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Autor Tópico: Reiki, a arte de ser feliz na Cercigui  (Lida 4052 vezes)

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Reiki, a arte de ser feliz na Cercigui
« em: 18/01/2023, 16:34 »
 
Reiki, a arte de ser feliz na Cercigui


Foi em 2010 que esta terapia complementar entrou na Cercigui pelas mãos da terapeuta ocupacional e reikiana Ofélia Lestre e da coordenadora do Núcleo Regional de Guimarães da Associação Portuguesa de Reiki, Sílvia Oliveira. O projeto “Reiki, a arte de ser feliz” conta com a participação de vários voluntários que começaram em 2016 a ensinar Reiki aos clientes da Cercigui.



A terapia de Reiki é realizada através de um toque suave ou a uma curta distância do corpo do paciente, sendo transmitida “energia universal” para as zonas mais necessitadas da pessoa. Esta é uma terapia complementar que não pretende invalidar ou substituir qualquer outra terapia ou medicina.

A sessão semanal começa com os participantes e os terapeutas voluntários sentados em roda. Desta vez, a entrevista ao Fórum Municipal das Pessoas com Deficiência de Guimarães altera o rumo da reunião e acabam juntos a fazer contas aos anos em que já praticam Reiki.  “Há uma ou outra pessoa que vai desistindo”, referiu o terapeuta Carlos Dias. “Eu até me confundo porque meteu-se a pandemia e não contam esses anos,” acrescentou a terapeuta Elisabete Silva. Ambos são voluntários reikianos e são ajudados pelos clientes da Cercigui nesta soma que já vem longa para alguns. “Eu já fui a um congresso do Reiki e a reuniões do Reiki”, atirou Elisabete Maria.



 

Refere-se ao VIII Congresso Nacional de Reiki que se realizou em outubro de 2017. A cliente da Cercigui foi uma das 300 participantes neste evento, em representação da instituição vimaranense. É também graças ao Centro Português de Investigação e Formação em Terapias Complementares (Cenif) que este projeto de inclusão existe com o principal objetivo de habilitar alguns dos clientes da Cercigui com competências que lhes permitam serem praticantes de Reiki e assim ajudarem-se a si mesmos, dando-lhes também a possibilidade para cuidar dos outros.

“O Reiki dá para a pessoa relaxar e ficar mais calma” referiu a Elisabete Maria. “Menos nervosa”, atirou o Rui Filipe Fernandes. “Eu quando estou nervosa faço Reiki para mim e fico bem, adormeço. Eu gosto muito do Reiki e sei que o Reiki me acalma. Eu quando estou nervosa, ponho as mãos no peito e no estômago para ficar mais calma e depois adormeço e nem reparo que estou a dormir e fico relaxada”, explicou Elisabete Maria.

Todas as segundas-feiras Elisabete Maria junta-se à terapêutica ocupacional Ofélia Lestre para fazer Reiki a quem precisar na instituição vimaranense: “À segunda-feira quando estou na escola faço a quem me pede. É excelente”, garantiu.

É a primeira vez que Jerónimo Agostinho faz Reiki a alguém. “Gostei imenso e quero vir sempre para aqui para o Reiki”, disse. “E podes vir sempre”, reforçou a terapeuta voluntária. “Eu gostava de dar Reiki ao Paulo, mas ele não quer fazer”, lamentou Jerónimo Agostinho. “Eu ajudo-te”, atirou Elisabete Maria. O Jorge não quis fazer Reiki a ninguém.  “Não, eu não sei”, considerou. “Ele diz que não sabe, mas sabes Jorge. Eu vou-te ensinar”, incentivou Elisabete Maria.

“Vamos aos lares de Guimarães. Como é o nome do lar?”, perguntou Rui Filipe Fernandes. “Mascotelos”, respondeu o terapeuta voluntário. “Reiki, a Arte de Ser Feliz” é um projeto de Reiki Inclusivo que tem vindo a aplicar sessões de Reiki aos clientes dos lares, nomeadamente no lar de Mascotelos, em Guimarães. “Eu tenho uns tios que estão no lar de Santo Amaro. Eu fico contente de ver outros velhinhos e uma pessoa conhecida diz-me ‘quando acabares de fazer o Reiki podes ir ver os teus tios’”, conta Patrícia Oliveira.

Os alunos de uma turma da EB. 2 3 de Arões do Agrupamento de Escolas de Fafe puderam interagir com os clientes da Cercigui ao mesmo tempo que tinham contacto com o Reiki. “Foi uma experiência muito engraçada porque até os professores ficaram espantados. Era a pior turma que têm em termos de agitação e nisto estavam todos muito quietinhos e deu para fazer [Reiki]. Os professores estavam sem perceber muito bem o que é que se estava a passar”, lembrou Elisabete Silva.


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