| Nome popular CÁSCARA SAGRADA (http://i1138.photobucket.com/albums/n525/bomjesus/ervasmedicinaiscascara-sagrada.jpg) Nome científico Rhamnus purshiana D.C Família Ramnácea Parte usada Cascas secas do tronco e dos ramos. Propriedades terapêuticas Purgativo. Princípios ativos Derivados antraquinónicos: predominam os cascarósidos A e B, em menor quantidade os C, D, E e F, aloína e antraquinonas livres. Taninos. Sais minerais. Constituintes amargos. Indicações terapêuticas Principal indicação: obstipação ocasional (uso aprovado pela Comissão E, German Commission E Monographs, do Ministério da Saúde da República Federal Alemã). Informações complementares Habitat e distribuição Árvore espontânea da região americana do Oceano Pacífico, desde o norte dos Estados Unidos da América até a Colômbia. Constituintes (cont.) Derivados antraquinónicos (8-10%): predominam os cascarósidos A e B, em menor quantidade os C, D, E e F, aloína e antraquinonas livres (crisofanol e emodol). Taninos. Sais minerais. Constituintes amargos. Segundo a F.P. VI, o fármaco seco deve conter 8,0% de heterósidos antraquinónicos, dos quais 60%, no mínimo, são constituídos por cascarósidos expressos em carcarósido A. Farmacologia e actividade biológica Os constituintes antraquinónicos originam acção colagoga e laxante em doses baixas ou acção purgativa em doses maiores. Para as mesmas quantidades de fármaco é mais activo que o amieiro negro. Usos etnomédicos Na obstipação ocasional, disquinésia hepatobiliar. Como purgativo para limpeza intestinal antecedendo exames radiológicos ou intervenções cirúrgicas. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Contra-indicações Obstipação crônica; os laxantes catárticos, quando se usam sistematicamente, dão habituação. Obstrução intestinal. Gravidez, amamentação (os lactantes podem ter diarréias), crianças menores de doze anos. Estados inflamatórios intestinais agudos (doença de Crohn, colite ulcerosa), dor abdominal de origem desconhecida. Menstruação. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Efeitos secundários e toxicidade Doses excessivas ou o seu uso em pessoas com uma maior sensibilidade ao fármaco, podem produzir espasmos intestinais, náuseas e vômitos. Precauções Usar só a casca envelhecida (pelo menos um ano) ou após aquecimento a 100ºC. Quando é recente pode provocar vômitos e espasmos gastrointestinais devido à existência de compostos sob a forma reduzida. O uso prolongado de derivados antraquinonicaso, além de poderem conduzir a depleção de minerais, nomeadamente a hipocaliemia, pode originar um cólon atônico, sem as haustrações normais, dilatado, por destruição dos seus plexos intramurais. Para o tratamento da obstipação crônica ou habitual, recomenda-se recorrer aos laxantes que aumentam o volume do bolo fecal e a uma dieta rica em fibras. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/dosagem.gif) Formas de administração e posologia Dose por dia, não mais de 1,5 g.
Dose diária indicada pela E.S.C.O.P: o equivalente a 20-30 mg de derivados hidroxiantraquinônicos calculados em cascarósido A. |
| Cozimento: 30 a 50 g de casca/litro, 250-500 ml por dia. Infusão (folhas): 30 g/l, 2 a 3 chávenas por dia. Tintura (1:10): 50-100 gotas, 1 a 2 vezes por dia. Extracto seco (5:1): 200 a 600 mg por dia (deve estar ajustado entre 16 a 20% de escina anidra). Supositórios, com 20-30 mg de extracto seco. Uso externo Cozimento de casca, a 5%. Pomadas, creme ou gele a 20% de extracto fluido. Princípios activos (cont.) Casca: heterósidos hidroxicumarínicos 2 a 3% (esculósido, fraxósido); flavonóides (campferol, quercitina livre e na forma de heterósido); saponósidos triterpénicos 3 a 5% (escina): taninos catéquicos; leucoantocianósidos; oligossacáridos; fitoesteróides. Farmacologia e actividade biológica A escina e o esculósido são responsáveis pelas propriedades anti-exudativas, venotónicas e aumento da resistência capilar. A escina é anti-inflamatória e diminue a permeabilidade e a fragilidade capilar. As suas propriedades anti-exudativas contribuem para a reabsorção dos edemas. O esculósido é ainda protector solar. Os taninos contidos na casca e folhas, têm um efeito adstringente. Os extractos mostram elevada actividade anti-radicalar. Principais aplicações cosméticas e dermatológicas Cremes contendo extractos glicólicos de folhas ou de sementes Úteis para tonificar e melhorar a elasticidade do tecido cutâneo e, ainda, para inibir a progressão de rugas, estrias e olheiras ao estimularem a circulação local. São empregues em peles sensíveis e exercem um efeito estimulante sobre as peles envelhecidas, especialmente, pela actividade venotónica. Usados, também, na acne-rosácea, e no tratamento das varizes das pernas. Banhos cosméticos Juntar 1 litro de cozimento de folhas a 20% em 10 litros de água tépida: para tonificar a pele e aumentar a sua elasticidade. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Efeitos secundários e toxicidade Preparações cosméticas com teores elevados em esculósido podem produzir dermatites em peles sensíveis. Contra-indicações Gravidez, aleitação, crianças com idadeinferior a dez anos. Tratamentos com anticoagulantes.
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| Inglês, Francês: cumin Alemão: Mutterkuemmel Italiano: Comino. Origem África. Características Planta herbácea (fruto não comestível), de ciclo anual, alcança mais ou menos 40cm de altura, de caule ereto, estriado, revestido de pêlos na parte superior, ramoso e com raízes brancas e fobrosas. As folhas são alternas, distantes, glabras, recortadas em longos colmilhos, quase capilares. As flores são brancas ou avermelhadas, pequenas, dispostas em umbelas terminais; corola com 5 pétalas. O fruto é oblongo, elipsóide, adelgaçado na extremidade, estriado, coroado pelos dentes do cálice pubescente; exala um odor forte, aromático e pouco agradável, e o sabor é acre. As sementes são côncavas. É utilizado na indústria de perfumaria e também aplicado em certos tipos de queijo e pão. As sementes do cominho são a base do famoso licôr "Kümmel", ou "Creme de Munique" e de outras bebida licorosas. São muito semelhantes às sementes da alcarávia, distinguindo-se apenas por seus minúsculos pêlos. Pertence à mesma família do funcho, do anís, da erva-doce e da alcarávia. Uso medicinal É utilizado no combate ao excesso de gases intestinais, as dispepsias putrefativas e fermentativas, as atonias gástricas e intestinais, os espasmos gastrintestinais e as gastralgias nervosas. Externamente é usado sob a forma de cataplasma, auxiliando na resolução de abcessos e no descongestionamento mamário das lactentes. Uso alimentar Inteiro ou moído, o cominho é empregado como condimento e na fabricação de licores. Serve também para aromatizar alguns tipos de queijos, pães e bolos, deixando-os com odor e sabor mais fortes e acres. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/dosagem.gif) Como usar Nas atonias gastrintestinais. Em uma xícara (de chá) com água fervente, colocar 2g de semente de cominho. Abafar por cerca de 10 minutos, coar e beber antes das principais refeições. Como chá estomacal. Ferver por 5 minutos em uma xícara (de chá) com água, 1g de semente de cominho, um pedaço de casca de carqueja e 1g de semente de angélica. Coar e beber antes das principais refeições. Contra gases intestinais. Macerar por 5 dias 20g de sementes de cominho em 100ml de álcool neutro 60º. Coar. Diluir uma xícara (de chá) em um pouco d’água e beber após as principais refeições. Como vinho digestivo. Macerar por 5 dias 30g de sementes de cominho em 1 litro de vinho branco doce. Coar e beber um cálice após as principais refeições. |
| Dent de lion (francês) Dandelion (inglês) Diente de leon (espanhol) Tarassco comune, dente di leone (italiano) Origem É originária das regiões temperadas dos dois hemisférios, e sua utilização é relatada nos achados arqueológicos da Era do Imperador Amarelo na China de 2704-2100 a.C, pelos escritos preservados em cascos de tartaruga, juntamente com descrições sobre a acupuntura e outras bases que fazem parte até hoje da Medicina Tradicional Chinesa. Descrição Erva vivaz de até 50 cm de altura. Raiz pivotada, folhas radicais, dispostas, em roseta, lanceoladas; algumas são inteiras, outras são onduladas, outras (a maioria) apresentam recortes mais ou menos profundos e irregulares, formando lobos desiguais, triangulares, terminados por uma ponta aguda. O limbo das folhas é sustentado por um pecíolo curto, abarcante, frequentemente avermelhado. Do ápice do caule subterrâneo partem hastes florais eretas, curvas, mais compridas que as folhas, fistulosas, terminadas por inflorescência amarela. Cada capítulo floral compõe-se unicamente de flores liguladas, de maneira que parecem dobradas, como acontece com os cravos. Os frutos são aquênios. Terminam em apêndices compridos e coroados de topetes de cerdas finíssimas, estendidas por todos os lados, dando ao conjunto um aspecto de pára-quedas. Os frutos se deslocam com o mais leve toque da brisa ou do assopro, voando para longe. As folhas, hastes e flores, sofrendo a mínima lesão, emitem um látex. Princípios ativos e composição química (continuação) Aminoácidos, apigenina, carboidratos, carotenóides, cobalto, cobre, colina, compostos nitrogenados, estigmasterol, ferro,, flavonóides, fósforo, frutose, glicosídeo, (taraxacosídeo), inulina, lactucopicrina, látex, levulina, luteolina, magnésio, matéria graxa, mucilagem, níquel, óleo essencial, pectina, potássio, pro-vitamina A, resina, sais de cálcio, saponinas, silicatos, sitosterol, soda, sódio, stigmasterol, taninos, taraxina, taraxacosídeos, taraxasterol, taraxerol, vitaminas: A, B1, C, PP, D; xantofilas. Contém em 100 gramas: Calorias: 45,00 Água: 85,50 % Hidratos de carbono: 7,00% Proteínas: 2,70% Sais: 2,10% Vitamina A: 1 250 U.I. Vitamina C: 30 mg Propriedades terapêuticas (continuação) Anti-reumática, antiúrica, anti-virótica, aperiente, bactericida, carminativa, colagoga, colerética, depurativa, desobstruente das vísceras abdominais, diurética, digestiva, estimulante, expectorante, febrífuga, fortificante dos nervos, galactagoga, hepática, hipocolesterolêmica, hipoglicêmica, laxante suave, nutritivas, problemas do fígado, sudorífera, tônica. Indicações terapêuticas (continuação) Baixa produção de leite por lactantes, cálculos biliares; cárie dentária, celulite, cirrose, cistite, colecistite (inflamação da vesícula biliar); colesterol, constipações, depurativo para todo o organismo, dermatoses, desordens hepatobiliares, desordens reumáticas, diabetes, diluir gorduras do organismo, distúrbios menstruais; diurético, dermatoses, doenças ósseas, eczemas, edemas; escarros hemópticos, espasmos das vias biliares, esplenite (inflamação do baço); excesso de colesterol, falta de apetite, fígado, fraqueza; gota, hemorróidas, hepatite; hidropisia; hiperacidez do or! ganismo, hipoacidez gástrica, icterícia, impurezas no sangue, insuficiência hepática; litíase biliar, manchas na pele, nevralgia, nefrite, obesidade, obstipação, oligúria, palidez; paludismo, pele, piorréia, prevenção de derrames, prisão de ventre, problema hepáticos, problemas digestivos, radicais livres, renovar e fortalecer o sangue, reumatismo; rugas, sardas, tonificar o sistema sexual, varizes, verrugas, vesícula. Utilizada também na prevenção da gota, artritismo, cálculos renais, cárie dentária, doenças das gengivas e reumatismo. Medicina Tradicional Chinesa Pynyin: Pu Gong Ying Ação: Penetra no canal do estômago, remove o calor e desintoxica o fogo nocivo. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/dosagem.gif) Dosagem indicada Para estimular a digestão As raízes e as folhas novas devem ser servidas em forma de salada. Depurativa/Anemia O suco leitoso, que se espreme das folhas e das raízes, é empregado nas curas depurativas. Anemias enfermidades do fígado e bexiga. Tomar de 2 a 3 colheres (café) diárias, durante três a quatro semanas de acordo com o grau de comprometimento do órgão. Suco: bater no liquidificador 4 folhas, 1 copo d´água e gotas de limão. Tônico/normalizador da alcalinidade Prepara-se o suco, obtido tanto das folhas como das raízes e combinado com suco de cenoura e de folhas de nabo, ajudando ainda a combater doenças da coluna vertebral e ossos, torna fortes e firmes os dentes, ajudando a prevenir a piorréia e a cárie dentária. Desintoxicar o fígado/Depurativo Deixar macerando durante toda a noite 1 colher (chá) das raízes em i xícara (chá) de água; no dia seguinte, ferver rapidamente; coar; tomar metade meia hora antes do café da manhã e outra metade depois do café da manhã. Tônico e depurativo Infusão 10g de folhas por litro de água, 3 xícaras (chá) por dia, sendo preparadas apenas imediatamente para consumo. Vitiligo Sumo das folhas, uso externo. Desintoxicante hepático e depurativo Deixar macerar por 1 dia 1 colher das (chá) de raízes secas em 1 xícara das (chá) de água. Tomar ½ xícara antes das refeições. 2 a 3 colheres (chá) das raízes secas em 250mL de água. Ferver 10 a 15 minutos. Tomar 3 vezes ao dia. Aperiente 1 colher (chá) de raízes secas em ½ copo de vinho tinto seco. Deixar macerar 10 dias. Tomar 1 cálice antes das refeições: Raiz pulverizada: 1g por dose, 4g por dia. Extrato fluido: 30 gotas, 3 a 4 vezes ao dia. Diurética 2 colheres (sopa) de raízes e folhas picadas, em 1 litro de água. Ferver por 3 minutos, tampar até esfriar. Coar, tomar durante o dia, dividido em várias doses: Tintura mãe 50 gotas, 3 vezes ao dia. Observação: tintura mãe significa que a concentração do extrato da planta é de 300g de erva fresca para 250 ml de álcool de cereal e 50 ml de água desmineralizada, segundo a metodologia aplicada na MTC (Medicina Tradicional Chinesa). Tintura (1:5) 5 a 10ml em 25% etanol, 3 vezes ao dia. Observação: tintura com diluição 1:5 significa que em uma solução existem apenas 20% de tintura mãe. Essa diluição é o que geralmente se encontra em farmácia de manipulação e fitoterápicos. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/salada.gif) Uso culinário As folhas tenras e as raízes muito suculentas dão uma salada excelente, de sabor amargo, que exerce sobre todo o organismo uma ação profundamente depurativa, melhorando e regenerando o sangue. Especialmente indicada nas anemias, é recomendada às pessoas de "sangue pobre". As folhas, preparadas como se prepara o espinafre (ter o cuidado de cortar antes as pontas duras) constituem uma boa verdura, reputada por sua ação emoliente. Flores: fritas ou em saladas, maioneses e geléias; Sementes: torradas e moídas, podem ser usadas como "café de chicória". Rizomas: comidas cruas ou cozidas, cortadas em fatias. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Contra-indicações É contra-indicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrintestinal, acidez estomacal, com obstrução no duto biliar; no caso de cálculos renais, usar a planta apenas sob a supervisão de um médico. O látex da planta fresca pode produzir dermatite de contato. Em uso interno, pode causar moléstias gástricas, como hiperacidez. Para evitar associar o malvavisco ou outra planta mucilaginosa. O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só sob prescrição médica, dada à possibilidade de ocorrer descompensação tensional ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos dos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão o risco é menor por ser ele rico em potássio). Fonte: plantas medicinais-ciagri |
| Coneflower (inglês) Rudbeckie (francês) Black Sampson, niggerhead, Sampson root, purple coneflower, hedgehog, red sunflower Outras espécies Echinacea angustifolia Moench Echinacea pallida (Nutt) Britt. Descrição botânica Trata-se de uma erva perene, com altura média de meio metro. Raiz axonomorfa, talo delgado, aveludado. Folhas ásperas, lanceoladas ou lineares, opostas, inteiras, com largura entre 7,5 e 20 cm. Inflorescência solitária sobre um pedúnculo terminal, com pétalas radiais de 3 cm de largura, nas cores rosa purpúrea ou branca e com pétalas discóides eretas, de 3 cm de largura e de cor púrpura. Florescem desde meados do verão até o princípio do outono (Gruenwald et al., 2000). Origem Gramados, terras improdutivas e lugares abertos e secos. Aparece desde o sul do Canadá até o centro e leste dos Estados Unidos. É cultivada na Europa. Partes utilizadas E. purpurea: partes aéreas da planta fresca, colhidas na época da floração; ou raízes frescas ou secas, colhidas no outono. E. angustifolia: raízes frescas ou secas coletadas na floração. E. pallida: partes aéreas fresca e secas, colhidas na época da floração. A equinácea precisa de três a quatro anos para que suas raízes tenham utilidade medicinal. Princípios ativos A composição química varia de uma espécie de equinácea para outra. Glicosídeos do ácido fenilcarbônico: equinaceína, cinarina e equinacosídeo (formado por glicose, ramnose, ácido cafeico e benzocatequina-etil-álcool); resinas, contendo ácidos graxos (oléico, linolênico, cerotínico e palmítico) e fitoesteróis; óleos essenciais na parte aérea: humuleno, burneol, burnil acetato, germacreno D, cariofileno, canferol; mucopolissacarídeos ou heteroglicanos: arabinose, xilose, galactose e ramnose; alcalóides pirrolizidínicos: tussilagina e isotussilagina; polissacarídeos: inulina, betaína; minerais: zinco e enxofre; equinolona; ácido chicórico (presente nas folhas e nas raízes); triterpenos; ácidos orgânicos: clorogênico e isoclorogênico; flavonóides; taninos; vitaminas: timina e riboflavina. Histórico O termo equinácea vem do grego e significa ouriço, em alusão à forma pontiaguda das brácteas. Era utilizada pelos índios nativos americanos, que a chamavam de ek-ih-nay-see-uh, para tratar ou prevenir doenças infecciosas e tumorais, e também para neutralizar os efeitos tóxicos de mordidas de serpentes ou animais venenosos. Os índios Sioux foram os primeiros que reconheceram na equinácea seu uso como antídoto contra a raiva, muito tempo antes de Pasteur. Os nativos Meskwakis utilizavam a raiz ralada como antiespasmódico e os Cheyennes a mastigavam como parte do ritual da Dança do Sol. Nas culturas indígenas e dos primeiros colonizadores americanos, a planta era fumada para combater cefaléias (dores de cabeça), sendo sua fumaça soprada nas narinas de cavalos enraivecidos com a finalidade de acalmá-los. Os feiticeiros lavavam as mãos com o suco de equinácea antes de mergulhá-las em água fervente. Índios da tribo winnebago utilizavam a equinácea antes de colocar um carvão em brasa na boca. A raiz mastigada era utilizada, também, para as dores de dentes, aumento de gânglios, como na caxumba e seu suco era aplicado sobre queimaduras e feridas. Foi introduzida na Inglaterra em 1.699, cujos colonos adotaram como remédio para quadros gripais e resfriados. Em 1.890, a Lloyd Brothers tornou-se a primeira companhia norte-americana a exportar a equinácea para o mercado europeu. No final daquele século, a Farmacopéia Norte-americana considerou a tintura de equinácea um imunomodulador. Na década de 30, Gerhard Madaus (fundador do Laboratório Dr. Madaus & Co. da Alemanha), em visita aos Estados Unidos, interessou-se pela planta e levou diversas sementes para iniciar um cultivo em seu país. As sementes adquiridas de uma empresa em Chicago eram de Echinacea purpurea Moench, razão pela qual existem inúmeros estudos desta espécie naquele país (Foster, 1999). O gênero Echinacea, conhecida como "antibiótico natural", contendo como espécies conhecidas a Echinacea pallida (Nutt) Britt., Echinacea purpurea Moench e Echinacea angustifolia DC, é o mais estudado e utilizado como imunoestimulante. É uma planta originária da América do Norte, mas cujos maiores estudos vêm da Alemanha, país onde o uso de plantas medicinais é o maior do mundo. A Austrália também se encaixa entre os grandes consumidores de Echinacea. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Contra-indicações Tem havido algumas confusões quanto às contra-indicações e aos efeitos colaterais listados nas monografias, principalmente no que diz respeito as preparações injetáveis. As contra-indicações para preparações de equinácea em casos de HIV positivo ou de SIDA, tuberculose, leucose, colagenose, esclerose múltipla, têm sido mal interpretadas ao afirmar que o uso da equinácea pode exacerbar tais condições. |
| Solanum paniculatum Solanum fastigiatum Solanum asperolanatum Solanum variabile Descrição Jurubeba é uma pequena árvore da família das Solanaceae, cresce a 3 metros em altura, podendo chegar a 5 metros, comum no norte de Brasil e outras partes tropicais de América do Sul. Existem dois tipos de jurubeba: macho e fêmea. Os usos indígenas de jurubeba são muito mal documentados, mas seu uso em medicamentos brasileiros foi bem descrito. Jurubeba é listado como uma droga oficial na Pharmacopea Brasileira como um produto específico para anemia e para desordens de fígado e digestivas. Em 1965, Dr. G. L. Cruz escreveu que "as raízes, folhas e frutas são usadas como um tônico e descongestionante. Estimula as funções digestivas e reduz a inchação do fígado e baço. É um remédio para hepatites crônicas, febre de intermites, tumores uterinos e hidropisia" Solanum é o gênero mais representativo da família Solanaceae e consiste de cerca de 1.500 espécies perenes, arbustos, árvores e trepadoras, sendo um dos mais numerosos do mundo. Apresenta muitas plantas úteis usadas na alimentação e também muitas plantas infestantes ou daninhas. A maioria das plantas do gênero Solanum contém alcalóides tóxicos. Em algumas espécies de Solanum, certas partes são comestíveis enquanto outras partes da mesma planta são muito venenosas. O melhor exemplo conhecido é a batata (Solanum tuberosum) que tem folhagem e frutos venenosos e tubérculos comestíveis, embora estes fiquem venenosos quando se tornam verdes pela exposição prolongada à luz. Muitas espécies de Solanum são conhecidas como "jurubeba", tal como a Solanum paniculatum, uma planta nativa nas regiões Norte e Nordeste do Brasil. A origem do nome vem do adjetivo latino "paniculatum", paniculado, pelo tipo de inflorescência. Os principais nomes populares são: jurubeba, jurubeba-verdadeira, jupeba, juribeba, jurupeba, gerobeba e joá-manso. O nome vulgar deriva do tupi "yú", espinho, e "peba", chato. Princípios ativos Os componentes ativos da jurubeba foram documentados na década de 60 quando pesquisadores alemães descobriram novos esteróides, saponinas, glicosídeos e alcalóides nas raízes, caule e folhas. Os alcalóides foram encontrados em maior abundância nas raízes, enquanto que nas folhas encontram-se as maiores concentrações de glicosídeos. Esses compostos também têm algum efeito tóxico, de modo que não se recomenda a ingestão freqüente de preparações de jurubeba. As propriedades farmacológicas documentadas desde a década de 40 incluem o uso para estômago, febres, diurético e tônico. Estudos em animais indicaram que extratos da planta em água ou álcool foram eficazes em reduzir a pressão sanguínea enquanto aumentando a respiração em gatos, evidenciando uma ação estimulante no coração. Solanum fastigiatum A Solanum fastigiatum, conhecida como jurubeba do sul, é uma planta nativa na região Sul do Brasil, ocorrendo também nos países da Bacia do Prata. Comum no Rio Grande do Sul, especialmente na Depressão Central; presente também em outros estados sulinos. A origem do nome vem do adjetivo latino "fastigiatum", "que termina em ponta", motivado pelos ramos fasciculados da inflorescência, que apresentam frutos em suas pontas. Os nomes populares são: jurubeba, jurubeba-do-sul, jurubeba-velame, velame. Essa planta é bastante parecida com diversas outras, que também são conhecidas pelo nome vulgar de jurubeba e é usada na farmacopéia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum. Como existem preparações comerciais à base de jurubeba, é comum que as firmas que as apresentam recebam material de plantas parecidas, inclusive de Solanum fastigiatum. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Cuidado A ingestão de partes da planta tem causado patologias em bovinos. A ocorrência maior tem sido em épocas de carência de forragem e os animais precisam ingerir a planta por um período prolongado. Estudos feitos na Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (1985 e 1987) indicam que a sintomatologia é relacionada com disfunção cerebelar, com crises periódicas do tipo de epilepsia, que duram de alguns segundos a um minuto e são desencadeadas geralmente quando os animais são movimentados ou excitados. Há perda de equilíbrio e quedas, ficando os animais em decúbito dorsal ou lateral, com tremores musculares. Após as crises, os animais aparentam normalidade, mas alguns estendem o pescoço numa atitude de "olhar estrelas" e buscam maior apoio com extensão dos membros anteriores. Em geral não ocorre mortalidade diretamente relacionada com o problema, mas com as quedas podem haver fraturas. A patologia se torna crônica e a regressão clínica é rara. Solanum asperolanatum A Solanum asperolanatum, conhecida como jupeba, é uma planta arbórea perene, com até 3 a 4m de altura, reproduzida por semente, nativa na América Tropical, com ocorrência esparsa no Brasil, geralmente confundida com outras espécies. A origem do nome vem do latim "asperu", áspero, e "lana", lã. Recebe os seguintes nomes populares: jurubeba, jupeba. A planta é parecida com outras espécies de "jurubebas", pelo aspecto geral e pelos frutos. Distingue-se de Solanum paniculatum pelo posicionamento das inflorescências e pelas flores brancas. Plantas novas podem ser confundidas com Solanum variabile, pois em ambas as espécies ocorrem pêlos ferrugíneos. É usada na farmacopéia popular com as mesmas indicações da verdadeira jurubeba, Solanum paniculatum, e também nas preparações comerciais a base de jurubeba que são preparadas indistintamente com várias espécies de Solanum. Solanum variabile A solanum variabile, conhecida como jurubeba falsa, é uma planta nativa na região Meridional do Brasil e regiões limítrofes dos outros países. No Brasil é relatada a ocorrência de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, com maior intensidade na região Sul, sendo muito freqüente nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com grande ocorrência nas beiras de estradas. A origem do nome vem do adjetivo latino "variabile", variável, pela grande variabilidade na planta em geral, particularmente no formato das folhas e no tipo de pêlos. Os principais nomes vulgares são: velame, jurubeba-velame, velame-de-capoeira, jurubeba-falsa, juveva, jupicanga. plantasmedicinais-ciagri |
| Maize, corn silk (Inglês) Granturco, mais (Italiano) Mäis (Francês) Mais (Alemão) Mayi (Haití e Martinica). Descrição botânica Trata-se de uma planta herbácea de alto porte (até 2,5 metros de altura), pertencente à família das Pascias (Gramíneas), caracterizada por apresentar caules eretos com folhas alternadas, largas, lanceoladas, com bainhas, de margem áspera e cortante; flores masculinas reunidas em panículas terminais, e femininas séseis, reunidas em espigas de tamanho grande rodeadas por brácteas membranosas entre as que emergem numerosos estilos filiformes. O fruto aparece em cariópside, redondo, brilhante, de cor amarelada, inserido no eixo engrossado da inflorescência. Origem O milho seria originário de América do Sul, ainda que existam algumas dúvidas sobre seu real lugar primogênito devido a que não foi conhecido em estado silvestre. Alguns indicam que seria originário do Peru, outros indicam Colômbia e um terceiro a América Central, tendo havido historiadores que fizeram referência a origem asiática (Birmânia ou as colinas de Naga), ainda que esta teoria tenha pouca credibilidade. O certo é que o milho é cultivado atualmente em todo o mundo, sendo os Estados Unidos o principal produtor. Junto ao arroz e o trigo constituem os principais alimentos vegetais para a humanidade. Parte utilizada (continuação) Os estilos e estigmas (conhecidos popularmente como "barba de choclo") e a fração insaponificável de óleo de germe de milho. Os estilos e estigmas se colhem quando o fruto está amadurecido. A separação do gérmen a partir da trituração do grão permite através do mecanismo de pressão e calor (previamente lavado para eliminar restos de amidos e glúten) obter o óleo de milho cru, o qual logo é clarificado por filtração e decantação e posteriormente refinado para eliminar os ácidos graxos por esfriamento e filtração. História O milho constituiu o cereal mais importante da América devido a importância dos amidos na alimentação e a indústria. Tem-se encontrado restos fósseis do pólen de milho que datam de 6.000 - 6.500 anos de antigüidade. Na América começaram a cultivar a partir do século XV, existindo algumas referências de seu conhecimento pelos astecas. Os nativos peruanos extraíam desta planta alcalóides os quais eram utilizados em cerimoniais religiosos. Cristóvão Colombo levou em 1502 amostras deste cereal para a Espanha, e dali ganhou uma rápida expansão até ao sul da Europa, norte de África e Oeste de Ásia. A partir de sua chegada à América do Norte, se expande finalmente à China durante o século XVI. Composição Química (continuação) Estilos e estigmas: Contém saponinas (10%), fitoesterois (sitosterol e estigmasterol), alantoína, betaína, taninos (11-13%), resinas, borracha (goma), fermentos, flavonóides, antocianidinas, abundantes sais minerais (de potássio, cálcio, magnésio, sódio e ferro), trazas de aceite esencial (0,1- 0,2% destacando entre seus componentes o carvacrol e em menor medida outros terpenos), ácido salicílico (0,3%), ácido maizérico, mucílagos, vitaminas C e K, etc. Sementes: Abundantes ácidos grassos polinsaturados: ácidos oleico (37%), linoléico (50%), palmítico (10%) e esteárico (3%); aminoácidos, abundante amido, carotenóides, dextrina, substâncias nitrogenadas (zeína, edestina, maicina), vitamina E (uma das principais fontes para sua obtenção), etc. Folha: hordenina (alcalóide), ácidos orgânicos e heterósidos cianogenéticos. Análises aproximadas do grão do milho por 100 g: calorias 334; proteínas 9,2 g; gordura total 3,8g; hidratos de carbono 65,2g; água 12,5 g; fibra 9,2 g; cinzas 0,4%; cálcio 15 mg; flúor 0,06 mg; fósforo 256 mg; ferro 1,5 mg; magnésio 120 mg; potássio 330 mg; sódio 6 mg; retinol 90 m g, tiamina 0,36 mg; riboflavina 0,20 mg; niacina 1,5 mg; piridoxina 0,40 mg; ácido ascórbico (trazas), tocoferol 2,2 mg. Ações farmacológicas Uma das principais atividades farmacológicas reconhecidas aos estilos do milho é correspondente a atividade diurética a qual é exercida através da ação conjunta entre flavonóides, goma e sais potássios, de acordo com provas realizadas em ratas com o extrato hidroalcoólico dos estilos em doses de 40 ml/kg em administração intragástrica (Ribeiro Rua et al., 1988). Esta atividade demonstrou ser de tipo uricosúrica e fosfatúrica, complementada com uma suave ação antiespasmódica sobre vias urinárias, o qual equivale dizer que os estilos de milho podem ser indicados em casos de gota, edemas, cistite, uretrite e litíases urinária de tipo fosfatídica, oxálica e úrica (Revuelta M. et al., 1987). Quanto ao resto dos componentes pode-se citar que os fermentos têm demonstrado possuir propriedades hipoglicemiantes (Bever B. & Zahnd G., 1979), os taninos atividade adstringente e a alantoína ação demulcente, antiinflamatória e reepitelizante (Arteche García A. et al., 1994; Peris J. et al., 1995). Em relação à alantoína tal atividade reepitelizante (recuperação do epitélio) tem demonstrado utilidade em casos de úlceras gástricas, provavelmente através de uma ação estimulante sobre a síntese prostaglandínica, via prostaglandin-sintetasa (Krivenko V. et al., 1989). O óleo do germe de milho apresenta abundante ácidos gordurosos insaturados (oleico, linoleico e, numa menor medida, palmítico e esteárico), o qual resulta útil em casos de hipercolesterolemia, devendo-se administrar cru e sem esquentar. Quanto à fração insaponificável do óleo de germe de milho, a mesma possui propriedades antiinflamatórias e antiradicalares atuando de maneira similar a frações insaponificáveis do abacate e soja. Esta mesma fração tem demonstrado também propriedades antibacterianas em hamsters, sendo empregada sob a forma de pastas dentais na abordagem de piorréia alveolodental (Chaput A. et al., 1972; Cáceres A. et al., 1987). Quanto a tintura elaborada com os estilos de milho, demonstrou ser inativa in vitro frente à Neisseria gonorrhoeae, evidenciado por halos (auréolas) de inibição menores que 6 mm. (Cáceres A., 1992). Por sua vez, o extrato aquoso de milho administrado por via intraperitoneal em ratos tem demonstrado possuir propriedades antialérgicas, evidenciada através de uma resposta de tipo imunomoduladora com presença de "interferon" (Kojima Y., 1987). O milho se encontra registrado na Farmacopea Nacional Argentina (6ª Ed.) e farmacopéias de Alemanha, Bulgária, Coréia, China, Egito, França, Holanda, Índia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Suíça, USA, Vietnam e Iugoslávia entre outras. No Estados Unidos figura no GRAS, que significa espécie segura para uso humano. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Efeitos adversos e/ou tóxicos Os frutos do milho (grãos e estigmas) constituem um alimento de amplíssimo consumo, carente de efeitos adversos e/ou tóxicos. Em geral as distintas formas galênicas do milho são muito bem toleradas, observando alguns casos de hipotensão arterial a sua atividade diurética, em especial durante o verão. Foram reportados poucos casos de dermatites ou urticária por contato com polens e o amido (Mitchell J., 1979). A dose efetiva diurética por via intravenosa em coelhos seria de 1,5 mg/kg, sendo considerada muito inferior a DL50 para a mesma via que alcançaria os 250 mg/kg (Leung A, 1980). (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/proibido.gif) Contra indicações O extrato aquoso dos estilos de milho administrados por via intravenosa em coelhos demonstrou efeito oxitóxico presumivelmente através de um mecanismo colinérgico, pelo que não se recomenda seu emprego durante a gravidez (Hahn S., 1973). Interações medicamentosas Excessivas doses de estilos e estigmas de milho podem interferir com terapias hipoglicemiantes e antihipertensivas, devendo-se controlar neste último caso a espoliação excessiva de potássio (Newall C. et al., 1996). (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/dosagem.gif) Usos etnomedicinais - Formas Galênicas Popularmente se empregam os estilos ou estigmas de milho, por suas propriedades diuréticas, em casos de edemas, oliguria, hipertensão arterial, infecções urinárias, hiperuricemias, gota. Também se emprega como abortivo e emenagogo. Em todos os casos se emprega a infusão a 5-10%, a razão de 2-3 xícaras por dia. No Haiti empregam a semente moída em aplicação local para a consolidação de fraturas. Em Martinica empregam a deccoção ou infusão dos estilos em casos de sarampo. Na República Dominicana recomendam a decocção dos estilos e/ou sementes junto a Spermacoce assurgens em casos de dores cólicas de rim. Em Trinidad e Tobago empregam as sementes como antidiarreico. Em Cuba empregam as sementes moídas aplicadas como cataplasma em casos de tombo, torceduras e fraturas. Na China empregam a bainha ou coberta do grão para tratar diarréias em crianças e o grão inteiro em casos de metrorragias. Em forma de extrato fluido (1 g = 40 gotas) se administram 150-300 gotas diárias repartidas em 3-4 porções (tomas). Em forma de extrato seco (5:1) se pode prescrever sob a forma de cápsulas a razão de 300 mg por cápsula, 2-3 vezes ao dia. Em forma de xarope (10% do extrato aquoso) a razão de 1-5 colheres de sopa diárias. A tintura (1:10) em base a 30 gotas, 3 vezes ao dia. Outros usos O amido de milho (maizena) pode-se empregar como alimento nutricional e antídoto de intoxicações por iodo e bromo. A maizena está conformada pelos grânulos separados do grão de milho, sendo assim que a dextrina (procedente da hidrólise parcial do amido) tem aplicações alimentícias ou dietéticas. Industrialmente o milho apresenta propriedades dessecantes e lubrificantes (por exemplo, em luvas cirúrgicas). As plantas verdes são empregadas como forragem e ensilagem para consumo animal. Se bem que a palha não seja comestível, alguns povos da América Central e do Sul a emprega como condimento para obter um sabor doce aos alimentos. Na farmácia é empregado o óleo de milho como solvente de injetáveis. Por sua vez a zeína (uma proteína constituinte do milho) é utilizada por suas propriedades desintegrantes e diluentes na elaboração de comprimidos ou tabletes. Em forma de glicerito se utiliza como emoliente base para supositórios. |
Nome popular NOZ-MOSCADA (http://i1138.photobucket.com/albums/n525/bomjesus/invigomyristica.jpg) Nome científico Myristica fragrans Houtt Família Miristicácea Parte usada Semente Propriedades terapêuticas Analgésica, antiespasmódica, antiemética, afrodisíaca, carminativa, laxativa Princípios ativos Borneol, geraniol, linalol, terpineol, copeno, eugenol, miristicina, elemicina, esclareol, pectina, niacina, safrol, canfeno, dipenteno, pineno, óleos fixos, lignanos. Indicações terapêuticas Facilitadora do parto, revigora a mente, ajuda na recuperação dos sentidos após desmaios, tônica para os cabelos, regula menstruações escassas, alivia cólicas menstruais, dores musculares, reumatismos. Informações complementares Descrição A noz-moscada (Myristica fragrans Houtt) é uma Miristicácea útil na ginecologia para cólicas e para descer menstruações. É uma árvore tropical sempre verde (perene) robusta e de forte perfume. A semente, que é a parte usada como medicamento, produz um óleo usado nas massagens e na aromatoterapia e a casca outro, o macis, não encontrado facilmente, mas muito útil. Era usada nos embalsamentos egípcios e na cura de problemas intestinais na Índia. Na Idade Média usavam-na para hemorróidas. Tem borneol, geraniol, linalol, terpineol (são álcoois), copeno, eugenol, miristicina (antiinflamatória: Ozaki Y et al. ,1989), elemicina, esclareol, pectina, niacina, miristicina (2%), safrol (fenol), canfeno, dipenteno e 80% de pineno (terpenos), além de óleos fixos em cerca de 30 a 40% (miristicina ou ácido mirístico, ácidos oléico, palmítico, esteárico, láurico, ácido linolêico) e lignanos. Para avaliar a importância destes óleos graxos reporte-se à onagra. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/dosagem.gif) Dosagem indicada É analgésica (odontológica, inclusive), antiespasmódica, antiemética, afrodisíaca, carminativa, laxativa, estimulante, tônico estomacal e geral, emenagoga, antinevrálgica, anticolesterolemiante, cardio estimulante e facilitadora do parto. Revigora a mente e ajuda na recuperação dos sentidos após desmaios. É tônica para os cabelos. Alguém provou efeito antitumoral, antiespasmódica, antifúngica e diminuidora de enzimas hepáticas. É tônico para o sistema reprodutor pois é estrogenomimético. Regula menstruações escassas e alivia cólicas menstruais. A miristicina é antidepressiva, por inibir a enzima monoaminoxidase (tem estrutura semelhante a aminas simpáticas), em ensaio de E. Truitt em 1962. É muito útil como bálsamo para dores musculares e reumatismo. Essência de noz moscada pode ser administrada em 2-3 gotas 2 a 3 vezes ao dia. Há cápsula de 50mg para ser tomada em 3 ao dia. (http://ci-67.ciagri.usp.br/pm/caveira.gif) Toxicidade Em caso de intoxicações por superdosagem de miristicina (mais que cinco gramos) há quadros convulsivos e sensação de irrealidade. Fonte:plantasmedicinais-ciagri |
| Ramo de novia (Cuba) Guamacho (Venezuela) Ora-pro-nobis (Brasil) Bugambillia blanca (Chiapas México) Descrição Trata-se de uma trepadeira que apresenta folhas suculentas e comestíveis, cuja forma lembra a ponta de uma lança. Por apresentar ramos repletos de espinhos e crescimento vigoroso, a planta pode ser usada com sucesso como uma cerca-viva intransponível. Do ponto de vista ornamental, o "ora-pro-nobis" apresenta uma florada generosa que ocorre entre os meses de janeiro a abril, produzindo um espetáculo surpreendente. A floração, embora exuberante, é efêmera, pois dura apenas um dia. Uma outra característica interessante é que suas flores são muito perfumadas e melíferas, tornando o seu cultivo indicado também aos apicultores. Após a floração, o "ora-pro-nobis" produz frutos em forma de pequenas bagas amarelas e redondas, entre os meses de junho e julho. E aí vem um ponto importante a ser observado: nem todas as variedades desta planta são comestíveis; apenas a que tem flores brancas, com miolo alaranjado e folhas pequenas. As folhas do ora-pro-nobis, desidratadas, contém 25,4% de proteína; vitaminas A, B e C; minerais como cálcio, fósforo e ferro. É uma planta que merece atenção especial por seu alto valor nutritivo e facilidade de cultivo, inclusive doméstico. Por apresentarem fácil digestão, as folhas da planta podem ser usadas de diversas formas. Uma boa alternativa é triturá-las com água no liquidificador e juntar à massa do pão, acrescentando ao alimento mais nutrientes e uma atraente cor verde. O mesmo pode ser feito com a massa de macarrão. As folhas podem também enriquecer saladas, refogados, sopas, omeletes, tortas ou mesmo dar mais riqueza ao nosso velho arroz-com-feijão. O cultivo mecanizado e o processamento industrial do ora-pro-nobis poderiam representar uma revolução nos recursos alimentícios da humanidade. No entanto, essa planta é pouco conhecida. Ela poderia integrar planos de governo na recuperação de áreas degradadas e no combate à fome, mas os políticos são cegos para o que o povo precisa. Assim, enquanto o ora-pro-nobis não desperta interesse no plano governamental, o cultivo doméstico pode representar o primeiro passo para a abertura de uma nova alternativa para as regiões áridas. Os estudos para o desenvolvimento genético dessa planta poderiam trazer grandes benefícios, mas enquanto isso não acontece, o ora-pro-nobis pode ser cultivado em jardins e quintais, onde suas propriedades nutricionais e ornamentais têm a oportunidade de ser exploradas. Uso culinário - Pão verde (http://i1138.photobucket.com/albums/n525/bomjesus/opn_10.jpg) Ingredientes 50g de fermento para pão em tablete ½ copo de água morna ½ copo de água fria 2 colheres (sopa) de margarina 2 ovos inteiros 1 colher (sopa) rasa de açúcar 1 colher (sobremesa) de sal 500g de farinha de trigo (pode ir um pouco mais ou menos, dependendo do ponto da massa) 100g de folhas de ora-pro-nobis Modo de fazer Dissolver o fermento juntamente com açúcar na água morna. Misturar em seguida os ovos, a margarina e o sal. Reserve. Colocar as folhas de ora-pro-nobis no liquidificador e bater com a água fria. Juntar aos ingredientes reservados, adicionando a farinha até que a massa comece a soltar das mãos. Sovar bem e deixar descansar até que dobre de volume. Dividir a massa em dois pães e colocar novamente para crescer. Levar para assar em forno já aquecido. plantas medicinais-ciagri |
| Cactus grandifolius Link Rhodocactus grandifolius (Haw.) Kunth Cactus rosa Vell Outros nomes comuns Cactos-rosa quiabento. Características Espécie arbustiva ou arbórea, de 3 a 6 m de altura. Muito ramificada, com ramos cilíndricos, espinhosos, de até 4 cm de diâmetro. Folhas simples, oblongas ou estreitamente obovadas, com ápice obtuso, base atenuada, curtamente pecioladas, bordos ondulados, peninérveas, com nervuras proeminentes, de até 10 cm de comprimento, verde-escuras. Flores róseas, dispostas em pequenas cimeiras, com aproximadamente 9 flores. Fruto baga, glabras, obovóide com ápice invaginado e base aguda, verde e amarelo. Sementes numerosas, de coloração marrom escuras a pretas e brilhantes. Observações ecológicas e ocorrências Ocorre no Nordeste do Brasil, na mata ou restinga. Usos populares Medicinalmente suas folhas são usadas no tratamento contra o colesterol, e as folhas novas, maceradas com azeite são usadas no tratamento de furúnculos. São comestíveis em forma de salada ou em cozidos. Planta ornamental, apreciada por suas flores róseas. É usada, também, como cerca viva. Flor: outubro a dezembro. Fruto: janeiro a maio |