plantas medicinais-ciagri






 

Offline Neo

Chapéu-de-couro
« Responder #33 em: 06/03/2012, 11:12 »
 
Nome popular        CHAPÉU-DE-COURO



Nome científico   Echinodorus grandiflorus (Cham. & Schltdl.) Micheli

Família   Alismataceae

Sinonímia popular   Chá mineiro, chá do pobre, chá da campanha.

Sinonímia científica   Gomphrena hyspidula

Propriedades terapêuticas   Diurético, depurativo

Princípios ativos   Holósides e heterósides.

Indicações terapêuticas   Doenças renais e das vias urinárias, reumatismos, erupções cutâneas e afecções hepáticas.

Informações complementares

             O indivíduo que usa o Chapéu de Couro adquire uma pele fina,  sedosa, sem nenhuma excrecência; combate perfeitamente toda e qualquer  moléstia da pele...".  "Tenho curado velhos reumatismos ( 65 anos) só  com o cozimento desta planta". A tintura de Chapéu de Couro usada com  persistência, tira as manchas da pele, as dores artríticas, das cadeiras  (lumbago) das juntas em consequência de reumatismo simples ou de origem  sifilítica...".
"Energéticos diuréticos, facilitando a elimimação das  toxinas e dissolvente do Ácido Úrico". amilia: alismataceae 

Utilizada nas dores de origem reumática, afecções hepáticas a das vias urinárias, nos quadros de atenia, sendo também considerada  auxiliar na terapêutica da hipertensão arterial. Sobre a pele, é  empregada para retirada da manchas e certas afecções dermatológicas.  Apresenta ação diurética.         



Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Cipó-mil-homens
« Responder #34 em: 06/03/2012, 11:13 »
 
Nome popular        CIPÓ-MIL-HOMENS



Nome científico   Aristolochia cymbifera Mart. & Zucc.

Família   Aristolochiaceae

Sinonímia popular   Jarrinha, bastarda, papo-de-peru, caçaú

Sinonímia científica   Aristolochia cymbifera var. abbreviata Duchtr.

Parte usada   Caule e folha

Propriedades terapêuticas   Diurética, sedativa, tônica, amarga, calmante dos nervos, estomáquica, anti-séptica, diaforética, emenagoga

Princípios ativos   Alcalóides, glicosídeos, óleo essencial, taninos, flavonóides, diterpenos, desquiterpenóides

Indicações terapêuticas   Afecções (gástricas, hepáticas, renais, do baço),  tensão pré- menstrual, asma, febres, dispepsias, diarréia pesada, gota,  hidropisia, convulsões, epilepsia, palpitações, flatulência, prurido,  eczemas

Informações complementares

                         Outros nomes populares

Caçaú, erva-de-urubu, angélico, mata-porco, calunga, patinho,  cipó-mata-cobra, urubu-caá, contra-erva, angelicó, aristolóquia,  capa-homem, erva-bicha, chaleira-de-judeu, cassiu, cassau, papo-de-galo,  giboinha.


 Espécies afins

Existem no Brasil várias espécies de Aristolochia com características e  propriedades semelhantes e também conhecidas pelos mesmos nomes  populares. São elas:



  • Aristolochia triangularis Cham. (encontrada principalmente no RS)
  • Aristolochia esperanzae O. Kuntze (MT e MS)
  • Aristolochia ridícula N. E. Br. (SP, PR, MG, RJ, MS)
  • Aristolochia brasiliensis Mart. & Zucc. (Nordeste)
  • Aristolochia arcuata Mast. (SP, MG, MS)
  • Aristolochia gigantea Mart. & Zucc. (caatinga - esta mais cultivada para fins ornamentais).
Origem

Brasil. É encontrada principalmente das Guianas até os estados de Minas Gerais e São Paulo. 

Princípios ativos

  Num outro estudo com A. ridicula, isolou-se duas biflavonas, quatro chalcona-flavonas pouco comuns e um tetraflavonóide. 


Uso medicinal

Amplamente utilizada na medicina tradicional brasileira e de vários  países da América do Sul, sendo empregada principalmente para a asma,  febres, dispepsias, diarréia pesada, gota, hidropisia, convulsões,  epilepsia, palpitações, flatulência, prurido e eczemas.


 Em algumas regiões é empregada também com bons resultados contra a falta  de apetite (anorexia), e contra os males do estômago em geral  (dispepsia), prisão de ventre, indigestão e dor de estômago.


 Externamente é empregada para caspa e orquite (inflamação dos  testículos) na forma de banho. É usada também no tratamento da falta de  menstruação (amenorréia) e nos casos de clorose (anemia peculiar a  mulher devido a deficiência de ferro por excesso de sangramento durante a  menstruação).


 Segundo Pio Corrêa, o suco das folhas de  A. triangularis é reputado  anti-helmíntico. Ele afirma também que as Aristolochiaceas passam por  neutralizar, ou realmente neutralizam, o veneno das cobras, usando-se  internamente para este fim o suco das raízes e folhas. As folhas que  devidamente contusas são simultaneamente aplicadas sobre o local da  picada. 


Dosagem indicada

Afecções gástricas, afecções hepáticas, afecções renais, afecções do baço, tensão pré-menstrual. Vários modos de uso:



  • Coloque 1 colher (sobremesa) do caule seco em 1 xícara (chá) de água em  fervura. Desligue o fogo, espere amornar e coe. Tome 1 xícara (chá) , 2  vezes ao dia, de preferência 30 minutos antes das principais refeições.
  • Coloque 2 colheres (sopa) do caule seco em 1 xícara (chá) de álcool de  cereais a 70%. Deixe em maceração por 5 dias, agitando de vez em quando e  coe. Tome 1 colher (café) diluído em um pouco de água, 2 vezes ao dia.
  • Coloque 3 colheres (sopa) do caule seco em 1 garrafa de vinho branco.  Deixe em maceração por 8 dias e coe. Tome 1 cálice, de preferência 15  minutos antes das principais refeições.

Reumatismo, feridas, úlceras, micoses, sarnas


Coloque 2 colheres (sopa) de folhas secas picadas em 1 copo de água em  fervura. Deixe ferver por 5 minutos e coe. Aplique no local afetado, com  um chumaço de algodão, 2 vezes ao dia. 



Contra-indicação

 O seu uso interno, nas doses recomendadas, não tem contra-indicação, mas não devem ser ultrapassadas.

 Segundo Pio Corrêa este cipó chega a ser abortivo. O uso deste cipó deve  ser cauteloso segundo ele, pois ele afirma que é de efeito enérgico e  mesmo perigoso, pois um simples decocto pode produzir o que ele chama de  "embriaguez aristolochica", que tem conseqüências sérias, inclusive  perturbações cerebrais.


 Curiosidades

Os sertanejos acreditam que o cheiro das aristolochiaceas basta para  narcotisar as cobras e que, conseqüentemente, quando eles passam com as  pernas recém friccionadas de Mil Homens, ao longo do caminho, todas as  cobras adormecem.


 A superstição leva os mesmos sertanejos à convicção de que alguns  pedaços do caule destas plantas, trazidos à guisa de amuletos ou  colocados junto de objetos de uso diário (sob os arreios e os colchões,  nos canos das botas, etc.), preservam de desgraças de qualquer natureza. 




Fonte:Plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Citronela
« Responder #35 em: 10/03/2012, 10:05 »
 
Nome popular        CITRONELA



Nome científico   Cymbopogon nardus (L.) Rendle

Família   Poaceae (Gramineae)

Sinonímia popular   Citronela-do-ceilão, cidró-do-paraguai

Parte usada   Folhas e colmos verdes e seu óleo essencial

Informações complementares

                   Nome em outro idioma

Lenabatu-grass


 Origem

Espécie originária do Ceilão e sul da Índia. 


Descrição botânica

É uma erva perene, cespitosa, de 0,80-1,20 m de altura. Os colmos são  eretos, lisos, semilenhosos, maciços, de cor verde-clara e internós  longos sobre um rizoma curto amarelo-escuro, com inúmeras raízes fortes,  fibrosas e longas.


 As folhas são planas, inteiras, estreitas, longas, de 0,5-1 m de altura,  com margens ásperas, ápice agudo, face superior verde-escura-brilhante e  inferior verde-oliva-grisácea. Apresentam aspecto curvo, sendo  intensamente aromáticas, lembrando o eucalipto citriodora.


 A inflorescência é em panícula, formada por racemos curtos e geminados. A  citronela dá sementes atrofiadas, embora floresça abundantemente na  primavera.


 Informações para o cultivo

Variedades: não existem seleções de variedades de citronela, e as referidas como variedades são, na verdade, outras espécies. 


Clima: é planta de clima tropical ou subtropical. Não suporta  frio, e as geadas causam a morte das plantas. No seu período de  crescimento, é exigente em chuvas, mas próximo à colheita o excesso de  precipitação afeta o teor e a qualidade do óleo. É cultura exigente em  luz (intensidade luminosa e horas de luz) e em calor. 


Solos: areno-argiloso a francos, porosos e férteis (em matéria orgânica e em nutrientes), bem drenados e com boa exposição. 


Plantio: é feito por meio da divisão das touceiras que, com a  redução das folhas e das raízes, constituirão as mudas. É realizado no  início do outono (março-abril) ou na entrada da primavera (setembro).  Devem-se evitar períodos de frio e calor intenso. Os espaçamentos serão  de 0,80 a 1 m por 0,40 a 0,50 m, aumentados para mais ou para menos, de  acordo com a fertilidade do solo. Recomenda-se efetuar o plantio em dias  sombrios ou chuvosos, não deixando secar as raízes das mudas, e  fazer  uma boa irrigação  em seguida. 


Tratos culturais: constarão de replantes das falhas, de capinas, irrigações e adubações de cobertura. 


Pragas e doenças: não se conhecem pragas e doenças incidentes  sobre esta cultura. Alguns sintomas que se assemelham aos de doenças  fúngicas em geral se revelam como carência de nitrogênio, potássio,  ferro, etc. 


Colheita: é feita a partir do segundo ano, em cortes a 5 cm  acima do solo. Normalmente, é possível um segundo –  e mesmo um terceiro  –  corte a 5 cm acima do solo, em cultivos bem conduzidos. Produções de  80-100 L de óleo/ha são comuns no Estado. 


Duração da cultura: mesmo que as plantas possam durar 8 anos ou mais, convém substituir o cultivo a cada 4 anos de produção (no 5º ano). 


Operações pós-colheita:  a colheita deve ser levada imediatamente para a destilação, para que não ocorram perdas de óleo essencial.


Mercado: embora outros países antes não-produtores tenham  entrado no mercado mundial e seu preço oscilado, com freqüentes baixas, a  demanda ainda tem sido elevada, e os preços conseguidos permitem ainda o  cultivo desta planta em escala econômica. 


Aplicação do óleo essencial



  • Como planta aromática para fins de perfumaria
  • Para afugentar insetos do lar e de grãos armazenados
  • Como desinfetante do lar e bactericida laboratorial
  • Como matéria-prima para a síntese de outros aromas



Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Cominho
« Responder #36 em: 10/03/2012, 10:06 »
 
Nome popular        COMINHO



Nome científico   Cominum cyminum L.

Família   Apiaceae

Sinonímia popular   Cuminho

Parte usada   Sementes

Princípios ativos   Óleo essencial, óleo fixo, resina, tanino, proteínas  (aleurona). O teor de óleo essencial aumenta muito com o amadurecimento  do fruto.

Indicações terapêuticas   Excesso de gases intestinais, atonias gástricas e intestinais, descongestionamento mamário das lactentes.

 Informações complementares

                               
Nome em outros idiomas


Inglês, Francês: cumin
Alemão: Mutterkuemmel
Italiano: Comino. 

Origem


África. 


Características

 Planta herbácea (fruto não comestível), de ciclo anual, alcança mais ou  menos 40cm de altura, de caule ereto, estriado, revestido de pêlos na  parte superior, ramoso e com raízes brancas e fobrosas.


 As folhas são alternas, distantes, glabras, recortadas em longos  colmilhos, quase capilares. As flores são brancas ou avermelhadas,  pequenas, dispostas em umbelas terminais; corola com 5 pétalas.


 O fruto é oblongo, elipsóide, adelgaçado na extremidade, estriado,  coroado pelos dentes do cálice pubescente; exala um odor forte, aromático e pouco agradável, e o sabor é  acre. As sementes são côncavas. É utilizado na indústria de perfumaria e  também aplicado em certos tipos de queijo e pão. 


 As sementes do cominho são a base do famoso licôr "Kümmel", ou "Creme de Munique" e de outras bebida licorosas. São muito semelhantes às sementes da alcarávia, distinguindo-se apenas por seus minúsculos pêlos. Pertence à mesma família do funcho, do anís, da erva-doce e da alcarávia. 


Uso medicinal

É utilizado no combate ao excesso de gases intestinais, as dispepsias  putrefativas e fermentativas, as atonias gástricas e intestinais, os  espasmos gastrintestinais e as gastralgias nervosas. 


Externamente é usado sob a forma de cataplasma, auxiliando na  resolução de abcessos e no descongestionamento mamário das lactentes.   


Uso alimentar

Inteiro ou moído, o cominho é empregado como condimento e na fabricação  de licores. Serve também para aromatizar alguns tipos de queijos, pães e  bolos, deixando-os com odor e sabor mais fortes e acres. 


Como usar

 Nas atonias gastrintestinais. Em uma xícara (de chá) com água fervente, colocar 2g de semente de  cominho. Abafar por cerca de 10 minutos, coar e beber antes das  principais refeições. 


Como chá estomacal. Ferver por 5 minutos em uma  xícara (de chá) com água, 1g de semente de cominho, um pedaço de casca  de carqueja e 1g de semente de angélica. Coar e beber antes das principais refeições. 


Contra gases intestinais. Macerar por 5 dias 20g  de sementes de cominho em 100ml de álcool neutro 60º. Coar. Diluir uma  xícara (de chá) em um pouco d’água e beber após as principais refeições. 


Como vinho digestivo. Macerar por 5 dias 30g de  sementes de cominho em 1 litro de vinho branco doce. Coar e beber um  cálice após as principais refeições. 

Mais sobre cominho...

 Falso-anis, falso-aneto, kümel, os grãos desta planta são confundidos  com outros temperos. O seu aroma é intenso e seu gosto acre é levemente  amargo. Provavelmente originário da Ásia central, o cominho é utilizado  há muito tempo: os egípcios usavam-no como pimenta e colocavam seus  frutos dentro das tumbas, como oferenda. Na Idade Média, o cominho era  considerado como um tempero aristocrático, utilizado para temperar as  aves a fim de facilitar a digestão. 


 Uma especiaria popular ao redor do mundo, especialmente na América  Latina, norte da África e Ásia, tem pouca aceitação na Europa, onde é  utilizada para temperar queijos na França e Holanda. Típico na Índia,  onde é parte do curry em pó e largamente empregado na cozinha tandoori,  seus frutos são usados inteiros, podendo ser fritos ou assados antes do  uso. Os legumes, especialmente as lentilhas, são temperados com cominho  frito na manteiga.

Pode ser utilizado em misturas de temperos,  polvilhados nos pratos antes de servir. O cominho preto é o fruto da  planta de mesmo nome que cresce no Irã e na região norte da Índia,  algumas vezes preferida em detrimento do cominho branco. 


Uso culinário

 O cominho faz parte da composição do curry, é utilizado na cozinha  oriental e mediterrânea. Na Alemanha, certos pães são temperados com  suas sementes. Alguns queijos, como o gouda e o munster, podem também  ser feitos com grãos de cominho em seu interior. O cominho também é  utilizado moído, em pó, em muitos pratos da culinária árabe. 


 Usam-se as folhas e raízes (muito finas, fracas e esbranquiçadas, são  aromáticas e consideradas uma "délicatesse" à mesa). As flores pequenas,  brancas ou levemente rosadas, não são usadas na culinária, mas originam  pequenos frutos, que contêm as sementes, muito aromáticas.


 Usam-se ainda as folhas e os grãos nos preparos de molhos para carnes e  peixes, legumes, ovos, queijos e sopas. Na Holanda é comum utilizá-lo em  bolos e doces 


Curiosidades

O cominho foi trazido para a Europa pelos árabes, que lhe atribuíam um poder afrodisíaco. 


 A presença de sementes do cominho dentre outros alimentos encontrados no  poço funerário de uma mulher da II dinastia do antigo Egito (cerca de  3.700 aC.) nos confirma que esse tempero é conhecido já há bastante  tempo.


      A palavra cominho vem do latim cuminum, provavelmente com origens  semitas. Em países de língua alemã é freqüentemente confundido com o  kümmel, mais popular naqueles locais.





Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Confrei
« Responder #37 em: 10/03/2012, 10:07 »
 
Nome popular        CONFREI



Nome científico   Symphytum officinale L.

Parte usada   Rizoma, raíz, folha

Propriedades terapêuticas   Hemostático, antinflamatório, cicatrizante.

Indicações terapêuticas   Úlcera, ferida, corte, fratura, afecção óssea.

Informações complementares

             CONFREI (Symphitum sp. L.)

Indicações

  Utilizado para favorecer o crescimento de tecidos novos em ulcerações,  feridas e cortes, fraturas e afecções ósseas (onde age como indutor da  produção calcárea). 


Dosagem indicada

 Cataplasma e banhos locais - várias vezes ao dia. 


 Emplasto: esmagar folhas em água morna e colocar diretamente sobre  ferimentos (cicatrizantes, lavar e repetir 2 vezes ao dia. No caso de  contusões e inchaços colocar o emplasto dentro de um pano antes de  aplicar. 


 Tintura: 1 parte de sumo das folhas em 5 partes de álcool, preparar pomadas e ungüentos. 

Outros usos


Muito utilizada como forrageira pelo alto teor de proteína e excelente produção de massa verde.


 Cuidados

Existem referências que tratam da presença de alcalóides cancerígenos no  confrei, principalmente em folhas jovens.

O uso externo sobre feridas  pode promover rápida cicatrização externa, sendo que o processo  inflamatório pode continuar internamente. A absorção dérmica, das  substâncias tóxicas, parece não ser significativa.         




Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Copaíba
« Responder #38 em: 10/03/2012, 10:08 »
 
Nome popular        COPAÍBA



Nome científico   Copaifera officinalis (Jacq.) L.

Sinonímia científica   Copaifera reticulada Ducke

Propriedades terapêuticas   Antinflamatório, cicatrizante.

Indicações terapêuticas   O oléo é antinflamatório e cicatrizante de feridas,  principalmente das vias urinárias e pulmonares. Tem ação contra o bacilo  de tétano e contra a herpes.

Informações complementares

       Nome científico: Copaifera reticulada Ducke. 


 O oléo é antinflamatório e cicatrizante de feridas, principalmente das  vias urinárias e pulmonares. Tem ação contra o bacilo de tétano e contra  a herpes. C. reticulata dunke é uma das espécies de copaíba. C. é  abreviatura do gênero Copaifera, cujo óleo é muito empregado em  Fitoterapia. A nossa espécie mais comum é a Copaifera officinalis, que ocorre na Amazônia. Cuidado para não confundir, na bibliografia há outras espécies com o nome C. reticulata, por exemplo, Citrus reticulata (uma tangerina). Ricardo B. Buchaul





Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Coronilha
« Responder #39 em: 10/03/2012, 10:09 »
 
Nome popular        CORONILHA



Nome científico   Scutia buxifolia Reiss

Família   Rhamnaceae

Parte usada   Cascas do tronco e folhas.

Propriedades terapêuticas   Diurética, hipotensora.

Indicações terapêuticas   Tônico cardíaco

Informações complementares

       Origem

Espécie nativa das matas do sul da América do Sul. 


Descrição botânica

  Pequena árvore ou arbusto de até 6m de altura, com espinhos. Folhas  opostas até alternas, inteiras ou com poucos dentes, lustrosas.  Inflorescências em fascículos axilares. Flores pequenas, verdes. 


Cultivo

   Propagação: por sementes, mudas feitas nos viveiros para depois ir a campo. 


Plantio: preferir no outono-inverno para realizar o plantio. Mudas devem ser tutoradas. 


Florescimento: de outubro a janeiro dependendo da região do estado. 


Uso medicinal

  Tintura das cascas é usada como tônico cardíaco. As cascas e as folhas são usadas como diuréticas e hipotensoras. 





Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Cravo-vermelho-do-campo
« Responder #40 em: 10/03/2012, 10:09 »
 
Nome popular        CRAVO-VERMELHO-DO-CAMPO



Nome científico   Trichocline macrocephala Less

Parte usada   Raiz

Indicações terapêuticas   Pneumonia. Indicado como remédio para os rins.

Informações complementares

                         Planta de clima frio, ocorre nos campos de cima das Serras Gaúcha e Catarinense. É utilizada por muitas pessoas no tratamento de pneumonia. Segundo relatos, muita gente já tomou o chá da raiz desta planta. Nunca foi feita pesquisa científica a seu respeito. 


 A flor é muito bonita, razão pela qual também é empregada como ornamental.

Área de dispersão

  Brasil: Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul. Argentina: Misiones.


 Espécie de grande efeito ornamental poe seus enormes capítulos de lígulas vermelhas. A raiz constitui um poderoso remédio para os rins receitado por médicos em Santa Catarina. 


Dados fenológicos

  Floresce durante os meses de Janeiro, Fevereiro, Março e Abril.




Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Cupuaçú
« Responder #41 em: 10/03/2012, 10:10 »
 
Nome popular        CUPUAÇÚ



Nome científico   Theobroma grandiflorum (Willd ex Spreng) Schum.

Família   Sterculiaceae

Sinonímia popular   Cupuaçú-verdadeiro

Princípios ativos   A polpa contém fósforo e vitamina C. As sementes  apresentam por volta de 60% de gordura, com alto coeficiente de  digestibilidade, como as do cacau, tendo a vantagem de não conter  cafeína.

Informações complementares

                         Nome em outro idioma

 
Inglês: Patashte 

Origem

Brasil. É espécie nativa do Estado do Pará, onde pode ser ainda  encontrado em estado silvestre na mata virgem alta de várias localidades  do Estado.

É frequente o cultivo dessa espécie em quase toda a Amazônia, aí incluida a parte  nordeste do Estado do Maranhão. Fora do Brasil, é cultivado também em  alguns países tropicais da América do Sul e Central tais como a  Venezuela, Equador, Colômbia e Costa Rica. 


Características

É uma árvore de pequeno porte, ciclo anual, que alcança até 8m de altura (nos indivíduos cultivados) e de porte médio, alcançando até 18m de altura (nos indivíduos silvestres, na mata alta). 


 O tronco geralmente é reto com a casca de cor marrom-escura, fissurada, ramificação tri- cotônica, ramos superiores ascendentes, os inferiores horizontais, ambos com ritidoma esfoliado. 


 As folhas são simples, inteiras, subcoriáceas, com até 35cm de  comprimento por até 10cm de largura. Lâmina oblonga ou oblonga-obovada, atenuada, ápice abrupto-acuminado,  com base obtusa ou arredondada, glabra, de cor verde e sub-brilhosa na  face superior, e verde-glauco ou roseo-pálido  face inferior, com  delicado revestimento de pêlos estrelados; nervuras laterais,  acentuadamente dirigidos para o ápice do limbo, o par inferior em ângulo  mais agudo; nervuras terciárias transversais e sub-paralelas. 


 As flores são grandes, vermelho-escuras, dispostas em cachos de até 5  flores ou mais, brotando dos galhos tomentosos. Pendúculos curtos,  espessos, com 3 brácteolas estreito-lineares; cálices com 5 pétalas cada um. 


 O fruto é uma baga de forma elipsóide ou oblonga, com as extremidades  obtusas ou arredondadas, que lembra o futo do cacau, apresentando uma  coloração castanho escura aveludada, medindo até 24cm de comprimento por  12cm de diâmetro, pesando até 1,5kg, e com cerca de 50 sementes,  superpostas em 5 fileiras verticais, cada semente envolvida por copiosa  polpa branca-amarelada, mucilaginosa, de sabor acidulado e cheiro  característico, agradável. 


 A casca do fruto é dura e lenhosa, mas facilmente quebrável. Na  maturação os frutos caem sem o pedúnculo, ocasião em que exala o cheiro  característico. 


   Uso culinário

A polpa do cupuaçú, de sabor ácido e aroma forte, é muito apreciada ao  natural ou em forma de sorvetes, licores, vinhos, compotas, doces, sucos  e geléias.

 As sementes, devidamente preparadas, dão um bom chocolate  (Cupolate, melhor dizendo) e a gordura pode ser transformada em manteiga  de cacau. 


A receita do chocolate branco

As sementes de cupuaçu, sem a polpa e sem adição de água, são postas a  fermentar. Após 24 horas se adiciona uma solução de açúcar a 30% na  proporção de 1% de solução com relação ao peso do material; a solução  deve estar a 38%. Após 48 horas de iniciar a fermentação, nova solução  de açúcar é adicionada na mesma concentração e temperatura, devendo-se  revolver as sementes duas vezes por dia.

A fermentação termina no quinto  ou sétimo dia, onde as sementes são lavadas, secas ao sol, torradas a  180º C, descascadas estando prontas para serem transformadas em  chocolate em pó.

Uma parte das amêndoas deve ser prensada para a obtenção da manteiga de  cupuaçu, que será utilizada na formulação das massas para o preparo dos  tabletes; a torta restante é moída e adicionando 10% de açúcar comum em  relação ao peso final, produz-se o "cupulate em pó".





Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Damiana
« Responder #42 em: 10/03/2012, 10:11 »
 
Nome popular        DAMIANA



Nome científico   Turnera diffusa var. aphrodisiaca (Ward.) Ubr.

Família   Turnerácea

Propriedades terapêuticas   Tônica, estimulante, afrodisíaca, antidiarrêica, diurética, expectorante e adstringente

Princípios ativos   Óleo essencial (com mais de vinte componentes),  cineol, pinenos (alfa e beta), copaeno, cadineno, calameno, p-cimeno,  goma, amido, açúcares, tetrafilina, arbutina, taninos, ácidos, alcanos,  daminiana, flavona, beta-sitosterol, resina.

Indicações terapêuticas   Sífilis, úlceras gastrintestinais, leucorréia,  diabetis (em animal há comprovação), má-digestão, diarréias, tosses  catarrais, neuratenia, bronquites, dificuldades sexuais masculina e  feminina, auxilia no tratamento da paralisia, albuminúria.

Informações complementares

             
Descrição

A damiana pertence a família das Turneráceas/ Bigoneáceas, é uma planta  medicinal mexicana, tônica, estimulante, afrodisíaca e antidiarrêica  (Corrêa, M. Pio. Dicionário das Plantas Úteis do Brasil e das Exóticas  Cultivadas. Vol. I- 1926; vol. II- 1931; vol III –s.d.; vol IV-1969; vol  V- 1974; vol VI- 1975), diurética, expectorante e adstringente, usada  caseiramente nas manifestações sifilíticas, úlceras gastrintestinais,  leucorréia, diabetis (em animal há comprovação), má-digestão, diarréias,  tosses catarrais, neuratenia, bronquites e nas dificuldades sexuais  masculina e feminina, principalmente com componente neurótico ansioso.


 Segundo Ênio Emmanuel Sanguinelli, auxilia no tratamento da paralisia.  Um extrato alcoólico mostrou ação depressora sobre o Sistema Nervoso  Central (Jiu J. A. survey of some medical plants of México for selected  biological activity. Lloydia 1996;29; 250-259).


 Combate a albuminúria.


 No México serve como aroma de licores e como substituto do chá-da-Índia.  Nos EUA está na farmacopédia oficial e é vendida em extrato fluido como  “Turnerae afrodisiacae” e na Europa já teve destaque como tônico  nervoso na amaurose e tônico geral na neuratenia e impotência.


 É um arbusto aromático de Vênus com sabor agradável, pubescente, ramoso  que tem folhas pecioladas ovado-rombas, espatuladas, obtusas e revolutas  nas margens. O pedúnculo é curto e as pétalas são espatuladas com  estames curtos. O fruto é uma cápsula subglobosa de cerca de 5 mm.


 Existe no Brasil desde o Amazonas até São Paulo e uma outra espécie, T. opifera M.,  conhecida também como chanana, damiana-turnera, erva-damiana e  turnera-afrodisíaca, é encontrada no sul e sudeste do Brasil, mais em  Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. À mesma atribuem-se iguais  propriedades, principalmente a ação tônica e imediata sobre os órgãos  gênito-urinários. 


Princípios ativos (continuação)

Ao seu 1 % de óleo essencial (com mais de vinte componentes) amargo e  adstringente com sabor de cânfora, é que se atribuem as propriedades  curativas: tem 1,8 cineol(?), 13 % de pinenos (alfa e beta), copaeno,  cadineno e calameno. Não se confirmam 2% de p-cimeno. Tem ainda 13,5% de  goma, 6% de amido, açúcares, tetrafilina (glicosídeo cianogênico),  arbutina (Glicosídeo fenólico), taninos e 3,5% ácidos (graxos e  vegetais), alcanos, daminiana (7%), flavona, beta-sitosterol, 6,5% de  resina. 

Dosagem indicada
Utilizam-se, em uso interno, uma colher de sopa de folhas desidratadas  (4 g) em chá por infusão (um litro de água), três xícaras ao dia. Pode  ser administrada a crianças, em sexta, terça ou meia parte, dependendo  das idades.
 Externamente é usada em compressas e duchas.

 Para a leucorréia faz-se aplicações diárias em seringa de borracha de um infuso com seis colheres de sopa das folhas em um litro de água.   


Toxicidade

Alguém apresentou convulsão com dose de 200g de extracto, e 1g de  arbutina, então é considerada tóxica, mas isto não preocupa porque  equivale a 100g da erva.

Por outro lado, o efeito afrodisíaco não foi  comprovado, há pouca documentação sobre esta planta, e não se conhece  bem sua composição. Ainda mais pela possibilidade de glicosídeo  cianogênicos, além das arbutina, deve-se tomar cuidar ao usar esta  planta. Talvez seja interessante esperar maiores informações sobre ela  para que seu uso se justifique. 





Fonte:plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Didal
« Responder #43 em: 10/03/2012, 10:12 »
 
Nome popular        DIDAL

 

Nome científico   Lafoensia pacari St. HIL

Família   Lythraceae

Sinonímia popular   Mangava-brava, candeia de caju, copinho, dedal,  didal, dedaleira, pacuri, dedaleira-amarela, louro-da-serra,  mangabeira-brava, pacari, pacari-do-mato, pacuri e pau-de-bicho.

Parte usada   Casca

Propriedades terapêuticas   Antioxidante, antitumoral, anti-úlcera gástrica.

Princípios ativos   Ácido elágico, taninos.

Indicações terapêuticas   Úlcera gástrica, gastrite,  ferimentos, inflamação do útero, transtornos da vesícula biliar, emagrecimento e urticária.

Informações complementares

       Origem

  Possui distribuição geográfica na América do Sul e América Central sendo endêmica no cerrado brasileiro. 

 Nesse local, pode atingir de 3 a 30 m de altura ocorrendo,  principalmente, em formações secundárias como capoeiras e capoeirões com  dispersão ampla, porém, descontínua, nunca formando grandes populações  (GUARIM; PRANCE, 1994). 


 Por ser nativa no cerrado demonstra ser adaptada às condições físicas  desse solo, no entanto, as condições ambientais em que se encontra  refletem nas variações de altura ocasionando menor desenvolvimento dos  espécimes de cerrado (GUARIM; PRANCE, 1994; TONELLO, 1997).   


Descrição botânica

  As flores, expostas acima da copa de forma ereta ou ligeiramente  inclinadas, possuem pétalas de cor branco-amarelada, numerosos estames  com anteras razoavelmente grandes, exalam odor desagradável e possuem  ântese crepuscular (CORREA, 1978; TONELLO, 1997; POTT; POTT, 1994).


 Todos esses atributos florais sugerem que a polinização de L. pacari  ocorra, principalmente, por morcegos (síndrome da quiropterofilia),  mesmo havendo produção de néctar constante capaz de atrair outros  animais e insetos polinizadores (SAZIMA; SAZIMA, 1975; POTT; POTT, 1994;  TONELLO, 1997).


 Os frutos são cápsulas conspícuas com sementes aladas o que favorece a  disseminação da espécie através do vento (CORREA, 1978; TONELLO, 1997;  POTT; POTT, 1994)


 O termo pacari é de origem indígena (tupi-guarani) significando "árvore  de madeira preciosa" concordando com Guarim  e Prance (1994) que  enquadra essa espécie entre as mais importantes do cerrado  mato-grossense para uso medicinal (POTT; POTT, 1994; GREGÓRIO apud  TONELLO, 1997). 


Uso etnomedicinal

  Vários levantamentos etnobotânicos registram o uso medicinal de sua  casca nos Estados de MT e MS (comunidades de Santo Antônio do Leverger,  Alto Coité/ Poxoréu, Baús/ Acorizal, Santo Antônio do Livramento, Rio  Branco e entre os raizeiros de Campo Grande e Cuiabá). 


 Nessas regiões é empiricamente conhecida como mangava-brava, candeia de  caju, copinho, dedal, didal, dedaleira, pacuri, dedaleira-amarela,  louro-da-serra, mangabeira-brava, pacari, pacari-do-mato, pacuri e  pau-de-bicho sendo que, nos Estados de MT e MS, prevalecem os nomes  mangava-brava e dedaleira, respectivamente (ARRUDA, 1994; SOMAVILLA,  1998; GONÇALVES, 1999; DE LA CRUZ, 1997; RESENDE et al., 2003). 


 Solon et al. (2000) registram o emprego medicinal dessa droga vegetal no  oeste do Paraguai, onde é conhecida como "morosyvó" e empregada  oralmente (decocto) para o tratamento de câncer. 


 Uso medicinal

  O uso medicinal é amplo com destaque sobre o macerado aquoso para o tratamento da úlcera gástrica e gastrite. 

 Sua utilidade também é registrada para ferimentos, inflamação do útero,  transtornos da vesícula biliar, emagrecimento e urticária (GUARIM;  PRANCE, 1994; DE LA CRUZ, 1997; TONELLO, 1997; SOMAVILLA, 1998; SOLON,  1999). 


 Nas indicações de uso oral sugere-se a maceração em água ou vinho, com  consumo periódico enquanto persistir o quadro patológico (DE LA CRUZ,  1997; TONELLO, 1997).   


Toxicidade

Esses autores ainda informam sobre a toxicidade do decocto, provocando náuseas e vômitos.


 Lago (2004), em trabalho recente, buscou verificar o grau de toxicidade  aguda e subcrônica das preparações medicinais caseiras (decocto e  macerado aquosos) realizadas com a entrecasca de L. pacari. Conforme esse autor, a DL50  avaliada em ratos Wistar não foi alcançada na dose máxima de 5000 mg/kg  sugerindo que tanto o macerado quanto o decocto não são capazes de  causar danos ao usuário se soluções concentradas forem ingeridas em dose  única. Quanto à toxicidade subcrônica dos extratos em diferentes  concentrações, o autor afirma ter evidenciado algumas alterações  bioquímicas decorrentes, provavelmente, de lesão hepática. Entretanto,  também declara ser necessário reproduzir o experimento para obter  resultados conclusivos. 


Associações medicamentosas

Conforme De La Cruz (1997), os raizeiros de Cuiabá também indicam associações medicamentosas de L. pacari com sucupira, jequitibá, barbatimão, salssaparilha, espinheira-santa, purga-de-lagarto e malva. 


Outros usos

Pelo seu aspecto ornamental e por apresentar bom desenvolvimento em solo  no início do processo de sucessão, recomenda-se o uso da árvore para o  paisagismo em arborização urbana e em áreas de reflorestamento (LORENZI,  1992; CARVALHO 1978).


 Já a sua madeira, por ser moderadamente pesada, apresentar superfície  lisa ao tato e boa durabilidade, é indicada para construção civil  (CORRÊA, 1978; LORENZI, 1992; POTT; POTT, 1994; TONELLO, 1997). 


Aspectos farmacológicos

A coleta do farmacógeno ainda é extrativista sendo, geralmente,  realizada no cerrado próximo ao centro urbano. Após retirada do súber e  secagem ao sol, a casca é comercializada em sacos plásticos com porções  de, aproximadamente, 100 g. 


 A produção científica sobre os aspectos químico-farmacológicos de L. pacari   iniciou-se com a triagem farmacológica de plantas medicinais de Mato  Grosso empregadas como antiinflamatória e anti-úlcera (MARTINS;  PINHEIRO, 1996; SARTORI; MARTINS, 1997). Nesse sentido, Sartori e  Martins (1997) apontaram essa droga como uma das mais potentes sobre a  ação antiúlcera gástrica, entre 8 espécies analisadas.


 Em continuidade, Tamashiro-Filho e Martins (1998) e Tamashiro-Filho  (1999) verificaram a ação do extrato bruto metanólico (EBMeOH) da casca  em diversos ensaios in vivo em ratos Wistar, após administração oral ou  intraperitonial. 


 Os ensaios farmacológicos realizados por Tamashiro-Filho (1999) foram: teste hipocrático, toxicidade aguda (DL50),  toxicidade subcrônica, motilidade do trânsito intestinal, tempo de sono  barbitúrico; tempo de imobilização pressão arterial média, atividade  antinoceptiva periférica, atividade antiinflamatória por edema de pata  induzido por carragenina e atividade antiúlcera pelos modelos de lesões  gástricas induzidas por etanol, estresse hipotérmico, ácido acético e  indometacina. 


 Os resultados indicaram que a administração oral do EBMeOH não possui  toxicidade aparente, entretanto, quando administrado  intraperitonialmente apresentou DL50 de 556 (± 40 mg/kg). As  alterações da pressão arterial média, motilidade gastro-intestinal e  do efeito analgésico periférico, também não foram evidenciadas.  Entretanto, os ensaios para efeito antiúlcera atestaram potente  atividade dose-dependente (doses variando entre 12,5 a 200 mg/kg) na  inibição das lesões de úlcera crônica causada por ácido acético e das  lesões gástricas agudas induzidas por etanol, indometacina e estresse  hipotérmico (TAMASHIRO-FILHO, 1999).


 Outros estudos biológicos registram a eficácia do extrato aquoso da casca de L. pacari  sobre a peritonite aguda induzida por carragenina, ação  imunoestimulante sobre a produção de anticorpos contra antígeno  timo-dependente, inibição da hipersensibilidade tardia e atividade  imunossupressora dependente da dose sobre a síntese de anticorpos  anti-ovoalbumina (ALBUQUERQUE; JULIANI; SANTOS, 1996a; ALBUQUERQUE;  JULIANI, 1996b ALBUQUERQUE; JULIANI, 1997a; ALBUQUERQUE; JULIANI, 1997b;  ALBUQUERQUE; LOPES, 1999).


 O potencial terapêutico do extrato de L. pacari (200 mg/kg, p.o.)  em inflamação mediada pela interleucina IL-5 também foi comprovada por  Rogerio et al. (2003) em ratos (mices) infectados com Toxocara canis.  Apesar da ação antiinflamatória positiva, esses autores afirmam que  essa droga vegetal não possui efeito tóxico para o parasita.


 Também é declarada a ação antimicrobiana dos extratos das folhas e da casca sobre Candida albicans e Staphylococcus aureus (PIRES; ARAÚJO; PORFÍRIO, 2003). Segundo os autores, aos extratos obtidos a partir da casca possuem atividade positiva sobre C. albicans  e os extratos da folha são ativos sobre os dois microorganismos  testados. A potente ação antibacteriana do extrato hidroalcoólico de L. pacari contra bactérias multi-resistentes de origem hospitalar é registrada por Melo-Filho, Lima e Porfírio (2003).


 Até o momento, somente o trabalho de Souza et al. (2002) indica  atividade farmacológica negativa. Essa pesquisa avaliou o extrato  etanólico das folhas de L. pacari sobre o fungo dermatófito Trichophyton rubrum


Aspectos fitoquímicos

No que se refere a fitoquímica de L. pacari, a literatura  científica aponta somente estudos sobre a casca e folha. Nessa última,  Salatino et al. (2000) e Santos, Salatino e Salatino (2000) registram a  presença de quercetina, 3-O-glucosídeo e 3-O-glucosil-glucosídeo de  caempferol. Vale informar que esses estudos visaram auxiliar a  determinação do padrão evolutivo da família Lythraceae através de parâmetros quimiotaxonômicos avaliando as substâncias flavônicas de alguns integrantes dos gêneros Cuphea, Diplusodon e Lafoensia. Neste último gênero somente L. pacari, L. densiflora e L. glyptocarpa foram analisadas. 


 O estudo fitoquímico sobre a casca foi realizado simultaneamente ao  trabalho de Tamashiro-Filho (1999) indicando presença marcante de ácido  elágico e taninos relacionados, havendo 14,1% p/p dessa classe química  no extrato bruto ensaiado pelo método de Folin-Ciocalteau (SOLON, 1999;  SOLON et al. 2000). Realizando o fracionamento químico biomonitorado  através de ensaios in vitro sobre o potencial antioxidante (radical  difenil-picril-hidrazila: DPPH; xantina oxidase: XO), esses autores  ainda afirmaram ser o ácido elágico o marcador químico e o responsável  pela potente ação antioxidante de cascas de L. pacari, coletadas no Brasil e no Paraguai. 


 Sobre a variabilidade química da casca de L. pacari nativas do  cerrado e do pantanal Prette et al. (2004) e Braga et al. (2004)  informam que as condições edáficas e climáticas do pantanal no período  de chuva são ideais para a produção ou armazenamento de ácido elágico  (cerrado: 4,5 mg/g, pantanal: 10?8% p/p), sendo o contrário observado  para amostra coletada no cerrado no período de seca (1,01% p/p).


 Esse marcador químico também foi identificado nas folhas de L. pacari  através de cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) (CONTIN;  SOLON? 2004). Esse resultado, associado à alta capacidade antioxidante  do extrato etanólico das folhas, pode indicar a substituição medicinal  do farmacógeno (casca)  (MARÇAL et al., 2004). 


 Atualmente, a comprovada atividade antimutagênica do ácido elágico é o  seu principal benefício terapêutico possibilitando sua comercialização  para uso oral na forma de cápsulas gelatinosa com distribuição,  inclusive, pela Internet (BARCH et al., 1996; LOARCA-PINA et al., 1998;  KAUR; GROVER; KUMAR, 1997; THRESIAMMA; KUTTAN, 1996). 


 A inibição da atividade da enzima arilamina N-acetil-transferase de Helycobaster pylori  pelo ácido elágico, conforme reportado por Chung (1998), sugere o  potencial antiúlcera dessa substância o que, logicamente, corrobora o  uso popular da casca de L. pacari para o tratamento dessa patologia.   


 O efeito antioxidante do ácido elágico também é comprovado em pesquisas  diversas (HATANO; YASUHARA; YOSHIHARA, 1989; HASSOUN et al., 1997; SÓLON  et al., 2000). Trabalhos como de Hatano; Yasuhara e Yoshihara (1989) e  Solon et al. (2000) avaliaram o efeito desse composto sobre a enzima  xantina oxidase indicando IC50 de 3,1 µM e 1,1 micro/mL,  respectivamente. Em ensaio in vitro, Solon et al. (2000) também indicam  efeito de 89% do ácido elágico (100 microg/mL) sobre a descoloração do  radical DPPH.


 A amplitude dos efeitos biológicos benéficos do ácido elágico faz da casca de L. pacari  uma importante fonte medicinal. Mesmo havendo inúmeras e complexas  substâncias químicas nessa droga vegetal, a comparação das atividades  terapêuticas do ácido elágico com o uso medicamentoso da casca de L. pacari sugerem a atuação dessa substância como principal composto químico ativo.   


 Na busca de subsídios capazes de auxiliar no controle de qualidade da  droga vegetal "mangava-brava" ou "dedaleira", Rocha e Resende (2004)  determinaram parâmetros morfo-anatômicos da entrecasca de L. pacari.  Observaram que a organização geral desse farmacógeno apresenta um  felema constituído por vários estratos de células retangulares dispostas  de maneira compacta e que exibem parede simples, delgada rica em  suberina.

Internamente ao felogênio, o feloderme é constituído de  células vivas ricas em amido e grande quantidade de cristais  prismáticos, dispostos radialmente. Na constituição da casca  verificaram, ainda, blocos de células esclerenquimáticas acima do  floema. Em toda a extensão da casca foi notada presença de idioblastos  com conteúdo mucilaginoso e com fenóis. Estes aspectos não mostraram-se  alterados em amostras coletadas no cerrado e pantanal, nos períodos de  seca e chuva (BRAGA et al. 2004).   


Outras espécies de Lafoensia Vand.

Além de L. pacari, somente L. densiflora e L. glyptocarpa foram analisadas sob aspectos químicos e farmacológios. Sobre a primeira (L. densiflora),  há estudo fitoquímico aprofundado sobre as folhas reportando presença  de diversos compostos quimicamente diferentes, variando entre ácidos  triterpênicos, álcool, saponinas, floroacetofenona e flavonóides  (RODRIGUES, 1999; SALATINO et al., 2000; SANTOS; SALATINO e SALATINO,  2000). Das flores de L. densiflora, Sakamoto et al. (1995) também  indicam haver triterpenos  (3beta-acetoxi-11alfa-epoxi-oleanan-28,13beta-ólido,  3beta-acetoxi-12alfa-hidroxi-oleanan-28,13beta-olido, betulina, ácido  betulínico, acetato do ácido oleanólico, ácido hexacosanóico e  beta-sitosterol), éster graxo do ácido cis-cumárico, éster graxo do  ácido trans–cumárico e o açúcar hexa-acetato de manitol.


 Os estudos biológicos de L. densiflora se restringem a ensaios microbiológicos comprovando-se efeito do extrato etanólico das flores sobre Staphylococus aureus e Eschericchia coli e das folhas sobre Cladosporium sphaerosperum (RODRIGUES, 1999).


 Os estudos fitoquímicos das folhas de L. glyptocarpa reportam a presença de saponinas (28-O-beta-D-glucopiranosil do 3beta-O-L-arabinopiranosiloleano-12-en-28-oíco  e o 3beta-O-beta-D- glucopiranosil de beta-sitosterol) e flavonóides  (3-O-galactosídeo de caempferol e 3-O-glucosídeo) (CARVALHO; CARVALHO;  BRAZ-FILHO, 1999; SANTOS; SALATINO; SALATINO, 2000; SALATINO et al.,  2000). O pó das folhas e dos frutos dessa espécie, em estudo inseticida  sobre o caruncho Acanthoscelides obtectus (Say) (Coleoptera:  Bruchidae) em feijão armazenado, ocasionou repelência e mortalidade  sobre adultos e ausência de efeito nocivo na oviposição (MAZZONETTO e  VENDRAMIM, 2003). 





Fonte: plantas medicinais-ciagri
 

Offline Neo

Dente-de-leão
« Responder #44 em: 10/03/2012, 10:13 »
 
Nome popular        DENTE-DE-LEÃO



Nome científico   Taraxacum officinale Weber

Família   Asteraceae

Sinonímia popular   Alface-de-cão, alface-de-côco, amargosa,  amor-dos-homens, chicória-louca, chicória-silvestre, coroa-de-monge,  dente-de-leão-dos-jardins, leutodonte, quartilho, radite-bravo,  relógio-dos-estudantes,salada-de-toupeira, soprão, taraxaco, taraxacum.

Sinonímia científica   Leontodon taraxacum L.; Taraxacum dens-leonis Desf.;Taraxacum retroflexum Lindb. F.

Parte usada   Rizoma, folhas, inflorescência, sementes, raiz.

Propriedades terapêuticas   Alcalinizante, anódina, anti-anêmica,  anti-colesterol, anti-diarréica,antiescorbútica, antiflogística,  anti-hemorrágica, anti-hemorroidária, anti-hipertensiva,  antiinflamatória, antilítica biliar, anti-oxidante.

Princípios ativos   Látex, óleo-resina, taraxina (alcalóide que se  encontra na raiz), tanino, sais minerais, carotenóides, fitosterol,  colina, ácido caféico, ácido cítrico, ácido dioxinâmico, ácido  p-oxifenilacético, ácido tartárico, ácidos graxos, alcalóides, amerina.

Indicações terapêuticas   Ácido úrico; acidose, acnes, afecções biliares,  afecções hepáticas, afecções ósseas, afecções renais, afecções vesicais,  aliviar escamações da pele, aliviar irritações da pele, aliviar  vermelhidões na pele, anemias; arteriosclerose, astenia.

Informações complementares

                                           
Nome em outros idiomas

 
Dent de lion (francês)
Dandelion (inglês)
Diente de leon (espanhol)
Tarassco comune, dente di leone (italiano) 

Origem


  É originária das regiões temperadas dos dois hemisférios, e sua  utilização é relatada nos achados arqueológicos da Era do Imperador  Amarelo na China de 2704-2100 a.C, pelos escritos preservados em cascos  de tartaruga, juntamente com descrições sobre a acupuntura e outras  bases que fazem parte até hoje da Medicina Tradicional Chinesa. 


Descrição

  Erva vivaz de até 50 cm de altura. Raiz pivotada, folhas radicais,  dispostas, em roseta, lanceoladas; algumas são inteiras, outras são  onduladas, outras (a maioria) apresentam recortes mais ou menos  profundos e irregulares, formando lobos desiguais, triangulares,  terminados por uma ponta aguda.


 O limbo das folhas é sustentado por um pecíolo curto, abarcante,  frequentemente avermelhado. Do ápice do caule subterrâneo partem hastes florais eretas, curvas, mais  compridas que as folhas, fistulosas, terminadas por inflorescência  amarela. 


 Cada capítulo floral compõe-se unicamente de flores liguladas, de  maneira que parecem dobradas, como acontece com os cravos. Os frutos são  aquênios. 


 Terminam em apêndices compridos e coroados de topetes de cerdas  finíssimas, estendidas por todos os lados, dando ao conjunto um aspecto  de pára-quedas. Os frutos se deslocam com o mais leve toque da brisa ou  do assopro, voando para longe. As folhas, hastes e flores, sofrendo a  mínima lesão, emitem um látex. 


Princípios ativos e composição química (continuação)

Aminoácidos, apigenina, carboidratos, carotenóides, cobalto, cobre,  colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro,, flavonóides, fósforo, frutose, glicosídeo,  (taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina, látex, levulina, luteolina,  magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo essencial, pectina,  potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda, sódio, stigmasterol, taninos, taraxina,  taraxacosídeos, taraxasterol, taraxerol, vitaminas: A, B1, C, PP, D;  xantofilas.


 Contém em 100 gramas: 

Calorias: 45,00
Água: 85,50 %
Hidratos de carbono: 7,00%
Proteínas: 2,70%
Sais: 2,10%
Vitamina A: 1 250 U.I.
Vitamina C: 30 mg 


Propriedades terapêuticas (continuação)

  Anti-reumática, antiúrica, anti-virótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritivas, problemas do fígado, sudorífera, tônica. 


Indicações terapêuticas (continuação)

 Baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares; cárie dentária, celulite, cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar); colesterol, constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais; diurético, dermatoses, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemópticos, espasmos das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota, hemorróidas, hepatite; hidropisia; hiperacidez do or! ganismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, manchas na pele, nevralgia, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez; paludismo, pele, piorréia, prevenção de derrames, prisão de ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes, verrugas, vesícula.


 Utilizada também na prevenção da gota, artritismo, cálculos renais, cárie dentária, doenças das gengivas e reumatismo. 


Medicina Tradicional Chinesa

   Pynyin: Pu Gong Ying 

Ação: Penetra no canal do estômago, remove o calor e desintoxica o fogo nocivo. 


Dosagem indicada

Para estimular a digestão

As raízes e as folhas novas devem ser servidas em forma de salada. 


Depurativa/Anemia

O suco leitoso, que se espreme das folhas e das raízes, é empregado nas curas depurativas. Anemias enfermidades do fígado e bexiga. Tomar de 2 a 3 colheres (café) diárias, durante três a quatro semanas de acordo com o grau de comprometimento do órgão. Suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d´água e gotas de limão. 


Tônico/normalizador da alcalinidade

Prepara-se o suco, obtido tanto das folhas como das raízes e combinado  com suco de cenoura e de folhas de nabo, ajudando ainda a combater  doenças da coluna vertebral e ossos, torna fortes e firmes os dentes, ajudando a prevenir a piorréia e a  cárie dentária. 


Desintoxicar o fígado/Depurativo

Deixar macerando durante toda a noite 1 colher (chá) das raízes em i xícara (chá) de água; no dia seguinte, ferver rapidamente; coar; tomar metade meia hora antes do café da manhã e outra metade depois do café da manhã. 


Tônico e depurativo

Infusão 10g de folhas por litro de água, 3 xícaras (chá) por dia, sendo preparadas apenas imediatamente para consumo. 


Vitiligo

Sumo das folhas, uso externo. 


Desintoxicante hepático e depurativo

Deixar macerar por 1 dia 1 colher das (chá) de raízes secas em 1 xícara das (chá) de água. Tomar ½ xícara antes das refeições. 2 a 3 colheres (chá) das raízes secas em 250mL de água. Ferver 10 a 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia. 


Aperiente

1 colher (chá) de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar  macerar 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições: Raiz pulverizada:  1g por dose, 4g por dia. Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia. 


Diurética

2 colheres (sopa) de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver  por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido  em várias doses: 


Tintura mãe

50 gotas, 3 vezes ao dia.

Observação: tintura mãe significa que a concentração do extrato da  planta é de 300g de erva fresca para 250 ml de álcool de cereal e 50 ml de água  desmineralizada, segundo a metodologia aplicada na MTC (Medicina  Tradicional Chinesa). 


Tintura (1:5)

5 a 10ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia.

Observação: tintura com diluição 1:5 significa que em uma solução existem apenas 20% de tintura mãe. Essa diluição é o que geralmente se encontra em farmácia de manipulação e fitoterápicos. 


   Uso culinário

   As folhas tenras e as raízes muito suculentas dão uma salada excelente,  de sabor amargo, que exerce sobre todo o organismo uma ação  profundamente depurativa, melhorando e regenerando o sangue.  Especialmente indicada nas anemias, é recomendada às pessoas de "sangue pobre".


 As folhas, preparadas como se prepara o espinafre (ter o cuidado de  cortar antes as pontas duras) constituem uma boa verdura, reputada por  sua ação emoliente.


 Flores: fritas ou em saladas, maioneses e geléias;


 Sementes: torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória".


 Rizomas: comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias. 


Contra-indicações

É contra-indicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar; no caso de cálculos renais, usar a planta apenas sob a supervisão de um médico.


 O látex da planta fresca pode produzir dermatite de contato. 


 Em uso interno, pode causar moléstias gástricas, como hiperacidez. Para evitar associar o malvavisco ou outra planta mucilaginosa.


 O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição médica, dada à possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão o risco é menor por ser ele rico em potássio). 




Fonte: plantas medicinais-ciagri

 

 



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