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Autor Tópico: Asma  (Lida 3940 vezes)

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Online migel

Asma
« em: 04/09/2010, 00:13 »
 
Asma   
     


Aprenda a evitar crises de asma e saiba como pode controlar a doença. 
     
   
  A asma afecta perto de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal, estima-se que mais de 600 mil pessoas sofram de asma.

O que é?


A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que, em indivíduos susceptíveis, origina episódios recorrentes de pieira, dispneia (dificuldade na respiração), aperto torácico e tosse, particularmente nocturna ou no início da manhã.


Estes sintomas estão geralmente associados a uma obstrução generalizada, mas variável, das vias aéreas, a qual é reversível espontaneamente ou através de tratamento.

Quem pode ser afectado?


A asma pode afectar qualquer pessoa, mas tem maior prevalência na população infantil e juvenil.

Quais são os sintomas?


Suspeita-se de asma em presença de historial de um dos seguintes sinais ou sintomas: tosse com predomínio nocturno, pieira recorrente, dificuldade respiratória recorrente e aperto torácico recorrente.


Eczema, rinite alérgica, história familiar de asma ou de doença atópica estão frequentemente associados à asma.


Uma observação torácica normal não exclui a hipótese de asma.

O que provoca ou pode agravar a asma?


Os sintomas de asma podem ocorrer ou agravar-se em presença de:

Exercício físico;
Infecção viral;
Animais com pêlo;
Penas dos pássaros;
Exposição prolongada aos ácaros do pó doméstico (existentes principalmente em colchões, almofadas e carpetes);
Fumo, principalmente de tabaco e lenha;
Pólen, sobretudo na Primavera;
Alterações de temperatura do ar;
Emoções fortes, principalmente quando desencadeiam o riso ou choro;
Produtos químicos inaláveis;
Fármacos, principalmente ácido acetilsalicílico e beta-bloqueantes.
Como é feito o diagnóstico da asma?


O diagnóstico da asma tem por base:

A história clínica - para determinar a presença de sintomas e as suas características, relacionados com exposições a factores de agressão;
Exame específico - para determinar sinais de obstrução brônquica, embora um exame normal possa possibilitar o diagnóstico;
Avaliação funcional respiratória - para comprovação de obstrução brônquica, da presença de hiperreactividade brônquica e de limitação variável do fluxo aéreo;
Avaliação de atopia;
Exclusão de situações que podem confundir-se com a asma.
A asma é uma doença muito grave?


A asma pode ter vários graus de gravidade, consoante a frequência, a intensidade dos sintomas e a necessidade de utilizar medicamentos.

Grau 1: Asma intermitente
Os sintomas surgem menos de uma vez por semana ou o doente acorda com os sintomas duas ou menos vezes por mês, ficando assintomático nos períodos entre os sintomas.
Grau 2: Asma persistente ligeira
Os sintomas surgem uma ou mais vezes por semana, mas menos de uma vez por dia. O doente acorda com os sintomas durante a noite mais de duas vezes por mês.
Grau 3: Asma persistente moderada
Os sintomas são diários. O doente acorda com os sintomas durante a noite mais de uma vez por semana e necessita de utilizar diariamente agonistas ß2. As crises afectam a sua actividade diária habitual.
Grau 4: Asma persistente grave
Os sintomas são permanentes. O doente acorda frequentemente com os sintomas durante a noite e a sua actividade diária encontra-se limitada.
Como é possível identificar as crises de asma e determinar a sua gravidade?


As crises de asma podem ser ligeiras, moderadas, graves e com paragem respiratória iminente, consoante os sintomas.


Mas ter uma crise de asma significa, sobretudo, sentir dificuldade em respirar. As crises muito graves podem pôr a vida em risco, por isso devem-se tomar todas as medidas necessárias para as evitar e estar prevenido para as atacar o mais depressa possível.


Normalmente, as crises instalam-se lenta e progressivamente, pelo que, se a pessoa estiver atenta, tem tempo para usar a medicação (normalmente inalador) correspondente ao tratamento prescrito pelo médico e, assim, afastar o perigo.
Quando a crise persiste, dirija-se a um serviço de urgência.


Nas famílias com crianças asmáticas, a atenção e os cuidados devem ser redobrados.

Tipos de crise
Crise ligeira

Apresenta dispneia à marcha (a andar);
Tolera posição de decúbito (posição de quem está deitado);
Apresenta um discurso quase normal;
Está consciente;
Apresenta-se normalmente calmo, podendo mostrar alguma ansiedade;
Não apresenta habitualmente tiragem respiratória;
A frequência respiratória está habitualmente normal, podendo estar ligeiramente elevada;
A frequência cardíaca está habitualmente abaixo dos 100/min;
Apresenta sibilos (ruídos feitos ao respirar que indicam obstrução parcial dos brônquios) moderados;
Não apresenta pulso paradoxal.
Crise moderada

Apresenta dispneia a falar;
Adopta a posição de sentado;
Fala com frases curtas;
Está consciente mas ansioso;
Apresenta tiragem respiratória;
A frequência respiratória encontra-se elevada;
A frequência cardíaca encontra-se entre 100 e 120/min;
Apresenta sibilos evidentes;
Pode apresentar pulso paradoxal.
Crise grave

Apresenta dispneia em repouso;
Encontra-se inclinado para a frente;
Fala apenas através de palavras;
Encontra-se ansioso ou até agitado;
Apresenta tiragem respiratória;
A frequência respiratória é superior a 30/min;
A frequência cardíaca é superior a 120/min;
Apresenta sibilos muito evidentes;
Apresenta geralmente pulso paradoxal.
Crise com paragem respiratória iminente

Apresenta-se sonolento ou em estado de confusão;
Apresenta bradicardia (diminuição do número normal das contracções cardíacas);
Apresenta silêncio respiratório;
Não apresenta pulso paradoxal.

Quais são os sintomas de um doente asmático de alto risco?


Considera-se como sendo de alto risco o doente asmático que:

Tem uma asma grave, de duração prolongada;
Tem uma asma lábil (transitória), constatada pela grande variabilidade diária de sintomas e dos débitos respiratórios;
Tem uma história clínica que revela que a sua asma não está controlada, referindo idas frequentes ao serviço de urgência, visitas médicas de urgência frequentes, hospitalizações no último ano, necessidade de ventilação mecânica e alta hospitalar recente.
Como é que se trata a asma?


Os medicamentos para a asma têm de ser receitados pelo médico.


Há vários tipos de medicamentos: inaladores ou bombas e comprimidos ou xaropes. Só os médicos podem determinar que comprimidos, xaropes, inaladores ou aerossóis são adequados a cada caso, em que doses devem ser tomados e aplicados e qual a duração do tratamento.


Existem também vacinas, aplicáveis quando é determinado o agente que provoca a alergia, o que as torna uma possibilidade de tratamento eficaz.

Os doentes com asma de alto risco têm acesso facilitado às Consultas Diferenciadas de Asma, com atendimento nas primeiras 24 horas após a sua identificação.

Não espere pela crise. Informe-se sobre o centro de saúde ou hospital mais próximo da sua área de residência que tenham consultas diferenciadas de asma.

Para saber mais sobre a asma, consulte:
Manual de Ajuda para a Criança com Asma
História ilustrada, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, de dois colegas de escola que sabem bem o que é a asma, o que a provoca e como se controlam as crises.
Manual de Ajuda para o Jovem com Asma
Pedro, o jovem narrador desta história, escrita por Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, descobriu que tinha asma aos cinco anos de idade. Conta-nos a sua experiência de aprendizagem sobre a doença, o que a provoca, as crises e o que fazer para as controlar.
Manual de Ajuda para o Adulto com Asma
O texto, ilustrado, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, informa sobre o que é a asma, o que a provoca, o seu controlo e tratamento, as crises e o controlo individual.
Os manuais de ajuda são distribuídos através dos centros de saúde e consultas externas de Imunoalergologia e Pneumologia dos hospitais.


O Manual de Ajuda para a Criança com Asma também é distribuído nas consultas de Pediatria dos hospitais e nas escolas da Rede Nacional das Escolas Promotoras da Saúde, parceiras de centros de saúde.

Nos mesmos locais é também distribuído o CD ROM - Autocontrolo da Asma - CD interactivo, de carácter lúdico e informativo, elaborado com base em informação científica, pelo Centro de Investigação para Tecnologias de Informação da Universidade Nova de Lisboa, destinado a crianças e jovens asmáticos, pais, educadores e profissionais de saúde.

Programa Nacional de Controlo da Asma - PDF- 122 Kb
Direcção-Geral da Saúde - http://www.dgs.pt/
Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica - http://www.spaic.pt/ 
Sociedade Portuguesa de Pneumologia -  http://www.sppneumologia.pt/
 
portaldasaude
 

Online migel

Re:Asma
« Responder #1 em: 03/10/2010, 18:19 »
 
Asma Infantil



Aprena a prevenir a uma doença que afecta 15% das crianças portuguesas
Nas últimas décadas tem-se assistido a um aumento da prevalência da asma infantil como provável consequência das mudanças ambientais, das condições climatéricas, dos hábitos e dietas alimentares.

Esta doença afecta cerca de 15% das crianças portuguesas.

A asma manifesta-se bastante precocemente. Na maioria das crianças, antes dos cinco anos de idade. Trata-se de uma doença crónica que, consequentemente, se reflecte em várias áreas da vida da criança: actividade física, bem-estar psíquico e sucesso escolar.

Por isso, é imprescindível que seja diagnosticada e tratada o mais cedo possível, evitando, assim, agudizações da doença, interferência na qualidade de vida, bem como a sua evolução para formas mais graves com alterações irreversíveis.

Se o seu filho tiver uma crise em casa, veja o que tem de fazer.

O que é?


A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que provoca episódios recorrentes de pieira, dificuldade respiratória (dispneia), opressão torácica e tosse. É uma das doenças crónicas mais frequentes na criança.

Normalmente, através deste conjunto de sintomas, é fácil reconhecê-la. «No entanto, nas crianças pequenas, não é assim tão identificável, uma vez que podem não apresentar as manifestações habituais, confundindo-se com as vulgares bronquiolites, podendo cursar com febre ou ter apenas tosse espasmódica nocturna e matutina ou ainda cansaço após esforços físicos», adverte Ana Margarida Neves, pediatra e imunoalergologista infantil do Serviço de Pediatria do Hospital de Santa Maria.

Os sintomas tanto podem surgir esporádica e intermitentemente, como serem quase permanentes, com uma intensidade variável que pode ser ligeira, moderada ou grave.

saude.sapo
 

Online migel

Re:Asma
« Responder #2 em: 03/10/2010, 18:21 »
 
Exercício contra a asma



Se o seu filho tem esta doença, descubra quantas vezes por semana deve particar exercício físico moderado
A actividade física regular e moderada tem benefícios para a criança diagnosticada com alergias e asma, concluiu um estudo das Faculdades de Medicina e de Desporto da Universidade do Porto, desenvolvido em colaboração com o Hospital de São João.

Esta foi a primeira vez que estes resultados foram documentados em humanos. Anteriormente apenas tinham sido sugeridos em modelos animais da doença.

Segundo André Moreira, autor do estudo, «as crianças devem, idealmente, praticar actividade física moderada cinco a sete vezes por semana».


saude.sapo
 

Online migel

Re:Asma
« Responder #3 em: 03/10/2010, 18:23 »
 
Tem mais de 60 anos?



Saiba qual o exercício mais adequado para si
Qualquer altura é boa para ficar em forma. Diga adeus à inércia, calce uns sapatos de desporto e desfrute o movimento do seu corpo.


Todos os momentos são bons para deixar o sedentarismo de lado e entregar-se à actividade física. O exercício liberta endorfinas e é um estimulante natural.

Para além disso, ajuda a manter a silhueta, melhora a sua saúde física (aumenta a capacidade pulmonar, atenua o ritmo cardíaco, mantém o colesterol sob controlo, a diabetes, a hipertensão...) e psíquica (potencia a autoestima), proporciona euforia, melhora a memória, afugenta o stress...

Pré-requisitos:

- Avaliação cardiovascular completa, porque o risco aumenta com a idade

- Controlo do colesterol, triglicéridos e da tensão arterial em repouso e em esforço

- Densiometria óssea para avaliar o grau de osteoporose

O que mais lhe convém

- Seja activa mas não se canse. O seu grau de actividade vai depender muito da sua forma física, mas mesmo que toda a vida tenha sido sedentária, vale sempre a pena começar a praticar exercício de forma moderada e contínua.

- O mais importante é que daqui para a frente vai estar a melhorar a sua saúde.

Exercício aeróbio + trabalho muscular: O ideal é realizar uma actividade moderada, que para além de queimar calorias tonifique os músculos, evitando o impacto excessivo sobre as articulações (provocado, por exemplo, ao saltar).

As actividades mais recomendáveis são a bicicleta estática e a natação. Caminhar uma hora por dia a um ritmo ligeiro também é uma actividade adequada.

Uma boa opção

Opte pelo Yoga. Tem benefícios físicos e psíquicos muito interessantes em qualquer idade, mas sobretudo agora. Recomenda-se, especialmente, a pessoas mais velhas que não possam saltar ou fazer qualquer outro tipo de exercício aeróbio.

A nível físico, alivia muitas doenças, já que a sua prática fortalece o corpo e produz uma sensação de bem-estar. Beneficia a concentração.

Veja na página seguinte: Os benefícios da actividade física http://saude.sapo.pt/saude-em-familia/senior/artigos-gerais/tem-mais-de-60-anos.html?pagina=2

Benefícios infindáveis

O Colégio Americano de Medicina do Desporto, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Federação Internacional de Cardiologia garantem que a actividade física contínua favorece a prevenção de certas doenças que podem aparecer na infância e evoluir ao longo da vida.

Entre as patologias mais importantes combatidas pelo exercício encontram-se as do coração (que podem dar origem a um enfarte), as dos vasos sanguíneos (hipertensão), do aparelho digestivo, diabetes, osteoporose...

Na verdade, todos os desportos, até os mais moderados, queimam calorias e, portanto, gordura, promovendo a boa forma do organismo.

Só para ter uma ideia, caminhar durante uma hora consome cerca de 300 calorias, andar de bicicleta 452, aeróbica 425, danças de salão (uma desculpa ideal para mexer o corpo em qualquer idade) 314, nadar 295, correr a uma velocidade média 500...

Para usufruir destes benefícios, o importante é fazer exercício de forma continuada e sem excessos.



saude.sapo
« Última modificação: 03/10/2010, 18:25 por migel »
 

Online Nandito

Re: Asma
« Responder #4 em: 04/05/2021, 09:28 »
 
Há 600 mil asmáticos em Portugal. Conheça os sintomas e os fatores de risco

A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas, caracterizada por uma maior reatividade dos brônquios e por obstrução variável das vias aéreas inferiores. Manifesta-se por sintomas recorrentes de dificuldade respiratória, pieira, tosse seca e/ou sensação de aperto torácico. Falámos com a médica Eunice Dias de Castro, especialista em Imunoalergologia.



A asma é uma das doenças inflamatórias crónicas mais comuns, afetando cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo.

"Atinge todas as idades, sendo a doença crónica mais comum na infância. Os estudos realizados em Portugal mostram prevalências que rondam os 5,3% da população geral e de 7,2% nas idades pediátricas. Assim, em Portugal, estima-se que existam mais de 600 mil asmáticos ou seja 1 em cada 15 portugueses tem asma", explica Eunice Dias de Castro, imunoalergologista.

A asma pode apresentar um impacto importante na qualidade de vida do doente e na sua produtividade escolar/laboral, bem como em termos económicos globais, com elevados custos diretos e indiretos, particularmente se não for tratada e controlada.

"Estima-se que os custos totais da asma na Europa ascendam aos 17,7 mil milhões por ano. Os internamentos hospitalares e os custos com a medicação constituem os principais custos diretos, enquanto que os custos indiretos estão maioritariamente relacionados com a perda de produtividade", adverte.

A alergia constitui o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de asma, desempenhando um papel preponderante na asma pediátrica e em cerca de 50% das asmas nos adultos. "A asma e a alergia estão estreitamente relacionadas, com as manifestações de asma coexistindo com as de outras doenças alérgicas (alergia alimentar, dermatite atópica, rinite alérgica). Cerca de 75% dos adultos com asma têm rinite alérgica e 50% dos doentes com rinite alérgica apresentam asma", refere.

Outros fatores de risco

Outros fatores de risco relacionados com o indivíduo incluem "a predisposição genética, a história familiar de asma ou alergia (a asma e alergia parental está associada a maior prevalência de asma durante as primeiras duas décadas de vida) e o sexo (a prevalência de asma é maior no sexo masculino, durante os primeiros anos de vida; ocorre uma subida no sexo feminino, durante a adolescência, após a qual, a prevalência parece ser superior)", indica a médica.

"Fatores de risco relacionados com o ambiente incluem os aeroalergénios (ácaros do pó doméstico, pólenes, epitélios de animais domésticos e fungos) e os alergénios ocupacionais (identificados mais de 250, responsáveis pela asma ocupacional- cerca de 10% das asmas)", acrescenta.

"A exposição precoce a certos vírus respiratórios, bem como a exposição a fumo de tabaco, durante a gravidez e infância precoce, também aumenta o risco de asma", afirma.

O diagnóstico de asma é realizado com base história clínica, exame físico, provas de função respiratória e testes de alergia. "Deve ser efetuado o mais precocemente possível, de forma a iniciar o tratamento e prevenir quer a ocorrência de crises, com potencial risco de vida para o doente, quer o declínio progressivo da função pulmonar", prossegue a especialista.

"É altamente recomendável a avaliação por um médico imunoalergologista, que irá tratar o doente, de todas as faixas etárias, na globalidade das manifestações da doença alérgica", alerta a médica.

Como se trata?
O tratamento é instituído, de acordo com a idade e com as características da asma naquele doente em particular.

"A educação do doente relativamente à sua doença e a identificação dos fatores potencialmente desencadeantes de crise (como alergénios, infeções respiratórias por vírus, exercício físico, irritantes, stress emocional, mudanças de temperatura), são fundamentais em todos os casos. É importante incentivar e adequar a prática de exercício físico a cada doente, podendo esta ajudar, inclusivamente, no controlo da doença", esclarece.

Segundo a especialista, o tratamento farmacológico engloba medicamentos de controlo (anti-inflamatórios por via inalada e/ou oral, bem como broncodilatadores inalados; em casos mais graves pode incluir medicamentos biológicos) e medicamentos de alívio (broncodilatadores inalados de ação rápida), em caso de crise. Existem vários tipos de inaladores cuja escolha deverá adequar-se às características e preferências do doente.

Nas asmas alérgicas, poderá estar ainda indicada a imunoterapia específica (“vacinas”), único tratamento com potencial para mudar o curso da doença, melhorando a qualidade de vida e reduzindo, a longo prazo, os custos e impacto das alergias.

Ao longo do tempo, devem ser implementadas estratégias de monitorização que podem envolver ajustes no tratamento.  O objetivo final é obter e manter o controlo da doença (minimizar frequência de sintomas, interferência na atividade diária e sono e necessidade de medicação de alívio, bem como manter a função pulmonar dentro da normalidade).

Fonte: lifestyle.sapo.pt   Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/os-sintomas-e-os-fatores-de-risco-da-asma

 
"A justiça é o freio da humanidade."
 

Online Nandito

Re: Asma
« Responder #5 em: 07/05/2024, 09:36 »
 
Asma grave retirou-lhe o olfato durante uma década. Doente fala sobre importância de controlar a doença

J.M.A
7 mai 2024 08:46



Freepik/jcomp

Diagnosticada com asma grave aos 20 anos, Catarina Canas Mendes conta, no podcast Vidas, como foi a sua jornada até conseguir controlar a doença, que lhe retirou a capacidade de sentir cheiros durante uma década.

A asma é uma doença respiratória crónica subdiagnosticada e subtratada, que afeta crianças, jovens e adultos. Atualmente, 700 mil portugueses vivem com a doença e metade não tem a doença controlada, o que afeta as suas atividades diárias e conduz a uma pior qualidade de vida. Mais do que uma simples dificuldade respiratória, a asma é uma doença frequente e potencialmente grave com um impacto profundo na vida das pessoas.

Estima-se que entre 5 a 10% destes doentes sofrem de uma forma mais grave e debilitante da doença, denominada asma grave, o equivalente entre 20 a 30 mil portugueses. Este é o caso da Catarina, que vive com a doença há cerca de 16 anos.

O novo episódio do podcast Vidas, dedicado a dar voz às pessoas que vivem com doença, é lançado hoje, a propósito do Dia Mundial da Asma, nos canais do Youtube e do Spotify,  e centra-se numa conversa sobre a importância da sensibilização da doença para um melhor controlo dos sintomas ao longo da vida. Um tema que vai ao encontro do mote escolhido pela Global Iniative for Asthma (GINA) para assinalar esta data.

“Sempre fui uma pessoa muito saudável até aos 20 anos e comecei a estranhar as crises de falta de ar e as dificuldades respiratórias. (…) Tenho a sorte de ter pais médicos. Eu estava informada e estava alerta para o que era a asma. Além disso, o meu pai é asmático. Portanto, eu já tinha alguma informação sobre a doença, mas claro que é totalmente diferente começar a viver com ela”, sublinha Catarina Canas Mendes, doente com asma grave.

Catarina admite que inicialmente não fez as adaptações necessárias por não encarar a doença com a devida seriedade, acabando por normalizar os sintomas que impactavam o seu dia a dia. “Habituamo-nos a viver com os sintomas e deixamos de perceber que há alternativas e formas de controlar a doença”, explica Catarina, assegurando que esta perceção mudou com o tempo e com o agravamento dos sintomas. Recentemente, começou a ganhar consciência da complexidade da doença e, por isso, alerta que “é muito importante, assim que os sintomas começam a aparecer, sermos capazes de atuar”.

“Nós habituamo-nos a viver dessa forma, nós habituamo-nos a viver com os sintomas. Já nem sabemos viver de outra forma. Por exemplo, eu só desde há seis meses para cá é que recuperei o olfato, que já não tinha há dez anos. E isto mudou a minha vida outra vez. Voltar outra vez a cheirar foi, realmente,  uma coisa muito positiva, mas eu já estava habituada a viver sem essa capacidade. Portanto, eu acho que nós nos habituamos a viver com os sintomas e deixamos de perceber que há outra alternativa e que temos de lutar por ela”, adiante Catarina.

Com uma história de resiliência, Catarina revela como foi o processo para assumir o controlo da doença e como passou dez anos sem conseguir sentir cheiros devido à perda de olfato causada pela asma. É quando se torna mãe que a vida ganha outra cor para Catarina, mas chega também o peso da responsabilidade de cuidar de uma criança. Os sintomas agravaram na segunda gravidez, acabando por perder alguns momentos únicos, como sentir o cheiro do seu bebé.

Foi aí que a forma de encarar a doença mudou e a procura pela melhor forma de a controlar e gerir se intensificou. Catarina conseguiu, através do acompanhamento médico e devido tratamento, recuperar qualidade de vida e, hoje, alerta para a importância do aumento da literacia em saúde e da disciplina dos doentes em relação à adesão terapêutica.

O podcast Vidas, que conta agora com oito episódios, é o primeiro podcast português a focar-se exclusivamente em entrevistas a doentes e aos seus familiares para que estes possam partilhar as suas histórias. Neste último episódio alerta para a importância da literacia em saúde, de forma a capacitar os doentes para um melhor controlo da asma.





Fonte: lifestyle.sapo.pt                       Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/asma-grave-retirou-lhe-o-olfato-durante-uma-decada-doente-fala-sobre-importancia-de-controlar-a-doenca?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
"A justiça é o freio da humanidade."
 

Online Nandito

Re: Asma
« Responder #6 em: 01/07/2025, 09:43 »
 
Há 600 mil asmáticos em Portugal. Conheça os sintomas e os fatores de risco

Conselhetório
1 jul 2025 09:00




A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas. Manifesta-se por sintomas recorrentes de dificuldade respiratória, pieira, tosse seca e/ou sensação de aperto torácico. Falámos com a médica Eunice Dias de Castro, especialista em Imunoalergologia.

A asma é uma das doenças inflamatórias crónicas mais comuns, afetando cerca de 300 milhões de pessoas em todo o mundo.

"Atinge todas as idades, sendo a doença crónica mais comum na infância. Os estudos realizados em Portugal mostram prevalências que rondam os 5,3% da população geral e de 7,2% nas idades pediátricas. Assim, em Portugal, estima-se que existam mais de 600 mil asmáticos ou seja 1 em cada 15 portugueses tem asma", explica Eunice Dias de Castro, imunoalergologista.

A asma pode apresentar um impacto importante na qualidade de vida do doente e na sua produtividade escolar/laboral, bem como em termos económicos globais, com elevados custos diretos e indiretos, particularmente se não for tratada e controlada.

"Estima-se que os custos totais da asma na Europa ascendam aos 17,7 mil milhões por ano. Os internamentos hospitalares e os custos com a medicação constituem os principais custos diretos, enquanto que os custos indiretos estão maioritariamente relacionados com a perda de produtividade", adverte.

A alergia constitui o fator de risco mais importante para o desenvolvimento de asma, desempenhando um papel preponderante na asma pediátrica e em cerca de 50% das asmas nos adultos. "A asma e a alergia estão estreitamente relacionadas, com as manifestações de asma coexistindo com as de outras doenças alérgicas (alergia alimentar, dermatite atópica, rinite alérgica). Cerca de 75% dos adultos com asma têm rinite alérgica e 50% dos doentes com rinite alérgica apresentam asma", refere.

Outros fatores de risco

Outros fatores de risco relacionados com o indivíduo incluem "a predisposição genética, a história familiar de asma ou alergia (a asma e alergia parental está associada a maior prevalência de asma durante as primeiras duas décadas de vida) e o sexo (a prevalência de asma é maior no sexo masculino, durante os primeiros anos de vida; ocorre uma subida no sexo feminino, durante a adolescência, após a qual, a prevalência parece ser superior)", indica a médica.

"Fatores de risco relacionados com o ambiente incluem os aeroalergénios (ácaros do pó doméstico, pólenes, epitélios de animais domésticos e fungos) e os alergénios ocupacionais (identificados mais de 250, responsáveis pela asma ocupacional- cerca de 10% das asmas)", acrescenta.

"A exposição precoce a certos vírus respiratórios, bem como a exposição a fumo de tabaco, durante a gravidez e infância precoce, também aumenta o risco de asma", afirma.

O diagnóstico de asma é realizado com base história clínica, exame físico, provas de função respiratória e testes de alergia. "Deve ser efetuado o mais precocemente possível, de forma a iniciar o tratamento e prevenir quer a ocorrência de crises, com potencial risco de vida para o doente, quer o declínio progressivo da função pulmonar", prossegue a especialista.

"É altamente recomendável a avaliação por um médico imunoalergologista, que irá tratar o doente, de todas as faixas etárias, na globalidade das manifestações da doença alérgica", alerta a médica.

Como se trata?

O tratamento é instituído, de acordo com a idade e com as características da asma naquele doente em particular.

"A educação do doente relativamente à sua doença e a identificação dos fatores potencialmente desencadeantes de crise (como alergénios, infeções respiratórias por vírus, exercício físico, irritantes, stress emocional, mudanças de temperatura), são fundamentais em todos os casos. É importante incentivar e adequar a prática de exercício físico a cada doente, podendo esta ajudar, inclusivamente, no controlo da doença", esclarece.

Segundo a especialista, o tratamento farmacológico engloba medicamentos de controlo (anti-inflamatórios por via inalada e/ou oral, bem como broncodilatadores inalados; em casos mais graves pode incluir medicamentos biológicos) e medicamentos de alívio (broncodilatadores inalados de ação rápida), em caso de crise. Existem vários tipos de inaladores cuja escolha deverá adequar-se às características e preferências do doente.

Nas asmas alérgicas, poderá estar ainda indicada a imunoterapia específica (“vacinas”), único tratamento com potencial para mudar o curso da doença, melhorando a qualidade de vida e reduzindo, a longo prazo, os custos e impacto das alergias.

Ao longo do tempo, devem ser implementadas estratégias de monitorização que podem envolver ajustes no tratamento.  O objetivo final é obter e manter o controlo da doença (minimizar frequência de sintomas, interferência na atividade diária e sono e necessidade de medicação de alívio, bem como manter a função pulmonar dentro da normalidade).







Fonte: lifestyle.sapo.pt                        Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/os-sintomas-e-os-fatores-de-risco-da-asma?utm_source=SAPO_HP&utm_medium=web&utm_campaign=destaques
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