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..:: Deficiente-Forum - Temas da Actualidade ::.. Responsável: Nandito => Bem - Estar, Saude e Qualidade de Vida => Tipos de Doenças => Tópico iniciado por: pantanal em 21/09/2015, 15:00

Título: Sida
Enviado por: pantanal em 21/09/2015, 15:00
Cientistas vão estudar vírus que protege contra sida

 

 (https://deficiente-forum.com/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fdiariodigital.sapo.pt%2Fimages_content%2F2015%2F20159181556_sida140715.jpg&hash=41aec51d9cf86eb356aa4c3f6ef7914c)
 
    Há mais de uma década, cientistas descobriram que um vírus chamado GBVC tem a misteriosa capacidade de reduzir a progressão da sida em indivíduos com HIV. Agora, um grupo de cientistas desenvolveu um modelo em macacos que permitirá estudar a infecção pelo GBVC e desvendar qual é a estratégia do vírus para impedir o desenvolvimento da doença. O estudo foi publicado na revista Science Translational Medicine.
 Em 2009, uma equipa liderada por Esper Kallás, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que há uma sinergia na interacção entre os vírus GBVC e HIV. «É inusitado. O GBVC reduz a inflamação causada pela infecção do HIV. Funciona como uma espécie de vírus protector», disse Kallás.
No estudo actual, desenvolvido pelo grupo de Kallás em parceria com cientistas da Universidade de Wisconsin (EUA), os cientistas conseguiram desenvolver pela primeira vez um modelo que simula, em macacos, a infecção pelo GBVC.
«Com o novo modelo, vamos poder estudar a infecção em experiências e entender exactamente o processo de protecção usado pelo GBVC. Depois vamos investigar se esse processo pode resultar em novas terapias para a sida.»
Além da protecção contra a sida, o GBVC tem outras características incomuns: ao contrário de outros vírus, não causa doenças, nem é eliminado do corpo do hospedeiro. Embora seja bastante comum - ocorre em até 8% da população mundial em geral e em até 25% das pessoas com HIV - pela falta de um modelo que permita estudar a sua infecção em animais, ainda não se sabe como é que este faz para impedir a progressão da sida.
Segundo Kallás, a descoberta do GBVC está associada a pesquisas sobre os vírus causadores da hepatite. Nas décadas de 1980 e 1990, muitos cientistas estudaram as causas das hepatites que não são provocadas pelos vírus A e B.
«No fim da década de 80 foi descrito o vírus da hepatite C. A partir daí, foram descobertos os vírus da hepatite Delta e hepatite E. Mais tarde, descobriram o que se pensava inicialmente ser o vírus da hepatite G. Mas este último vírus, muito frequente, não estava ligado à hepatite: era o GBVC», explicou Kallas.
Quando os cientistas ainda estavam a estudar se o novo vírus tinha relação com a hepatite, examinaram registos sobre pacientes com sida para descobrir se este interferia na progressão da doença.
«Foi no início da década de 2000 que alguns estudos mostraram algo totalmente inesperado: a presença do GBVC não acelerava a progressão da sida - pelo contrário, diminuía o seu ritmo. Foi surpreendente descobrir um vírus que poderia ter um efeito benéfico de protecção do hospedeiro de outro vírus», disse o pesquisador.
A partir daí, tiveram início diversos estudos para descobrir como o GBVC protegia portadores de HIV. Diversas hipóteses foram levantadas, como uma competição entre os dois vírus, ou uma capacidade de bloqueio da infecção por HIV. Até que o grupo da USP conseguiu determinar pela primeira vez que o GBVC reduz a inflamação no organismo do hospedeiro. «É como se tivesse um efeito anti-inflamatório específico para as células mais inflamadas pela infecção do HIV. Publicamos um artigo em 2009 revelando esse mecanismo», declarou.
Mais tarde, um grupo de cientistas da Califórnia, nos Estados Unidos, que estudava dados de pessoas que tinham sida antes do desenvolvimento dos cocktails, tiveram uma redução de 50% na infecção pelo HIV quando recebiam doações de sangue de pessoas infectadas com o GBVC.
Depois dessas descobertas, Kallás começou a trabalhar com um colega da Universidade de Wisconsin, David O'Connor, que liderava um projecto de pesquisa em busca de vírus emergentes no Uganda, na África.
Dispondo de técnicas de biologia molecular bastante sofisticadas, O'Connor recolheu amostras de macacos em busca de novos vírus.
«Nos seus ensaios de prospecção de novos vírus, descobriu que o vírus SIV - equivalente ao HIV em macacos - era relativamente frequente. E encontrou também com grande frequência os GBVC. Foi a partir daí que pensamos em estudar a concomitância desses dois vírus em macacos», explicou Kallas.


Fonte: Diario Digital
Título: Re: Cientistas vão estudar vírus que protege contra sida
Enviado por: 100nick em 25/09/2015, 15:32
Cidade paga indemnização a mulher multada por ser seropositiva
     
Cidade paga indemnização a mulher multada por ser seropositiva

(http://cdn1.sol.pt/fotos//2015/9/23/488227.jpg?type=L)
A cidade de Dearborn, no estado de Michigan (EUA), vai ter de pagar cerca de 36 mil euros a uma mulher que foi multada por ser portadora do vírus da SIDA.

Shalandra Jones, de 43 anos e natural de Detroit, processou a cidade em 2012, mas chegaram agora a um acordo que estipulou o pagamento da indemnização.

O incidente, que ocorreu nesse mesmo ano, foi filmado pela câmara de segurança do carro da polícia. O agente David Lacey mandou parar o carro, conduzido por um amigo de Jones, numa operação stop e descobriu marijuana no carro, juntamente com um cartão médico que lhe dava autorização para consumir a droga, mas que tinha expirado.

Segundo a imprensa local, citada pelo Independent, quando Jones confessou que era portadora do vírus da SIDA, o agente irritou-se e disse que “não queria levar doenças para casa e transmiti-las à sua família” e que “a polícia não gostava de pessoas com HIV”.

Afirmou ainda que se a mulher tivesse dito logo que era seropositiva não teria sido multada. “Sinceramente, se não fosse por isso, acho que não teria passado uma multa. Mas isso irritou-me bastante. Sabe o que isso significa? Tem de me dizer logo porque, na altura, eu não estava a usar luvas”, afirmou o agente.

Segundo o New Daily News, o agente acabou por passar uma multa ao condutor por conduzir sem carta e por ter uma luz traseira partida – o motivo inicial que levou o agente a mandar parar o carro.

Lacey continua a trabalhar no departamento da polícia de Dearborn e não foi alvo de um processo disciplinar.



Fonte: Sol
Título: Re: Sida
Enviado por: Sardinha em 01/10/2015, 15:10
Todos os infetados com VIH vão ter acesso a tratamento

(http://www.dn.pt/storage/DN/2015/big/ng4788284.jpg?type=big&pos=0)

por Patrícia Jesus e Ana Maia 
Teste rápido de deteção do VIH/ sida Fotografia © Pedro Correia/ Global Imagens

OMS recomenda que tratamento com antirretrovirais comece logo que infeção seja descoberta. Portugal atualizou ontem as recomendações e mais de três mil pessoas vão ser abrangidas.

Todos os doentes que forem diagnosticados com VIH devem começar de imediato a receber tratamento com antirretrovirais. A recomendação foi feita esta quarta-feira pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mas em Portugal o Programa Nacional para o VIH/Sida já a tinha anunciado em agosto. O médico António Diniz, diretor do programa, estima em três a quatro mil o número de infetados que podem ser abrangidos por esta mudança nas recomendações.

Atualmente a medicação é iniciada apenas quando a contagem de CD4 - células importantes para o nosso organismo se defender das doenças - está nos 500 ou a carga viral é muito grande. A partir de agora a recomendação é para começar a tratar logo que haja diagnóstico. Isto porque está provado cientificamente que esta medida traz benefícios para os doentes e reduz drasticamente o risco de infeção, cortando as cadeias de transmissão do vírus.

As recomendações foram formalmente atualizadas ontem, tal como tinha sido avançado pelo DN em agosto. "Há benefício a nível de saúde pública e a nível de saúde individual e por isso há esta recomendação. Portugal está na linha dos países que mais cedo vão implementar a medida", diz ao DN António Diniz.

Os dados disponíveis apontam para que cerca de 18% dos doentes não recebam medicação por não terem indicação com as antigas normas, ou seja, três a quatro mil pessoas. Mas a aplicação será faseada, explica o médico. "Não vamos chamar essas três mil pessoas ao mesmo tempo. Será aplicada à medida que as pessoas são acompanhadas nas consulta, se tiverem condições clínicas para isso e quiserem."

Em 2014, o tratamento para o VIH custou aos hospitais do SNS 204 milhões de euros. Em Portugal há 30 mil doentes registados nos hospitais e, por ano, há cerca de mil novos diagnósticos. Assim, estender o tratamento trás desafios para a sustentabilidade do SNS e será necessário renegociar preços com as farmacêuticas, como admitiu o diretor do programado DN em agosto.


Fonte: DN
Título: Re: Sida
Enviado por: Sardinha em 08/10/2015, 22:58
Moxico: VIH/Sida causa 25 óbitos em três meses


Luena - Vinte e cinco pessoas morreram vítimas de Hiv/Sida durante o primeiro semestre do ano em curso, no Hospital Geral do Moxico, informou hoje, quinta-feira, no Luena, o chefe de estatística médica da instituição, Francisco Gabriel.


Segundo o responsável, os 25 óbitos são resultados 68 pacientes assistidos pela unidade sanitária no período em alusão.

Informou que o incumprimento das medidas de prevenção por parte da população é  a principal causa do aumento da patologia nos últimos três meses na província.


Fonte: ANGOP
Título: Re: Sida
Enviado por: Sardinha em 08/10/2015, 23:01
Bactéria presente no muco vaginal pode barrar o HIV, sugere estudo

(http://diariodigital.sapo.pt/images_content/2015/sida081015.jpg)

Um determinado tipo de bactéria presente no muco vaginal pode tornar certas mulheres mais resistentes à infecção pelo HIV, o vírus da sida. É o que mostra um estudo publicado na mBio, revista online da Sociedade Americana de Microbiologia.

O muco da vagina e do colo do útero pode agir como uma barreira contra micro-organismos causadores de doenças. Segundo investigadores da Universidade da Carolina do Norte, uma espécie particular de bactéria, chamada de Lactobacillus crispatus, seria capaz de exercer uma espécie de barreira contra o HIV.
Eles chegaram à conclusão após analisar amostras de mucos de 31 mulheres em idade reprodutiva. Em laboratório, ficou claro que a presença desse tipo específico de bactéria fazia com que o muco «prendesse» as partículas de HIV. Os cientistas não sabem, ainda, como é possível aumentar a população desse micro-organismo na vagina das mulheres. As informações são do site ScienceDaily.
Trata-se de um estudo pequeno, feito somente em laboratório, mas a descoberta pode abrir caminho para novas formas de reduzir o risco ou mesmo bloquear a transmissão vaginal do HIV.
O que se tem certeza, até agora, é que determinadas DST, como a vaginose provocada pela Gardnerella vaginalis, podem facilitar a infecção pelo HIV. Portanto, evitar essas doenças também é uma maneira de se proteger contra o vírus da sida.


Fonte: DD
Título: Re: Sida
Enviado por: Sardinha em 11/10/2015, 10:56
VIH: "A doença que ainda é vista como um monstro"

por JOANA CAPUCHOHoje1 comentário
(http://www.dn.pt/storage/DN/2015/big/ng4871594.JPG?type=big&pos=0)

Duas mulheres portadoras do VIH e que integram grupos de apoio e informação partilharam com o DN as suas histórias.

Há três anos, Sofia, 47 anos, dirigiu-se ao hospital com uma gripe que durava há quatro meses. Após três dias em observações, a médica disse-lhe que estava infetada com VIH. "Achei que ia morrer. Mas esse pensamento acabou por ser anulado. Já ninguém morre por causa do VIH", contou ao DN. Até hoje, não sabe ao certo como se tornou portadora do vírus da sida. "Deduzo que terá sido através do pai do meu filho". O atual marido, que não foi infetado, apoiou-a desde o primeiro momento. Só ele e os três filhos é que sabem que Sofia é seropositiva. "Os meus pais não iam compreender e no trabalho ia ser descriminada. Quem hoje me dá dois beijos, ia pensar duas vezes se dava ou não."

Sofia falou com o DN no intervalo do primeiro encontro nacional de mulheres que vivem com o VIH, que decorreu ontem no âmbito do programa SHE, um projeto europeu de apoio, formação e informação entre pares para mulheres portadoras do vírus. Desenvolvido em 20 países europeus, o SHE é articulado entre a comunidade de doentes e os médicos. Em Portugal, há 42 mulheres formadas e 12 facilitadoras, isto é, mulheres que apoiam grupos e prestam apoio individualizado em cooperação com a comunidade médica.


DN
Título: Re: Sida
Enviado por: Raposa em 13/10/2015, 10:34
Bié: Província dispõe de 258 serviços de apoio aos pacientes com o HIV/Sida

(http://cdn1.portalangop.co.ao/angola/pt_pt/files/highlight/2015/9/42/0,211c9dcb-0c03-4c60-8c79-2621d46a3bdc.jpg)

Cuito - Duzentos e cinquenta e oito serviços para apoio e seguimentos aos pacientes com o HIV/Sida estão disponíveis na província do Bié, disse hoje, segunda-feira, no Cuito, o director da saúde na região, João Campos.

BIÉ: JOÃO CAMPOS CACUNGULA - DIRECTOR PROVINCIAL DA SAÚDEFOTO: AURÉLIO SEGUNDA
Em declarações à Angop sobre as acções que visam o combate à doença, o responsável sublinhou que destes, 160 estão direccionados ao aconselhamento e testagem, 45 para o acompanhamento aos pacientes adultos, 48 para o corte de transversão vertical e cinco para o seguimento pediátrico.

Para o combate à pandemia, o sector da saúde continua a apostar na formação contínua dos técnicos, garantir anti-retrovirais aos doentes, revitalizar os Comités de Luta Contra a Sida, assim como apoio social aos doentes, sobretudo de famílias vulneráveis.

Apontou a pobreza, o analfabetismo, a prostituição, a elevada liberação e urbanização, o início precoce dos jovens à actividade sexual sem protecção, preconceitos, subvalorização sobre o risco da enfermidade, barreiras culturais e religiosas, práticas e comportamentos de risco no seio da população como factores que contribuem para o aumento da pandemia na região.

A província do Bié testou, de Janeiro a Setembro do presente ano, nas diversas unidades sanitárias, 37 mil e 226 pessoas (gestantes, adultos e crianças), com 612 resultados positivos.

Em 2014, foram testadas, na região, 63 mil 513 pessoas (gestantes, adultos e crianças), destes mil e 50 obtiveram resultados positivos.
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 20/10/2015, 16:48
RASTREIOS VIH/SIDA

(https://www.ualg.pt/sites/default/files/resize/gcp/eventos/rastreio_vih-sida_-350x341.jpg)

A Universidade do Algarve volta a receber, durante o ano letivo de 2015/2016, a unidade móvel de rastreio do VIH/SIDA. O primeiro rastreio realiza-se no dia 22 de outubro, entre as 10h00 e as 13h30, no campus de Gambelas.

O objetivo é sensibilizar a população académica para a importância da deteção precoce da infeção e disponibilizar testes rápidos para deteção do VIH, sendo o resultado entregue em cerca de 20 minutos. O rastreio é gratuito, anónimo e confidencial.

A iniciativa é da responsabilidade da Administração Regional de Saúde do Algarve, IP, através do Centro de Aconselhamento e Deteção Precoce da Infeção pelo VIH/SIDA (CAD), e conta com a colaboração dos Serviços de Ação Social da Universidade do Algarve.

- See more at: https://www.ualg.pt/pt/content/rastreios-vihsida#sthash.a1NDdjcP.dpuf



Fonte: https://www.ualg.pt/pt/content/rastreios-vihsida
Título: Re: Sida
Enviado por: Sardinha em 21/10/2015, 16:08
Sida: falso médico infetou mais de uma centena no Camboja

Homem está acusado de vários crimes, incluindo homicídio. Enfrenta a possibilidade de uma pena de prisão perpétua

(http://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/13930121/800)
Carmen Fialho   Autocarro cheio no Cambodja (Reuters)

Mais de uma centena de pessoas, entre os três e os 82 anos, foram alegadamente infetadas com o vírus HIV por um homem que se fez passar por médico, numa aldeia de apenas 800 habitantes no Camboja. Os media locais falam, no entanto, em 300 casos de contaminação. Entre as vítimas encontram-se monges budistas. Pelo menos dez pessoas já morreram com sida, segundo apurou a AP.

Yem Chhrin, o falso médico de 53 anos começou a ser julgado esta terça-feira. O homem foi detido em dezembro e enfrenta várias acusações, entre elas homicídio, pela contaminação de pessoas, através de agulhas não esterilizadas, e prática de medicina sem habilitação. Se for condenado, Yem Chhrin pode vir a passar o resto da vida na prisão.


fonte: http://www.tvi24.iol.pt/internacional/hiv/sida-falso-medico-infetou-mais-de-uma-centena-no-camboja
Título: Re: Sida
Enviado por: Claram em 02/11/2015, 12:18
Malanje: Cruz vermelha sensibiliza população sobre HIV/SIDA


Malanje - A Cruz Vermelha de Angola promoveu sábado, nesta cidade, uma feira de sensibilização sobre o HIV/SIDA, com vista a elucidar a população sobre as formas de contágio e prevenção da doença.


Durante a feira que contou com um posto móvel de testagem do VIH, foi feito rastreio da glicémia, controlo da hipertensão arterial, bem como distribuição de preservativos.

Na ocasião o coordenador da feira, Pacheco Serrote, disse que a actividade enquadra-se no programa de combate ao vírus do Sida que se tem propagado nos últimos tempos na província.

Fez saber que a feira tem sido realizada semanalmente, e diariamente mais de 300 pessoas são sensibilizadas testadas.

O responsável apelou a população a comparecer nos centros de testagem do HIV por formas a saber o seu estado serológico e, receber explicações detalhadas sobre as formas de contágio e prevenção.


Fonte: ANGOP
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 10/11/2015, 22:22
23 milhões de euros para criar vacina contra a sida

Cientistas de 22 instituições uniram-se para desenvolver uma vacina capaz de vencer o vírus da sida.
Carla Marina Mendes | cmendes@destak.pt
Cerca de 35 milhões de pessoas viviam em todo o mundo, no fim de 2013, com o VIH. Um vírus que, todos os anos, contagia mais dois milhões, estimando-se uma fatura, para tratamentos e cuidados de saúde, de qualquer coisa como 20 mil milhões de euros. Para pôr fim a esta epidemia o único caminho parece ser uma vacina, que 30 anos de investigação não conseguiram criar. É nesse sentido que nasce a Iniciativa Europeia Vacina contra a Sida (EAVI2020), um consórcio que junta investigadores da Europa, Austrália, Canadá e EUA com o mesmo o propósito: chegar a uma vacina.

São, ao todo, 23 milhões de euros de investimento feito no projeto, que não começa, no entanto, do zero. Avanços recentes têm permitido isolar anticorpos capazes de bloquear o VIH em modelos de investigação pré-clínica, tendo havido também novos desenvolvimentos no uso da biologia sintética para o desenho das vacinas.

União faz a força

Liderado pelo Imperial College de Londres, o consórcio contra com a participação de cientistas de 22 instituições, que já fixaram um prazo: ter um novo candidato em forma de vacina capaz de ser testado em seres humanos num prazo de cinco anos. Um desafio confirmado por Robin Shattock, professor no Departamento de Medicina do Imperial College de Londres e coordenador do projeto, que considera que este «cria uma oportunidade única» para que se consiga chegar a bom porto, graças «ao enorme progresso científico adquirido ao longo dos últimos anos».

O especialista reforça que é «impossível para um grupo ou instituição criar sozinho uma vacina contra o VIH. Este novo projeto deverá permitir que nos movamos muito mais depressa. Junta uma equipa multidisciplinar de biólogos moleculares, imunologistas, virologistas, especialistas


Fonte; Destak
Título: Re: Sida
Enviado por: Raposa em 17/11/2015, 14:43
Hospital de Cascais apela ao teste do VIH

(http://diariodigital.sapo.pt/images_content/2015/201511171344_sida081015.jpg)

O Hospital de Cascais Dr. José de Almeida associa-se à Semana Europeia do Teste VIH, uma iniciativa que decorre entre 20 e 27 de Novembro e que pretende divulgar e alertar para a importância do diagnóstico precoce desta doença.


 
«Este ano, o Hospital de Cascais inscreveu-se pela primeira vez nesta iniciativa sendo o único hospital do país inscrito, a par de muitas organizações não-governamentais e associações de doentes de toda a Europa. É muito importante fazermos parte desta iniciativa, uma vez que o concelho de Cascais é um dos mais subdiagnosticados do distrito», revela Inês Vaz Pinto, responsável pela consulta do VIH no Hospital de Cascais.
 
Dado o panorama de subdiagnóstico no concelho, o Hospital de Cascais vai levar a cabo, em parceria com o CascaiShopping, entre os dias 20 e 27 de Novembro, uma exposição reforçando as mensagens sobre a importância de fazer o teste VIH, disponibilizando profissionais de saúde para esclarecer dúvidas naquele centro comercial e alertando para a importância do diagnóstico precoce da doença.
 
«A Organização Mundial de Saúde estabeleceu como objetivo, para o ano de 2020, que 90% das pessoas infetadas pelo VIH estejam diagnosticadas. Estima-se que, em Portugal, cerca de 30 por cento dos doentes não estão ainda diagnosticados. Na actualidade cerca de 50% dos novos diagnósticos da infeção VIH são considerados tardios, isto é, realizados em fases avançadas da doença», acrescenta Inês Vaz Pinto.
 
A consulta de VIH do Hospital de Cascais comemorou 20 anos em 2015. Desde a sua criação, o Hospital de Cascais tem vindo a estabelecer protocolos com diversas entidades ligadas ao VIH e com os estabelecimentos prisionais do concelho, de forma a melhorar o acesso aos medicamentos dos doentes infetados.



DD
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 19/11/2015, 15:17
Sete mitos sobre a Sida que é preciso quebrar

(http://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1370x587/naom_547c8394c0119.jpg)

O anúncio de Charlie Sheen caiu que nem uma bomba, mas há muito para saber (e aprender) sobre a Sida.

   
A Sida é uma das doenças mais temidas e das que mais teorias e preconceitos porta. Mas antes de mais, há que explicar mais sobre esta condição.


Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Ou Sida. Trata-se de uma doença não hereditária causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) que enfraquece todo o sistema imunitário, aniquilando a capacidade de defesa em relação a muitas doenças.

Como explica o Portal da Saúde, o “VIH é o agente causador da Sida” e pode ficar “incubado no corpo humano por tempo indeterminado, sem que manifeste quaisquer sintomas”.

Quando o assunto é a Sida, as maiores dúvidas surgem relativamente à forma de transmissão. “A transmissão sexual é a principal via de transmissão da infeção VIH em todo o mundo”, lê-se no site, que indica ainda que outra via de transmissão é o “contato com sangue infetado” ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação. "Quando uma pessoa está infetada com o VIH diz-se que é seropositiva", lê-se no portal.

Mas, embora exista uma imensidade de informação acerca da doença, são ainda muito (imensos) os mitos em torno da Sida. O site Mashable listou alguns, os que mais rapidamente devem ser quebrados.

Mito 1 – Promiscuidade e drogas são os principais causadores da Sida. Não. Embora as seringas, agulhas (assim como escova de dentes, lâminas de barbear e/ou material cortante) sejam os materiais que podem proporcionar uma contaminação mais rápida – quando existe sangue – a ideia de que a doença provém de uma vida sexual aleatória e do uso de drogas é errada.

Mito 2 – A Sida é apenas um problema para pessoas homossexuais e de cor. As relações entre pessoas do mesmo sexo e a cor de pele nada têm que ver com a incidência do vírus que causa a Sida.

Mito 3 – Ao ter uma relação sexual com alguém com o vírus, fica-se automaticamente contaminado. Não. Por vezes o vírus está em níveis tão baixos que é indetetável. Diz o Mashable que muitos estudos têm demonstrado que não existe qualquer caso comprovado de transmissão do vírus de alguém que tenha uma carga viral não detetável no momento do contacto sexual.

Mito 4 – As pessoas com relações monogâmicas não precisam de fazer o teste. Conhecer o parceiro sexual é uma forma de contrariar o risco da doença, contudo, existem outros fatores de risco, como mencionado acima.

Mito 5 – A criminalização da Sida vai erradicar as infeções. Nos Estados Unidos, não revelar a um parceiro de que se tem Sida é crime, contudo, a ideia de que a criminalização da não divulgação da doença vai erradicar a transmissão é um mito.

Mito 6 – É possível dizer que alguém é seropositivo apenas olhando para a sua aparência. Não, necessariamente. “Uma pessoa seropositiva pode não ter sinais da doença, aparentando mesmo um estado saudável durante um período de tempo que pode durar vários anos. No entanto, essa pessoa está infetada e, porque o vírus está presente no seu organismo, pode, durante todo esse tempo, transmiti-lo a outra pessoa”, lê-se no Portal da Saúde.

Mito 7 – Quem contrai Sida, morre de Sida. A Sida não é uma sentença de morte, embora deixe o organismo mais fraco e à mercê do mínimo ataque de qualquer outra doença. A Sida não é a causa da doença, é a base do aparecimento de outras doenças que podem matar. 


fonte: noticias ao minuto
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 20/11/2015, 16:35
30 por cento dos doentes portugueses não estão diagnosticados

(http://www.pcd.pt/fotos/noticias/big1447953166.jpg)

O Hospital de Cascais Dr. José de Almeida é o único hospital do país a associar-se à Semana Europeia do Teste VIH, uma iniciativa que decorre entre 20 e 27 de novembro e que pretende divulgar e alertar para a importância do diagnóstico precoce desta doença.

 

“Este ano, o Hospital de Cascais inscreveu-se pela primeira vez nesta iniciativa sendo o único hospital do país inscrito, a par de muitas organizações não-governamentais e associações de doentes de toda a Europa. É muito importante fazermos parte desta iniciativa, uma vez que o concelho de Cascais é um dos mais subdiagnosticados do distrito”, revela Inês Vaz Pinto, responsável pela consulta do VIH no Hospital de Cascais.

 

Dado o panorama de subdiagnóstico no concelho, o Hospital de Cascais vai levar a cabo, em parceria com o CascaiShopping, entre os dias 20 e 27 de novembro, uma exposição reforçando as mensagens sobre a importância de fazer o teste VIH, disponibilizando profissionais de saúde para esclarecer dúvidas naquele centro comercial e alertando para a importância do diagnóstico precoce da doença.

 

“A Organização Mundial de Saúde estabeleceu como objetivo, para o ano de 2020, que 90 por cento das pessoas infetadas pelo VIH estejam diagnosticadas. Estima-se que, em Portugal, cerca de 30 por cento dos doentes não estão ainda diagnosticados. Na atualidade cerca de 50 por cento dos novos diagnósticos da infeção VIH são considerados tardios, isto é, realizados em fases avançadas da doença”, acrescenta Inês Vaz Pinto.

 

A consulta de VIH do Hospital de Cascais comemorou 20 anos em 2015. Desde a sua criação, o Hospital de Cascais tem vindo a estabelecer protocolos com diversas entidades ligadas ao VIH e com os estabelecimentos prisionais do concelho, de forma a melhorar o acesso aos medicamentos dos doentes infetados.


Fonte: PCD
Título: Re: Sida
Enviado por: Raposa em 25/11/2015, 16:24
Angola pode vir a ter uma "epidemia importante" de VIH/SIDA - ONU

LUSA24 de Novembro de 2015, às 19:02

Angola pode ter uma "epidemia importante" de VIH/SIDA, à semelhança de Moçambique, alertou hoje o diretor executivo adjunto do Programa Conjunto da ONU de combate à doença (ONUSIDA), Luiz Loures, em declarações à rádio das Nações Unidas.

Angola pode vir a ter uma "epidemia importante" de VIH/SIDA - ONU

(http://thumbs.web.sapo.io/?epic=z8jTjhLR+ofOiMGXCWp8uu1WxOjLBqTmJPUgtfBaSNRzaUyEDtg9riEo0RxzE0D16Cza+FVjQZuAAgOkubERfxrR/qrf8N0N/Y6av77f9nFAn58=&W=756&H=425&crop=center&errorpic=transparent&delay_optim=1&tv=2)
Falando na apresentação do relatório da organização, divulgado hoje, Luiz Loures acrescentou que a ONUSIDA quer "atenção renovada" para acabar com a doença nos países lusófonos, onde considera haver "muito trabalho a ser feito" para eliminar a epidemia.

O responsável destacou também que Portugal e o Brasil têm hoje uma resposta à doença que é das "mais avançadas do mundo", pelo que "não existe razão para que outros países de língua portuguesa não avancem da mesma forma. A unidade entre esses países é parte da estratégia para o fim da epidemia".

"Como ONUSIDA, estamos dispostos a apoiar qualquer medida sob o ponto de vista da cooperação", sublinhou Luiz Loures.

O relatório revela exemplos de abordagens inovadoras em mais de 50 comunidades, cidades e países, para alcançar as pessoas com serviços para prevenir e tratar o VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), tendo o representante do programa das Nações Unidas destacado que "os lusófonos têm de ser pragmáticos na prevenção, principalmente os mais jovens, que não viram a epidemia no seu auge".

O documento destaca o caso de Moçambique, que está entre as dez nações da África Oriental e Austral onde ocorreram cerca de metade das novas infeções pelo vírus entre 2010 e 2014, embora o país tenha aumentado a cobertura do tratamento naquele período.

Portugal é citado por ter descriminalizado o uso de quantidades de drogas ilícitas em pequenas quantidades, uma medida associada à redução na prevalência do VIH nas prisões, enquanto o Brasil é referido por figurar entre os países de baixo e médio rendimento que conseguiram suprimir o vírus em mais de 80% das pessoas que recebiam tratamento antirretroviral.

O Brasil é ainda referido por a profilaxia pré-exposição (em pessoas que receiam ter contraído o vírus após uma relação sexual casual) registar uma taxa de aceitação de 50% e por ter sido o primeiro país a dar tratamento combinado gratuito para o vírus.

De acordo com estimativas do ONUSIDA relativas ao ano passado, verificou-se uma queda de 35% nas novas infeções pelo vírus (face ao pico de 2000), tendo as mortes relacionadas com a doença descido 42% desde o seu auge, em 2004.

No final de 2014, havia um total de 36,9 milhões de pessoas a viver com o vírus.

Ao abrigo do objetivo 90-90-90, as Nações Unidas pretendem garantir o tratamento de 90% de pessoas que vivem com o VIH, que 90% das pessoas que saber ser seropositivas estejam em tratamento e que 90% das pessoas em tratamento tenham a carga viral indetetável.

HSF // EL

Lusa/fim
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 29/11/2015, 20:06
Falta de verbas deixa 1.500 doentes com VIH em risco de perder apoios

28 Nov, 2015 - 12:07

Em causa estão doentes muito dependentes de instituições, em apoio domiciliário ou até acamados em unidades residenciais.


Perto de 1.500 doentes com VIH em situação de elevada dependência correm o risco de ficar sem apoio social porque as instituições que os ajudam não têm dinheiro para o próximo ano, disse à agência Lusa o presidente da Abraço.
Em causa estão doentes muito dependentes destas instituições, designadamente em apoio domiciliário ou até acamados em unidades residenciais.

"No final deste ano ficamos sem financiamento e a partir de Janeiro oito instituições operantes na área do VIH, 10 projectos no total, ficam a descoberto em termos de financiamento. Estamos a falar de pessoas em situação de elevada dependência, que precisam de apoio domiciliário diário, estamos a falar de uma unidade residencial que tem pessoas acamadas e nós não sabemos em Janeiro o que havemos de fazer nem com os utentes nem com os funcionários destes projectos", desabafou Gonçalo Lobo.

O problema foi conhecido na quarta-feira durante uma reunião com o presidente do Programa Nacional para a Infecção VIH/Sida.

"Tivemos uma reunião com o doutor António Diniz e vamos ter um problema ainda maior em mãos que é o que é que vamos fazer à quantidade de utentes que temos em respostas sociais e que a partir de Janeiro não vão ter mais apoio por parte do Estado, do Governo", afirmou Gonçalo Lobo.

Segundo dados recolhidos pela Abraço, sete instituições que operam nas regiões de Lisboa, Porto, Amadora, Odivelas e Cascais - Abraço, Liga Portuguesa Contra a Sida (LPCS), Sol, Positivo, Ser+, AJPAS e Passo a Passo - prestam apoio social a 1.492 doentes com VIH Sida, entre os quais 14 crianças na associação Sol.

Em causa ficam também uma centena de funcionários - 59 contratados e 41 em regime de prestação de serviços - a quem as associações não sabem o que fazer.

Na dependência da LPCS estão 629 utentes que correm o risco de ficar sem respostas sociais, problema extensível aos 165 utentes ajudados pela Abraço.

"A nossa grande preocupação é o que fazer, no caso da Abraço, a cerca de 200 pessoas que não sabemos onde havemos de colocá-las e a cerca de 40 a 50 funcionários que não sabemos o que fazer em relação a eles", disse Gonçalo Lobo.

Para tentar encontrar uma solução para o problema, as associações vão entregar uma carta ao Governo, vão pedir audiências e no dia 1 de Janeiro vão juntar-se na Assembleia da República para "manifestar o seu luto perante a situação".

"Não é possível continuar neste funcionamento de todos os anos não sabermos qual a continuidade para o ano que vem. Depois, passados quatro anos não sabemos o que fazer aos utentes, e estamos a falar de pessoas que já estão connosco há 15 anos. É impensável não continuarmos com estas pessoas e não sabemos como vão ser absorvidas pelo sistema, se elas têm sequer enquadramento", afirmou o responsável da Abraço. .

A falta de verbas para o próximo ano coloca-se porque o anterior programa de financiamento (ADIS) contemplava quatro anos, que terminam no final deste ano e findo o qual é necessário abrir novo concurso público, o que só poderá acontecer depois de aprovado o Orçamento do Estado.

"O Orçamento do Estado só está previsto para Fevereiro, por isso só depois disso é que a Direcção-Geral da Saúde pode abrir novo concurso. Até que o concurso esteja finalizado demora cerca de 3 meses, por isso estamos a falar em Junho do ano que vem, senão mais tarde".

Gonçalo Lobo explicou que as instituições não têm capacidade financeira instalada para dar resposta a seis meses de funcionamento de apoios domiciliários, de unidades residenciais e de centros de atendimento.

Inicialmente a Abraço tinha previsto dedicar o Dia Mundial de Luta contra a Sida, que se assinala no dia 1 de Dezembro, às comunidades imigrantes, uma prioridade que foi relegada para segundo plano, quando tomou conhecimento da grave situação financeira que tem à porta.


Fonte: RR
Título: Re: Sida
Enviado por: Claram em 01/12/2015, 12:04
Idosos devem ser alertados para riscos da infeção pelo VIH, diz especialista

(http://diariodigital.sapo.pt/images_content/2015/201511171344_sida081015.jpg)

Uma especialista em VIH defende um maior investimento nas campanhas de prevenção da infeção junto das faixas etárias mais elevadas que, em parte graças ao prolongamento da vida sexual, são cada vez mais tarde confrontados com a doença.

A propósito do Dia Mundial da Luta Contra a Sida, que se assinala hoje, a internista Cristina Teotónio, do núcleo da doença VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI), afirmou que «a área sexual foi a que, de certa forma, foi menos sujeita a um rastreio e a campanhas de prevenção».

«Todas as campanhas de troca de seringas foram muito bem direcionadas e eficazes, mas na área da transmissão sexual - até por algum tabu e mitos associados a esta patologia - as pessoas acharam sempre que era uma doença do outro», disse à Lusa.

Diário Digital / Lusa
Título: Re: Sida
Enviado por: Claram em 01/12/2015, 12:05
Quase 200 pessoas com infeção pelo VIH morreram o ano passado, 126 com sida

(http://diariodigital.sapo.pt/images_content/2015/20159181556_sida140715.jpg)

Quase 200 pessoas com infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) morreram em 2014, das quais 126 com sida, indica o relatório «Infeção VIH/SIDA: a situação em Portugal», elaborado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA).

Da autoria do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, o documento indica que, de acordo com as notificações recebidas no INSA até 30 de junho de 2015, em 2014 foram diagnosticadas 920 novas infeções por VIH.

No mesmo ano foram registados 196 óbitos «em pessoas com infeção por VIH, das quais 126 em estadio sida».

Diário Digital / Lusa
Título: Re: Sida
Enviado por: Raposa em 02/12/2015, 16:37
Tratamento preventivo contra a sida reduz em 86% risco de infecção


Os resultados de um estudo francês que mostra que um tratamento preventivo contra a sida feito antes e após as relações sexuais permitia reduzir em 86% o risco de infecção foram publicados pela revista médica americana New England Journal of Medicine.

Os resultados do ensaio Ipergay, conduzido com 414 homossexuais franceses e canadianos, já haviam sido apresentados publicamente em Fevereiro na Conferência sobre Retrovírus e Infecções Oportunistas (CROI), realizada em Seattle, nos EUA. Mas ainda não tinham sido publicados numa revista médica de referência, como é a regra na comunidade científica.

A publicação coincide com o Dia Mundial Contra a Sida e vem apenas uma semana após o sinal verde dado por França para o uso do Truvada - uma combinação de antirretrovirais do laboratório norte-americano Gilead já utilizado pelos pacientes - como uma ferramenta para a prevenção.

A ministra da Saúde francesa, Marisol Touraine, anunciou em 23 de Novembro que o tratamento preventivo será 100% subsidiado desde o início do próximo ano para as pessoas HIV negativas com risco elevado de contaminação. A sua decisão foi baseada principalmente nos resultados do teste feito com o Ipergay.

Ao contrário dos estudos feitos nos EUA e do Reino Unido sobre terapia preventiva administrada continuamente (um comprimido por dia), o estudo coordenado pela Agência Nacional de Pesquisas sobre Sida (ANRS) baseou-se num tratamento avulso, com dois comprimidos de Truvada tomados antes da relação de risco, um terceiro no dia seguinte e um quarto no dia seguinte dois dias mais tarde.

Metade do grupo estudado recebeu Truvada e a outra metade um placebo. Dezasseis infecções ocorreram durante os nove meses de “follow-up” dos participantes, incluindo 14 no grupo placebo e dois no grupo Truvada, mas os autores observam que ambos interromperam o tratamento várias semanas antes da infecção.

Para Jean-Michel Molina, um dos autores do teste, «os resultados do estudo mostram por um lado que o risco de infecção pelo HIV é muito elevado em França e no Canadá nas populações de risco e, por outro, que o tratamento preventivo permite uma redução importante do risco, justificando a sua implantação como um meio adicional de prevenção contra o HIV».

O teste com o Ipergay deve, segundo a ANRS, ser realizado em 2016, para trazer novos dados sobre «a eficácia a longo prazo» do tratamento preventivo, mas também sobre «a sua observação e impacto nos comportamentos sexuais».

Segundo os primeiros resultados do Ipergay, os participantes não correram mais riscos que antes e poucos abandonaram o tratamento, diferentemente do que ocorreu num estudo norte-americano conduzido em 2010 sobre um tratamento contínuo.


DD
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 13/12/2015, 16:33
Outra vez o Papa, a Sida e o preservativo

O que a Igreja defende é a educação para uma sexualidade responsável. E o que a moral cristã definitivamente não apoia é o facilitismo do uso do preservativo como bandeira do vai com quem te apetecer


Não falha. Sempre que um Papa viaja ao continente africano, surge a questão do preservativo. Desta vez, também a propósito do dia mundial conta a Sida, logo vieram comentários de que Francisco teria ficado “nervoso” com a pergunta se a Igreja não devia mudar a sua posição quanto ao uso do preservativo. Mas, cada um ao seu estilo, os Papas respondem o mesmo: a questão não é a do preservativo; é a do modo de viver a sexualidade e a vida em geral: “Não estejamos a questionar-nos se se pode usar este penso ou outro para uma pequena ferida. A grande ferida é a injustiça social, a injustiça ao meio ambiente, a referida injustiça da exploração e a desnutrição. Este é o problema. Não gosto de descer a reflexões de casuística, quando as pessoas morrem por falta de água e à fome, por causa do habitat…” (Papa Francisco).

Comecemos pelo início. O casamento cristão não é simplesmente a celebração do amor entre os dois cônjuges; é a constituição de uma família. Claro que a Igreja respeita a decisão de duas pessoas se unirem em casamento porque se amam, sem o desejo de ter filhos. Mas este não é o matrimónio cristão. O matrimónio cristão tem como condição de validade a fecundidade: gerar vida nova, ter filhos.

Ora, neste contexto, a discussão da contracepção artificial é levantada por muitos casais cristãos. Para alguns, este já nem é um assunto, e não falta quem considere esta conversa ridícula. Mas não é assim para muitos. Há os que, desejando viver de acordo com a doutrina da Igreja, questionam se o princípio geral de estar aberto à vida, com o qual concordam, deve necessariamente ser aplicável a todas as relações sexuais. Um casal cujo estilo de vida e modo de proceder é fecundo, através de dar filhos à luz e através de muitos outros modos de ser fecundo no mundo, pode perguntar-se se o princípio de paternidade responsável defendido no Concílio Vaticano II não abre aqui lugar a uma decisão do foro interno da consciência do casal. É legítimo manter esta questão, até porque, se se questiona, quer dizer que se deseja não só viver subjetivamente a fé, mas vivê-la em conformidade com as orientações da Igreja.

Outra questão radicalmente diferente é a que surge nas visitas papais a África. Sendo aí a Sida uma das grandes causas de mortalidade, e sendo uma doença sexualmente transmissível, não deveria a Igreja alterar a sua orientação quanto ao uso do preservativo? As reações papais apontam sempre para uma resposta global e aberta, revelando a pequenez de horizonte da pergunta.

O preservativo não resolve a questão da Sida. A resposta também não é a do celibato como alguns afirmam, procurando ridicularizar a Igreja. O que a Igreja defende é que a relação sexual, sendo uma exposição máxima do sujeito e a expressão de uma intimidade profunda ao nível do corpo, ela deveria também sê-lo ao nível de toda a pessoa. Quer dizer, defende que a relação sexual tem todo o sentido dentro de uma relação de compromisso que envolva as duas pessoas. É uma expressão de amor, que se esvazia nos casos em que o amor comprometido está ausente. O nível de intimidade que é manifestado através do corpo numa relação sexual corresponde idealmente a uma intimidade existente a todos os níveis entre essas duas pessoas. Relações sexuais com diferentes parceiros, sem qualquer relação pessoal que as enquadre e contextualize são, no mínimo, imaturas. Uma sexualidade responsável e comprometida é o ideal defendido pela Igreja.

Esta posição veicula uma moral concreta para os cristãos. Claro que pode ser discutível, e até inaceitável, concretamente para quem não adere à doutrina da Igreja. Mas a defesa de que se tenha um parceiro sexual em vez de vários, e de uma vivência da sexualidade enquadrada no cômputo geral da vida e da relação de amor, é mais humana e humanizante do que o contrário. Por isso, quando os Papas afirmam que o preservativo não resolve o problema da Sida, estão a alertar para a verdadeira fonte do problema. Essa é uma sexualidade vivida de forma descomprometida e irresponsável. O que a moral da Igreja defende é a educação para uma sexualidade responsável. E o que a moral cristã definitivamente não apoia é o facilitismo do uso do preservativo como bandeira do “vai com quem te apetecer”.

Agora, alguém que não partilhe desta visão da sexualidade e defenda que a prática sexual pode ser vivida fora de uma relação de compromisso, com diferentes parceiros, a essas pessoas este discurso não se aplica. São muitos os que pensam que, desde que ambos sejam adultos e saibam o que querem, a prática sexual faz sentido, mesmo que nem sequer se conheçam. A moral cristã não se revê absolutamente nesta concepção da sexualidade. Mas, nestes casos, claro que a questão não é se se pode ou não usar preservativo. O uso do preservativo aqui é um dever! Mais, deve assegurar-se o uso de preservativos de boa qualidade, precavendo-se contra toda a falsa publicidade do “sexo 100% seguro”. Esta posição permitia já o Papa Bento XVI afirmar que “pode haver casos pontuais, justificados, como por exemplo a utilização do preservativo por um prostituto, em que a utilização do preservativo possa ser um primeiro passo para a moralização, uma primeira parcela de responsabilidade para voltar a desenvolver a consciência de que nem tudo é permitido e que não se pode fazer tudo o que se quer. Não é, contudo, a forma apropriada para controlar o mal causado pela infecção por HIV. Essa tem, realmente, de residir na humanização da sexualidade.”

Padre Jesuíta


Observador
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 20/12/2015, 18:32
Descoberta de vacina contra a Sida regista avanços

(http://www.esquerda.net/sites/default/files/styles/480y/public/vih_1_1.jpg?itok=lLkNSog0)
O investigador Fernando Garcês Ferreira que lidera um equipa que investiga o vírus da sida conseguiu avanços para combater a doença ao determinar como anticorpos muito potentes evoluem em contacto com o VIH.


Cientistas do grupo norte-americano Scripps Research Institute, descobriu que uma família muito potente que se desenvolveu num doente infetado com o VIH (PGT1221) neutralizava não só 80 por cento de todas as variantes do vírus que existem nos seres humanos mas também o vírus que infetava o doente.

Este facto significa que “uma família de anticorpos poderia adaptar-se rapidamente às constantes modificações do vírus, o que nos dá esperança de que o sistema imunitário humano é capaz de controlar a infeção”, disse à Lusa Fernando Garcês Pereira.

Após esta descoberta a equipa liderada por este cientista tem agora um novo desafio que é o de “saber como esses anticorpos, produzidos nas células B evoluíam no organismo em contato com o vírus que está em constante mutação para escapar à ação do sistema imunitário”, sublinhou.

Com recurso a técnicas da biologia estrutural, os investigadores obtiveram imagens moleculares tridimensionais, de resolução atómica da evolução de anticorpos em contato com o VIH com o intuito de chegarem a uma “forma eficiente” de neutralizar o vírus.

Os resultados desta investigação forma publicados esta semana na revista Immunity


fonte: http://www.esquerda.net/artigo/descoberta-de-vacina-contra-sida-regista-avancos/40169
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 10/01/2016, 18:16
Sem verbas, Governo pede ajudas a privados para o VIH

Os concursos já foram abertos mas só estarão concluídos em março.
(http://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1370x587/naom_56570d968e1f5.jpg)
   
No final de 2015, as principais associações nacionais de apoio a doentes com vírus da sida ficaram sem financiamento do Estado, o que as coloca em risco de suspender os serviços. Assim, segundo avança o semanário Expresso, o Governo irá pedir os privados que adiantem as verbas necessárias – cerca de 250 mil euros entre janeiro e fevereiro.


“A tutela percebeu que legalmente não tem forma de garantir o financiamento até à conclusão dos concursos públicos e a solução que nos foi apresentada foi o Ministério da Saúde solicitar verbas a entidades externas, como empresas privadas ou fundações, por exemplo”, explicou à mesma publicação Gonçalo Lobo, presidente da Abraço e coordenador do documento de denúncia entregue ao Governo por ocasião do Dia Mundial de Luta contra a Sida.

Já o diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA garante que não é possível fazer mais. “Ter os concursos concluídos em março já foi um esforço enorme de aceleração dos prazos, que normalmente demoram seis meses. Não queremos que esta situação volte a repetir-se. A forma indicada de financiar estes projetos é através da Segurança Social”, garante.


POR NOTÍCIAS AO MINUTO
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 29/01/2016, 11:39
IPO Lisboa e Liga Portuguesa Contra a Sida com protocolo de rastreio

(http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/05E161D8-49F0-49C5-8D7D-AE7C0914E8A8/0/59165.gif)
 
No âmbito das comemorações da Semana de Prevenção do Cancro do Colo do Útero, IPO assina protocolo para rastreio do HPV.

O Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa e a Liga Portuguesa Contra a Sida assinaram, no dia 25 de janeiro de 2016, um novo protocolo de colaboração que prevê a realização de citologia ginecológica a todas as mulheres e do teste do vírus do papiloma humano (HPV) a todas as pessoas que se desloquem à unidade móvel de rastreio "Saúde + Perto", daquela associação. Os exames serão depois realizados nos laboratórios de citologia e virologia do IPO Lisboa.

A iniciativa decorre das comemorações da Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero, que se assinala de 24 a 30 de janeiro.

Para Maria Eugénia Saraiva, presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, "esta parceria com o IPO de Lisboa reforça a mudança de perspetiva e estratégia de atuação da liga e todas as outras infeções sexualmente transmissíveis, garantindo que a saúde é um direito universal que chega a todos."

Para o IPO de Lisboa, instituição de referência no tratamento do cancro ginecológico, a assinatura deste protocolo permite uma ação preventiva "nesta população mais vulnerável", na qual é fundamental o envolvimento de uma equipa multidisciplinar dos serviços de anatomia patológica, patologia clínica e ginecologia.

A unidade móvel de rastreio "Saúde + Perto" foi criada em 2012 com o objetivo de contribuir para a promoção da saúde pública, através da facilitação do acesso ao aconselhamento, diagnóstico e tratamento do VIH e outras doenças sexualmente transmissíveis, junto de públicos mais vulneráveis e com maior risco de exposição a este tipo de infeções, através de técnicos especializados.

Atualmente, a unidade móvel atua nos concelhos de Lisboa, Odivelas e Loures, funcionando em articulação com centros de saúde, hospitais, autarquias e outras associações.

Factos:

O cancro do colo do útero é causado pelo HPV, um vírus de transmissão sexual que pode potenciar outras infeções e problemas de saúde como, por exemplo, o cancro cervical.

Em Portugal esta doença mata uma mulher por dia e, todos os anos, são diagnosticados 720 novos casos. O Instituto Português de Oncologia de Lisboa é uma instituição de referência no tratamento do cancro ginecológico e tem um papel ativo na educação e na prevenção.

A introdução da vacina contra a infeção por HPV no Programa Nacional de Vacinação foi um marco muito importante em termos de saúde pública, mas o seu real impacto só vai sentir-se daqui a alguns anos.

É hoje consensual entre a comunidade médica e científica que a vacinação e o rastreio permitirão a erradicação do cancro do colo do útero.

Fonte: Portal da saude
Título: Re: Sida
Enviado por: Claram em 02/02/2016, 14:26
“Só metade dos homens sabe que há um medicamento que evita o VIH”

NICOLAU FERREIRA 01/02/2016 - 07:30
Judith Aberg, da Faculdade de Medicina Icahn no Hospital Monte Sinai, em Nova Iorque, esteve há dias em Lisboa a falar sobre o vírus da sida.

(https://imagens7.publico.pt/imagens.aspx/1028847?tp=UH&db=IMAGENS&w=749)
Judith Aberg RICARDO CAMPOS


É responsável pelo departamento das doenças infecciosas, e o seu principal foco é o vírus da sida. O tema que trouxe a médica Judith Aberg às Jornadas de Actualização em Doenças Infecciosas do Hospital de Curry Cabral foi a profilaxia pré-exposição contra o VIH (Prep, sigla em inglês de pre-exposure prophylaxis). Em Nova Iorque, há 120.000 pessoas com o vírus da sida e o objectivo é acabar com a epidemia, o que passa por evitar novas infecções. A Prep, que ainda não chegou a Portugal, é o instrumento mais recente nesta luta. Usa o Truvada, um medicamento anti-retroviral contra o VIH que também impede a infecção pelo vírus. O problema, diz a médica, é a falta de conhecimento sobre a Prep.

Qual é a política de saúde dos EUA em relação à Prep?
É uma política orientada para as populações com comportamento de risco. As pessoas que estão infectadas com o VIH devem ser medicadas para ficarem com o vírus indetectável no sangue. Assim, o risco de se transmitir o vírus a outras pessoas é praticamente zero. Aos indivíduos que têm um alto risco de adquirir VIH oferecemos a Prep diária. Um comprimido por dia.

Quais os grupos que beneficiam mais da Prep?
Os homens que têm sexo anal desprotegido com outros homens. Fazemos uma despistagem para identificar quem tem comportamentos de risco. O que pode ser difícil, às vezes as pessoas não querem revelar os riscos que correm. A população que partilha seringas [no uso de drogas intravenosas] é outra. Também recomendamos a Prep para casais serodiscordantes, em que uma das pessoas é seropositiva e a outra é seronegativa.   

Cidades como São Francisco querem tornar-se livres do VIH com a ajuda da Prep. É possível?
Vai ser difícil ficarem completamente livres porque há ainda poucas pessoas a tomarem a Prep. Em Nova Iorque temos uma campanha forte vinda do gabinete do Governador, oferecendo a medicação. Mais uma vez, quem decide são os indivíduos. Recomendamos que toda a gente use preservativos. Obviamente, nem toda a gente os usa. Por isso, oferecer a Prep ajuda, mas, a não ser que se consiga que toda a população infectada seja medicada e fique com o vírus indetectável e aqueles que estão em risco de se infectarem tomem os medicamentos, vai demorar tempo.

Os críticos da Prep dizem que tem efeitos secundários, temem que se deixe de usar o preservativo e que torne o VIH mais resistente ao Truvada. Qual é a sua opinião?
Os estudos mostram que o medicamento é muito bem tolerado. Na maior parte dos casos, estamos a falar de uma população de jovens saudáveis. No estudo [francês] Ipergay, mostrou-se que havia mais casos de sintomas como dores de estômago, diarreia e vómitos. Mas eram casos menores. Na maioria dos casos tem sido muito bem tolerado. Temos preocupações com o consumo prolongado em relação à perda de densidade óssea. Mas estamos a trabalhar em estratégias mais seguras. A Gilead, que produz o Truvada, está a trabalhar num novo composto que tem menos efeitos nos rins e ossos. E há o interesse em desenvolver um medicamento injectável, que se tomaria uma vez por mês. Quanto aos preservativos, não vemos um aumento de risco. Até houve um aumento no seu uso.

Um aumento no uso de preservativo?
Sim. Em parte deve-se aos ensaios clínicos e de insistirmos nas consultas da Prep na importância do sexo seguro, na necessidade de se usar o preservativo e na importância dos parceiros infectados com o VIH iniciarem a medicação. Além disso, o objectivo não é que as pessoas usem a Prep para sempre, mas que reduzam o risco de serem infectadas pelo VIH. Cerca de um terço das pessoas ainda tem outras infecções sexualmente transmissíveis. Ainda há indivíduos a correr riscos, mas esse risco não aumentou desde que a Prep passou a estar disponível.

E o aumento de resistência do VIH ao Truvada?
Em teoria, essa pode ser uma questão. Mas não vimos nada nos ensaios clínicos.

Há outros países onde a Prep esteja a ser aplicada?
A Agência Europeia de Medicamentos (AEM) ainda não aprovou o uso profiláctico do Truvada, o que infelizmente põe a Europa num estado de paralisação na luta contra a sida. Do que sei, tem havido audições sobre a questão e a AEM vai apoiar o uso. Há ensaios clínicos no Reino Unido. Mesmo aqui em Portugal o assunto está a ser acompanhado pelo CheckpointLX [centro em Lisboa dirigido aos homens que têm sexo com homens e que está a tentar fazer um ensaio clínico da Prep].



Fonte: Publico
Título: Re: Sida
Enviado por: Sardinha em 10/02/2016, 22:22
Governo moçambicano admite que está em risco meta de erradicação da sida até 2030


Moçambique pode não cumprir com a meta de erradicação da sida até 2030 devido à falta de financiamentos dos programas de combate à epidemia, informou hoje fonte do Conselho Nacional de Combate à Sida no país.

Governo moçambicano admite que está em risco meta de erradicação da sida até 2030

(http://thumbs.web.sapo.io/?epic=LfVYDVzp4hHM+i44kFDHO1bh1NaLZqgpbMtDjspnGlyxXDE6XgIbW2uheLzkz4bjgaxct7zsM5vNasFw9K3PWBJPgVQa9nHFwbfzEpQbulU2ETo=&W=756&H=425&crop=center&errorpic=transparent&delay_optim=1&tv=2)

"A erradicação da doença até 2030 pode ser comprometida devido à falta de financiamentos", alertou o secretário interino do Conselho Nacional de Combate à Sida em Moçambique, Diogo Milagre, falando hoje à imprensa, à margem da cerimónia de encerramento do programa Pacto (Prevenção Ativa e Comunicação para Todos).

O Pacto é um programa de formação de jovens para assistência e orientação de pessoas afetadas pela doença nas comunidades, patrocinado pela agência de desenvolvimento internacional norte-americana Usaid.

Quando as estatísticas oficiais indicam que do universo de 1,6 milhões de pessoas infetadas com sida em Moçambique apenas 640 mil procuram tratamento e mais de um terço abandonam-no logo no primeiro ano, Diogo Milagre sublinhou que a permanência dos doentes no centro de saúde só será garantida com uma estratégia de mobilização mais forte, destacando a importância de mais investimentos na área de sensibilização.

"Sem estes financiamentos nós iremos meter poucas pessoas no tratamento", lamentou Diogo Milagre, apontando os Estados Unidos da América como o maior parceiro de Moçambique no combate à sida e apelando para um maior envolvimento de outras entidades estrangeiras.

O grande desafio de Moçambique, prosseguiu Diogo Milagre, está ligado ao cumprimento da medicação por parte dos doentes que estão a ser assistidos, principalmente nas zonas mais recônditas, onde o serviço de saúde ainda é deficitário, na medida em que só assim se pode reduzir o recurso à medicação de segundo linha, que é muito mais cara e exigente.

"Os desafios que nós temos atualmente são enormes", salientou Diogo Milagre, reiterando que "o mais importante é garantir que as pessoas cumpram com a medicação".

Por sua vez, o diretor da Usaid em Moçambique, Alexander Dickie, apontou a disseminação de informações sobre prevenção e assistência como base para a continuação eficaz das estratégias de combate à doença em Moçambique.

"A divulgação de informações sobre a matéria é importante nesta luta, ela pode mudar o comportamento individual das pessoas", sustentou o diretor da Usaid, destacando a importância do surgimento de programas similares para o país.

Além da Usaid, o Pacto contou com o apoio do Ministério da Saúde de Moçambique, tendo, durante cinco anos, formado 2.200 ativistas e assistido mais de 262 mil pessoas em questões de saúde sexual, género e tratamento antirretroviral em várias comunidades do país.

EYAC // SOL

Sapo.pt
Título: Re: Sida
Enviado por: Claram em 14/02/2016, 17:04
Vírus da sida é complexo e resistente

12 de Fevereiro, 2016
(http://thumbs.sapo.pt/?pic=http%3A%2F%2Fimgs.sapo.pt%2Fjornaldeangola%2Fimg%2Fthumb1%2F20160212091412manifestacao.jpg&W=300&H=216&errorpic=http%3A%2F%2Fimgs.sapo.pt%2Fjornaldeangola2012%2Fimg%2Fdefaultja_051113.png)
Fotografia: José Cola
A ONUSIDA disse ontem, em comunicado, que o vírus da sida pode tornar-se resistente aos medicamentos, podendo ocorrer com mais frequência em pessoas que não conseguem tomar o remédio de forma adequada.
O Programa Conjunto da ONU sobre VIH/Sida afirma que o vírus é complexo e pode adaptar-se e sofrer mutação de forma rápida. A ONUSIDA destaca um estudo publicado recentemente na revista especializada “Lancet”, feito pelo Grupo de Estudo TenoRes. Durante o estudo, foram avaliadas quase duas mil pessoas com VIH, cujo tratamento com o medicamento tenofovir falhou.
Os dados foram colectados de diferentes estudos feitos entre 1998 e 2015 em 36 países, tendo sido comprovada mais resistência ao medicamento do que já foi reportado anteriormente.
Na Europa, a resistência foi notada em 20 por cento dos pacientes, enquanto na África Subsaariana o índice de resistência ao Tenofovir foi ainda maior, tendo chegado a 50 por cento.
O estudo não sugere nenhuma mudança no tratamento da sida, por o tenofovir ser eficaz para a maioria dos pacientes. Segundo a ONUSIDA, os especialistas salientam a importância da produção de uma vacina contra o VIH e também de ser encontrada a cura para a epidemia.
A ONUSIDA diz que a identificação rápida da resistência a drogas, juntamente com uma mudança no tratamento, pode ajudar as pessoas com VIH a viver uma vida mais saudável .


Jornal de aNGOLA
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 16/03/2016, 17:26
Moçambique continua entre os dez países mais afetados pela Sida - Governo


Moçambique continua entre os dez países mais afetados pela SIDA no mundo e a prevalência em raparigas com idade entre 15 e 25 anos é três vezes mais alta que nos homens, informou hoje a ministra moçambicana da Saúde.

"No nosso país, a Sida continua a ser um dos principais motivos para o volume de pacientes que diariamente recorrem às nossas unidades sanitárias", disse Nazira Abdula, falando durante a 6.ª reunião do Programa Controlo de ITS (Infeções de Transmissão Sexual) e Sida, realizada em Maputo.

Quando as estatísticas oficiais indicam que do universo de 1,6 milhões de pessoas infetadas com Sida em Moçambique, apenas 640 mil procuram tratamento e mais de um terço abandonam-no logo no primeiro ano, o país continua entre os dez países mais afetados pela doença em todo mundo e a permanência dos doentes nos centros de saúde continua a ser um desafio.



Diário Digital com Lusa
Título: Re: Sida
Enviado por: Raposa em 20/03/2016, 10:15
Sida prolifera nas Filipinas sobretudo entre os mais jovens

Nos últimos cinco anos, o número total de pessoas infetadas nas Filipinas praticamente quadruplicou. Por Lusa As infeções de VIH/sida têm crescido de forma acentuada nos últimos anos nas Filipinas, onde a doença prolifera sobretudo entre os mais jovens devido a uma falta generalizada de consciência em relação à doença. Nos últimos cinco anos, o número total de pessoas infetadas nas Filipinas praticamente quadruplicou, passando de 8.400 em janeiro de 2011 para cerca de 32 mil em janeiro deste ano, seguindo registos oficiais do Ministério da Saúde local. A rápida expansão do VIH nas Filipinas reflete-se também nas novas infeções que se registam a cada ano: em 2001 foram 174 novos casos e entre janeiro e outubro de 2015 registaram-se mais de 6.500.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/vihsida_prolifera_nas_filipinas_sobretudo_entre_os_mais_jovens.html



Fonte: CM
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 03/04/2016, 18:01
VIH. E se para curar a sida bastasse “cortar” o vírus?
1/4/2016, 19:14
Os medicamentos atuais inibem a multiplicação do VIH no organismo, mas não o eliminam. Uma equipa de investigadores sugere "cortar" o genoma do vírus para o eliminar.

(https://deficiente-forum.com/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimg.obsnocookie.com%2Fs%3Dw800%2Cpd1%2Fo%3D80%2Fhttp%3A%2F%2Fs3.observador.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2016%2F04%2F01184946%2F56313604_770x433_acf_cropped.jpg&hash=33b5163e242bb41c4593f9321ebb4d48) (http://cdn2.obsnocookie.com/wp-content/uploads/2016/04/01184946/56313604_770x433_acf_cropped.jpg)
[size=0.85rem]A infeção com VIH é considerada atualmente uma doença crónica[/size]



Os antirretrovirais são eficazes para manter a infeção com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) controlada e impedir o aparecimento da doença (sida), mas não conseguem eliminar o vírus do organismo. A solução pode ser retirar o genoma do vírus de dentro das células, usando uma “técnica de corte”, como sugere uma equipa da Faculdade de Medicina Lewis Katz na Universidade Temple (Filadélfia, Estados Unidos), num artigo publicado (http://www.nature.com/articles/srep22555) na Nature Scientific Reports.


Quando o vírus infeta uma pessoa, o sistema imunitário reconhece a infeção e responde, mas o VIH é especialista em atacar as células do sistema imune, em especial os linfócitos T4 (ou linfócitos CD4). Os vírus “escondem-se” no interior destas células, onde ficam “adormecidos” (latentes), à espera de uma oportunidade para voltar a atacar o organismo. Embora o VIH enfraqueça a resposta imunitária e faça com que o número de linfócitos CD4 diminua, os medicamentos antirretrovirais conseguem manter o corpo livre de uma infeção ativa. Mas estes medicamentos não livram os seropositivos de uma infeção latente, por isso é que têm de ser tomados para o resto da vida.

Precisamos de uma nova estratégia que permita uma remissão permanente para que os doentes deixem de tomar os medicamentos antirretrovirais e reduzam os custos do tratamento e os potenciais efeitos secundários a longo prazo”, escreveu a equipa no artigo científico.

Os vírus não são seres vivos e precisam de infetar células vivas para usarem os recursos que existem dentro destas, como a capacidade de se reproduzirem e de traduzirem a informação genética em proteínas que têm uma determinada função. Portanto, o que o VIH quer das células humanas é impor o seu material genético – ARN (ácido ribonucleico) – como grande coordenador do que a célula pode fazer.

Os investigadores usaram a técnica CRISPR/Cas9 – usada na edição do genoma em várias situações diferentes (como na manipulação de embriões humanos) – para “cortar” o ARN do vírus dos cromossomas humanos. Na experiência realizada, onde usaram células CD4 humanas cultivadas in vitro e infetadas com VIH-1 (a estirpe mais agressiva do vírus), conseguiram: erradicar as cópias de VIH, inibir a infeção primária destas células em cultura e suprimir a replicação do VIH. Isto é, mesmo quando o CRISPR/Cas9 não conseguiu eliminar a porção de material genético do vírus, deixou-o suficientemente danificado de forma a impedir a sua replicação. Mais, os investigadores demonstraram que esta técnica de “corte” não danifica o ADN (ácido desoxirribonucleico) da célula humana infetada, nem potencia a morte da mesma.


Vídeo da Universidade Temple que explica a investigação realizada (em inglês).[size=1.1rem]Apesar dos resultados serem relevantes no combate ao VIH/Sida, os investigadores lembraram, no artigo, que é preciso garantir que a técnica de edição genética utilizada é altamente específica e que cumpre elevados níveis de eficácia e segurança. Além disso, as células usadas tinham uma infeção ativa e, consequentemente, genes do vírus ativos. Os investigadores querem agora perceber como é que reagem as células que foram tratadas com drogas antirretrovirais, quando o vírus fica latente.[/size]

No artigo os autores referiram que “se mantém alguns desafios formidáveis antes de ser possível implementar esta estratégia”, como criar uma técnica altamente específica para maximizar a eliminação das sequências virais nos doentes ou melhorar a aplicação da técnica CRISPR/Cas9 para que chegue ao maior número de células T4 possíveis. Para os investigadores, estes resultados demonstram que a técnica poderá vir a ser usada para curar a infeção com VIH, mas que ainda são precisos muitos anos para que isso aconteça.

Até lá serão precisos anos de demonstração em laboratório, aperfeiçoamento da técnica e, claro, ensaios clínicos (http://observador.pt/2016/01/16/nao-houver-ensaios-clinicos-nao-ha-novos-medicamentos/). Mas se a técnica de “corte” do ARN se mostrar eficaz e segura na eliminação do VIH, quem sabe não poderá servir para eliminar outras infeções com outros tipos de vírus.


fonte: http://observador.pt/2016/04/01/vih-curar-sida-bastasse-cortar-virus/ (http://observador.pt/2016/04/01/vih-curar-sida-bastasse-cortar-virus/)
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 10/04/2016, 16:52

“Abraço” sensibiliza jovens para o VIH/SIDA


No âmbito do Plano de Educação para a Saúde (PES), a Associação Abraço foi convidada pela escola de Cristina Torres (Agrupamento Figueira Norte), para efectuar duas sessões para os seus alunos sobre o VIH/SIDA. Falando para uma plateia de jovens, Sérgio Luís, da Abraço, tentou transmitir- -lhes a ideia de que eles «é que têm a opção». Em declarações ao nosso Jornal, explicou que «é neles que está a escolha de se protegerem ou não. VIH/ SIDA é uma opção e queremos que tenham presente que não são os outros, sou eu que decido se quero ou não este vírus». Mas, ressalva, transmitindo «sempre emoções positivas e mensagens que perdurem». No fundo, o que Sérgio Luís quis transmitir foi a ideia de «não culpabilização, antes de responsabilização. E saberem que podem trabalhar, viver, casar com pessoas infectadas, sem serem infectados. Acrescentar a noção de poder, nestas idades é muito importante. Eles podem escolher», sublinha o responsável da Abraço, adiantando que Portugal, «tem uma das taxas mais elevadas da Europa de VIH/SIDA nestas idades. Daí a nossa aposta de que é possível inverter a realidade».
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 04/05/2016, 09:16
A pílula da sida chega a Portugal este ano

Shutterstock Marta F. Reis 03/05/2016 11:46

(http://cdn1.ionline.pt/media/2016/5/3/524754.jpg?type=artigo)
Direção-Geral da Saúde prepara projeto-piloto na zona de Lisboa, envolvendo médicos de família e organizações da sociedade civil. Em França, em três meses, já há 400 pessoas a fazer a medicação que reduz o risco de infecção entre 95% a 100%. Em Portugal já há quem tenha começado a encomendar a medicação pela internet. Peritos alertam para riscos mas percebem a urgência: pela primeira há uma alternativa eficaz ao preservativo

Um comprimido por dia, todos os dias do mês. Se não houver falhas, a hipótese de contrair o vírus da sida é praticamente zero. A chamada profilaxia pré-exposição do VIH (PrEP) chega oficialmente a Portugal este ano mas já há quem compre a medicação pela internet. Que revolução é esta? António Diniz, diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/SIDA da Direção-Geral da Saúde, admite que as parecenças com a pílula contracetiva são muitas, quer na responsabilidade que é preciso ter na toma mas também por existirem efeitos a longo prazo. E, tal como há 60 anos as mulheres que começaram a tomar a pílula para viverem como queriam a sua sexualidade foram discriminadas, existe o risco de aquilo que pode ser uma oportunidade para acabar com a epidemia do VIH esbarre no preconceito.

“Há oportunidades e alturas em que as pessoas não podem continuar a pensar como antigamente”, afirmou o médico num encontro com jornalistas promovido pela Abraço, no qual fez um balanço sobre o acesso à PrEP na Europa e revelou os planos para começar a disponibilizar a medicação, mas também os desafios que enfrenta.

Um novo uso O caso da pílula do VIH é desde já singular. Não se trata de uma medicação nova mas de uma combinação de duas substâncias antirretrovirais usadas no tratamento da infeção por VIH desde 2004, o tenofovir e emtricitabina (nome comercial Truvada). A ideia de que poderia ser usada com outra finalidade, antes mesmo de as pessoas serem expostas ao vírus, tem pouco mais de cinco anos.

Em 2010, o “The New England Journal of Medicine” publicou os resultados de um primeiro estudo que demonstrou que a toma preventiva  reduzia o contágio e o aparecimento de novos casos, por se limitar a corrente de transmissão.

Desde então os resultados tornaram-se cada vez mais robustos. Hoje os médicos estão convictos de que a toma contínua previne a infeção praticamente a 100% e estão também em curso ensaios sobre a eficácia de um regime “on-demand”, em que se toma um comprimido duas a 24 horas antes de ter relações sexuais e depois faz um reforço às 24 e às 48 horas. Mais recentemente novos dados vieram sugerir que, no caso de homens que têm sexo com homens, tomar esta medicação é mais eficaz do que usar apenas preservativo, dado que falhas na utilização não garantem uma proteção a 100%.

Pressão aumenta Os EUA deram o pontapé de saída e aprovaram a profilaxia pré-exposição em 2012. No último ano, a pressão internacional, em particular na comunidade gay, subiu de tom. No final do ano passado, os resultados do acompanhamento de 657 pessoas a fazer PrEP num centro médico de São Francisco revelou que em três anos de pílula, nenhum dos utilizadores, 99% homens que têm relações com homens, foi infetado. As boas notícias fizeram disparar a procura. Em São Francisco o número de utilizadores de PrEP aumentou 332% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período no ano passado. Há 1761 pessoas a utilizar a pílula do VIH de forma regular e os dados mais recentes mostram já uma redução de infeções.

Na Europa tem sido tudo um pouco mais lento, até por que só este ano a farmacêutica que vende o Truvada submeteu para a aprovação da Agência Europeia do Medicamento (EMA) o alargamento das indicações da medicação além do tratamento do VIH/Sida. No pedido da farmacêutica Gilead, que deu entrada em Fevereiro, refere-se que está emcausa a toma diária de um comprimido “em combinação com práticas de sexo seguro” para reduzir o risco de infeção em adultos não infetados e de alto risco.

França foi, até agora, o único país europeu que optou por não esperar mais: a ministra da Saúde emitiu uma autorização provisória enquanto se aguarda a decisão da EMA e, em três meses, já há 400 pessoas a fazer a medicação. Outros países como o Reino, Holanda e Bélgica iniciaram projetos de demonstração, como o que Portugal pretende lançar até ao final do ano, revelou António Diniz, que participou na semana passada numa reunião internacional sobre PrEP.

Para já, todos os países optaram por limitar o uso aos grupos de população onde a incidência de VIH é maior e por isso há maior risco de exposição. É o caso dos homens que têm sexo com homens ou trabalhadores do sexo.
O projeto-piloto em Portugal ainda está a ser estruturado mas o responsável admite que faz sentido seguir a prática internacional antes de pensar num eventual alargamento a toda a população. Os motivos são vários: a medicação não é isenta de riscos e está ligada por exemplo a sequelas ao nível da função renal, exemplifica, sendo por isso de usar nos grupos em que se espera haver maiores ganhos.

Por outro lado, os custos são grandes: atualmente uma embalagem de Truvada para um mês está à venda em Portugal por 418 euros. Mesmo que os hospitais obtenham descontos ao comprar este medicamento em quantidade, o custo é bastante superior ao de uma embalagem de pílula contracetiva que o Estado adquira por 15 euros mês para disponibilizar de forma gratuita. “O preço é uma preocupação. Vai de ter haver muita pressão para conseguir negociar um valor mais baixo e garantir o acesso a título preventivo. Neste momento há condições para avançar com um projeto-piloto mas generalizar a toda a população vai ser difícil”, diz António Diniz.
Mas aqui há outra boa notícia: para o ano o medicamento da Gilead perde a patente, o que significa que a entrada de genéricos no mercado possibilitará um corte de 50% nos preços. Diniz admite que, a dispensar esta medicação, a proposta será sempre de comparticipação a 100% pelo Estado, como se faz noutras vertentes da prevenção do VIH/sida como a distribuição gratuita do preservativa. A decisão, em última instância, é política.

O preservativo não chega O responsável antevê que a implementação vá depender da discussão que se crie em torno da nova medicação e de como tudo é integrado em temos de políticas de saúde. E um princípio poderá parecer provocador: “Trinta anos depois temos de admitir que o preservativo não funcionou e evoluiu muito pouco. É o meio mais eficaz que temos mas para muitas pessoas não é suficiente”, assume o responsável.
Como aliás mostram os números do VIH, que revelam que a infeção tem continuado a aumentar sobretudo nos jovens e homens que têm sexo com homens.

Para os especialistas, a urgência de começar desde já a ponderar a distribuição da PrEP em Portugal, vê-se noutros indicadores como o número de pessoas que vão às urgências dos hospitais pedir a medicação depois de uma relação sexual não protegida.

Bárbara Flor de Lima, médica no Hospital Curry Cabral, dá conta de pelo menos um pedido por dia da chamada profilaxia pós-exposição e pelo menos 30 a 50 pessoas por mês.

A especialista admite que se a PrEP não fosse tão cara nem tivesse riscos, poder-se-ia pensar num alargamento a toda a população, mas por agora exclui por completo essa hipótese. “Vamos ter de selecionar os utilizadores”, defendeu a médica no encontro da Abraço.

Uso de drogas e álcool e historial sexual poderão ser alguns fatores de exclusão, admite, em linha com o que se faz noutros países. Isto porque a falha na medicação num contexto de sexo desprotegido poder, em última instância, levar a ainda mais casos de VIH e ao aparecimento de resistências.

O reconhecimento de que há pessoas a comprar a medicação é outro motivo de preocupação que leva os peritos a querer agilizar o processo. “Não existe um mercado negro mas não podemos chegar aí”, assume António Diniz, reconhecendo de que a noção para algumas pessoas de que finalmente podem viver a sua sexualidade com menos constrangimentos é algo a respeitar. Mas há avisos importantes a quem já está a tomar estes medicamentos: encomendando pela internet existem riscos de contrafação e, mais, de não haver o correto acompanhamento. As orientações internacionais sugerem que deve fazer análises antes de começar a medicação e uma vigilância a cada três meses.

As barreiras O ceticismo da população  mas também dos médicos em torno da medicação e os juízos em torno dos comportamentos sexuais são vistos como barreiras, mas há mais a ter em conta. E se o recurso a esta medicação levar a uma redução do uso de preservativo e aumentar a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis? E se no futuro o vírus da sida adquirir resistência e a população estiver menos preocupada com comportamentos de risco, a epidemia não poderá ganhar novas proporções? Apesar do entusiasmo, os especialistas optam por mostrar-se cautelosos. “Por isso é que tem de haver uma integração desta estratégia na educação para a saúde sexual e adaptar as mensagens de prevenção”, diz António Diniz.
Em Portugal, o arranque do projeto-piloto levanta desde já outros motivos de reflexão.

Nos EUA a distribuição começou a ser feita em farmácias comunitárias e nos últimos meses surgiram plataformas online e aplicações para telemóvel onde é possível comprar a PREC, tendo apenas de apresentar os resultados de análises que confirmem que não se está infectado com VIH. Em França, o Ministério da Saúde optou pelo seguimento em consultas de especialidade.

Diniz admite que, no SNS, o lugar privilegiado para gerir a nova medicação seriam os centros de saúde, já que se trata do aconselhamento de pessoas saudáveis, mas a motivação dos serviços e a adesão dos interessados a consultas formais são uma preocupação. Além do trabalho com médicos de família, uma hipótese é envolver os Centros de Aconselhamento e Deteção Precoce do VIH (CAD) onde hoje se fazem testes rápidos, e também as organizações comunitárias que trabalham na prevenção do VIH/Sida e chegam a pessoas que procuram menos os serviços de saúde, como o CheckpointLX, um dos centros de rastreio do  GAT - Grupo de Ativistas em Tratamentos em Lisboa. Certo, para, já é que o teste-piloto será na região de Lisboa, onde continua a concentrar-se o maior número de infecções. Quatro em cada dez novos casos diagnosticados em 2014 foram registados na área metropolitana de Lisboa, com os concelhos de Lisboa, Sintra e Amadora a liderar as estatísticas.


Fonte: http://www.ionline.pt/509452
Título: Re: Sida
Enviado por: rui sopas em 06/06/2016, 11:08
VIH apareceu há 35 anos como uma rara forma de pneumonia em homossexuais

(http://img.obsnocookie.com/s=w700,pd1/o=80/http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2016/06/04091446/9070593_770x433_acf_cropped.jpg)

4/6/2016, 9:23

35 anos depois, a vacina para o VIH ainda é uma miragem mas os medicamentos aumentaram a esperança e a qualidade de vida destes doentes. Primeiros casos foram registados em Portugal em 1983.

FERNANDO BIZERRA JR/EPA


Há 35 anos, o Centro de Controlo e Prevenção da Doença (CDC), nos EUA, revelou “uma rara forma de pneumonia” em homossexuais, transformando o mundo da virologia, que se uniu em torno de uma cura que ainda não existe. A sida, doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), é hoje uma doença crónica e já não representa uma sentença de morte.

Contudo, há 35 anos, o desconhecido assustou o mundo, já que mesmo após o vírus ser identificado, muito pouco se sabia sobre esta infeção que inicialmente estava associada a grupos de risco: homossexuais e consumidores de drogas injetáveis.

Esta rara forma de pneumonia, de que o CDC deu conta num comunicado libertado a 5 de junho de 1981, começou por afetar cinco homens, todos eles com os sistemas imunitários comprometidos. Todos eram homossexuais, com vários parceiros conhecidos, levando a que inicialmente a doença fosse associada apenas a este tipo de relacionamento.

Os doentes eram fisicamente reconhecidos por umas manchas provocadas pelo sarcoma de Kaposi, um cancro cutâneo grave, tendo muitas vezes sido alvo de discriminação, um comportamento que ainda hoje persiste. A doença caracterizou-se ainda por uma quase ausência de respostas, seja a nível de tratamento, como de profilaxia (vacinas).

A pandemia do século XX matou milhões de pessoas em todo o mundo, revelando-se a mais democrática das infeções e não se limitando apenas aos homossexuais, mas a todos os que com o vírus contactaram através de relações sexuais ou por sangue.

Trinta e cinco anos depois, a vacina para o VIH ainda é uma miragem, mas os medicamentos aumentaram a esperança e a qualidade de vida destes doentes.

Na década de 90 registou-se a introdução da terapêutica anti retrovírica combinada (terapêutica de alta potência ou de alta eficácia), seguindo-se avanços nos conceitos de prevenção, diagnóstico e tratamento.

“Os conceitos de tratamento como prevenção e, posteriormente, de profilaxia pré-exposição, a introdução nalguns países do autoteste e, finalmente, a indicação de tratamento para todos, independentemente do valor de linfócitos T CD4+, abrem, no seu conjunto, uma perspetiva de alteração do paradigma de abordagem da infeção por VIH”, lê-se no relatório Portugal — Infeção VIH, SIDA e Tuberculose em números – 2015.

Os primeiros casos em Portugal foram registados em 1983. Desde então, foram notificados 53.072.

Mais de 65 milhões de pessoas foram infetadas pelo VIH. A sida causou a morte a mais de 25 milhões de pessoas desde que foi identificada.


Fonte: Observador
Título: Re: Sida
Enviado por: salgado18 em 21/06/2016, 19:15
Muitos infectados com VIH não estão a ser tratados

ALEXANDRA CAMPOS 14/06/2016 - 00:13
Investigadores não conseguiram perceber por que razão há milhares de doentes que não estão a fazer a terapêutica anti-retroviral

  (https://imagens0.publico.pt/imagens.aspx/731070?tp=UH&db=IMAGENS&w=749)
Em Portugal, há uma fatia significativa de pessoas infectadas com VIH que não estão a ser tratadas com terapêutica anti-retroviral. No capítulo em que se analisa o acesso ao medicamento, que este ano é dedicado ao tratamento de VIH/sida, os investigadores do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS)  acentuam que a proporção de infectados que não têm tratamento com terapêutica anti-retroviral em Portugal é muito elevada (17,2%, o correspondente a 4575 pessoas), superior à que se encontra noutros países europeus.

Além disso, em 2014, dos 30 956 casos de pessoas infectadas por VIH que estavam em seguimento no Serviço Nacional de Saúde, não havia dados disponíveis sobre a terapêutica anti-retroviral combinada e avaliação virológica em relação a 4 376, acrescentam. Sem informação disponível sobre a proporção de pessoas infectadas pelo VIH elegíveis para terapêutica antirretroviral e que não a recebem, não foi possível perceber por que razão é que há tantas pessoas sem tratamento.

Os investigadores solicitaram informação à Direcção-Geral da Saúde, sem sucesso. Os investigadores especulam que isto acontece por abandono da terapêutica devido aos efeitos secundários dos medicamentos, ou a patologias como o alcoolismo e a toxicodependência, ou porque os doentes morreram ou emigraram. Sem resposta para estas questões, concluem, “apenas podemos constatar que ainda há um caminho a percorrer ao nível da vigilância epidemiológica da infecção por VIH/sida em Portugal”.

No entanto, os autores do relatório do Observatório Português dos Sistemas de Saúde constataram que nos últimos cinco anos se observou um aumento constante da dispensa de medicamentos anti-retrovirais em Portugal. De 25,2 milhões de unidades em 2010, passou-se para 28,5 milhões de unidades em 2014, um aumento superior a 13%, observam. Estes fármacos representam, aliás, mais de um quinto da despesa global com medicamentos em 2015.

Os investigadores debruçam-se ainda sobre as questões relacionadas com a problemática da adesão à terapêutica anti-retroviral (cuja distribuição tem estado restrita à farmácia hospitalar, mas recentemente arrancaram experiências-piloto para entrega também nas farmácias comunitárias) e destacam, a propósito, a importância de alargar também esta possibilidade aos medicamentos oncológico


Fonte: Publico
Título: Re: Sida
Enviado por: Raposa em 05/07/2016, 10:41
VIH tem novos remédios Infarmed está a avaliar comparticipação do Estado.

Por Teresa Oliveira

(http://cdn.cmjornal.xl.pt/2016-06/img_905x603$2016_06_27_06_06_02_547415.jpg)
Há pelo menos quatro novos medicamentos para doentes com VIH já aprovados pelos reguladores, mas que ainda não chegaram aos hospitais do País, porque a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) está a avaliar a sua comparticipação. Ao que o CM apurou, junto do Infarmed, um dos medicamentos [o Genvoya] "tem sido garantido a um grupo de doentes através do Programa de Acesso Precoce", sem custos para o Estado porque é "disponibilizado pela indústria (laboratórios)". "O Genvoya tem largas vantagens sobre um dos antirretrovirais mais usados no Mundo, pois é menos tóxico para os ossos e rins", explica ao CM Luís Mendão, do GAT-Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/SIDA. De acordo com a autoridade norte-americana do medicamento (FDA), o remédio destina-se a doentes que nunca receberam tratamento para VIH. "Por isso é preciso acelerar as negociações, pois este ano haverá mais 5 mil doentes", alerta Luís Mendão do GAT. A nova substância foi testada em 3171 doentes nos EUA, tendo-se verificado redução da carga viral.

Fonte: CM
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 30/07/2016, 09:37
Farmácias vão entregar medicamentos para VIH/sida e receber por acto
ALEXANDRA CAMPOS (https://www.publico.pt/autor/alexandra-campos)
28/07/2016 - 21:04Conselho de Ministros aprova diploma com medidas que vão facilitar a vida de doentes e que visam estimular também a venda de genéricos.O Ministério da Saúde fala em mudança de paradigma
Público Online

Título: Re: Sida
Enviado por: rui sopas em 08/08/2016, 10:39
Testes rápidos contra o VIH/sida numa praia perto de si

DANIELA PAULO 05/08/2016 - 10:22
Iniciativa da associação Abraço decorre de 8 a 23 de Agosto em praias das regiões do Porto e Lisboa.

 (https://imagens5.publico.pt/imagens.aspx/1066255?tp=UH&db=IMAGENS&w=749)
O teste consiste numa pequena picada no dedo e os resultados saem em 20 minutos GUILHERME MARQUES (ARQUIVO)


Durante o mês de Agosto vai ser possível realizar testes rápidos nas praias para detectar se é portador ou não do vírus da sida ou outras doenças sexualmente transmissíveis (DST). A partir da próxima segunda-feira e até dia 23 estarão disponíveis para os utilizadores das praias portuguesas profissionais de saúde para esclarecer dúvidas, realizar testes e eventualmente encaminhar os utentes portadores de alguma DST.


Fonte: Publico
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 10/08/2016, 20:43
Portugal é o país da UE com mais novos diagnósticos de VIHAlerta é feito pela Associação Abraço, que arrancou com uma campanha de sensibilização para a realização do teste2016-08-08 17:18
A Abraço iniciou nesta segunda-feira, em Matosinhos, uma campanha nacional de apelo à realização do teste para o VIH, recordando que "Portugal é o país da União Europeia (UE) com mais novos diagnósticos por ano".
O psicólogo e coordenador da campanha para a zona Norte, Pedro Morais, explicou  à agência Lusa que o objetivo, de uma campanha que na primeira semana passa por praias de Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia e a partir de dia 16 continua na zona de Lisboa, é "sensibilizar as pessoas à deteção precoce do VIH", aproveitando os espaços balneares com maior afluência e onde é possível conversar "num ambiente mais descontraído"."Continuamos a ser o país da UE com mais novos diagnósticos por ano. Estamos a decrescer no número de novas infeções detetadas mas Portugal está a fazer este decréscimo de forma muito lenta. Estamos a falhar muito na deteção precoce. Temos muitos diagnósticos tardios, muita gente a descobrir com quatro ou cinco anos de infeção, aumentando a probabilidade de infetar outras pessoas por não saber que está infetada", descreveu o psicólogo.Ao longo desta campanha cerca de dez voluntários percorrem diariamente as praias onde está estacionada uma carrinha da Abraço para conversar com as pessoas, distribuir informação e preservativos, sem esquecer o convite para realizar um "teste rápido" de VIH que é feito de forma anonima, gratuita e confidencial.
Quem decidir deslocar-se à carrinha da Abraço é sujeito a um pré e pós aconselhamento com um técnico de psicologia que procura saber qual a motivação para o rastreio e que dá informação sobre o tema e cabe à equipa de enfermagem fazer a colheita de sangue para o teste, cujo resultado demora meia hora.
Pedro Morais apontou que "Portugal falha na procura do teste", porque "a população não está sensibilizada para o fazer ou não considera as práticas que tem como de risco".
De acordo com dados da Abraço "há mais registos e maior taxa de infeção na relação sexual desprotegida seja ela anal, vaginal ou oral".
"É nestes casos que mais de 95% da transmissão acontece. A troca de seringas tem uma percentagem mínima neste momento de transmissão de VIH", descrevem os responsáveis da associação que aproveitam estas campanhas também para recordar que "as relações desprotegidas acontecem de forma transversal em toda a população" e que "já não faz sentido falar em grupos de risco".
"Procuramos passar a mensagem à população porque infelizmente ainda é estereotipado. No último ano 64% das novas transmissões foi na comunidade heterossexual", referiu Pedro Morais.
A Abraço está hoje na praia de Leça da Palmeira, seguindo-se Aterro (terça-feira), Salgueiros (quarta) e Edifício Transparente (quinta) e Matosinhos dia (sexta-feira).
Em Lisboa as ações têm início na praia do Guincho (dia 16), Duquesa/Conceição (dia17), Tamariz (dia 18), Carcavelos (dia 19), Meco (dia 20), Fonte da Telha (dia 21), Morena (dia 22) e São João (dia 23).
Os responsáveis estimam que serão distribuídos 10 mil kits (um preservativo, um lubrificante, um cartão informativo) e 6.000 preservativos a avulso.
A unidade móvel esclarece dúvidas sobre VIH e Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), e realiza testes rápidos ao VIH/SIDA, VHB (hepatite B), VHC (hepatite C) e Sífilis.
Título: Re: Sida
Enviado por: pantanal em 04/09/2016, 23:17
País está entre os 10 países mais afectados pelo HIV/Sida
01:30 - 01-09-2016
(http://www.abola.pt/img/fotos/ABOLA2015/saotome/sida.jpg)
O Governo moçambicano continua preocupado com o facto de o país figurar, a nível mundial, entre os 10 mais afectados pela pandemia de HIV/Sida, que, segundo as estimativas, à escala nacional, afeta 1.5 milhões de pessoas.

A preocupação foi realçada esta terça-feira pelo porta-voz do executivo, Mouzinho Saíde, no final da 29.ª Sessão do Conselho de Ministros, que, entre várias matérias, apreciou a informação sobre as estratégias de prevenção do virus.

«Moçambique possui cerca de 1.5 milhões de pessoas a viver com o HIV/Sida e registam-se cerca de 223 novas infecções diárias», afirmou Saíde.


ABola
Título: Re: Sida
Enviado por: rui sopas em 03/10/2016, 15:52
Uma em cada dez crianças com HIV é imune à SIDA

Um estudo revelou pela primeira vez que um pequeno grupo de crianças é capaz de desenvolver uma defesa natural à SIDA, doença causada pelo vírus HIV (ou VIH, na sigla portuguesa).

A pesquisa, feita na África do Sul, foi feita com base em 170 crianças infetadas com o HIV que nunca tinham feito antirretrovirais (fármacos usados para o tratamento de infeções por retrovírus, principalmente o HIV) e, mesmo assim, nunca desenvolveram a síndrome.

Os cientistas descobriram que o sistema imunológico daquelas crianças simplesmente ignorou a presença do Vírus da Imunodeficiência Humana no corpo. O estudo foi publicado na ‘Science Translational Medicine’.

Um dos autores da pesquisa, Philip Goulder, pesquisador da Universidade de Oxford, disse que “travar uma guerra contra o vírus geralmente é a coisa errada” do ponto de vista do sistema imunológico. E que, ao contrário do que pode parecer, não atacar o vírus pode salvar o sistema.

Esse comportamento é similar ao que alguns macacos têm com o vírus da imunodeficiência símia (SIV). Nesses animais, as estratégias de adaptação à infeção pelo vírus já evoluíram durante centenas de milhares de anos.

“A seleção natural trabalhou nesses casos e o mecanismo é muito similar ao que tem acontecido nessas crianças que não desenvolvem a doença”, disse Goulder.

vih-sida

Uma infeção por HIV não tratada na infância mataria 60% das crianças afetadas em dois anos e meio. Mas o estudo pode ajudar a desenvolver novas terapias de imunidade.

“Uma das coisas que fica de lição é que a SIDA não tem tanto a ver só com o HIV, mas principalmente com a forma como o sistema imunológico responde a ele”, explicou o pesquisador, acrescentando que este tipo de defesa é quase exclusivo das crianças, já que nos adultos o vírus tende a atacar com toda a força.

O que significa que, a longo prazo, podem vir aí novas formas de tratamento para todos os pacientes infetados.

A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infetada. A transmissão pode acontecer de três formas: relações sexuais; contacto com sangue infectado; de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação.

O vírus, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, ataca o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infetada (seropositiva), mais debilitada e sensível a outras doenças.


Fonte: http://www.movenoticias.com/2016/10/uma-em-cada-dez-criancas-com-hiv-e-imune-a-sida/
Título: Re: Sida
Enviado por: salgado18 em 06/10/2016, 11:19
SIDA mata diariamente mais de 100 pessoas

(http://www.abola.pt/img/fotos/ABOLA2015/saotome/sida.jpg)

A situação dos problemas do HIV/SIDA em Moçambique estão, a cada dia que passa, a ganhar contornos alarmantes e, segundo dados recentemente divulgados, pelo menos 107 pessoas morrem diariamente no país com esta doença.

Moçambique entra na lista de países com maiores índices de HIV/SIDA no mundo. Entretanto, 1,5 milhão de pessoas, segundo os dados divulgados, vivem com a doença no país, sendo que a província de Gaza, no sul, é a mais afetada, com 25,1% de seropositivos, seguida da província de Maputo, com 19,9%, e da cidade de Maputo, com 16,8%.

A província de Sofala, que nos últimos anos era tida como aquela que maiores índices tinha, reduziu bastante, estando neste momento na casa dos 15,5%. Manica regista 15,3%, Zambézia, 12,6%, Cabo Delgado 9,5%, Tete 7%, Nampula 4,6% e Niassa, no extremo norte, 3,7%.

Mesmo estando a se verificar altos índices de HIV/SIDA, as contaminações diárias reduziram, sendo que relações sexuais continuam a ser a principal causa de infeção, seguidas da contaminação de mãe para filho.

O governo não fica alheio a este triste cenário, estando a aumentar os níveis de sensibilização de medidas de prevenção de modo a minimizar os índices atualmente divulgados.


ABola
Título: Re: Sida
Enviado por: pantanal em 23/10/2016, 20:49
Noruega é o primeiro país a disponibilizar medicamento para prevenir VIH de forma gratuita
23/10/2016, 15:00409
(http://img.obsnocookie.com/s=w800,pd1/o=80/http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2014/07/cropped-107091580.jpg)
É o primeiro país a disponibilizar de forma gratuita medicamento que previne infecção pelo VIH/Sida. Noruega vai incluir o Truvada no Serviço Nacional de Saúde para chegar a grupos de elevado risco.


A Noruega tornou-se o primeiro país do mundo a oferecer, de forma gratuita, o medicamento que se acredita reduzir em cerca de 90% o risco de infeção pelo VIH (vírus da imunodeficiência humana). O anúncio foi feito esta semana pelo ministro da Saúde norueguês, Bent Hoie, fazendo da Noruega o primeiro país a disponibilizar a profilaxia pré-exposição (PrEP), ou Truvada (nome comercial), a custo zero, depois de outros países como EUA, Canadá, África do Sul e França já terem o medicamento disponível para venda a grupos de risco.

O Truvada é um antirretroviral destinado a reduzir o risco de infeção em pessoas seronegativas que estão expostas ao VIH, como é o caso de profissionais do sexo que não conseguem impor o uso de preservativo aos clientes, ou até casos de médicos que se picam com uma agulha de um doente infetado, ou uma criança filha de mãe seropositiva. Segundo confirmou o Infarmed ao Observador em julho de 2014, quando a Organização Mundial de Saúde recomendou o uso generalizado de antirretrovirais deste género como medida preventiva entre grupos de risco, o Truvada já era usado nos Estados Unidos desde 2004 e foi aprovado na Europa em 2005. Inicialmente, contudo, o objetivo principal do medicamento era o tratamento de pessoas infetadas com VIH.

De acordo com a Business Insider, vários estudos provam que a profilaxia pré-exposição (PrEP) pode ser altamente bem-sucedida a prevenir a transmissão do vírus. Um dos estudos aponta mesmo para uma probabilidade de redução do risco de infeção entre 92 e 99%, dependendo das doses tomadas. O governo norueguês tinha vindo a tentar nos últimos dois anos incorporar o medicamento no Serviço Nacional de Saúde para levar de forma gratuita a melhor forma de prevenção àqueles que têm maior risco de contrair a doença, incluindo homossexuais e bissexuais.

“A profilaxia pré-exposição vai contribuir para reduzir a taxa de novas infeções na comunidade gay, uma vez que os homens homossexuais enfrentam um risco de infeção muito mais elevado do que a restante população”, afirmava Leif-Ove Hansen, presidente da VIH Noruega, em comunicado citado pela Business Insider.

Em 2015 aproximadamente 2.1 milhões de pessoas em todo o mundo foram infetadas pelo VIH, o que faz com que se acredite que o número global de infetados chega já aos 36.7 milhões de pessoas.

Em 2014, a OMS recomendou o uso do Truvada a homens que mantêm relações sexuais com outros homens, transgénero e profissionais do sexo, ressalvando que não se deve deixar de usar o preservativo. Também num casal serodiscordante — em que um se encontra infetado (seropositivo) e outro não (seronegativo) — o medicamento pode ser usado pelo elemento seronegativo para reduzir o risco de infeção.


Observador
Título: Re: Sida
Enviado por: rui sopas em 25/10/2016, 16:57
Há 5.000 pessoas com sida em Portugal sem saberem

Novos dados apontam para menos de 45 mil pessoas infetadas com VIH em Portugal.

(http://cdn.cmjornal.pt/images/2016-10/img_818x455$2016_10_24_10_30_47_571592.jpg)

 Menos de cinco mil pessoas em Portugal estarão infetadas com VIH/sida sem saberem, representando menos de 10% do total de infetados, segundo um novo estudo que é esta segunda-feira apresentado em Glasgow, Escócia. Esta nova análise foi feita por especialistas portugueses em articulação com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa) e foi baseada numa nova ferramenta de modelação feita especificamente para o VIH - vírus da imunodeficiência humana. António Diniz, antigo diretor do Programa Nacional para a Infeção VIH/sida que apresenta hoje este novo estudo na conferência internacional de Glasgow sobre a infeção, considera que este trabalho permite uma radiografia mais real da situação do VIH em Portugal. Os novos dados apontam para menos de 45 mil pessoas infetadas com VIH em Portugal, um número que é menos elevado do que as 65 a 70 mil pessoas que a própria ONU/sida apontava para o país. Em declarações à agência Lusa, António Diniz explica que a nova análise permitiu estimar que menos de 40 mil das 44.176 mil pessoas estão diagnosticadas, o que dá uma fração de não diagnosticadas de cerca de 10%. "A fração de não diagnosticadas é menor do que os 25 a 30% que julgávamos", especificou um dos autores do estudo, que trabalhou em conjunto com outro antigo perito da Direção-geral da Saúde e com uma colega do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Assim, Portugal parece ter já cumprido o primeiro dos três objetivos traçados pelo Programa das Nações Unidas para o VIH para 2020: ter 90% das pessoas que vivem com VIH diagnosticadas. Os outros dois elementos da tríade de 90/90/90 definidos pela ONU são atingir 90% dos diagnosticados em tratamento e 90% dos que estão em tratamento atingirem carga viral indetetável (o que torna muito baixa a possibilidade de transmitir a infeção). Perante os dados dos casos não diagnosticados, António Diniz considera que Portugal não deve abrandar o ritmo do diagnóstico precoce, mas tem de passar a incidir nos outros dois objetivos definidos pela ONU. Vários são os fatores que podem contribuir para a ausência de diagnóstico, como a noção de risco ou até o acesso aos cuidados de saúde. Mais um motivo é o facto de a infeção por VIH ser uma doença que fica assintomática durante muito tempo. Outro dado do estudo hoje apresentado mostra que o tempo médio para o diagnóstico após a pessoa ser infetada se situa nos quatro anos em Portugal. Para se chegar a este valor através da modelação matemática são tidos em conta os níveis de carga viral da infeção e se o doente tem critérios de sida. A partir destes níveis é possível calcular quanto tempo antes terá ocorrido a infeção para se chegar aos níveis atuais. "Ainda não é o tempo ideal, mas anda longe dos oito ou nove anos que tivemos [há duas ou três décadas] ", comentou António Diniz. Os quatro anos até ao diagnóstico são o tempo médio e há diferenças significativas entre os grupos. Por exemplo, os homens que têm sexo com homens demoram menos no diagnóstico (2,8 anos), o que é significativamente menos do que os heterossexuais (cerca de 4,5 anos). A noção de risco entre os dois grupos parece ser um fator determinante para a diferença no tempo entre a infeção e o diagnóstico. O estudo hoje apresentado em Galsgow, que reporta a valores de 2014, indica ainda que só nesse mesmo ano terão ocorrido mais de 500 infeções por VIH. António Diniz considera que este estudo vem mostrar que pode ser possível chegar a 2030 apenas com casos isolados de VIH/sida, sendo que é imperioso que em 2020 se atinjam as metas definidas para 2020 pela ONU. "Não me parece possível falar um dia em erradicação, acho que vai haver sempre casos isolados. Erradicação conseguir-se-ia eventualmente com uma vacina. Erradicação é o desaparecimento à escala mundial, isso parece complicado. Mas parece-me possível que a infeção deixe de ter caráter de epidemia e que o que exista sejam casos isolados", projetou o perito português, especialista do Hospital Pulido Valente, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Norte.

Fonte: CM
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 10/12/2016, 22:12
Itália apoia assistência a crianças vítimas de sida em Moçambique

(https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1370x587/6516157.jpg?1481308473)

A cooperação italiana vai apoiar um programa de assistência a crianças vítimas de sida em Moçambique, com um financiamento de 1,5 milhões de dólares (1,3 milhões de euros), avançou hoje a representação de Itália em Maputo.

   
O acordo de projeto foi assinado hoje pelo embaixador italiano em Moçambique, Marco Conticelli, e pelo representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Marcoluigi Corsi, e visa reduzir a infeção pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês) em crianças e aumentar a cobertura de tratamento de menores vítimas da doença.


"Isto contribuirá para a implementação do IV Plano Estratégico Nacional para a Resposta ao HIV em Moçambique", refere um comunicado enviado à Lusa pela Embaixada de Itália em Maputo.

Segundo dados citados no comunicado, Moçambique tem a terceira maior taxa de mulheres grávidas seropositivas na África subsariana e a oitava maior prevalência de HIV no mundo.

"A prevalência do HIV é 40% maior nas mulheres do que nos homens e as raparigas adolescentes têm três vezes mais probabilidades de ser infetadas pelo vírus do que os adolescentes rapazes", segundo os dados assinalados pela representação diplomática.

O UNICEF apoia o Governo moçambicano a eliminar a mortalidade infantil evitável, em que um terço das mortes de crianças ocorre com recém-nascidos, e no alargamento da cobertura das intervenções de saúde infantil, incluindo o tratamento da desnutrição aguda.



Mundo ao minuto
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 07/02/2017, 15:17
China quer promover medicina tradicional contra a Sida
07h49, 07 de Fevereiro de 2017

(http://thumbs.web.sapo.io/?pic=http%3A%2F%2Fimgs.sapo.pt%2Ftpa%2Fcontent%2Fimg%2F2d50d92b0861bb4cc7a17a05bad64fa44ce527d4.jpg&W=380&H=280&errorpic=http://imgs.sapo.pt/tpa/content/img/defaultv2.jpg)
A medicina tradicional só é um dos métodos promovidos pelo plano quinquenal anti-Aids das autoridades, junto à medicina moderna.

"O número de pessoas doentes de sida e tratadas com a medicina tradicional chinesa duplicará em relação a 2015", indicou o governo no domingo em seu site.

O plano pede aos serviços de medicina tradicional que colaborem com os organismos oficiais de saúde "para encontrar um esquema terapêutico que combine a medicina tradicional chinesa e a medicina ocidental".

Este apelo se inclui na campanha lançada por Pequim para usar mais a medicina tradicional na China, um conhecimento milenar que utiliza medicamentos (sobretudo a base de vegetais), massagens, acupuntura ou o qigong (ginástica tradicional).

Os resultados desta medicina provocam muitos debates. Em janeiro, um estudo de médicos suecos concluiu que a acupuntura podia reduzir o choro dos bebês que sofriam de cólica. Mas outros cientistas ocidentais questionaram este estudo.

No fim de dezembro, a China votou sua primeira lei sobre medicina tradicional: os profissionais do país asiático podem agora conseguir licenças e abrir clínicas mais facilmente.

A China conta atualmente com 450.000 especialistas em medicina tradicional, segundo os dados oficiais. O governo considera estas práticas como uma alternativa mais barata e menos invasiva que a medicina moderna.

O novo plano anti-hiv também busca reduzir em menos de 10% "os comportamentos homossexuais vinculados à sida".

No fim de 2014, havia 501.000 pessoas doentes de sida ou portadores do HIV na China, segundo um balanço oficial transmitido à ONU em 2015.

Fonte: AFP/LD
Título: Re: Sida
Enviado por: Oribii em 10/03/2017, 17:11
Estão a diminuir os casos de mulheres com VIH/Sida em Portugal

(http://radiocomercial.iol.pt/upload/P/preservativo_sida_1-lg.jpg)

07 de março de 2017 às 07:00
Estão a diminuir os casos de mulheres com VIH/Sida em Portugal
O Presidente da Associação Abraço diz que o número de casos de infecção por VIH/Sida nas mulheres em Portugal está a diminuir.

"Já tivemos uma taxa de infecção em termos de percentagem homem/mulher que igualava os 50%, mas neste momento, a taxa de infecção entre as mulheres já baixou para os 40%, em relação aos 60% de homens infectados com esta doença", afirma Gonçalo Lobo.
 
A nível mundial, e segundo a ONU, continua a existir uma grande taxa de infecção entre as mulheres jovens, com mais de 7 500 novos casos registados, por semana, entre adolescentes.
 

"À medida que as mulheres ganham mais autonomia e mais direitos, e também há uma maior negociação da utilização do preservativo e não há tantos casos de sexo sem consentimento, então a taxa de infecção por VIH também vai reduzindo", sustenta Gonçalo Lobo.

Na véspera do Dia da Mulher, o presidente da Associação Abraço faz um diagnóstico da evolução dos casos de VIH/Sida em Portugal.

Apesar de 40% dos casos de Sida em Portugal serem em mulheres, o presidente da Associação Abraço, diz que "Portugal está no bom caminho em relação ao combate a esta doença."


Fonte: http://radiocomercial.iol.pt/noticias/67086/estao-a-diminuir-os-casos-de-mulheres-com-vih-sida-em-portugal
Título: Re: Sida
Enviado por: 100nick em 04/05/2017, 16:27
Cientistas conseguem eliminar vírus da Sida pela primeira vez em animais

Um grupo de cientistas conseguiu eliminar o vírus do HIV, pela primeira vez, em animais, recorrendo a uma técnica de edição de genes.

(https://cdn1.newsplex.pt/fotos/2017/5/3/582469.png?type=Artigo)

A descoberta foi feita na Lewis Katz School of Medicine, da Universidade de Temple e de Pittsburgh, nos Estados Unidos da América.

O diretor da investigação, Wenhui Hu, adiantou ao jornal britânico Daily Mail que a próxima fase é repetir todo o processo realizado e testado em ratos, em primatas, afirmando ainda que “o objetivo é realizar ensaios clínicos em humanos”.

"Segundo o que sabemos, este estudo é o primeiro a demonstrar a excisão eficaz do DNA proviral do HIV- 1 a partir do genoma do hospedeiro em modelos animais pré-clínicos (usando este método) " explicou uma fonte da equipa de investigação ao Sience Direct.

Atualmente a medicina e os fármacos que existem apenas conseguem travar que o vírus do HIV se reproduza no organismo, controlando a doença, mas não conseguem eliminá-lo na totalidade, como foi testado nos ratos.

Fonte: https://sol.sapo.pt/artigo/561180/cientistas-conseguem-eliminar-virus-da-sida-pela-primeira-vez-em-animais
Título: Re: Sida
Enviado por: pantanal em 06/10/2017, 16:09
Sida em Angola "é preocupante"

(https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&name=big&id=8822423&source=ng8838525&w=744&h=495&t=20171005162700)
Laço vermelho, símbolo da luta contra a Sida
Foto: SANJEEV GUPTA /EPA


Sida em Angola "é preocupante"

O diretor da ONU/SIDA em Angola, Michel Kouakou, considerou "preocupante" o índice de prevalência da doença entre a população do país, de 2,4%, apelando por isso à sociedade para se juntar "aos esforços do Governo".

O diretor do Programa Conjunto das Nações Unidas para o combate ao VIH/Sida (ONU/SIDA) falava à imprensa à margem do "workshop" nacional promovido pelas Organizações da Sociedade Civil para o Reforço ao Sistema de Saúde Comunitário de Angola, tendo assumido a preocupação com a propagação da doença no país.

Epidemia de Sida em Angola afeta meio milhão de pessoas, sendo que apenas 215 mil estão a ser acompanhadas
"É sim preocupante porque a superfície de Angola é vasta, vasto é também o movimento das pessoas, então, sobretudo quando a gente quer vencer esta doença até 2030, temos que juntar esforços para que isso possa acontecer nesse horizonte", disse Michel Kouakou.

O objetivo passa por atingir, entre outras, a meta de 90% de pessoas diagnosticadas com sida sob tratamento antirretroviral até 2030.

"Temos a possibilidade de tratar as pessoas, de mantê-las vivas e mantê-las na sociedade. Fazemos sempre um apelo sobre a prevenção, os meios existem, o Governo esta fazer muito esforço, o custo de tratamento é muito elevado", apontou Michel Kouakou.

O "workshop" nacional das Organizações da Sociedade Civil para o Reforço ao Sistema de Saúde Comunitário de Angola, que encerra hoje, em Luanda, é uma organização da Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida (Anaso).


Aquela organização estimou anteriormente que a epidemia de Sida em Angola afeta já cerca de meio milhão de pessoas, sendo que apenas 215 mil estão a ser acompanhadas, das quais 78 mil beneficiam de terapia com antirretrovirais.

De acordo com Michel Kouakou, as ações da ONU/SIDA em Angola continuarão voltadas para o apoio ao Governo nas ações de combate à doença.

"Em junho deste ano, o Governo angolano decidiu implementar o 'Programa Testar e Tratar', para todos que sofrem da doença. Então estamos a implementar este programa a nível nacional apoiando nesta fase o Governo", concluiu.


Fonte: JN
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 31/12/2017, 17:03
REPORTAGEM: EUA mantêm-se como maior parceiro de combate à sida em Moçambique em 2018

 
Maputo, 31 (Lusa) - Angelina Guanaes Goa, 60 anos, nunca foi médica, mas na sua terra está na linha da frente do combate a uma das principais epidemias de Moçambique, uma doença em que "nem todas as pessoas acreditam".

Na vila da Namaacha, sul do país, a sida ainda é bruxaria, praga rogada por pessoas com más intenções, assunto tabu que Angelina esclarece, para levar conterrâneos ao teste diagnóstico.

"Sou uma das pessoas que faz tratamento, desde 2007. Estou aqui a tomar os meus comprimidos e a seguir o que o médico diz", refere, tornando num exemplo a forma como encara a sua condição de seropositiva.

O trabalho de Angelina é apoiado pelo maior doador de Moçambique para combate à sida, os Estados Unidos da América: para o ano fiscal que cobre 2018 está previsto um investimento de 400 milhões de dólares no âmbito do Programa do Plano de Emergência do Presidente dos Estados Unidos para o Alívio da Sida (PEPFAR).

O dinheiro vai para um leque alargado organizações não-governamentais (ONG), como a Fundação Ariel Glaser, na Namaacha, envolvidas com as comunidades e cuidados clínicos, assim como também para a aquisição de medicamentos antirretrovirais, instalação e funcionamento de laboratórios de alta tecnologia e muito mais.

Um leque de ações que se enquadra na estratégia '90-90-90' definida pelas Nações Unidas: até 2020 ter 90% da população com HIV diagnosticada, 90% destas em tratamento e 90% deste grupo a alcançar a supressão viral - ou seja, virtualmente incapazes de propagar a doença.

Francisco Mbofana, secretário-executivo do Conselho Nacional de Combate ao HIV/sida, refere que "há progressos", mas também reconhece que Moçambique ainda está longe de alcançar qualquer um dos '90'.

Aquele responsável estima que 50% a 56% da população com HIV conheça hoje o seu diagnóstico, que o tratamento antirretroviral chegue a 60% das pessoas infetadas e, embora haja poucos dados, que menos de 40% destes tenha alcançado a supressão viral.

O apoio do PEPFAR é o maior a nível unilateral que o país recebe para atacar o HIV, sublinha, logo com um papel decisivo, depois de a doença ter vitimado 62 mil pessoas em 2016 - a sida é a principal causa de morte entre os adultos em idade economicamente ativa em Moçambique.

Há cerca de 1,9 milhões de pessoas a viver com HIV no país, ou seja, um em cada oito adultos.

"Temos uma janela de tempo limitada", alerta Alfredo Vergara, diretor residente do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, sigla inglesa) dos EUA em Moçambique.

"Com o crescimento da população, que é tão acelerado em Moçambique, se não conseguirmos conter a epidemia até 2022 ela pode aumentar de forma tão agressiva que será impossível de financiar para o país e para o Governo dos EUA", realça.

A taxa de fertilidade está acima de seis crianças por mulher, é das mais altas de África, e a incidência da sida ainda não está a descer, apesar de o número de novas infeções ter caído de 120 mil em 2010 para 83 mil.

Através do PEPFAR, o objetivo é que em 2018 sejam registadas 375.000 pessoas com o HIV nos serviços de cuidados e tratamento - ou seja, ter 1,2 milhões de moçambicanos infetados em tratamento.

Os apoios têm se traduzido em mais meios para alcançar esta meta: ativistas como Angelina, da Associação Tiane, na Namaacha, recebem informação periódica sobre quem devem ir procurar a casa, a partir de bases de dados de doentes que passaram a ser criadas nas unidades sanitárias.

No centro de saúde de Ndlavela, na cidade da Matola, às portas de Maputo, o seguimento dos pacientes em tratamento até já é feito com uma aplicação chamada Infomóvel, uma plataforma que mostra aos conselheiros que andam no terreno com um tablet, o que há a fazer com cada doente.

Sejam como for, "o trabalho não é fácil" refere Dulce Palma, médica de clínica geral na Ndlavela, porque a pobreza faz com que surjam obstáculos inesperados, como pacientes que deixam de tomar medicação por não terem dinheiro para a comida.

"Muitas vezes, quando uma pessoa começa a tomar os comprimidos, eles estimulam o apetite" e "muitos pacientes abandonam [o tratamento] porque não têm comida", o que obriga o médico a procurar apoios sociais e outras ajudas.

Devido aos conflitos armados e à pobreza, "em comparação com outros países da região, a resposta de Moçambique ao HIV/sida foi adiada pelo menos em 10 anos", refere Alfredo Vergara.

"O país tem progredido muito, tem desenvolvido a capacidade laboratorial e de diagnóstico, mas ainda há muito por fazer", pelo que outra fatia do apoio norte-americano vai para a instalação de laboratórios, uns nas unidades sanitárias para testagem rápida de HIV, outros, com tecnologia de ponta.

Um laboratório de biologia molecular para medir a carga viral foi instalado no Hospital da Machava, Maputo, um dos poucos do género no país, com pessoal treinado de maneira a medir o terceiro '90' da estratégia de combate à sida.

Existem pelo menos 11 laboratórios de referência que fazem testes de carga viral apoiados pelo PEPFAR no país, nas províncias de Nampula, Quelimane, Sofala, Gaza, Maputo Cidade e Maputo Província - processam amostras de todo o país e têm atualmente uma capacidade instalada de 672 mil testes por ano.

"O compromisso dos EUA é global", realça Dean Pittman, embaixador dos EUA em Moçambique, que minimiza a influência da presença de empresas privadas em Moçambique na hora de decidir distribuir apoios para combate à sida.

No país lusófono à beira do Índico, o financiamento para debelar o HIV remonta a 2004 e ascende a cerca de três mil milhões de dólares, sublinha.

"O objetivo é ter uma geração livre de HIV sida", refere Pittman.

"Nós queremos parceiros fortes e saudáveis. Queremos ver um Moçambique saudável e com sucesso", acrescenta.

"Eu bem sei que o Orçamento de Estado de Moçambique é muito apertado, mas para [o apoio do PEPFAR] ser um sucesso, o nosso parceiro tem que fazer a sua parte", refere o diplomata, que faz um pedido.

"Queremos que o Governo faça, sem dúvida, da área da saúde, uma prioridade do Orçamento de Estado. Está a fazer, mas tem que continuar", sublinhou

 
DN
Título: Re: Sida
Enviado por: rui sopas em 09/01/2018, 21:10
Novo tratamento para Sida com uma única cápsula por semana

(https://static.globalnoticias.pt/jn/image.aspx?brand=JN&type=generate&name=big&id=9034645&source=ng9016976&w=744&h=495&t=20180109172200)
Foto: Arquivo/Global Imagens


Investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do "Brigham and Women's Hospital", duas instituições norte-americanas, desenvolveram um novo tratamento para a Sida que prevê a ingestão de uma única cápsula por semana.

O novo fármaco, segundo os investigadores, pode resolver um dos grandes problemas relacionados com o tratamento do HIV que é a não adesão à medicação ou falta de rigor nas tomas dos "cocktails" de fármacos.

O avanço, afirmam no estudo publicado esta terça-feira na revista "Nature Communications", pode tornar muito mais fácil aos pacientes aderirem a um plano rigoroso de dosagem, necessário para combater o vírus. A droga, explicam, é libertada no estômago gradualmente ao longo de uma semana e pode também ser usada por pessoas em risco de exposição ao vírus, para ajudar a evitar a infeção.

"Uma das principais barreiras no tratamento e prevenção do HIV é a adesão (ao tratamento). A capacidade de fazer doses menos frequentes melhora a adesão e tem um impacto significativo ao nível do doente", disse Giovanni Traverso, do Brigham and Women's Hospital, principal autor do estudo com Robert Langer, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts.


O projeto tem o apoio de uma empresa, que está a desenvolver a tecnologia e que está a preparar um ensaio clínico. Robert Langer disse que o sistema pode ajudar pacientes com Sida mas também com outras doenças.

Em que se baseia a inovação?

A cápsula consiste numa estrutura em forma de estrela com seis braços que podem ser carregados com os medicamentos e que se abrem no estômago, fazendo com que ali permaneça vários dias.

Os investigadores criaram uma estrutura constituída por um polímero forte no centro, com cada um dos seis braços com polímeros de carga diferente, que libertam os medicamentos em diferentes taxas.

"De certa forma é como colocar uma caixa de medicamentos numa cápsula, com compartimentos para cada dia da semana numa única cápsula", disse Giovanni Traverso.

Testes em porcos mostraram que as cápsulas conseguiram alojar-se no estômago com sucesso e libertar três diferentes tipos de drogas contra o HIV durante uma semana, desintegrando-se depois em componentes mais pequenos, que passam pelo aparelho digestivo, segundo os investigadores.

As equipas estão a trabalhar na adaptação da tecnologia a outras doenças e em cápsulas que possam permanecer no corpo por períodos de tempo muito mais longos.

Embora a taxa de mortalidade por HIV tenha baixado significativamente desde que foram introduzidos os antirretrovirais, na década de 90 do século passado, em 2015 houve 2,1 milhões de novas infeções e 1,2 milhões de mortes relacionadas com a doença.


Fonte: JN
Título: Re: Sida
Enviado por: 100nick em 20/01/2018, 23:17
Infeções e dúvidas sobre relações marcam preocupações de jovens sobre sexo

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=a3ad7d51-253b-4cec-91e3-676bee840941&w=579&t=20180120070200)
 
O preservativo é o método contracetivo mais usado no início da atividade sexual, segundo estudo

As infeções sexualmente transmissíveis e as dúvidas sobre a seriedade das relações estão entre as principais preocupações dos jovens em relação ao sexo, de acordo com um estudo hoje divulgado.

O estudo, coordenado por Margarida Gaspar de Matos, da Faculdade de Motricidade Humana, consistiu em entrevistas a 1.166 jovens com idades entre os 18 e os 24 anos.

Dos jovens inquiridos, 89,6 por cento já tiveram relações, com 16 anos como idade média de início, segundo as respostas obtidas, em que se referem as infeções sexualmente transmissíveis, as gravidezes indesejadas e a "insegurança em relação à 'lealdade' nas relações afetivas" estão entre as principais preocupações relatadas.

O preservativo é o método contracetivo mais usado no início da atividade sexual - 78,8% na primeira relação - mas vai baixando - apenas 48,95% declaram tê-lo usado na relação mais recente -, o que assinala "a diferença entre uma escolha informada e uma desmotivação".

"Quando a relação se prolonga no tempo, deixam de utilizar o preservativo e passam a utilizar a pílula contracetiva", mas no início das relações e em situações pontuais, é o método mais prevalente, refere o estudo.

A decisão de ter relações sexuais é tomada "em geral num quadro de partilha afetiva" mas "há ainda situações de coação a exigir ação educativa e sociojurídica urgente", uma vez que "a violência e a coação associadas à sexualidade são ainda uma realidade".

Entre as razões apontadas pelos jovens para a violência no namoro estão "baixa autoestima e medo de solidão que algumas raparigas (especialmente) têm", enquanto nos casos em que são os rapazes os agredidos, "é menos falada por vergonha".

A maioria dos inquiridos afirmou ter "conhecimentos básicos" em relação a infeções como a Sida, com 61,8% expostos a programas de educação para a prevenção do VIH/Sida, mas a esmagadora maioria (92,2%) a admitir que não se lembra da última mensagem preventiva que ouviu.

Os investigadores recomendam à tutela, nomeadamente os ministérios da Educação e da Saúde, que promovam o uso do preservativo, combatendo o "estigma associado" com acesso facilitado e barato a este meio contracetivo, "vacinas, testes de despiste e outro aconselhamento em saúde sexual e reprodutiva".

Recomendam ainda que se foque "o lado emocional da sexualidade" e se aponte o abuso nas relações como "um risco para a saúde física e mental".

No estudo, promovido pela multinacional biofarmacêutica Gilese, participaram outras instituições de ensino superior, como a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e o ISPA - Instituto Universitário.

 
Fonte: DN
Título: Re: Sida
Enviado por: rodrigosapo em 06/12/2018, 15:15
(https://www.jm-madeira.pt/file/index/noticias/48638/5c0842a64c98b.png)

" À CONVERSA SOBRE...35 ANOS DE VIH"

Artigo | 05/12/2018 21:21

Associação Abraço realiza amanhã, entre as 16 e as 19 horas, no La Vie, no Funchal, um espaço para discussão e debate de modo a criar uma oportunidade de consciencializar e sensibilizar a comunidade madeirense acerca da epidemia do VIH/SIDA: terapêutica, estigma, preconceito e sexualidade.

Este evento conta com uma conversa/debate com a participação de alguns profissionais com experiência na área, sendo que na sessão de abertura estará o representante do IA-Saúde e a vereadora da Câmara Municipal do Funchal.

O encerramento do debate será feito pelo secretário regional da Saúde.

Após o debate terá lugar um cordão humano, seguindo-se de um workshop #stopaoestigma e por fim um momento musical.


Fonte: https://www.jm-madeira.pt/regiao/ver/48638/_A_Conversa_Sobre35_Anos_de_VIH
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 19/02/2019, 10:03
Vacina italiana consegue reduzir VIH em 90%

Pesquisa abre novas perspectivas para a cura da SIDA.

(https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1920/naom_5c658208d44f2.jpg)
© iStock

Notícias ao Minuto
08:00 - 18/02/19 POR NOTÍCIAS AO MINUTO 

Uma vacina terapêutica desenvolvida na Itália conseguiu reduzir em 90% a 'reserva' de vírus latente em pacientes contaminados com o VIH.


O estudo, conduzido pelo Centro de Pesquisas contra a SIDA do Instituto Superior de Saúde (ISS), órgão ligado ao governo italiano, foi publicado no periódico Frontiers in Immunology e abre novas perspectivas para a cura da doença.

"Os resultados abrem perspectivas para uma terapia capaz de controlar o vírus mesmo depois da suspensão dos remédios antirretrovirais. De tal modo, surgem oportunidades preciosas para a gestão clínica em longo prazo das pessoas com HIV, reduzindo a toxicidade associada aos remédios, melhorando a resposta à terapia e a qualidade de vida", diz Barbara Ensoli, diretora do Centro de Pesquisas contra a SIDA.

A vacina 'Tat' foi aplicada em pacientes de oito hospitais italianos e reduziu o reservatório de vihlatente em 90% num período de oito anos - o vírus latente, ou seja, que está inativo, não é afetado pelos medicamentos antirretrovirais.


"A cura da SIDA é uma prioridade absoluta da comunidade científica internacional", disse o ISS. Um estudo publicado em 2018 mostrou que a luta contra o VIH consumiu US$ 563 bilhões entre 2000 e 2015. (ANSA).


Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1198903/vacina-italiana-consegue-reduzir-vih-em-90
Título: Re: Sida
Enviado por: Pantufas em 31/05/2019, 11:35
Genérico para o VIH chega aos hospitais depois de guerra em tribunal

Estão disponíveis, desde 2017, genéricos do Truvada (o fármaco mais utilizado no tratamento do VIH), que podem custar ao SNS menos de 70 euros mensais por cada doente, em vez de 700 euros. No entanto, a comercialização foi interrompida até ao primeiro trimestre de 2019, devido a uma providência cautelar interposta pela farmacêutica norte-americana que detém a patente do medicamento, mas o Infarmed já aprovou a sua utilização.

(https://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?brand=DN&type=generate&guid=fd89b0b0-e29c-49ae-8e23-b997ace6a6ff&w=800&h=450&t=20190531073421)

Rita Rato Nunes
31 Maio 2019 — 06:30


Os hospitais portugueses já podem utilizar o primeiro genérico do Truvada, o medicamento mais comum no tratamento do VIH. A aprovação da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) chega depois de uma luta judicial no Tribunal de Justiça Europeu e de uma providência cautelar no Tribunal da Relação de Lisboa em que a farmacêutica norte-americana Gilead, que detém a patente, tentou evitar a comercialização do genérico. O comprimido representa uma diminuição de 85% dos custos com o antirretroviral para o Sistema Nacional de Saúde (SNS), que no ano passado gastou 199 milhões com o VIH.

O Truvada destina-se a pacientes infetados com o vírus da imunodeficiência humana e a pessoas com elevado risco de contraírem a doença. É o único medicamento usado para efeitos de prevenção, nomeadamente, entre casais em que um dos elementos é seropositivo e em casais homossexuais. O tratamento é 100% comparticipado e com a reintrodução dos genéricos das marcas Mylan e Teva, os comprimidos que custavam mensalmente cerca de 700 euros por doente ao SNS podem ficar por menos de 70 euros.

"São medicamentos com a mesma eficácia, com a mesma segurança, mas que nos permitem conter os custos. Embora a medicação seja gratuita para o indivíduo é paga por todos nós. Assim, acabamos por estar a poupar recursos que são importantes para investir noutras áreas. Tratar as pessoas com a mesma qualidade a um preço mais baixo é sempre de se ter em conta", diz Isabel Aldir, presidente do Programa Nacional para a Infeção VIH/sida.


Fonte: DN
Título: Re: Sida
Enviado por: rodrigosapo em 09/07/2019, 09:49
Seropositivas dão à luz crianças livres do VIH

Carlos Paulino | Menongue

8 de Julho, 2019

Pelo menos seis crianças que nasceram de mães seropositivas na província do Cuando Cubango, de Janeiro a Maio deste ano, foram declaradas livres do VIH/Sida, devido ao programa de prevenção da transmissão vertical (PTV).

(http://imgs.sapo.pt/jornaldeangola/img/thumb1/1562576109_23a-dr.jpg)
Gestantes seropositivas são aconselhadas a aderir aos programas que visam fazer com que as crianças nasçam saudáveis
Fotografia: DR

A informação foi avançada na cidade de Menongue, pela chefe de Departamento Provincial da Saúde Pública, Cristina Luísa, durante um workshop em alusão à abertura oficial no Cuando Cubango da campanha “Nascer livre para brilhar”.
Cristina Luísa explicou que as autoridades sanitárias na província fizeram todos os testes e um acompanhamento cuidadoso que comprovaram que as seis crianças que nasceram de mães seropositivas estão livres do VIH/Sida, graças à adesão das mulheres grávidas ao programa de prevenção de transmissão vertical.
Salientou que de Janeiro a Maio deste ano 4.323 mulheres grávidas aderiram aos testes de VIH/Sida, das quais 173 foram diagnosticadas com a doença e submetidas ao PTV.
Realçou que, durante o período em referência, 42 gestantes seropositivas deram à luz e os bebés estão a receber regularmente assistência médica e medicamentosa, para se determinar, nos próximos dias, o estado serológico.
Cristina Luísa fez saber que, no quadro da prevenção da transmissão do VIH/Sida de mãe para filho, as autoridades sanitárias na província do Cuando Cubango realizaram, de 2015 a 2018, um total de 7.501 testes em mulheres grávidas, com 1.740 resultados positivos.
Acrescentou ainda que no período em referência das 1.740 diagnosticadas com o VIH/Sida 1.632 aderiram ao tratamento com anti-retroviral e à prevenção de transmissão vertical, o que fez com que 88 crianças nascessem sem a doença.
Cristina Luísa destacou que neste momento 209 crianças encontram-se a receber tratamento anti-retroviral, porque as mães não cumpriram com rigor a prevenção de transmissão vertical.

Poligamia e poliandria
A vice-governadora do Cuando Cubango para o Sector Político, Social e Económico, Sara Luísa Mateus, disse que a campanha “Nascer livre para brilhar” constitui uma grande responsabilidade do Executivo angolano e de toda a sociedade, visando a diminuição significativa dos casos de VIH/Sida em Angola.
Segundo a governante, a poligamia e a poliandria são as principais causas do aumento do índice de VIH/Sida no país e em geral no continente africano. Sublinhou que muitos jovens e adultos têm vários parceiros, sendo um procedimento que tem estado a contribuir para a propagação da doença.
“Apesar de todos os cidadãos estarem sujeitos à transmissão de VIH/Sida, pela relação sexual e outras vias, é necessário, quando estivermos infectados, aderir ao tratamento e não contaminar deliberadamente outras pessoas”, disse. Sara Luísa Mateus defendeu a necessidade de todos os cidadãos angolanos se empenharem na passagem da informação, para que o Executivo angolano possa cumprir as metas estabelecidas pela campanha “Nascer livre para brilhar”, visando reduzir a transmissão de VIH/Sida.


Fonte: http://jornaldeangola.sapo.ao/provincias/seropositivas-dao-a-luz-criancas-livres-do-vih
Título: Re: Sida
Enviado por: migel em 01/12/2022, 12:25
SIDA. QUAIS OS MITOS QUE PERSISTEM E QUAIS JÁ FORAM DERRUBADOS?

(https://viral.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/12/laco-sida-280x280.jpg)

Quando, no início da década de 1980, os primeiros casos de SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) foram reportados, a escassez de informação sobre a doença e o medo do desconhecido deram origem a vários mitos, nomeadamente a ideia de que o vírus responsável pela infeção é transmitido pelos mosquitos.

Mais de 30 anos depois, a evidência científica conseguiu desmontar a maioria das fake news sobre a SIDA, mas há algumas ideias erradas que persistem, prejudicando a vida de quem lida com a doença e dificultando o trabalho dos profissionais de saúde.

Em declarações ao Viral, o presidente da Sociedade Portuguesa de Doenças Infecciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC), Joaquim Oliveira, explica quais os mitos que já foram derrubados e quais os que ainda é preciso desmontar.

Quais os mitos sobre a SIDA que já foram derrubados?
(https://viral.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/12/hiv-2048x1365.jpg)

Joaquim Oliveira começa por clarificar que, “do ponto de vista científico, as coisas estão perfeitamente esclarecidas”. Por isso, acredita o especialista, a maioria dos mitos iniciais relacionados com o desconhecimento sobre as vias de transmissão da SIDA “já caíram”.

Caso disso é a ideia de que os mosquitos transmitem o vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a SIDA. “A questão da transmissão através dos mosquitos foi muito rapidamente ultrapassada, mas persistiu em algumas cabeças durante algum tempo”, adianta o especialista.

O “receio da transmissão por contacto, só por cumprimentar ou só por estar no mesmo espaço” foi também uma das principais ideias falsas que circulou durante algum tempo, mas que já foi desmontada.

“No início, nós lidávamos com os doentes completamente equipados, porque não havia conhecimento sobre quais eram as vias de transmissão. Rapidamente soubemos quais eram, nomeadamente a transmissão sexual e associada ao sangue, através de objetos cortantes”, assinala.

O diagnóstico de SIDA não é uma “morte anunciada”
SIDA

(https://viral.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/12/teste-vih-2048x1363.jpg)

Quanto aos receios e mitos que ainda persistem, Joaquim Oliveira refere continuar “a haver em alguns doentes um desconhecimento relativamente ao que os espera depois do diagnóstico”.

“Alguns ainda pensam que o diagnóstico de infeção por VIH equivale a uma morte anunciada. Obviamente, isso já não é uma realidade atual. A terapêutica que temos é eficaz e é bem tolerada. Desde que os doentes a tomem, têm uma perspetiva de sobrevida e de qualidade de vida praticamente igual à da população não infetada”, sustenta.

Para o presidente da SPDIMC, apesar de a ciência ter ajudado a desmontar a maior parte dos mitos que existiam sobre a SIDA, “o estigma associado a esta infeção continua muito forte”, o que considera “limitante em muitos aspetos, desde a aceitação da doença pelos indivíduos afetados até à possibilidade que temos de mobilizar recursos para ajudar estes doentes”.

Nesse plano, o especialista refere que alguns doentes de grupos populacionais socialmente e economicamente desfavorecidos ou com problemas de saúde mental precisam frequentemente “de apoio, seja para virem às consultas seja para ajudar na toma de medicação”. Assim sendo, ao persistirem “estas barreiras de estigma, continuamos a ter muitas dificuldades de mobilização, de partilha do diagnóstico e, eventualmente, de aceitação desta situação no seu ambiente onde os doentes estão inseridos”.

Por outro lado, Joaquim Oliveira nota “uma diferença positiva relativamente, por exemplo, às pessoas afetadas por VIH que são idosas e precisam de cuidados continuados”.


“Aqui há uns anos não conseguíamos colocar estes doentes em lares normais e, felizmente, também já caiu o mito de que estes doentes constituem um risco para quem está ao seu lado”, conclui.




Fonte: https://viral.sapo.pt/mitos/sida-mitos-que-persistem-e-mitos-derrubados/