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..:: Deficiente-Forum - Temas da Actualidade ::.. Responsável: Nandito => Bem - Estar, Saude e Qualidade de Vida => Tipos de Doenças => Tópico iniciado por: migel em 01/09/2010, 00:29

Título: Alzheimer
Enviado por: migel em 01/09/2010, 00:29
Recomendações para quem cuida do doente de Alzheimer   
     
  Se tem um doente de Alzheimer a seu cargo, estas orientações podem facilitar a sua vida e a do doente. 
     
   
  Comunicar, alimentar-se, vestir-se e cuidar da higiene pessoal são algumas das acções rotineiras que, aos poucos e poucos, o doente de Alzheimer vai deixar de conseguir realizar.

Aqui ficam algumas sugestões para quem cuida de doentes de Alzheimer. Para bem do doente e do próprio cuidador.

Como se comunica com o doente de Alzheimer?

É normal o doente não encontrar as palavras que precisa para se expressar ou não compreender os termos que ouve.

Como deve reagir:

Esteja próximo e olhe bem para o seu doente, olhos nos olhos, quando conversam;
Permaneça calmo e quieto. Fale clara e pausadamente, num tom de voz nem demasiado alto nem demasiado baixo;
Evite ruídos (rádio, televisão ou conversas próximas);
Se for possível, segure na mão do doente ou ponha a sua mão no ombro dele. Demonstre-lhe carinho e apoio.
Em todas as fases da doença, é necessário manter uma atitude carinhosa e tranquilizadora, mesmo quando o doente parece não reagir às nossas tentativas de comunicação e às nossas expressões de afecto.

Lembre-se, também, que é preciso verificar se a pessoa doente tem problemas de visão, audiçãoou outros problemas de saúde, designadamente de saúde oral, necessidade de usar óculos ou de ajustamento das próteses dentárias ou auditivas.

Vaguear, deambular e andar sem rumo é um perigo. O que fazer para o minimizar?

Andar sem saber para onde e com que objectivo é característico dos doentes de Alzheimer, a partir de uma determinada fase. E é um perigo enorme.

Eis algumas sugestões para minimizar esse perigo:

O doente deve trazer sempre algo que o identifique, por exemplo, uma pulseira com o nome, morada e telefone;
Previna os vizinhos e comerciantes próximos do estado do doente. Estes podem ajudá-lo em qualquer momento caso se perca e peça informações;
Em casa, feche as portas de saída para a rua, para evitar que o doente vá para o exterior sem que dê por isso;
Tenha uma fotografia actualizada do doente, para o caso deste se perder e precisar de pedir informações;
Se o doente quiser sair de casa, não deve impedi-lo de o fazer. É preferível acompanhá-lo ou vigiá-lo à distância e, depois, distraí-lo e convencê-lo a voltar a casa;
Pode ser necessário pedir aconselhamento ao médico assistente.
O que fazer quando o doente persiste em conduzir?

Esteja preparado. No período inicial o doente vai tentar conduzir e, provavelmente, entrar em todos os carros de cor parecida com o dele.

Fale calmamente com o doente, lembrando-lhe que pode surgir algo de inesperado e que os seus reflexos talvez não ajudem. Sublinhe que o doente se sentiria muito infeliz se fosse culpado de um acidente;
Se não resultar, não deixe as chaves do carro num local acessível e que escape ao seu controlo. Esconda as chaves do carro (perderam-se) ou simule uma avaria;
Tente convencer a pessoa a utilizar os transportes públicos.
Como ajudar a manter a higiene do doente?

É normal o doente deixar de reconhecer a necessidade de tomar banho, de lavar os dentes, etc. Em suma, recusar cuidar da sua higiene pessoal e da sua higiene oral.

Não faça disso um “bicho de sete cabeças”. Se for possível, aguarde um pouco, pode ser que mude de disposição;
Simplifique a tarefa: tenha sempre em ordem e à mão as coisas que são necessárias, como sabão, sabonete ou espuma, toalhas, etc.;
Se o banho é de imersão, verifique a temperatura da água;
Instale pegas e tapetes que evitem escorregar dentro e fora da banheira. Há bancos e cadeiras adaptáveis à banheira, assim como outros dispositivos de apoio e ajuda que podem ser muito úteis;
Se o doente preferir tomar duche, deixe-o. O melhor é procurar manter a rotina a que a pessoa estava habituada;
Se o doente recusar mesmo tomar banho, então tente a lavagem parcial;
Aplique, se possível, cremes ou pomadas adequadas para evitar escaras.   
Como ajudar o doente a vestir-se?

A certa altura o doente vai ficar embaraçado sobre o que vestir ou, eventualmente, recusar-se a vestir.

Para o ajudar:

Simplifique o mais possível a roupa a usar;
Evite laços, botões, fechos de correr (substitua-os por velcro), sapatos com atacadores, etc.;
Prepare as peças de roupa pela ordem que devem ser vestidas;
Procure que a pessoa se conserve bem vestida e elogie o seu bom aspecto;
Enquanto o doente tiver autonomia, deixe-o actuar conforme ainda pode. 
Como ajudar o doente a alimentar-se?

Sente o doente com o tronco bem direito e a cabeça firme;
Se necessário, ponha-lhe um grande guardanapo só para comer;
Não tagarele com o doente durante a refeição;
Aguarde que a boca esteja vazia para fazer alguma pergunta;
Dê-lhe tempo para comer tranquilamente e não o contrarie se ele quiser comer à mão;
Dê-lhe bocados pequenos de alimentos sólidos; por vezes, o doente poderá preferir alimentos passados ou batidos;
Faça-o mastigar bem e assegure-se de que a boca permanece fechada durante a mastigação e a deglutição. Verifique se há restos de alimentos na boca;
Pouse-lhe a chávena ou o copo, depois de cada gole, fazendo uma pausa. Note que dar-lhe de beber é muitas vezes difícil;
Deixe-o deglutir uma segunda vez, se alguns alimentos ainda estiverem na boca;
Lave-lhe cuidadosamente a boca depois de cada refeição para evitar que restos de alimentos passem para os pulmões. Com uma gaze húmida, limpe-lhe o interior das faces. Use uma pasta dentífrica infantil;
Deixe o doente sentado durante 20 minutos após a refeição.
O que fazer quando o doente se mostra agressivo?

Em certas fases da doença é normal que o doente se torne agressivo. Sente-se incapaz de realizar tarefas simples (vestir-se, lavar-se, alimentar-se), reconhece que está a perder a independência, a autonomia e a privacidade, o que é muito frustrante.

A agressividade pode manifestar-se de diversas formas, tais como ameaças verbais, destruição de objectos que estejam próximos ou mesmo violência física.

Como deve reagir:

Se possível, procure compreender o que originou a reacção agressiva. Não deve partir do princípio que o doente o quer agredir ou ofender pessoalmente;
Evite discutir, ralhar ou fazer qualquer coisa que se assemelhe a um castigo. Não force contactos físicos e deixe-lhe bastante espaço livre;
Procure manter-se calmo, não manifeste ansiedade, medo ou susto. Fale calma e tranquilamente e procure desviar a atenção do doente para qualquer outra coisa.
Não tente lidar com tudo sozinho. Pode deprimir-se ou esgotar-se. Procure ajuda e aconselhamento médico se não conseguir lidar com a situação.

Como prevenir que surjam crises de agressividade?

Não seja demasiado exigente com a rotina diária do doente;
Deixe que o doente faça o que ainda lhe é possível fazer, ao seu ritmo, sem pressas e sem exigir a perfeição;
Não critique, antes pelo contrário, elogie (mas não exagere);
Ajude, mas de forma a não parecer estar a dar ordens;
Procure que o doente faça actividades que lhe interessem;
Assegure-se de que o doente faz exercício físico suficiente;
Esteja atento a sinais que possam indiciar crise iminente e procure distrair a atenção do doente.
Ao cuidador
É extremamente difícil cuidar de um doente de Alzheimer. Tem de acompanhar o doente ao longo do tempo, viver um dia-a-dia que se torna progressivamente mais difícil e experimentar sentimentos diversos, muitos deles negativos.

É normal que sinta tristeza pela sensação de que a pouco e pouco vai perdendo alguém que lhe é muito querido.

Sentirá também frustração, pois tem a consciência de que todos os seus cuidados, atenção e carinho não impedem a progressão da doença.

Vai sentir culpa, pela falta de paciência que por vezes tem, pelo sentimento de revolta em relação ao próprio doente, pela situação que vive e por poder admitir a hipótese de procurar um lar.

Poderá também sentir solidão, pelo afastamento gradual da família e dos amigos, pela impossibilidade de deixar o doente, pela falta de convívio.

Todos esses sentimentos negativos não significam que não seja um bom prestador de cuidados e de apoio. São apenas reacções humanas! Pelo que, para seu bem e para o bem do seu doente:

Não se recrimine demasiado;
Cuide de si e vigie a sua saúde;
Sensibilize os seus familiares para o ajudarem. Esclareça-os sobre a doença e sobre o modo como podem colaborar consigo;
Conheça os seus limites e tente encontrar auxílio;
Lembre-se que a sua presença, a sua ternura, o seu amor são indispensáveis, quer mantenha o doente em casa quer tenha de recorrer a internamento numa instituição.
 
portaldasaude
Título: Re:Recomendações para quem cuida do doente de Alzheimer
Enviado por: migel em 01/09/2010, 00:37
O que é a doença de Alzheimer?    
     
  O que é a doença de Alzheimer, quais são os sintomas e como tratar o doente. 
 
(http://www.portaldasaude.pt/NR/rdonlyres/35C2316F-154E-473B-8AE8-86ED46FB4854/0/59131.gif) 
   
  O que é a doença de Alzheimer?

A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes. 

Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.

É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.

Qual é a causa da doença de Alzheimer?

A causa da doença de Alzheimer ainda não está determinada.

No entanto, é aceite pela comunidade científica que se trata de uma doença geneticamente determinada, embora não seja necessariamente hereditária. Isto é, não implica que se transmita entre familiares, nomeadamente de pais para filhos.

Como se faz o diagnóstico?

Não há nenhum exame que permita diagnosticar, de modo inquestionável, a doença. A única forma de o fazer é examinando o tecido cerebral obtido por uma biopsia ou necrópsia.

Assim, o diagnóstico da doença de Alzheimer faz-se pela exclusão de outras causas de demência, pela análise do historial do paciente, por análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros exames.

Existem também alguns marcadores, identificados a partir de exame ao sangue, cujos resultados podem indicar probabilidades de o paciente vir a ter a doença de Alzheimer.

Quais são os sintomas da doença de Alzheimer?

Ao princípio observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta. Acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos quando colocados frente a um espelho.

À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano, como alimentação, higiene, vestuário, etc.

Qual é o tratamento adequado?

A doença de Alzheimer não tem cura e, no seu tratamento, há que atender a duas variáveis:

Ao tratamento dos aspectos comportamentais. Nesta vertente, além da medicação, convém também contar com orientação de diferentes profissionais de saúde;
Ao tratamento dos desequilíbrios químicos que ocorrem no cérebro. Há medicação que ajuda a corrigir esses desequilíbrios e que é mais eficaz na fase inicial da doença, mas, infelizmente, tem efeito temporário. Por enquanto, não há ainda medicação que impeça a doença de continuar a progredir.
 
portaldasaude
Título: Re:Recomendações para quem cuida do doente de Alzheimer
Enviado por: migel em 01/09/2010, 00:39
Dez sinais de alerta da doença de Alzheimer    

     
  A APFADA elaborou uma lista de dez sinais de alerta ou sintomas comuns da doença. 
     
   
  1. Perda de memória

É normal esquecer ocasionalmente reuniões, nomes de colegas de trabalho, números de telefone de amigos, e lembrar-se deles mais tarde.

Uma pessoa com a doença de Alzheimer esquece-se das coisas com mais frequência, mas não se lembra delas mais tarde, em especial dos acontecimentos mais recentes.

2. Dificuldade em executar as tarefas domésticas

As pessoas muito ocupadas podem temporariamente ficar tão distraídas que chegam a deixar as batatas no forno e só se lembram de as servir no final da refeição.

O doente de Alzheimer pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição ou esquecer-se de que já comeu.

3. Problemas de linguagem

Toda a gente tem, por vezes, dificuldade em encontrar a palavra certa.

Porém, um doente de Alzheimer pode esquecer mesmo as palavras mais simples ou substituí-las por palavras desajustadas, tornando as suas frases de difícil compreensão.

4. Perda da noção do tempo e desorientação

É normal perdermos – por um breve instante – a noção do dia da semana ou esquecermos o sítio para onde vamos.

Porém, uma pessoa com a doença de Alzheimer pode perder-se na sua própria rua, ignorando como foi dar ali ou como voltar para casa.

5. Discernimento fraco ou diminuído

As pessoas podem por vezes não ir logo ao médico quando têm uma infecção, embora acabem por procurar cuidados médicos.

Um doente de Alzheimer poderá não reconhecer uma infecção como algo problemático e não ir mesmo ao médico ou, então, vestir-se inadequadamente, usando roupa quente num dia de Verão.

6. Problemas relacionados com o pensamento abstracto

Por vezes, as pessoas podem achar que é difícil fazer as contas dos gastos.

Mas, alguém com a doença de Alzheimer pode esquecer completamente o que são os números e o que tem de ser feito com eles. Festejar um aniversário é algo que muitas pessoas fazem, mas o doente de Alzheimer pode não compreender sequer o que é um aniversário.

7. Trocar o lugar das coisas

Qualquer pessoa pode não arrumar correctamente a carteira ou as chaves.

Um doente de Alzheimer pode pôr as coisas num lugar desajustado: um ferro de engomar no frigorífico ou um relógio de pulso no açucareiro.

8. Alterações de humor ou comportamento

Toda a gente fica triste ou mal-humorada de vez em quando.

Alguém com a doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto.

9. Alterações na personalidade

A personalidade das pessoas pode variar um pouco com a idade.

Porém, um doente com Alzheimer pode mudar totalmente, tornando-se extremamente confuso, desconfiado ou calado. As alterações podem incluir também apatia, medo ou um comportamento inadequado.

10. Perda de iniciativa

É normal ficar cansado com o trabalho doméstico, as actividades profissionais do dia-a-dia ou as obrigações sociais; porém, a maioria das pessoas recupera a capacidade de iniciativa.

Um doente de Alzheimer pode tornar-se muito passivo e necessitar de estímulos e incitamento para participar.

 
portaldasaude
Título: Alzheimer
Enviado por: migel em 18/01/2011, 22:25
Alzheimer:  
 
Não é compreensível investimento tão curto no estudo da doença
[float=left](http://www.pcd.pt/noticias/ver.php?id=9119)[/float]A eurodeputada portuguesa Marisa Matias, autora do relatório do Parlamento Europeu sobre a iniciativa europeia em matéria de Alzheimer, diz que "não é compreensível" que o investimento na investigação desta doença seja atualmente "tão curto" na União Europeia.

“Não nos podemos esquecer que o número de pessoas que sofrem de Alzheimer e outras demências está a aumentar dramaticamente na União Europeia (UE), que conta com quase 10 milhões de pessoas diagnosticadas”, cerca de um terço dos casos diagnosticados em todo o mundo, apontou a deputada eleita pelo Bloco de Esquerda (BE), em declarações à agência Lusa.

Tratando-se de uma doença que se receia que seja bastante sub-diagnosticada – em Portugal o número de pessoas diagnosticadas ronda as 100 mil, mas o número real poderá ser muito superior – e que se estima que duplique nos próximos 20 anos, Marisa Matias considera que, claramente, a doença de Alzheimer não tem o destaque nem o investimento necessários, sendo altura de inverter a situação e de haver mais ação a nível da UE.

Marisa Matias falava na véspera de o hemiciclo de Estrasburgo debater o seu relatório – que irá a votos na quarta-feira -, que enunciará as recomendações do Parlamento Europeu sobre a “iniciativa europeia” em curso. Uma das recomendações que deverá sair de Estrasburgo é um reforço da cooperação e a coordenação dos esforços de investigação clínica e que promova a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a prestação de cuidados aos doentes.

Além de um maior investimento na investigação, “muito curto a comparar com outras áreas”, atendendo até a que se trata de uma doença cujas causas são ainda desconhecidas, o relatório defende a implementação de planos nacionais de ação, atualmente existentes “apenas numa mão cheia de países”, aponta Marisa Matias. Em Portugal, só agora se está a iniciar a preparação de um plano nacional de ação, “após muita pressão por parte das associações de doentes e muitos anos de discussão”, indicou.

Para a eurodeputada, apenas se todos os países tiverem planos de ação será possível desenvolver uma verdadeira política europeia, para já impossível dadas as tremendas desigualdades entre os Estados-membros e dentro dos Estados-membros. O relatório propõe, por exemplo, a criação de centros especializados nos Estados-membros e o intercâmbio de melhores práticas no domínio da investigação destas doenças, visando reduzir as desigualdades existentes entre os Estados-membros e no interior de cada país em matéria de diagnóstico e tratamento.

Marisa Matias salienta, de resto, os enormes custos sociais da doença, pois o que se passa atualmente é que, ainda que alguns hospitais tenham serviços especializados, “depois não há condições para tratar dessas pessoas”, que acabam invariavelmente por ficar em centros de dia – quando os familiares têm recursos, mas também esta não é a solução ideal, dada a falta de formação dos profissionais – ou, na maior parte dos casos, em casa.

“Estima-se que por cada pessoa numa fase avançada da doença sejam necessárias três pessoas para a acompanhar 24 horas por dia”, indicou, justificando assim o fenómeno de muitas pessoas, sobretudo mulheres, serem forçadas a deixar de trabalhar, em idade ativa, para prestar assistência.

Defendendo assim a igualdade no acesso ao tratamento e a oferta de serviços adequados, Marisa Matias aponta, por fim, um aspeto ao qual diz ter dado pessoalmente muito ênfase no seu relatório: a dignidade e direitos dos pacientes com Alzheimer e outras doenças demenciais, assim como das pessoas próximas, já que hoje "há um estigma social enorme" em torno da doença.

Fonte:Lusa/Sapo

Título: Cientistas descobrem nova molécula relacionada ao Alzheimer
Enviado por: Raposa em 01/09/2015, 11:17
Cientistas descobrem nova molécula relacionada ao Alzheimer



Londres - Pesquisadores franceses e alemães detectaram um novo peptídeo ativo, um tipo de molécula formada pela união de vários aminoácidos, que tem implicações no desenvolvimento da doença de Alzheimer, indicou um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista "Nature".

O amilóide-(eta) passou despercebido durante décadas para os cientistas, que agora acreditam que na verdade ele tem um papel relevante na inibição dos neurônios do hipocampo cerebral.

O Alzheimer está associado com a aparição de placas amilóides no cérebro, apesar de até agora a pesquisa ter se centrado no estudo do beta-amilóide, o principal componente dessas placas.

O acúmulo deste peptídeo, sintetizado a partir da Proteína Precursora Amilóide (APP), também altera as funções neuronais, uma descoberta que pode ter implicações em alguns ensaios clínicos.

O grupo liderado por Michael Willem, da universidade alemã Ludwig-Maximilian, sugere que o amilóide-(eta), produzido pelo próprio cérebro, está associado com o surgimento de agregados neurotóxicos no hipocampo, uma anomalia que mais tarde se estende por todo o cérebro.

A partir de estudos em ratos e em pacientes de Alzheimer, os pesquisadores concluíram que esse peptídeo pode diminuir a capacidade do cérebro de reter informação.

O funcionamento de ambos peptídeos é, no entanto, diferente: enquanto o já conhecido beta-amilóide volta aos neurônios hiperativos, o amilóide-(eta) torna-os mais difíceis de serem estimulados.



expresso
Título: Re: Cientistas descobrem nova molécula relacionada ao Alzheimer
Enviado por: migel em 04/09/2015, 10:49
Alzheimer. Direção-Geral da Saúde aprova manual de nutrição para prevenir doença

(http://www.dn.pt/storage/DN/2015/big/ng4632532.jpg?type=big&pos=0)
Alzheimer. Direção-Geral da Saúde aprova manual de nutrição para prevenir doença

Fruta, hortícolas, cereais integrais, peixe, aves e até um pouco de vinho podem contribuir para reduzir o risco. Instruções pretendem ajudar doentes e cuidadores.

A Direção-Geral da Saúde defende que a dieta mediterrânica é a mais adequada para prevenir e travar a doença de Alzheimer. Nesse sentido, publicou um manual com soluções para uma melhor alimentação que vem apoiar cuidadores e doentes. O documento, intitulado "Nutrição e Doença de Alzheimer", analisa os melhores alimentos a escolher, o papel do sono e truques de apoio a quem cuida. Fruta, hortícolas, cereais integrais, peixe, aves e até um pouco de vinho podem ter um efeito protetor, reduzindo o risco mas também a mortalidade quando a doença está instalada.

Pedro Graça, o diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, explica que a decisão de avançar para este manual se deveu "à escassez de informação nesta área. Ao mesmo tempo, aproveitou-se para divulgar um documento no mês mundial do Alzheimer que contribua para a melhoria da saúde dos doentes", que se calcula que sejam hoje 130 mil em Portugal. O documento será distribuído sobretudo por instituições que trabalham com idosos, associações, lares e instituições de saúde.


Fonte:  DN
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 05/09/2015, 20:00
Há alimentos que ajudam a prevenir o Alzheimer. Saiba quais


4/9/2015, 22:33383 PARTILHAS
Vários estudos parecem indicar que comer fruta e hortaliça todos os dias, peixe semanalmente, alimentos ricos em ómega 3 regularmente e álcool e café com moderação ajudam a prevenir o Alzheimer.

(http://img.obsnocookie.com/s=w800,pd1/o=80/http://observador.pt/wp-content/uploads/2015/09/110688700_770x433_acf_cropped.jpg)
Perda de memória, mudanças de humor e confusão são alguns dos sintomas. Estima-se que haja 130 mil portugueses com Alzheimer.
AFP/Getty Images


ALIMENTAÇÃO
ALZHEIMER
DIREÇÃO GERAL DE SAÚDE
NUTRIÇÃO
PREVENÇÃO
O Alzheimer é a forma mais comum de demência e estima-se que em Portugal existam cerca de 130.000 pessoas com esta doença. Para já sem cura à vista, e sem uma única intervenção médica que consiga evitar o seu aparecimento, parte do esforço da prevenção tem de partir de cada um. E porque se considera que uma boa alimentação é uma das chaves importantes neste processo, a Direção-Geral da Saúde (DGS), em parceria com o Centro Virtual sobre o Envelhecimento, lançaram um manual onde abordam o papel da nutrição e onde ajudam cada um a perceber o que deve ou não comer e em que quantidades.

De um modo geral, os doentes com Alzheimer apresentam deficiências em vários nutrientes, incluindo selénio, fibra, ferro e vitaminas do complexo B, C, K e E. Ao mesmo tempo, diferentes tipos de estudos epidemiológicos têm permitido obter informação sobre os efeitos positivos dos ácidos gordos ómega 3 e micronutrientes como as vitaminas do complexo B, vitaminas E, C e D. Mas sendo ainda controversa a recomendação de suplementação de nutrientes a estes doentes, as autoridades limitam-se a recomendar, pelo menos, o consumo das doses diárias recomendadas. Doses essas desconhecidas para a maior parte das pessoas. E por isso mesmo o Observador decidiu compilar uma série de informação deste estudo publicado esta sexta-feira no blogue Nutrimento.

A protetora vitamina C
A manutenção de valores normais desta vitamina “pode ter uma função protetora contra o declínio cognitivo relacionado com a idade e com a doença, mostrando ser uma vitamina a ter atenção tanto na prevenção como após o diagnóstico”, lê-se no manual.

As doses diárias recomendadas de vitamina C são de 90mg/dia num homem com mais de 18 anos e de 75mg/dia numa mulher com a mesma idade. Os especialistas deixam algumas dicas de como conseguir obter as doses recomendadas de vitamina C: dois kiwis (140g) – 100mg de vitamina C; uma laranja média (160g) – 91 mg; 10 morangos (150g) – 71 mg; 100g de couve portuguesa – 58mg; 100g de couve-lombarda – 44 mg; ¼ pimento (40g) – 43 mg e seis brócolos (180g) – 32 mg.

A importante vitamina E
A vitamina E, por seu turno, é importante para o funcionamento dos neurónios, sendo um constituinte das membranas dos neurónios e um potente antioxidante. E neste caso, existem estudos e dados epidemiológicos que mostram que a ingestão de vitamina E, proveniente de alimentos ou suplementos, está associada a uma diminuição do risco de desenvolver Alzheimer, embora mais uma vez não haja certeza sobre as mais-valias de uma suplementação de vitamina E acima das doses diárias de ingestão recomendadas que são de 15mg por dia tanto em homens como em mulheres com mais de 18 anos.

E os especialistas que construiram este manual ajudam-nos a perceber onde podemos encontrar esta vitamina: duas colheres de sopa de azeite (20g) têm 2,8 mg de vitamina E; 30g de sementes girassol – 7,4 mg; 30g de amêndoas – 7,2 mg de vitamina E; 30g de avelãs – 7,5 mg e 10g de creme vegetal – 1,5mg de vitamina E.

Importante ainda é ingerir também as doses recomendadas de vitamina B6 (que se pode encontrar em leguminosas secas, alguns tipos de queijo, cereais integrais, flocos de cereais, batata, alho francês, hortícolas de folha verde) e B12 ( presente em carne, pescado, ovos e lacticínios).
O selénio na diminuição do stresse oxidativo
O selénio é um micronutriente que tem um papel importante na diminuição do stresse oxidativo e, por isso, é particularmente relevante na prevenção e progressão da doença de Alzheimer, pelo que é importante ingerir as doses recomendadas, quer para prevenir, quer durante o tratamento. E as doses recomendadas são 55?g (microgramas)/dia em ambos os sexos, a partir dos 18 anos. E onde pode encontrar este micronutriente? Por exemplo no bacalhau: 90g de bacalhau cozido tem o equivalente a 32?g; 100g de peito de frango assado tem 20?g e um ovo médio tem 14 microgramas de selénio.

Ácidos gordos polinsaturados (Ómega 3) e o atraso do declínio cognitivo
Vários estudos com animais mostraram existir uma influência positiva dos ácidos gordos ómega 3 na estrutura cerebral, no atraso do declínio cognitivo e na redução da doença de Alzheimer. Os especialistas aconselham assim a que se monitorize a ingestão das doses diárias recomendadas de ómega3 que no caso dos homens com mais de 18 anos corresponde a 1,6g/dia e nas mulheres 1,1g/dia. E como se consegue alcançar estas doses? 90g sardinha têm 4,5g de ómega3; 90g de salmão grelhado (3,9 g); 90g de cavala (3,7g); 90g de dourada grelhada (2g); 30g de nozes (2,7g); 10g de sementes de linhaça (2,3g) e 10g de sementes de chia (2g).

Álcool sim, mas com moderação
Há estudos que revelam que o consumo moderado de bebidas alcoólicas, sobretudo de vinho, parece estar associado a uma diminuição do risco de aparecimento de doença de Alzheimer, mas não há suporte científico para aconselhar o consumo de álcool a quem não bebe. Contudo, para aqueles que já têm por hábito consumir bebidas alcoólicas, recomenda-se que continuem a consumir com moderação (entre uma a três porções por dia),
sendo que, o ideal seria duas porções para homens e uma para mulheres por dia. Uma porção equivale a 150ml de vinho ou uma cerveja ou 30ml de bebidas destiladas.

Os efeitos benéficos da cafeína
Graças ao teor de cafeína, tanto o café, como alguns chás são um estimulante psicoativo que resulta num maior estado de alerta e melhor desempenho cognitivo. Estudos têm indicado que a cafeína quando consumida regularmente tem efeitos benéficos contra um número de perturbações neurológicas agudas e crónicas, incluindo acidente vascular cerebral, demência e doença de Alzheimer. Para já as autoridades de saúde recomendam apenas um consumo moderado de cafeína, não ultrapassando as doses diárias máximas recomendadas. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar recomenda que não se ultrapasse uma ingestão de 400mg de cafeína por dia: uma caneca de café de cafeteira com 200ml tem 90mg de cafeína; 250 ml de uma bebida energética têm 80mg; um expresso de 60ml apresenta 80mg de cafeína; uma chávena de chá preto de 220 ml tem o equivalente a 50mg; uma lata de coca-cola de 350 ml tem 40mg e 50g de chocolate negro têm 25 mg de cafeína.

Cuidado com o alumínio
Os investigadores aconselham precaução devido ao potencial neurotóxico do alumínio quando presente no nosso organismo em excesso. Além disso, o alumínio é encontrado frequentemente no cérebro de pessoas com Alzheimer. E para tentar minimizar a exposição ao alumínio deve-se evitar o uso frequente de utensílios de cozinha de alumínio e minimizar a ingestão de antiácidos, fermento em pó e outros produtos que contenham alumínio.

Ingerir poucos lípidos
A baixa ingestão de gordura hidrogenada e saturada e o consumo de ácidos gordos polinsaturados, sobretudo da série ómega 3, podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares e baixar potencialmente o risco de vir a ter a doença de Alzheimer. Foi ainda verificado num grande estudo que pessoas que tinham o colesterol total acima dos 240 mg/dL durante a vida adulta apresentavam um risco acrescido de vir a ter Alzheimer de 57%, 30 anos depois, comparativamente com os que tinham níveis inferiores a 200mg/dL.

Alguns exemplos de fontes de gorduras saturadas a evitar: leite gordo, queijos gordos, iogurtes gordos como iogurtes do tipo grego e natas; produtos de charcutaria e enchidos; carne de vaca, porco, borrego; salgados; doces; bolachas; chocolate, entre outros.

Em resumo, qual é então a melhor dieta preventiva?

O consumo diário de fruta e hortícolas ricos em antioxidantes, de peixe semanalmente, o uso regular de óleos ricos em ácidos gordos ómega 3, de frutos oleaginosos e de cereais e a diminuição do consumo de gorduras saturadas, bem como a moderação do consumo de álcool parecem diminuir o risco de Alzheimer e de demência, de acordo com estudos científicos.

Mas a prevenção não se fica apenas pela dieta alimentar. Deve-se incluir o exercício físico na rotina, o equivalente a 40 minutos de caminhada rápida três vezes por semana, segundo os autores deste manual. E é também muito importante manter uma rotina de sono de, aproximadamente, 7-8 horas por noite, bem como desempenhar atividades mentais que regularmente promovam novas aprendizagens, por exemplo 30 minutos por dia, quatro a cinco vezes por semana.

E quando os doentes não querem comer?

Este é um problema que surge sobretudo num estado mais avançado da doença: os doentes deixam de ter apetite, ou de conseguir engolir, ou então cospem a comida ou simplesmente não fecham a boca. E é aqui, mais uma vez, que os cuidadores assumem um papel muito importante. Para esses, os especialistas deixam algumas dicas: a comida deve ser dada na cozinha, na medida em que “pode evocar sentimentos de conforto e de segurança” e os sentidos devem ser estimulados através do cheiro e do som do cozinhar, “evocando memórias que fornecem pistas de momentos agradáveis e outrora familiares”.

As refeições deverão ser relaxadas, sem pressas e livres de distrações e sem barulho, de preferência. Há, porém, estudos que indicam o benefício da música ambiente na hora da refeição. Importante é também “tornar o prato sensorialmente apelativo, através das cores, das consistências e dos aromas”. Outras estratégias para conseguir fazer com que o doente coma é oferecer várias pequenas refeições ao longo do dia, com sabores familiares, bem como cortar a comida em pequenas porções de maneira a que os doentes possam utilizar apenas a colher para comer, ou então opte por comidas que possam ser ingeridas com as mãos como sandes, fruta, ou outras.

E se os doentes deixam de comer, a utilização de suplementação energética e proteica com suplementos nutricionais orais em indivíduos com doença de Alzheimer em risco de desnutrição, costuma resultar “em melhorias significativas na ingestão energética comparando com os que não fizeram suplementação”.

Visto que a Doença de Alzheimer atinge tantos milhares de portugueses e muitas vezes os sintomas são desvalorizados pelos familiares, sendo associados ao envelhecimento, o Observador elenca ainda de seguida outros aspetos importantes a reter, para lá dos cuidados com a alimentação.

Sintomas do Alzheimer:

No início da doença, observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória e dificuldade em encontrar palavras certas
Mudanças de humor
Os pacientes podem tornar-se bastante confusos – problemas em lidar com o dinheiro, perda constante de coisas, repetição frequente de perguntas – e até agressivos
Com o avançar da doença,  aumenta a perda de memória e a confusão
E surge a dificuldade em reconhecer os familiares e até mesmo eles próprios quando se olham ao espelho
Dificuldade na realização de tarefas que envolvam vários passos (como por exemplo vestir-se)
Num estado mais avançado, começam a surgir limitações físicas e dificuldades de comunicação
E é nesta fase mais grave da doença que surge a incapacidade de comunicar, a perda de peso, as convulsões, as lesões cutâneas, a dificuldade em engolir, o aumento da sonolência e a incapacidade no controlo do intestino e da bexiga
Diagnóstico:

De momento, o diagnóstico desta doença faz-se através da exclusão de outras causas de demência, ou seja, através da análise do historial da pessoa, de análises ao sangue, tomografia ou ressonância, entre outros, explicam os autores deste estudo. Existem ainda exames que, através de testes genéticos, podem revelar a probabilidade de o indivíduo vir a ter Alzheimer.

Na próxima segunda-feira, a Universidade Portucalense apresenta um novo centro de investigação que vai trazer para Portugal tecnologia única de diagnóstico precoce de Alzheimer. O Instituto Portucalense de Neuropsicologia e Neurociências Cognitiva e Comportamental (INPP) conta, entre os seus investigadores, com autores de métodos de deteção precoce da doença de Alzheimer, que podem prever com dois anos de antecipação as pessoas que vão desenvolver Alzheimer, noticiou a instituição, em comunicado.

Tratamento:

Num estudo publicado na revista “Science Translational Medicine”, em março deste ano, ficou-se a saber que um grupo de especialistas conseguiu desgastar a placa que se forma no cérebro de pacientes com Alzheimer com uma técnica experimental aplicada a ratos, com recurso a ultrassons combinados com microbolhas injetadas no sangue de ratos. Em 75% dos casos, conseguiu-se quebrar quase totalmente as placas que se formam devido aos depósitos anormais de fragmentos de proteínas beta amiloide, e que criam um emaranhado que afeta a transmissão entre as células nervosas do cérebro, provocando o Alzheimer. Isto  sem causar danos no tecido do cérebro e com melhores resultados nos testes de memória.

Mas até à data não se descobriu a cura para a doença. Existe sim medicação que parece permitir alguma estabilização do funcionamento cognitivo, nas fases ligeira e moderada, bem como melhorar sintomas secundários, como agitação e depressão, ou ajudar os doentes a dormir melhor. E é este tipo de abordagem que os médicos fazem,  procurando ajudar as pessoas a manter as suas funções mentais o melhor preservadas possível e retardar os sintomas.

Fatores de risco:

Há vários fatores de risco associados à demência. De acordo com os especialistas, o maior fator de risco para desenvolver Alzheimer é o aumento da idade, visto que uma em cada quatro pessoas com mais de 85 anos sofre de demência. Mas também o sexo é apontado como um fator de risco, na medida em que a prevalência desta doença é mais elevada nas mulheres do que nos homens. De igual modo a genética e o historial da família são apresentados como fatores de risco.

Além destes, os especialistas da área têm ainda apontado o consumo excessivo de álcool também como fator de risco. Já o seu consumo moderado (em particular no caso do vinho) parece estar associado a uma menor incidência de Alzheimer.

Algumas pessoas que desenvolveram Alzheimer têm também na sua história médica um episódio de traumatismo cranioencefálico meses antes do diagnóstico desta doença. O acidente vascular cerebral, a doença cardíaca e a
hipertensão aumentam também o risco desta doença, bem como a diabetes mellitus tipo 2, de acordo com estudos recentes, e a inatividade física.


fonte: http://observador.pt/2015/09/04/ha-alimentos-que-ajudam-a-prevenir-o-alzheimer-saiba-quais/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 07/09/2015, 14:57
Centro de investigação do Porto tem método de deteção precoce de Alzheimer

(http://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/13824173/650)

Métodos a utilizar podem prever com até três anos de antecipação as pessoas que vão desenvolver Alzheimer

O Instituto Portucalense de Neuropsicologia e Neurociências Cognitiva e Comportamental (INPP) anunciou esta segunda-feira que dispõe de um novo centro de investigação que conta, entre os seus investigadores, com autores de métodos de deteção precoce da doença de Alzheimer.

Em declarações à Lusa, o diretor do instituto, Enrique Vazquez Justo, explicou que os métodos a utilizar podem prever com até três anos de antecipação as pessoas que vão desenvolver Alzheimer, referindo que a instituição irá estabelecer parcerias com hospitais portugueses.

“Talvez nos próximos dois anos possamos começar a ver resultados. Realizaremos um recrutamento para fazer estudos, o que dará acesso as pessoas para fazer diagnóstico, realizando parcerias dentro do país com os diferentes centros de avaliação e intervenção em Alzheimer para que os usuários desses centros tenham acesso a esta tecnologia”, sustentou Enrique Vazquez Justo.

Segundo o responsável, o novo centro de investigação da Universidade Portucalense dispõe de “tecnologia única” em Portugal para o diagnóstico precoce desta patologia.

Com uma equipa de mais de 40 doutorados, provenientes de diferentes pontos do mundo, “o novo centro de investigação da Portucalense contribui assim para o desenvolvimento da neurociência enquanto instrumento de biomédica, mas também de marketing e comportamento social”, sublinhou.

A equipa está também envolvida em projetos sobre as aplicações de conectividade cerebral ao comportamento nos âmbitos económico, político-social e de tendências de consumo.

O INPP foi criado em “estreita parceria” com o Laboratório de Neurociência Cognitiva e Computacional do Centro de Tecnologia Biomédica das Universidades Politécnica e Complutense de Madrid, e do Centro de Investigação Mente, Cérebro e Comportamento (CIMCYC), da Universidade de Granada.



fonte: TVI24
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: SLB2010 em 09/09/2015, 18:15
Centro de investigação do Porto quer detetar Alzheimer mais rapidamente

(http://www.jn.pt/storage/JN/2015/big/ng4645293.jpg)

07/09/2015
O Instituto Portucalense de Neuropsicologia e Neurociências Cognitiva e Comportamental anunciou, esta segunda-feira, que dispõe de um novo centro de investigação que conta, entre os seus investigadores, com autores de métodos de deteção precoce da doença de Alzheimer.
 

Em declarações à agência Lusa, o diretor do instituto, Enrique Vazquez Justo, explicou que os métodos a utilizar podem prever com até três anos de antecipação as pessoas que vão desenvolver Alzheimer, referindo que a instituição irá estabelecer parcerias com hospitais portugueses.

"Talvez nos próximos dois anos possamos começar a ver resultados. Realizaremos um recrutamento para fazer estudos, o que dará acesso as pessoas para fazer diagnóstico, realizando parcerias dentro do país com os diferentes centros de avaliação e intervenção em Alzheimer para que os usuários desses centros tenham acesso a esta tecnologia", sustentou Enrique Vazquez Justo.

Segundo o responsável, o novo centro de investigação da Universidade Portucalense dispõe de "tecnologia única" em Portugal para o diagnóstico precoce desta patologia.

Com uma equipa de mais de 40 doutorados, provenientes de diferentes pontos do mundo, "o novo centro de investigação da Portucalense contribui assim para o desenvolvimento da neurociência enquanto instrumento de biomédica, mas também de marketing e comportamento social", sublinhou.

A equipa está também envolvida em projetos sobre as aplicações de conectividade cerebral ao comportamento nos âmbitos económico, político-social e de tendências de consumo.

O INPP foi criado em "estreita parceria" com o Laboratório de Neurociência Cognitiva e Computacional do Centro de Tecnologia Biomédica das Universidades Politécnica e Complutense de Madrid, e do Centro de Investigação Mente, Cérebro e Comportamento (CIMCYC), da Universidade de Granada.


Fonte: Jn
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 10/09/2015, 17:56
Proteína do Alzheimer pode ser transmitida em procedimentos médicos

(http://img.r7.com/images/2015/09/09/5siwcfpnbb_9tykcprt9j_file?dimensions=300x490)

Estudo ainda é incipiente e deverá ser completo com outros testes

Fragmentos da proteína beta-amiloide podem aderir às superfícies de metal e resistem à esterilização convencional
Thinkstock


O mal de Alzheimer aparece de forma espontânea ou por predisposição genética, mas um grupo de pesquisadores descobriu que a proteína beta-amiloide, associada com a doença, pode infectar outros pacientes durante certos procedimentos médicos devido à contaminação dos instrumentos cirúrgicos.

O estudo publicado nesta quarta-feira (9) na revista Nature ainda é incipiente, deve ser completado com testes adicionais e "não significa que o Alzheimer seja transmitido por contato entre humanos", destacou John Collinge, diretor da equipe da University College London, responsável pela pesquisa.

— O que devemos considerar é se, além do Alzheimer esporádico e o hereditário ou genético, pode haver formas adquiridas, como ocorre no caso da doença neurodegenerativa de Creutzfeldt-Jakob.

A equipe de cientistas fez a importante descoberta exatamente quando investigava um tipo de Creutzfeldt-Jakob contraído durante a atuação médica. Mediante autópsia, os especialistas analisaram o cérebro de oito pessoas com idades entre 36 e 51 anos que tinham morrido por Creutzfeldt-Jakob contraída após se submeterem, ainda na década de 80, a um tratamento com hormônios do crescimento extraídos cirurgicamente de glândulas pituitárias de outros corpos. Ficou comprovado que milhares de pessoas que receberam esses hormônios, em um procedimento realizado no Reino Unido entre 1958 e 1985, acabaram desenvolvendo Creutzfeldt-Jakob.

Acredita-se que os hormônios transportavam príons da Creutzfeldt-Jakob, que teriam aderido aos instrumentos cirúrgicos durante o processo de extração. Ao estudar esses oito cérebros, a equipe de Collinge descobriu que em seis deles havia beta-amiloides associados com Alzheimer. Em quatro casos, os depósitos das proteínas estavam estendidos, o que indica que nenhum dos pacientes apresentava sinais de sofrer da versão hereditária da doença de aparição antecipada. Os especialistas acreditam que o tratamento com hormônio do crescimento implantado em todos os pacientes pode ter relação com a origem da aparição do Alzheimer, assim como da Creutzfeldt-Jakob, devido à transmissão por neurocirurgia.

Teste usa 10 indicadores para detectar sinais de Alzheimer em 5 minutos

Os fragmentos da proteína beta-amiloide podem aderir às superfícies de metal e resistem à esterilização convencional, explicam os cientistas. "É possível que haja três maneiras de essas proteínas serem geradas no cérebro. Podem aparecer espontaneamente com a idade, que haja um gene defeituoso ou que surjam após exposição a um acidente médico. Essa é a nossa hipótese", explicou Collinge. A equipe de pesquisadores descartou que rastros de Alzheimer possam ter sido provocados pela Creutzfeldt-Jakob.

Segundo eles, em outro estudo, 116 pacientes afetados pela doença que não tinham sido tratados com o hormônio do crescimento extraído de corpos não apresentavam marcadores de Alzheimer. Collinge alertou que, no caso das proteínas do Alzheimer, "potencialmente, as 'sementes' poderiam aderir à superfície de qualquer instrumento de metal", o que inclui os utilizados pelos dentistas em procedimentos que afetam o tecido nervoso.

O pesquisador ressaltou, no entanto, que não há provas de transmissão epidemiológica que sugiram que a doença possa ser transmitida por meio de transfusões de sangue, acrescentando que o mal de Alzheimer não é uma "doença contagiosa". Outros especialistas advertiram que, apesar de interessantes, as conclusões do estudo são prematuras, pois só se referem a oito pacientes. EFE jm/lvl/id


Fonte: http://noticias.r7.com/saude/proteina-do-alzheimer-pode-ser-transmitida-em-procedimentos-medicos-09092015
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Claram em 12/09/2015, 14:06
SUMOS AJUDAM O CÉREBRO
por Humberto Barbosa

Os sumos naturais diminuem a probabilidade de desenvolver Alzheimer.
A doença de Alzheimer é a forma de demência mais comum e afeta atualmente mais de 13 milhões de pessoas em todo o mundo, o que torna uma excelente notícia esta investigação que aponta no sentido de os sumos naturais diminuírem a probabilidade de desenvolver a doença.

As mais recentes pesquisas demonstram que os sumos de frutas e de vegetais podem reduzir em 76% o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. A pesquisa foi feita pela Faculdade de Medicina Vanderbilt, nos Estados Unidos, envolvendo quase duas mil pessoas ao longo de dez anos. O resultado foi inequívoco: as pessoas que beberam sumos de frutas e de vegetais mais de três vezes por semana reduziram o risco de Alzheimer em 76%, contra aquelas que não beberam sumos mais do que uma vez por semana.

Os investigadores de Seattle acreditam que os polifenóis, que são encontrados em grande quantidade nas frutas e nos legumes, podem interromper o processo de acumulação de uma proteína no cérebro, a proteína beta-amilóide, que se crê estar associada à doença de Alzheimer.

Estes antioxidantes podem fornecer proteção contra a doença, neutralizando os efeitos dos radicais livres. Na verdade, não são as vitaminas antioxidantes, como a E, a C e o Beta Caroteno, encontradas nas frutas e legumes, que fornecem esta proteção, mas sim os polifenóis. Uma limitação desta investigação é não haver informação sobre tipos específicos de sumos de vegetais mais indicados para o efeito.

O que também é interessante é o fato de ser o sumo da fruta que faz a diferença, e não a fruta comida inteira, porque quando é feito o sumo tudo é aproveitado, desde a casca às sementes, tornando a bebida mais rica em antioxidantes. O tipo de fruta parece não ser o mais importantes nesta questão, pelo que é possível escolher a fruta que mais nos agrada, ou ir alternando os sumos.





Fonte: http://www.flashvidas.pt/opiniao/consultorios/longevidade/detalhe/sumos_ajudam_o_cerebro.html
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 14/09/2015, 14:54
Alzheimer: Encontrados "sinalizadores" que podem antecipar aparecimento

(http://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1370x587/naom_557b09c896744.jpg)

Investigadores de Coimbra descobriram "sinalizadores" biológicos sem células sanguíneas que poderão antecipar o alerta para o aparecimento da doença de Alzheimer, anunciou hoje a Universidade de Coimbra (UC).


"Uma equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) e da Faculdade de Medicina da UC (FMUC), liderada por Ana Cristina Rego, descobriu 'sinalizadores' biológicos sem células sanguíneas que poderão alertar precocemente para o surgimento da doença de Alzheimer", afirma a UC, numa nota hoje divulgada.

Antes do aparecimento da doença de Alzheimer "ocorre a formação de radicais livres" e a investigação realizada revela que esses radicais "ativam um 'sinalizador' biológico" (uma "proteína, designada Nrf2, que tem como função proteger as células dos radicais livres"), refere a mesma nota.

Os radicais livres são "moléculas que poderão conduzir à morte dos neurónios nesta doença".

"A sinalização da proteína é mais evidente quando surgem as primeiras queixas de memória, numa etapa inicial da doença de Alzheimer", explica Ana Cristina Rego, coordenadora do estudo, que já foi publicado na revista Biochimica et Biophysica Acta (BBA)- Molecular Basis of Disease.

Além disso, "nesta fase, aumenta a sinalização de 'moléculas de stresse' no 'retículo endoplasmático', um organelo celular com várias funções, nomeadamente na síntese de novas proteínas e nos processos de destoxificação celular", acrescenta a investigadora.

O período que antecede a doença de Alzheimer trabalhado nesta investigação, designado por Défice Cognitivo Ligeiro (DCL), situa-se entre os indivíduos cognitivamente saudáveis e os doentes com Alzheimer provável.

"Cerca de 10 a 20% das pessoas acima dos 65 anos encontram-se nesta fase intermédia de DCL e aproximadamente 15% irão progredir para um estado de demência anualmente", refere a UC na mesma nota.

"As alterações que ocorrem em indivíduos com DCL podem ser cruciais para se compreender o início dos processos de disfunção celular e morte neuronal na doença de Alzheimer, e auxiliar no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas capazes de impedir a progressão da doença", salienta Ana Cristina Rego, citada pela UC na mesma nota.

O estudo foi desenvolvido em "estreita colaboração com investigadores de outro grupo do CNC e da FMUC, liderado por Cláudia Pereira, e com Isabel Santana, do serviço de neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e da FMUC".

noticias ao minuto
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 17/09/2015, 15:37
Caminhada alerta para o Alzheimer Dezoito cidades participam no Passeio da Memória.
(http://cdn.cmjornal.xl.pt/2015-09/img_757x426$2015_09_15_17_23_32_483165_im_635779346765442605.png)

Por Daniela Vilar Santos

Vai participar no Passeio da Memória, da Alzheimer Portugal? SIM NÃO Caminhar faz bem ao corpo, à alma e, neste caso, à memória. No próximo fim de semana e na segunda-feira (19, 20 e 21 de setembro) decorre a iniciativa da Associação Alzheimer Portugal que promove um passeio, em dezoito cidades do País, para assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, que se celebra a 21. O 5.º Passeio da Memória pretende juntar pessoas de todas as idades, num espírito de convívio e animação aliado ao exercício físico, para assinalar uma doença que afeta mais de 128 mil pessoas em Portugal, disse ao Correio da Manhã Tatiana Nunes, da Alzheimer Portugal. Saiba onde vai decorrer o Passeio da Memória Os participantes podem inscrever-se online, nos gabinetes da instituição ou nas delegações do ACP. Serão entregues kits que diferem de cidade para cidade, mas que têm em comum uma t-shirt do Passeio da Memória. Sintomas da doença A inscrição tem um custo de cinco euros que reverte como donativo para a Alzheimer Portugal, uma instituição particular de solidariedade social, que pretende alargar projetos nacionais de informação, formação e apoio às pessoas que sofrem desta doença, familiares e cuidadores. Alzheimer: vídeo mostra Passeio da Memória O Alzheimer é atualmente a forma mais comum da demência e provoca a neurodegeneração das funções cerebrais, culminando na total perda de autonomia. Os sintomas iniciais incluem a perda pontual de memória, a desorientação espacial e temporal, confusão e problemas de raciocínio, causando alterações de comportamento. Está previsto que até 2030 o número de pessoas com demência duplique, e até 2050 mais do que triplique. O envelhecimento é o principal fator de risco, mas, segundo a Alzheimer Portugal, um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir a probabilidade de desenvolver a doença.

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/passear_por_uma_causa_alzheimer.html



fonte: CM
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 17/09/2015, 15:39
Muitas pessoas com Alzheimer lidam sozinhas com a doença

(http://semanal.omirante.pt/fotos/722/48255.JPG)
foto
Há pacientes que não têm dinheiro para fraldas ou medicamentos e que passam dias inteiros amarrados em instituições

O Núcleo do Ribatejo da Alzheimer Portugal apoia mensalmente cerca de duas centenas de pessoas, entre doentes e familiares. Está sediado em Almeirim desde 2005 e tem gabinetes de apoio em Santarém, Ferreira do Zêzere, Mação, Rio Maior, Fátima, Ourém e Torres Novas, em instalações cedidas pelos respectivos municípios.

O apoio que a associação presta passa por, primeiro, informar as pessoas. Depois vem a avaliação neuropsicológica, que permite perceber se a pessoa tem a doença e em que fase está. A associação também apoia psicologicamente os cuidadores dos doentes, porque a doença afecta toda a vida familiar. Alguns pacientes em fase adiantada não podem ficar sozinhos e o cuidador, que tem que estar sempre presente, começa a ter uma sobrecarga do ponto de vista emocional. Filipa Gomes, psicóloga e coordenadora do Núcleo do Ribatejo da Alzheimer Portugal, conta a O MIRANTE que “muitos dos cuidadores acabam por isolar-se, deixam de ter vida social e muitas vezes o círculo de amigos também se vai afastando”.

Os casos mais complicados que têm aparecido na associação são do ponto de vista social. A associação presta apoio com um banco de ajudas técnicas. Camas articuladas, colchões, cadeiras de rodas, são alguns dos materiais disponíveis. Existe ainda apoio para compra de fraldas destinadas a doentes carenciados. “Nota-se de há dois anos para cá um crescente aumento dos pedidos para este programa, podemos dizer que duplicou”, afirma Filipa Gomes, acrescentando que “alguns doentes também deixam de tomar a medicação por falta de dinheiro”.


Casos de isolamento mais frequentes nas cidades

Há muitos casos de idosos com Alzheimer que vivem sozinhos, mas no meio rural a rede social vai funcionando melhor que em meios urbanos. “Percebe-se que nos meios urbanos os casos de idosos que vivem sozinhos são mais visíveis e bastante graves”. Na província, diz a responsável, “há sempre um vizinho que vai a casa e leva uma sopa, outro conhecido vai passando e vendo se está tudo bem”.

A doença atinge maioritariamente os idosos mas também há casos de pessoas com 50 anos, na força da vida e com filhos adolescentes, em que o companheiro ainda trabalha. A vida dessas famílias acaba por se tornar num caos. Os lares e centros de dia não estão preparados para essas situações. “Tem que haver uma mudança nos cuidados que são prestados a pessoas com demência”, afirma Filipa Gomes dizendo ver com frequência “pessoas amarradas durante um dia inteiro em instituições sempre com a desculpa da falta de recursos humanos”.

O número de casos para despistagem enviados para os hospitais pelos médicos de família tem aumentado no últimos anos na região. Filipa Gomes diz que uma das principais causas da doença é o stress. “Está provado que cada vez mais pessoas vão sofrer de demência, o que vai provocar um enorme custo social”, afirma.


O que é a doença de Alzheimer?

Alzheimer é uma doença do cérebro (morte das células cerebrais e consequente atrofia do cérebro), progressiva, irreversível e com causas e tratamento ainda desconhecidos. Começa por atingir a memória e, progressivamente, as outras funções mentais, acabando por determinar a completa ausência de autonomia dos doentes.




Fonte: O MIRANTE.

Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 18/09/2015, 11:33
15 sinais do Alzheimer para ficar atento


 CATEGORIA.: SAÚDE  FONTE/AUTOR.: LIDE MULTIMIDIA


A doença descrita pela primeira vez em 1906 é incurável e progressiva
 
Estamos em 2015 e passados 109 anos do primeiro caso descrito de Alzheimer, a doença continua sem cura e com progressão agressiva em alguns casos. O mal foi diagnosticado pela primeira vez em 1906 e é a principal causa de demência no Brasil em pessoas com mais de 65 anos.
 
A neurologista do Hospital Santa Cruz, em Curitiba, Ana Paula Gomes, explica que a doença, apesar de incurável, deve ser tratada para reduzir os sintomas e garantir o bem-estar dos pacientes. “O Alzheimer é uma doença que provoca o declínio das funções intelectuais, reduzindo as capacidades de trabalho e relação social e interferindo no comportamento e na personalidade. Inicialmente, o paciente começa a perder sua memória mais recente. Até o momento, não existe cura para a Doença de Alzheimer. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença.”, menciona.
 
Apesar das causas ainda desconhecidas do Alzheimer, a idade parece ser um fator de risco. A especialista cita que mais de 90% dos casos são identificados em idosos. “No brasil existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 65 anos de idade. Seis por cento delas são acometidas pela Doença de Alzheimer. A doença é mais comum em idosos, sendo que em jovens os sinais servem de alerta para outros tipos de demências.”, cita.
 
Por isso, além da consulta regular com um neurologista, é possível ficar atento para 15 sinais da doença.
 
1.    Perda de memória
 
2.    Agitação
 
3.    Alteração abrupta de humor
 
4.    Julgamentos inadequados
 
5.    Desorientação
 
6.    Dificuldade de comunicação
 
7.    Problemas para execução de atividades do cotidiano
 
8.    Esquecimento de palavras simples
 
9.    Trocar o lugar das coisas sem discernimento
 
10. Repetição frequente de discursos
 
11. Andar sem rumo
 
12. Dificuldade para vestir-se
 
13. Delírio
 
14. Agressividade física e verbal
 
15. Comportamento infantil


Fonte: http://www.segs.com.br/saude/59440-15-sinais-do-alzheimer-para-ficar-atento.html
 
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Fisgas em 20/09/2015, 11:26
Caminhe por uma causa e vá ao Passeio da Memória, da Alzheimer Portugal


O evento solidário, que visa angariar fundos e assinalar o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, acontece já amanhã, dia 20, em 15 cidades portuguesas.

(https://deficiente-forum.com/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fimages-cdn.impresa.pt%2Factiva%2F2015-09-19-CARTAZ-PASSEIO-DA-MEMORIA-2015.jpg%3Fv%3Dw336h510&hash=665c616162c8c2a7d0813b7c0cae5d87)

O Passeio da Memória é o grande evento anual da Alzheimer Portugal, que assinala o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, uma caminhada solidária cujos fundos das inscrições revertem, na íntegra, para a associação Alzheimer Portugal.
O objetivo desta caminhada solidária é informar e consciencializar para a importância de reduzir o risco de desenvolver demência, para os sinais de alerta da Doença de Alzheimer e, sobretudo, para a importância do diagnóstico atempado.
A iniciativa nasceu nos Estados Unidos, em 1989 sob a designação Memory Walk, criada pela Alzheimer Association. Ao longo de 25 anos, tem vindo a crescer nos EUA e a espalhar-se por vários países. Em 2011, a Alzheimer Portugal decidiu trazer o Memory Walk para Portugal e nesse ano centenas de pessoas caminharam 6 km naquele que foi o primeiro Passeio da Memória, em Oeiras.


Esta é, aliás, uma das 15 cidades portuguesas onde amanhã, dia 20, pelas 09.30h se realizará o Passeio da Memória: Aveiro, Barreiro, Braga, Cabeceiras de Basto, Campo Maior, Covilhã, Funchal, Ilha do Pico, Matosinhos, Oeiras, Penafiel, Portimão, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu

Na segunda-feira, dia 21, pelas 18h, é a vez de Pombal  receber o Passeio da Memória.
Saiba mais pormenores sobre pontos de encontro e locais em
[size=0.95em]




Fonte: ACTIVA[/size]
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 21/09/2015, 13:06
Dia Mundial da Doença de Alzheimer


Esquecimento é apenas um dos sintomas
Ainda não se sabe as causas da doença e nem a cura, mas alguns cuidados podem ser tomados para adiar o seu avanço.
21 de Setembro de 2015 às 00:08min

(http://www.notisul.com.br/slir/w300-h225-c300:225/1442797928capa-mesilvana.jpg)
O marido de Dilma morreu em maio de 2012 aos 75 anos, após vários tratamentos. - Foto: Silvana Lucas/Notisul.

De repente, a pessoa esquece o nome de um conhecido, a conversa que teve minutos antes, não lembra o caminho de volta para casa, troca datas, liga a torneira e sai do local, e assim vai. Esses são alguns dos sinais do alzheimer, doença cada vez mais comum, que não se sabe as causas e nem a cura.
“O mais triste é ver quem amamos, aos poucos, perder a memória, sua lucidez e coordenação motora”, lamenta Dilma Mendes Lucas, 71 anos, que mora em Tubarão. Por mais de sete anos, ela conviveu com o marido, portador de alzheimer.
Segundo Dilma, a rotina  de uma família é totalmente modificada. “No início é somente a falta de memória. Mas com o passar do tempo, as mudanças aumentam, até que os cuidados ficam muito parecidos com os de um recém-nascido. É uma luta diária para que a pessoa não desista de viver”, lembra Dilma, muito emocionada, dos últimos dias de vida de seu marido Rubens Lucas, que morreu há três anos, vítima da doença.
Hoje é lembrado o Dia Mundial da Doença de Alzheimer. É a principal forma de demência em idosos em todo o mundo e cerca de 75% das pessoas que têm não sabem que são portadores.
Alguns sinais
Perda progressiva da memória, dificuldade de linguagem, de realizar tarefas habituais, desorientação no tempo e no espaço, depressão, ansiedade, agitação, troca do dia pela noite. Em fases avançadas, dificuldade para reconhecer as pessoas, alucinações e problemas motores.
Prevenção
Atividades mentais diversificadas e física, boa alimentação, momentos de lazer, e não fumar e beber álcool.
O tratamento
A neurologista e neurofisiologista Aline Vieira Scarlatelli, da Clínica Pró-Vida, em Tubarão, lembra que o diagnóstico precoce é fundamental. “O tratamento é feito através de medicamentos que levam a uma redução na velocidade do avanço da doença e por ações não medicamentosas, como fisioterapia, terapia ocupacional, medidas nutricionais e específicas”, informa Aline. A médica reforça que é muito importante lembrar que os familiares que cuidam do paciente também precisam de auxílio e orientações em relação à progressão da doença e como lidar com cada fase.
O SUS
Representantes do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), em Tubarão, informam que não há área pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e tratamento específico para pacientes com a doença. Quando uma pessoa é internada com os sintomas, se for necessário, é chamado um neurologista da unidade. O médico Marcos Ghizoni tem o grande desejo de construir um Centro de Reabilitação Neurológico no HNSC, que incluiria o tratamento para pacientes com alzheimer.


Fonte: http://www.notisul.com.br/n/geral/esquecimento_e_apenas_um_dos_sintomas-54379
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 28/09/2015, 11:24
Dieta MIND ajuda a prevenir o Alzheimer e doenças cardiovasculares

(http://www.seucorpoperfeito.com.br/wp-content/uploads/2015/05/como-prevenir-o-alzheimer-300x200.jpg)

A dieta MIND é uma combinação de duas dietas muito conhecidas no âmbito da saúde: a Mediterrânea e a DASH, MIND inclusive é a sigla em inglês para Intervenção Mediterrânea-DASH para Atrasos Neurodegenerativos.

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Método também ajuda a controlar a pressão arterial, melhora o trânsito intestinal e muito mais

POR BRUNA STUPPIELLO

A dieta MIND é uma combinação de duas dietas muito conhecidas no âmbito da saúde: a Mediterrânea e a DASH, MIND inclusive é a sigla em inglês para Intervenção Mediterrânea-DASH para Atrasos Neurodegenerativos.

O método ganhou visibilidade após a publicação de uma pesquisa na revista científica Alzheirme's & Dementia: The Journal of the Alzheimer's que concluiu que a dieta MIND diminui significativamente o risco das pessoas desenvolverem a doença de Alzheimer. Este benefício pode ocorrer mesmo se a pessoa não seguir o método à risca. A pesquisa foi feita de 2004 até 2013 e contou com a participação de 923 voluntários. De acordo com o estudo a dieta MIND baixou em 53% o risco de desenvolver a doença de Alzheimer em participantes que aderiram ao método rigorosamente. Já aqueles que seguiram a dieta de forma mais moderada tiveram diminuição do risco de Alzheimer em 35%.

Além de diminuir o risco de aparecimento de Alzheimer, a dieta também traz benefícios ao coração, previne a diabetes e reduz a pressão arterial. A seguir você pode entender como ela funciona e quais alimentos compõe a dieta MIND. 

Alimentos que não podem faltar

A dieta MIND possui 15 componentes, sendo que 10 são os alimentos saudáveis para o cérebro que devem ser consumidos e 5 são prejudiciais para o órgão e precisam ser evitados. Os alimentos saudáveis para o cérebro são: vegetais folhosos e verdes, outros vegetais, oleaginosas, frutas, grãos, cereais integrais, peixe, aves, azeite e vinho. Já os cinco grupos não saudáveis são: carnes vermelhas, manteiga e margarina, queijo, bolos e doces, frituras e fast foods.

Os vegetais folhosos verdes são muito nutritivos. A alface, rúcula e acelga são ricos em fibras e vitaminas C e outros nutrientes. Já as crucíferas, como a couve-flor, o brócolis e a couve manteiga podem estimular gene com função anticancerígena. Eles também são ricos em fibras, minerais, como cálcio, magnésio, fósforo e selênio, e vitaminas E, K e C. Já as oleaginosas são ricas em gorduras boas, aliadas do coração, e ainda têm ação antioxidante. Os cereais integrais são ricos em fibras, o que contribui para o melhor trânsito intestinal e proporciona saciedade. O azeite protege o coração e o cérebro, enquanto o peixe e as aves contam com menor quantidade de gorduras saturadas e são uma ótima fonte de proteínas, aliadas dos músculos.

O vinho também é uma boa opção para a saúde. "O vinho passa pelo processo de fermentação e produz uma substância que é um pigmento, o resveratrol. Esta substância é um antioxidante. Além disso, o álcool é um vasodilatador e diminui o processo de aterosclerose e de doenças neurodegenerativas. Lembrando que acima de 15 gramas de álcool por dia aumenta a taxa de mortalidade. Consuma no máximo de uma a duas taças de vinho tinto por dia", orienta o nutrólogo Durval Ribas, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

As frutas vermelhas, especialmente o mirtilo, não podem faltar dieta MIND. "Elas são ricas em antioxidantes de fenóis como antocianinas, elagitanino ou ácido elágico que tem mostrado em estudos benefícios contra doenças como controle do diabetes, proteção da função cognitiva do cérebro e saúde cardiovascular", explica o nutrólogo Reginaldo Rena, pós-graduado em Medicina Regenerativa e Anti-envelhecimento.

Os vilões da dieta MIND

Na dieta MIND é orientado ingerir cada um dos alimentos prejudiciais para saúde no máximo uma vez por semana. Na lista das comidas proibidas há a carne vermelha. "Ela conta com maior quantidade de gorduras saturadas e este tipo de ácido graxo aumenta de 2,7 a 3 vezes as chances de doenças neurodegenerativas quando ingeridas em excesso", explica Durval Ribas. Além disso, as gorduras saturadas em excesso favorecem doenças cardiovasculares.

Também é orientado reduzir o consumo de manteiga e margarina. "A manteiga é gordura de origem animal e por isso deve ser evitada. A gordura da manteiga tem mostrado em trabalhos, como o um publicado em 2012 no European Journal of Clinical Nutrition, que a sua ingestão diminui nos homens o tamanho do telemoro, comprimento dos genes, das células brancas, o que acelera o envelhecimento e o aparecimento de doenças como hipertensão, doenças cardíacas e câncer", alerta Reginaldo Rena. Já alguns tipos de margarina contam com gorduras trans que causam uma série de malefícios à saúde, como a diminuição do colesterol bom e aumento do ruim.

A ingestão de fast food também deve ser limitada. "O fast food em geral representa um alimento pobre em nutrientes, rico em calorias e gorduras trans e/ou saturadas", explica Reginaldo Rena. Mas é claro que isto irá depender do tipo de fast food, um prato que é composto por carnes magras, pão integrais e vegetais, pode ser saudável apesar de ser um fast food.

Outros alimentos que devem ser evitados na dieta MIND são as frituras. "Elas tem dois aspectos, primeiro contam com muitas calorias. O segundo é que a reutilização dos óleos na hora de fritar, processo que é muito comum, fazendo com que haja uma oxidação desse óleo que está sendo utilizado e favorece o aparecimento precoce de doenças neurodegenerativas", explica Durval Ribas.

É importante reduzir o consumo de queijo por dois motivos. O primeiro é a grande quantidade de sódio presente no alimento, o excesso deste mineral favorece o aumento da pressão arterial. A outra razão é o fato dos queijos, especialmente os amarelos, contarem com grande quantidade de gorduras saturadas. Por fim, os doces também devem ter o consumo diminuído. Eles podem favorecer a maior absorção de sódio. Além disso, eles também elevam os níveis de glicose no sangue e consequentemente os de insulina, sobrecarregando o pâncreas. Com o tempo isto pode levar ao diabetes tipo 2.

Boa para o cérebro

Além de prevenir contra o Alzheimer, este método é benéfico para o cérebro como um todo. "Isto porque a dieta inclui muitos dos componentes que beneficiam o cérebro e também reduz aqueles que podem ser prejudiciais para este órgão", explica o nutrólogo Reginaldo Rena, pós-graduado em Medicina Regenerativa e anti-envelhecimento.

A dieta MIND é rica em antioxidantes que protege os neurônios contra os radicais livres, que aumentam o risco de doenças degenerativas cerebrais. 

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Boa para o coração

A dieta MIND é aliada do coração por diversos motivos. Primeiro, ela estimula o aumento do consumo de cereais integrais, frutas e vegetais, o que em geral é uma medida primária recomendada para a redução do risco de doenças cardiovasculares (DCV).

Ela também propõe a redução do consumo de gorduras saturadas. Em excesso esses ácidos graxos favorecem doenças cardiovasculares e alteração nos níveis de colesterol.

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Reduz a pressão arterial

Resultado de imagem para PRESSAO ARTERIALComo já foi dito, a dieta MIND é uma combinação da dieta Mediterrânea e a dieta DASH. Esta última tem como principal objetivo reduzir a pressão arterial.

Portanto, a dieta MIND também é capaz de proporcionar este benefício, pois ela estimula a redução de alimentos que contém grandes quantidades de sódio ou que favorecem a absorção deste mineral. Lembrando que o sódio favorece o aumento da pressão arterial.

 

Previne o diabetes

A dieta MIND previne o diabetes de duas maneiras. Primeiro, esta dieta é rica em fibras. Elas tornam mais lento o processo de absorção dos carboidratos. Com isso, não há picos de glicose e consequentemente os picos de insulina não acontecem. Quanto mais insulina o corpo produz, mais os órgãos começam a se tornar resistentes a ela, ou seja, solicitam que mais desse hormônio seja utilizado para colocar a glicose dentro de suas células. Esse quadro se chama resistência à insulina, e conforme vai se agravando, resulta na diabetes tipo 2 quando o hormônio produzido pelo corpo não é suficiente mais para absorver todo o açúcar no sangue. Além disso, a dieta MIND estimula a diminuição do consumo de doces. Ingerir grandes quantidades de açúcar faz com que haja os picos de glicose no sangue mencionados acima.

Melhora o trânsito intestinal

Resultado de imagem para Melhora o trânsito intestinalA dieta MIND é rica em fibras e elas auxiliam na prevenção e tratamento da constipação intestinal. As fibras insolúveis agem aumentando o volume fecal e estimulando à motilidade intestinal pela distensão do cólon.

Já as fibras solúveis contribuem pela captação de água e são fermentadas no trato gastrointestinal, estimulando assim o crescimento de bactérias benéficas, que melhoram o trânsito intestinal e a frequência de evacuações.

Porém, saiba que este benefício só ocorre se a pessoa ingerir bastante água ao longo do dia.

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Ação antioxidante

Resultado de imagem para frutas vermelhasAs frutas vermelhas, o vinho, os vegetais, as oleaginosas e o azeite presentes na dieta MIND se destacam por conter forte ação antioxidante.

Esses antioxidantes combatem os radicais livres e assim previnem uma série de problemas de saúde como câncer, aceleração do envelhecimento celular, degeneração de uma região do globo ocular chamada mácula e a oxidação dos neurônios o que favorece doenças degenerativas cerebrais. 

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Autor: MINHA VIDA
Fonte: MINHA VIDA
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: 100nick em 29/09/2015, 11:29
"Controle do avanço do Alzheimer pode estar próximo"

(http://www.cartacapital.com.br/saude/controle-do-avanco-do-alzheimer-pode-estar-proximo.html/alzheimer/@@images/44c7e602-e738-4f8a-a4c3-6f431536e1f7.jpeg)

Considerado pioneiro dos estudos da doença neurodegenerativa, especialista John Hardy destaca progresso nas pesquisas sobre o mal.
por Deutsche Welle — publicado 28/09/2015 06h27
 
Professor de neurociência da University College de Londres, o geneticista John Hardy é considerado um dos pioneiros dos estudos que permitiram desvendar a evolução do mal de Alzheimer.

Em entrevista à DW, o especialista afirma que, embora ainda não haja uma cura para a doença, é possível que a medicina encontre em breve tratamentos capazes de desacelerar ou mesmo paralisar o progresso da enfermidade.

"Acho que estamos mais perto de sermos capazes de retardar a doença agora, num futuro previsível, talvez nos próximos cinco anos", prevê.

DW: O Prêmio Hartwig Piepenbrock-DZNE, que o senhor receberá na semana que vem, é apenas o mais recente de uma longa lista de homenagens. O senhor é descrito como "o pioneiro" na pesquisa sobre Alzheimer, talvez até como o homem que solucionou a doença. Isso é verdade? O senhor solucionou a doença de Alzheimer?

JH: Em primeiro lugar, eu segui, é claro, as pessoas que vieram antes de mim e, de fato, uma dessas pessoas é Konrad Beyreuther, um dos homenageados anteriormente com esse mesmo prêmio. Um pioneiro? Mesmo antes de mim havia pioneiros que eu segui. Isso é uma coisa. Solucionamos o mal de Alzheimer? Acho que fornecemos o quadro em que podemos ver como a doença começa e como progride, e isso tem sido muito importante. Eu não me descreveria – e não posso imaginar qualquer outra pessoa me descrevendo assim – como a pessoa que solucionou a doença. Ela ainda não está solucionada.

DW: A luta contra o Alzheimer é mais ou menos uma luta contra a degeneração neuronal. Por que as células cerebrais de pacientes com a doença morrem?

JH: Não sabemos exatamente, mas o que acontece é que placas amiloides [depósitos de proteínas] começam a se constituir em torno dos terminais nervosos dessas células nervosas que estão morrendo. As células nervosas reagem a elas de uma forma que, em primeiro lugar, começam a produzir uma patologia dentro delas – chamada patologia do emaranhado – e, em seguida, eventualmente, isso as mata. Demora algum tempo, mas o amiloide constituído fora das células leva essas células a morrerem. Esse é o problema subjacente. Nós não sabemos qual é a função da proteína amiloide, e isso ainda é um grande buraco no nosso conhecimento.

DW: Para que tipo de avanços suas descobertas contribuíram em relação ao tratamento da doença de Alzheimer?

JH: Em termos do tratamento, acho que elas apontaram o caminho para se desenvolver tratamentos, elas apontaram para drogas antiamiloides como o caminho a seguir. Algumas dessas drogas estão agora em fase de estudo clínico. Existem quatro ou cinco estudos clínicos de drogas antiamiloides no momento. Eu realmente espero que alguns desses estudos sejam bem-sucedidos.

DW: O senhor formulou a hipótese amiloide mais de duas décadas atrás. Até que ponto a pesquisa e o tratamento de Alzheimer progrediram durante esse tempo?

JH: A pesquisa percorreu um longo caminho. Entendemos muito mais sobre a doença agora. Conhecemos mais genes envolvidos na doença, entendemos diferentes funções celulares na doença, por exemplo, entendemos um pouco mais sobre o papel das células da glia na doença, entendemos o processo de morte celular melhor do que antes. Houve muitos progressos na compreensão de Alzheimer. Esse processo ainda não ajudou a mudar as terapias para a doença, mas espero que isso mude em breve.

DW: E no que diz respeito a uma possível descoberta da cura?

JH: Acho que estamos mais perto de sermos capazes de retardar a doença agora. Não acredito que conseguiremos reverter a doença, não dentro do meu período de pesquisa, mas posso nos ver retardando ou parando a doença num futuro previsível, nos próximos cinco anos, eu realmente espero.

DW: O senhor acha que o mundo faz o suficiente para combater a doença?

JH: Não, nós não fazemos o suficiente. Estamos fazendo mais e, na verdade, acho que uma das grandes iniciativas aqui na Alemanha tem sido o DZNE (sigla para Centro Alemão para Doenças Neurodegenerativas), que eu acho que tem transformado a ciência alemã de dez anos para cá, que passou de um lugar um pouco atrasado na pesquisa da doença de Alzheimer a uma real força de liderança na investigação sobre demência. E isso é porque o governo alemão tem tomado iniciativas em relação a financiamento. A Alemanha tem realmente sido uma das principais forças em questão de financiamento. Mas, é claro, é preciso haver mais. Gastamos muito menos em pesquisa de Alzheimer do que o fazemos em pesquisa de câncer e, ainda assim, eles são os dois problemas de tamanho semelhante. E a resposta, é claro, não é gastar menos com a investigação do câncer. A resposta é gastar mais em pesquisa de Alzheimer.

DW: Alzheimer é uma doença debilitante. O senhor tem dedicado o seu trabalho a essa aflição nos últimos 25 anos. O que exatamente o faz continuar?

É uma mistura de motivos – motivos venais e bons. Vamos falar sobre os venais primeiro. Eu adoro uma boa competição. O que amo na pesquisa é a natureza competitiva dela, ser a primeira pessoa a ter uma ideia, a primeira pessoa a fazer uma descoberta. Essas são coisas que me impulsionam. Mas a razão fundamental é ajudar as famílias, especialmente os que eu conheço, que vivem a forma inicial da doença. Eu dou palestras para grupos de pacientes e, claro, queremos tornar a vida deles melhor, para que a próxima geração não sofra com essa doença horrível.


Fonte: http://www.cartacapital.com.br/saude/controle-do-avanco-do-alzheimer-pode-estar-proximo.html/alzheimer/@@images/44c7e602-e738-4f8a-a4c3-6f431536e1f7.jpeg
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Oribii em 02/10/2015, 11:12
Relatório aponta para rápido crescimento do Alzheimer em Portugal
(http://portocanal.sapo.pt/uploads/noticias/noticia_00070352-580x464.jpg)
crescimento do Alzheimer em Portugal
01-10-2015 11:52 | País
Porto Canal (CYO)
Os casos de doença de Alzheimer em Portugal estão a aumentar a grande velocidade. Quem diz é um relatório realizado pela Universidade do Porto em conjunto com a Direcção-geral de Saúde.

O relatório apresentado pela Universidade do Porto e pela Direcção-geral de Saúde indica que o número de casos de demência tem aumentado e isso deve-se a uma população cada vez mais envelhecida. Em Portugal, a doença de Alzheimer atinge cerca de 90 mil pessoas e as estimativas apontam que em 2050 sejam três vezes mais.

Em declarações à Antena 1, Pedro Santos, coordenador do estudo, indica que no caso do Alzheimer o diagnóstico precoce é fundamental e que o Estado português “precisa de desenvolver recursos organizados, sobretudo ao nível do diagnóstico e depois numa rede de acompanhamento que seja adequada” visto que as demências precoces surgem cada vez mais.

A forma mais comum de demência é o Alzheimer, que provoca uma deterioração global, progressiva e irreversível de várias funções cognitivas, constituindo cerca de 50% a 70% dos casos.



Fonte: Porto Canal
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: pantanal em 07/10/2015, 14:57
Maior artilheiro do Campeonato Alemão, Gerd Müller está com Alzheimer

O Bayern de Munique anunciou nesta terça-feira que o ex-jogador e o maior artilheiro da história do Campeonato Alemão, Gerd Müller, está com Alzheimer. O diagnóstico foi feito há alguns meses, entretanto, o clube bávaro optou por divulgar a informação só agora, um mês antes do alemão completar 70 anos.


“Neste momento tão difícil na vida dele e de sua família, pedimos o respeito de todos. Gerd, que sempre se empenhou por altos valores como amizade, fair-play, lealdade e justiça, merece ser tratado neste momento com todo cuidado necessário e que todos nós respeitemos a sua privacidade. Não é apenas o pedido de sua família, mas é também o pedido do Bayern FC. O Bayern de Munique vai apoiar sempre Gerd Müller e sua família, toda vez que isto se tornar necessário”, declarou Karl-Heinz Rummenigge, diretor executivo do clube.

Gerd Müller exercia a função de treinador-assistente do time B do clube bávaro. Entretanto, nos últimos tempos acabou se afastando do ofício por problemas de memória e de fala. Estes foram os primeiros sintomas que levaram o ex-jogador a suspeitar de um possível Alzheimer, o que acabou sendo confirmado pelos médicos.

Hermann Gerland, técnico assistente do time principal, relatou a visita que fez recentemente a Gerd Müller, dizendo que ele chegou a chorar ao lembrar de seus jogadores: “Ele me reconheceu, senti isso claramente; mesmo ele não tendo falado nada. Só ficou me olhando. Na ocasião, disse a ele que os seus ex-jogadores do time de base como Thomas Müller, David Alaba e Bastian Schweinsteiger, lhe mandaram um forte abraço. Aí ele começou a chorar”.

Ex-centroavante do Bayern de Munique e da seleção alemã, Müller marcou 533 gols em 585 jogos vestindo a camisa do clube bávaro entre 1964 e 1979. Conquistou a Copa do Mundo pela Alemanha, além da Eurocopa de 1972.


Fonte: http://esportes.terra.com.br/futebol/internacional/maior-artilheiro-do-campeonato-alemao-gerd-muller-esta-com-alzheimer,cb3cf96d9133446863d63797ddf42ac5hm4mpaxw.html
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Oribii em 13/10/2015, 11:28
Alzheimer Portugal distinguida no Prémio JPR 2015

(http://alzheimerportugal.org/public/uploads/news/news_text_485.jpg)
Alzheimer Portugal
O Prémio «João Pereira da Rosa» 2015 distinguiu o trabalho da Alzheimer Portugal
Data 12-10-2015
Na edição 2015 do Prémio JPR, a Alzheimer Portugal foi distinguida na categoria institucional devido ao trabalho desenvolvido "na divulgação da doença, promoção do seu estudo e investigação das suas causas, efeitos e tratamento. Com este prémio pretende-se ainda reconhecer a atuação da Associação Alzheimer Portugal no desenvolvimento de formas de apoio às pessoas com doença de Alzheimer, ou outra forma de demência, e aos seus cuidadores."

Este Prémio pretende distinguir as entidades coletivas e individuais pela sua atividade na área da Solidariedade Social em três categorias: Institucional, Empresarial e Mérito.

Na categoria Institucional, categoria em que a Alzheimer Portugal foi distinguida, são premiadas as Instituições Particulares de Solidariedade Social, que mais se destaquem, através do trabalho que desenvolvem, contribuindo para a efetiva melhoria das condições de vida dos setores mais necessitados da sociedade.

Fonte: Fundação 'O Século'
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 29/10/2015, 14:11
Investigadores chilenos desenvolvem teste para detectar Alzheimer e esquizofrenia

(http://diariodigital.sapo.pt/images_content/2015/201510291352_alzheimer010915.jpg)

Cientistas chilenos estão a fazer progressos no desenvolvimento de um exame inédito que procura permitir o diagnóstico mais precoce e preciso de dois dos distúrbios mentais de maior impacto social e económico: a doença de Alzheimer e a esquizofrenia.

Hoje em dia não há nenhum teste específico que possa confirmar ambas as doenças, cujo diagnóstico é alcançado após um longo período de observação clínica e, na maior parte do tempo, quando as condições estão em fase avançada.

A pesquisa do Instituto de Neurociência Biomédica do Chile concluiu que nos dois casos é possível detectar as doenças mediante análise dos movimentos oculares para a esquizofrenia, e da actividade cerebral no Alzheimer.

«Nas nossas pesquisas descobrimos que os movimentos oculares naturais e o seu reflexo correspondente nos sinais cerebrais são diferentes nos pacientes estudados e, por isso, importantes biomarcadores para estas doenças», explicou em conferência de imprensa Pedro Maldonado, que lidera a pesquisa.

No caso da esquizofrenia, o estudo conseguiu determinar que nos pacientes afectados houve uma redução da exploração espacial, quer dizer, não olhavam todos os lados de uma cena visual. Para a doença de Alzheimer, foi detectada «uma notória diferença dos sinais eléctricos que ocorriam no cérebro quando era produzido movimento nos olhos em comparação com as pessoas saudáveis».

Com esses indicadores, os cientistas chilenos esperam desenvolver um teste específico que permita o diagnóstico precoce, o que pode retardar o declínio cognitivo em pacientes afectados por ambas as doenças, cuja cura permanece um mistério para a comunidade científica internacional.

As intervenções precoces têm um maior impacto no tratamento dos sintomas associados a estas doenças. Também reduzem os custos associados ao cuidado e à qualidade de vida destes pacientes», explicou Maldonado.

A esquizofrenia é um transtorno mental que afecta cerca de 1% da população mundial. Os sintomas incluem discurso desorganizado e distúrbios de pensamento e de humor e comportamento.

Enquanto isso, a doença de Alzheimer é a perda neurodegenerativa da memória, cujos sintomas pioram gradualmente e que afecta mais de 40 milhões de pessoas em todo o mundo.


Fonte:DD
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 03/11/2015, 12:26
Busca pela cura do Alzheimer: cientistas criam "minicérebros"

Correio Braziliense

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, conseguiu poupar os ratos de uma série de estudos que envolvem o teste de drogas, o transplante de neurônios e a observação do funcionamento de células-tronco. A medida se tornou possível depois de os cientistas criarem, em laboratório, milhares de minicérebros, minúsculas estruturas feitas a partir de células-tronco e compostas de redes neurais verdadeiras, que começam a transformar as pesquisas em neurologia.

Apesar de não serem um órgão completo, os minicérebros contam com uma rede conectada de células, estruturas proteicas e formato tridimensional, o que permite a realização de diversas pesquisas sem a necessidade de usar animais. A técnica é recente — foi consolidada pela primeira vez em 2013 — e, agora, mostra a capacidade de permitir estudos sem forçar o orçamento. Os cientistas de Brown conseguiram fabricar as estruturas a partir de amostras do córtex de roedores com um investimento de US$ 0,25 por organoide.

“Vimos que o experimento teve um custo realmente baixo quando levantamos os gastos com materiais, reagentes, animais e bolsas de estudo para os pesquisadores”, garante, ao Correio, Diane Hoffman-Kim, líder do estudo e especialista em farmacologia molecular, fisiologia e biotecnologia. “Se o cientista não está interessado em investigar funções sofisticadas que dependem de uma arquitetura mais complexa do cérebro, não é necessário equipar o laboratório com tecnologias microeletrônicas nem fazer dissecações embrionárias para criar um modelo de cérebro in vitro”, completa.

A equipe da qual ela faz parte estava interessada em um modelo cerebral que reproduzisse funções neurológicas fundamentais para entender os efeitos de doenças neurodegenerativas, como Parkinson, Alzheimer e esclerose múltipla, e também de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Para isso, ela cultivou células do córtex de ratos em moldes de microesferas de hidrogel que possibilitaram a formação de minicérebros tridimensionais em um único dia.

“Fiquei fascinada com os vários tipos de células formando estruturas que reproduzem aspectos do córtex. Depois de duas ou três semanas, essas estruturas continham neurônios capazes de produzir sinapses (impulsos nervosos que permitem a troca de informações químicas e elétricas entre as células)”, relata a brasileira Liane Livi, especialista em biotecnologia e coautora do trabalho, publicado recentemente na revista Tissue Engineering: Part C.

Síndromes raras
As diversas possibilidades de estudos com minicérebros têm estimulado cada vez mais pesquisadores a explorar a técnica. Entre eles está o brasileiro Alysson Muotri, neurobiólogo da Universidade da Califórnia em San Diego, líder de um estudo que busca a cura da síndrome do MECP2 duplicado — uma rara doença neurológica que causa problemas motores e cognitivos. Crianças diagnosticadas com o mal vivem apenas 10 anos, em média.

A equipe de Muotri conseguiu lançar uma luz para a cura quando demonstrou que determinada substância reverteu o mal em minicérebros com características da síndrome. Os especialistas criaram as estruturas a partir de células da pele de crianças com o MECP2 duplicado. Eles observaram que os neurônios de quem possui essa síndrome apresentam mais ramificações e fazem um número maior de sinapses. Após testarem diversas drogas, encontraram uma que estabilizou os minicérebros. Esses resultados foram publicados no mês passado na revista Molecular Psychiatry, e o grupo aguarda autorização da FDA, agência reguladora de alimentos e remédios dos Estados Unidos, para testar a droga em pacientes.

O laboratório da Universidade da Califórnia participa de outros estudos envolvendo minicérebros. Além de aplicar a técnica em diferentes síndromes raras, o grupo faz parte de um projeto sobre autismo, no qual serão produzidos diversos minicérebros que carreguem mutações genéticas ligadas ao transtorno. Há, ainda, pesquisas que buscam ampliar o conhecimento sobre a evolução humana. “Buscamos usar os minicérebros para contrastar o desenvolvimento neural de humanos com o de outros primatas, como chimpanzés e bonobos. A ideia é gerar insights sobre o funcionamento das áreas social e de linguagem do órgão humano”, descreve Muotri.

Sobre a redução dos testes com animais, o brasileiro explica que a nova tecnologia não conseguirá eliminá-los tão cedo. “Eles ainda são importantes para o estudo de toxicidade ou estabilidade das drogas, por exemplo.” Mas a substituição de animais em alguns casos já é uma realidade. “No caso dessa síndrome, existe um modelo animal (camundongo), mas ele nunca revelou uma droga promissora. Na perspectiva de descobrimento de novas drogas para doenças humanas, não tenho dúvidas de que ficarão cada vez mais raros os testes em outros animais. Tanto laboratórios acadêmicos quanto laboratórios farmacêuticos estão cada vez mais investindo em modelos baseados em células-tronco.”

No Brasil
Essa área de pesquisa ganhou também os laboratórios de instituições brasileiras. O biólogo Stevens Rehen, do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lidera uma pesquisa para entender, com a ajuda dos minicérebros, como funcionam a esquizofrenia e a síndrome de Dravet, uma grave forma de epilepsia que acomete crianças.

O grupo coletou células da urina de pacientes e, a partir da reprogramação celular, criou os organoides que simulam as doenças e mostram em que momento ocorrem as alterações. “É como se eu estivesse fazendo um avatar do indivíduo sem precisar abrir a cabeça dele para retirar o neurônio que quero estudar. Isso aumenta a chance de observar no experimento algo real, porque aquela célula reprogramada para ser um neurônio vai ser geneticamente igual à que está no cérebro do próprio indivíduo”, afirma Rehen, que já submeteu os primeiros resultados para publicação em revistas científicas.


Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2015/11/02/internas_cienciaesaude,607636/busca-pela-cura-do-alzheimer-cientistas-criam-minicerebros.shtml
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 09/11/2015, 15:01
Portuguesa premiada por investigação sobre a doença de Alzheimer

A investigadora portuguesa Rita Guerreiro, da britânica University College of London (UCL), foi reconhecida com o prémio Fondazione Gino Galletti Neuroscience Prize 2015 pelo seu trabalho sobre doenças neurodegenerativas.

O prémio, segundo a instituição italiana, foi atribuído pelo seu trabalho sobre as mutações do gene TREM2 e a relação com o desenvolvimento da Doença de Alzheimer.

Este trabalho já tinha sido distinguido em janeiro com o Prémio Europeu do Jovem Investigador, atribuído pela Associação francesa para a Investigação sobre Alzheimer e Rita Guerreiro e, também este ano, venceu o prémio da Sociedade britânica de Investigação de Alzheimer e Demência na categoria de "realização académica".

O geneticista John Hardy, o mais importante especialista britânico da doença de Alzheimer e também investigador na UCL, considerou a portuguesa "uma estrela em ascensão" na investigação da neurociência.

"Ela encontrou o primeiro gene de Alzheimer em 15 anos e isso é uma descoberta revolucionária no meio", disse.

A cientista disse à agência Lusa que estes prémios são importantes em termos de "prestígio" e contribuem para a evolução do estatuto profissional, atualmente em vias de passar de investigadora financiada pela Alzheimer Society ao quadro de pessoal da UCL.

Natural de Estremoz, Rita Guerreiro, 35 anos, vive e trabalha no Reino Unido desde 2010, depois de realizar o doutoramento nos EUA, sempre acompanhada pelo também português e marido José Brás, com quem partilha a direção do laboratório.

O prémio no valor de 10.000 euros atribuído pela fundação italiana é pessoal e não precisa de ser aplicado em investigação, mas Rita Guerreiro confessou que este tipo de financiamento pode ser útil a "projetos pessoais" paralelos ao seu trabalho.

Recentemente, contou, foi contactada por uma família portuguesa que procurava diagnosticar a doença da filha, mas que estava com dificuldades em fazê-lo pelo sistema nacional de saúde português.

"Aceitámos analisar o ADN e em três meses conseguimos fazer um diagnóstico e descobrimos que ela sofre de uma doença descoberta apenas em 2013, o Síndrome Schaaf-Yang/MAGEL 2, que afeta umas 19 crianças em todo o mundo", adiantou.

"Já recebemos pedidos de outras famílias, mas não podemos responder sempre porque às vezes não temos os meios técnicos para o fazer", justificou.

Rita Guerreiro lamentou que as famílias de crianças portuguesas com doenças raras tenham de pagar cinco a seis mil euros a um laboratório privado para obter um diagnóstico ou tenham de depender de estudos científicos feitos no estrangeiro.



Diário Digital com Lusa
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 19/11/2015, 10:48
Treinar o cérebro para travar a doença de Alzheimer

(http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2015-11-18-Treinar-o-cerebro-para-travar-a-doenca-de-Alzheimer)
 
Marcos Borga
Exercícios de computador, criados por uma equipa de portugueses, permitem melhorar a memória e a atenção afetadas por demência ou AVC
Sara Sá

Todos temos de estar preparados para ir perdendo a memória, à medida que envelhecemos. Os primeiros sinais começam por volta dos 50 anos, mas tornam-se mais acentuados a partir dos 65. Um processo normal e inevitável. Mas há perdas cognitivas patológicas, causadas pela doença de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla ou acidente vascular cerebral, por exemplo. E estas podem ser travadas, com treino mental, como quem se prepara para uma maratona.

Há várias formas de o fazer. O neurologista Vítor Tedim Cruz, do Centro Hospitalar Entre o Douro e Vouga, criou um programa de exercícios de treino cognitivo, online, que pode ser adaptado a cada doente (rede COGWEB). Funciona como uma espécie de jogo de computador, desenhado para treinar a memória, a linguagem e a atenção. “O terapeuta adequa os exercícios ao déficit”, explica o médico, reforçando que o programa tem de ser seguido e monitorizado por um membro da rede, normalmente um psicólogo. O sistema - que acabou de vencer um prémio atribuído pela Federação Europeia da Indústria Farmacêutica - está em funcionamento em centros de saúde e hospitais de todo o país e já está a ser preparada a sua adapatação para o inglês e o espanhol.

Para que todos os que precisam tenham acesso ao sistema, a rede COGWEB tem estebelecido parcerias com autarquias e instituições de caráter social, que instalam o programa nos seus sistemas informáticos, para uso da população mais idosa, sem computador em casa. “Há muitas soluções. O doente, que tem de fazer os exercícios uma vez por dia, ou três vezes por semana, pode ir a casa de um filho, receber a visita de um familiar que leva um computador portátil, por exemplo”, diz o neurologista.

Desta forma, ataca-se o problema em duas frentes: com o treino cognitivo específico e fomentando a vida social, um elemento essencial na guerra contra a demência.

“Em Portugal, a partir dos 40/45 anos, as pessoas tendem a levar uma vida muito monótona, não se relacionam, têm poucas atividades. Isto é muito diferente em países como a Holanda, por exemplo.” Este enclausuramento leva a que os primeiros sinais de demência passem despercebidos (se não há exposição, ninguém a quem ‘prestar contas’, não se notam as falhas) e quando há um diagnóstico já é mais difícil recuperar as capacidades perdidas.

Além do treino cognitivo, sabe-se que o exercício físico aeróbico e a medicação combatem os efeitos da doença de Alzheimer. E todos os anos há novos medicamentos a entrar em testes. Mas mesmo assim, o efeito do treino é ainda superior ao dos fármacos.

Um alerta que Vítor Cruz não se cansa de fazer é que estes testes (pode consultar os exercícios de demonstração em COGWEB.pt) não se destinam a pessoas ditas normais, que queiram melhorar as suas capacidades ou retardar o envelhecimento cerebral. A estas, o médico recomenda que se mantenham ativos. A receita é: “aprender uma língua, começar a tocar um instrumento musical, envolver-se socialmente. ”


Fonte: Visão
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 20/11/2015, 16:30
Tratamento de Alzheimer também pode evitar o envelhecimento
19/11/2015 09:52

Investigadores do Salk Institute estão a testar uma droga que pode ser usada para evitar o aparecimento de Alzheimer e concluiram que um dos efeitos secundários é retardar o envelhecimento.
(http://images-cdn.impresa.pt/exameinformatica/2015-10-16-cerebro.jpg?v=w620h395)
cerebro.jpg
Os efeitos secundários deste tratamento passam por melhorar a memória, a cognição e a saúde dos ratos em que foi testado. O objetivo principal da nova droga é evitar o aparecimento de Alzheimer, mas a descoberta dos efeitos secundários é igualmente surpreendente.

A J147, nome de código da droga, foi desenhada para atacar a neurotoxicidade e descobriu-se que paralelamente combate um efeito detetado em 99% dos pacientes com Alzheimer, o envelhecimento. Agora, os investigadores divulgaram as conclusões que mostram que a droga ajuda a combater outros sintomas de envelhecimento de forma igualmente eficiente.

Os testes a esta droga estão a decorrer em ratos, desde 2013. Numa primeira fase, a J147 foi testada em ratos que tinham herdado Alzheimer e depois usaram um espécie de ratos que envelhece rapidamente e que apresenta sinais de demência semelhantes aos do Alzheimer. De todos os grupos de cobaias, o que tinha recebido a droga apresentou melhores resultados em testes de memória e aprendizagem e era onde mais se evitava que o sangue fosse parar ao cérebro, um dos sinais mais frequentes em quem tem Alzheimer. Os testes clínicos em humanos estão previstos para 2017.

Estima-se que o Alzheimer afete mais de 46 milhões de pessoas em todo o mundo.


Fonte: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/ciencia/2015-11-19-Tratamento-de-Alzheimer-tambem-pode-evitar-o-envelhecimento-
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 21/11/2015, 18:43
Autismo: 1 em cada 45 crianças estão no espectro, segundo CDC


Esse número é maior do que o registrado anteriormente, mas isso não quer dizer que o número de crianças afetadas pelo transtorno esteja aumentando. Entenda

(http://s2.glbimg.com/jXdpWyrcrxo6K1E_vZbE6xSkly0=/620x455/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2013/04/19/transtorno.jpg)
Criança triste; transtornos psicológicos (Foto: Shutterstock)

Um novo levantamento feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos Estados Unidos, constatou que a incidência de autismo entre as crianças aumentou: agora 1 em 45 estão dentro do transtorno do espectro autista (o que representa cerca de 2,25%). Entre 2011 e 2013, essa taxa era apenas de 1 a cada 80 e, em 2008, 1 em cada 100.

De acordo com os pesquisadores envolvidos no levantamento, esse resultado pode ser explicado por uma mudança feita nos questionários que foram respondidos pelos pais. Na conclusão do estudo, os especialistas apontam que, nos anos anteriores, é possível que os pais de algumas crianças diagnisticadas hoje com autismo tenham apontado que os filhos tinham outros tipos de desordens comportamentais.
Leia também

    O que é o autismo?
    Autismo: 5 questões sobre o transtorno

Para o biólogo molecular e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia (UCSD), Alysson Muotri, é difícil saber com certeza se a incidência do transtorno está mesmo aumentando: "O “autismo” é um alvo em movimento, é um conceito que muda com o tempo. O que chamamos de autismo hoje é algo muito diferente de dez anos atrás. Na falta de um biomarcador, estamos à mercê de um diagnóstico clínico e, muitas vezes, subjetivo", explica. Alysson está por trás da primeira startup do mundo dedicada ao transtorno, a Tismoo. "Com os avanços na genética, ja é possível ter resultados com o sequenciamento do genoma de indivíduos, o que auxilia nesse diagnóstico. Isso ainda não é rotina, mas vai ser em breve", completa.

Essa mudança de critérios para definir o que caracteriza o autismo pode fazer com que ora algumas crianças sejam diagnosticadas dentro do espectro, ora sejam deixadas para fora. Isso faz sentido quando consideramos que, nas conclusões da pesquisa, os especialistas  enfatizaram que o número total de indivíduos identificados nas três categorias contempladas pela investigação (deficiência intelectual, transtornos do espectro autista e deficiência comportamental) permaneceu inalterado.


fonte: http://revistacrescer.globo.com/Voce-precisa-saber/noticia/2015/11/autismo-pesquisa-aponta-que-1-em-cada-45-criancas-estao-no-espectro.html
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Raposa em 27/11/2015, 16:16
Alzheimer: Cientistas de Coimbra ganham fundos dos EUA para a investigação

João Miguel Ribeiro Comentar

(http://ptjornal.com/wp-content/uploads/2015/04/alzheimer_900x450.jpg)

Uma organização norte-americana decidiu financiar uma equipa de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) com 100 mil dólares. Os fundos servem para aprofundar o estudo que visa identificar o mecanismo responsável pelo surgimento da doença de Alzheimer.


 
A equipa de investigadores do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da UC recebeu, da Alzheimer Association (EUA), um apoio a rondar os 94 mil euros para prosseguir as investigações sobre a perda de memória na doença de Alzheimer, depois de ter descoberto que “a degeneração e perda de memória dependem do ATP [adenosina 5?-trifosfato]”.

Até agora, salientaram a UC, citados pela Lusa, sabia-se que o ATP funciona como “molécula energética no interior das células, mas é um sinal de perigo quando libertado das células”, resultando a perda de memória da “deterioração da comunicação entre neurónios”.


 
Desconhecia-se, contudo, como ocorre esta deterioração, fenómeno que foi agora descoberto por estes cientistas do CNC.

Os investigadores, na sequência de “sucessivos estudos realizados ao longo da última década”, identificaram “um mecanismo celular ativado pelo ATP, que está presente durante o desenvolvimento neuronal e que é anormalmente reativado em modelos animais de doença de Alzheimer, podendo estar na origem da perda de sinapses, que são contactos entre neurónios essenciais para a sua correta comunicação”.

O financiamento de 100 mil dólares vai permitir avaliar se este novo mecanismo contribui para a perda sináptica e de memória na fase inicial da doença de Alzheimer, prosseguiu a nota da UC.

“O ATP ativa um recetor na membrana dos neurónios, desencadeando uma cascata de eventos intracelulares que favorece a perda estrutural das sinapses. O recetor para o ATP que identificámos como estando envolvido neste processo degenerativo induz modificações na atividade de proteínas envolvidas na manutenção do esqueleto celular, comprometendo a estabilidade das sinapses”, explicou Ricardo Rodrigues, o coordenador da equipa de cientistas do CNC, citado pela UC.

“Com a demonstração de que o mecanismo agora identificado contribui para a perda das sinapses”, continuou o investigador, “estaremos mais perto de identificar um alvo terapêutico que impeça o aparecimento da doença de Alzheimer”.

Segundo os especialistas, este mecanismo característico da fase de desenvolvimento neuronal é reativado em situações patológicas como uma tentativa frustrada de recuperar a normal função cerebral, mas acaba por tornar-se prejudicial devido ao contexto inadequado.

Com o financiamento da Alzheimer Association, “vai-se testar em modelos animais (ratinhos) se o bloqueio deste recetor previne a degeneração sináptica e a perda de memória associada”, ou seja, “encontrar uma estratégia terapêutica que evite o surgimento da doença de Alzheimer”, salientou Ricardo Rodrigues.


 
Se for determinada uma estratégia eficaz para a doença de Alzheimer, ela “também será para outras doenças neurodegenerativas, que deverão partilhar este mesmo mecanismo de degeneração e morte celular”, complementou o coordenador da equipa.

“No futuro, poderemos ter um único medicamento para tratar diversas patologias que afetam o sistema nervoso central”, acreditam os investigadores.

A Alzheimer Association é uma organização voluntária para a saúde, sediada em Chicago, “líder mundial no apoio, tratamento e investigação em Alzheimer, quer financiando a investigação para o combate a esta e outras formas de demência, quer no apoio aos doentes”.


Fonte: pt Jornal
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 08/12/2015, 00:12
O enigma do Alzheimer

06 Dezembro

Mosaic Science
A causa da doença de Alzheimer tem perturbado os melhores detetives do mundo científico. Michael Regnier pergunta: pode um mistério destes ser realmente solucionado se juntarmos pistas suficientes?

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Para expiar a morte do seu filho, o Rei de Creta mandou que a cidade de Atenas lhe enviasse 14 jovens, sete rapazes e sete raparigas, a cada sete anos. Uma vez chegados a Atenas, os jovens eram enviados para o Labirinto, em cujo centro vivia o Minotauro, uma criatura monstruosa com um corpo de homem e uma cabeça de touro. Se o Minotauro não matasse os jovens atenienses, estes eram condenados a vaguear pelo Labirinto tortuoso, primeiro perdendo o seu caminho e, eventualmente, as suas vidas.

Este tributo humano foi prestado duas vezes até que Teseu, um príncipe de Atenas, ocupou o seu lugar entre os 14 jovens. Quando o mito é recontado, a maioria das vezes toma-se por garantido que o herói derrota o Minotauro em combate, mas a luta física não é o cerne desta história – é como Teseu supera o desafio mental de percorrer o Labirinto. A par da sua espada, o herói leva consigo um novelo para traçar o seu caminho. Independentemente da profundidade do Labirinto, o novelo guiá-lo-á de volta em segurança.

“Auguste D" – era o nome no arquivo de cartão azul. Auguste Deter, internada no Hospital para Doentes Mentais e Epilépticos de Frankfurt a 25 de novembro de 1901. O médico residente era o Dr. Alois Alzheimer, que a examinou no dia seguinte e ao longo dos três que se seguiram.
A palavra inglesa para “novelo” (clew) está na origem da palavra que atualmente significa “pista” (clue) e as pistas são a melhor forma para resolver um mistério. Mostram-nos que um puzzle, por muito complicado que pareça, tem um uma solução simples. A vida real é mais confusa que os mitos e as ficções, mas continuamos a acreditar que, se conseguirmos juntar pistas suficientes, os nossos problemas podem ser reduzidos a algo controlável.

“Auguste D” – era o nome no arquivo de cartão azul. Auguste Deter, internada no Hospital para Doentes Mentais e Epilépticos de Frankfurt a 25 de novembro de 1901. O médico residente era o Dr. Alois Alzheimer, que a examinou no dia seguinte e ao longo dos três que se seguiram.

— Qual é o seu primeiro nome?

— Auguste.

— E o seu último nome?

— Auguste.

— Qual é o nome do seu marido?

— Auguste, penso eu.

— Do seu marido?

— Ah, o meu marido.

Com 51 anos, Deter sofria de um caso de demência invulgarmente severa e progressiva. O primeiro sintoma tinha sido os intensos ciúmes que sentira em relação ao marido. A sua memória começou a falhar rapidamente, sentia-se frequentemente desorientada e costumava esconder coisas no seu apartamento; por vezes, sentia que alguém a queria matar e começava a gritar. Morreu dentro de cinco anos.
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 21/12/2015, 12:02
Exercícios físicos podem reduzir riscos do Alzheimer
Ao sair do sedentarismo, idosos podem diminuir sintomas de predisposição à doença

(http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/polopoly_fs/1.1458922!/image/image.jpg)

Estudo acompanhou 300 idosos que não tinham o hábito de praticar exercícios físicos e apresentavam comprometimento cognitivo leve. ( Foto: Divulgação )

Uma pesquisa desenvolvida em Rio Claro, no interior paulista, comprovou que, ao sair do sedentarismo, um grupo de idosos conseguiu reduzir sintomas característicos de uma predisposição ao Alzheimer, doença degenerativa que afeta os neurônios e leva à demência. A constatação está na tese de doutorado de Carla Manuela Crispim Nascimento, formada em educação física, trabalho conjunto da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).

“A nossa ideia foi a de trabalhar com uma terapia não farmacológica que auxiliasse na prevenção da doença porque, uma vez diagnosticado, [o Alzheimer] não tem mais o que fazer já que a evolução [do mal] é contínua”, explicou a pesquisadora. Ela recomenda que as pessoas observem sempre se episódios de déficit de atenção estão atrapalhando atividades diárias e, caso esse problema cresça de forma a prejudicar o dia a dia, o ideal é procurar auxílio médico, como um neuropsiquiatra.

Entre 2010 e 2013, Carla e mais cinco pesquisadores atuaram no projeto “A influência de marcadores genéticos específicos sobre os efeitos do exercício físico na inflamação e no neurotrofismo em idosos com comprometimento cognitivo leve”, que selecionou 300 pessoas, com idade entre 60 e 75 anos, que não tinham o hábito de praticar exercícios físicos e apresentavam quadro clínico de comprometimento cognitivo leve.

Nessa condição, a pessoa manifesta alguma dificuldade de memória, mas sem grande impacto na rotina diária. De acordo com a pesquisadora, essa perda está relacionada ao desenvolvimento de placas amilóides, que são cadeias de proteínas levadas ao cérebro pela corrente sanguínea. “Ao aderir ao tecido neural, essas placas ocupam o lugar das células saudáveis, impedem a chegada de oxigênio e interrompem a função dos nerônios”, explicou.

Os pesquisadores observaram que os processos inflamatórios comuns em quem se encontra nesse estágio, bem como a perda de memória, entre outras deficiências cognitivas, tiveram sensível melhora após uma dinâmica de quatro meses de exercícios físicos. As atividades foram aplicadas três vezes por semana com duração de uma hora em cada um dos dias.

“O trabalho mostra que a atividade física estimula respostas biológicas do sistema nervoso que podem conferir maior resiliência contra as perdas que ocorrem em função da idade e da presença da patologia da doença de Alzheimer”, concluiu Orestes Vicente Forlenza, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de São Paulo (FMUSP) e pesquisador no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP.

No entanto, Forlenza adverte que não se pode afirmar que será possível evitar o Alzheimer por meio da atividade física, mas observa que o exercício pode sim “fortalecer o indivíduo e melhorar sua sobrevida funcional diante da doença”.

Testes

O pesquisador relata que, antes e depois da intervenção com a prática de exercícios físicos, os idosos foram submetidos a testes para medir as concentrações de neurotrofinas e citocinas (mediadores pró e anti-inflamatórios). “Clinicamente, os pacientes são submetidos a testes cognitivos (que medem memória, atenção, capacidade visuo-espacial, de abstração, etc) e ao exame neuropsiquiátrico”, explicou.

Segundo Forlenza, o comprometimento cognitivo leve “é uma situação de risco para a demência, particularmente o Alzheimer, mas não é sinônimo da doença em estágio incipiente”. A identificação do Alzheimer é feita por meio de métodos bioquímicos, entre os quais pela análise do liquor e de imagens cerebrais.

Anualmente, de acordo com o especialista, 10% dos pacientes que apresentam esse quadro acabam atingindo um grau de demência, mas uma proporção significativa não apresenta evolução para o Alzheimer, já que “os sintomas podem ter várias causas distintas, algumas delas reversíveis, como a depressão e os distúrbios metabólicos”.

O estudo já foi apresentado em dois congressos fora do Brasil – nos Estados Unidos e na França – e publicada em duas revistas estrangeiras.


Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/vida/online/exercicios-fisicos-podem-reduzir-riscos-do-alzheimer-1.1458921
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: pantanal em 23/12/2015, 20:47
Hillary anuncia plano para combater Alzheimer até 2025

NOVA YORK (Reuters) - A pré-candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton anunciou nesta terça-feira uma série de propostas para combater o Alzheimer e buscar uma cura até 2025, incluindo um aumento do financiamento para a pesquisa sobre a doença e enfermidades relacionadas.
Hillary pediu investimento de 2 bilhões de dólares por ano, durante o período de uma década, para as pesquisas. Segundo sua campanha, isso significa um aumento de quatro vezes em relação aos 586 milhões de dólares no ano passado.
A proposta poderá ajudar a estimular a pesquisa sobre uma doença que não só tem exercido pressão sobre as famílias de classe média --peça central de sua campanha--, mas que deve pesar substancialmente sobre os gastos públicos com o envelhecimento da população dos EUA.
"Devemos isso a milhões de famílias que ficam acordadas à noite preocupadas com seus entes queridos afetados por esta terrível doença e enfrentando a dura realidade...e fazer investimentos de pesquisa que vão prevenir, tratar eficazmente e chegar a uma cura possível em 2025", disse Hillary em comunicado.
O Alzheimer é uma doença cerebral irreversível e progressiva que eventualmente destrói a capacidade de realizar as tarefas mais simples. Mais de 5 milhões de norte-americanos devem ter a doença, que o Instituto Nacional sobre Envelhecimento disse ser a sexta principal causa de morte nos EUA.
(Por Luciana Lopez e Bill Berkrot; com reportagem adicional de Jonathan Allen)



Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/mundo/hillary-anuncia-plano-para-combater-alzheimer-ate-2025-18354609.html#ixzz3vB9UsKfn



Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 04/01/2016, 16:48
Descobertos três subtipos diferentes de Alzheimer

 
Variações do Alzheimer

A doença de Alzheimer, que os cientistas pensavam ser uma doença única, pode na realidade tratar-se de pelo menos três subtipos distintos de demência.

"Como os sintomas variam de pessoa para pessoa, tem havido suspeita há anos de que o Alzheimer representa mais de uma doença," pondera Dale Bredesen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA).

"Quando os exames de laboratório foram além dos testes mais comuns, descobrimos estes três subtipos diferentes," explicou.

Os exames mostraram que uma das três variações do Alzheimer, o subtipo chamado cortical, parece ser uma condição fundamentalmente diferente das outras duas.

"As implicações essenciais disto é que o tratamento ótimo pode ser diferente para cada grupo, pode haver diferentes causas, e, para os ensaios clínicos [de medicamentos] futuros, pode ser útil estudar os grupos específicos separadamente," disse Bredesen.

Descoberta questiona novas terapias para tratamento de Alzheimer
Tipos de Alzheimer

Os três subtipos de Alzheimer identificados pelos novos exames são:

Inflamatório - apresenta um aumento na proporção de biomarcadores, tais como a proteína C-reativa e a albumina do soro, em relação à globulina.
Não-inflamatório - estes biomarcadores não registram aumento, mas estão presentes outras anormalidades metabólicas.
Cortical - afeta indivíduos relativamente jovens e aparece mais amplamente distribuída pelo cérebro do que os outros subtipos da doença de Alzheimer. Normalmente não parece causar perda de memória no início, mas as pessoas com este subtipo da doença tendem a perder capacidades linguísticas. Muitas vezes é diagnosticado incorretamente porque geralmente afeta pessoas que não têm um gene relacionado ao mal de Alzheimer e está associado com uma deficiência significativa de zinco.
Teorias

Os resultados, que envolveram exames metabólicos de 50 pacientes, ao longo de dois anos, foram publicados no periódico científico Aging.

Se esses resultados se confirmarem em exames envolvendo um número maior de pacientes, poderá ser necessário segmentar as pesquisas envolvendo a doença e, eventualmente, desenvolver tratamentos diferenciados para cada tipo.

Na verdade, muitos pesquisadores afirmam que é necessário desenvolver uma nova teoria sobre a Doença de Alzheimer, uma vez que ainda não existem tratamentos depois de décadas de pesquisas com base na teoria atual sobre as placas beta-amiloides.


fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=subtipos-alzheimer&id=11080
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Fisgas em 26/01/2016, 17:01
Inflamação no cérebro pode ser parte essencial do Alzheimer
Redação do Diário da Saúde

Inflamação no cérebro pode ser parte essencial do Alzheimer

(http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/celulas-microglia-alzheimer.jpg)
Células microgliais (verde) se acumularam e proliferaram (vermelho) ao redor de uma placa de amiloide beta (azul). [Imagem: Universidade de Southampton]

 
Células imunes

Bloquear um receptor no cérebro responsável pela regulação das células do sistema imunológico pode proteger contra as alterações de memória e comportamento observadas na doença de Alzheimer.

Os cientistas acreditavam que a doença de Alzheimer atrapalharia a resposta imune do cérebro, mas novos experimentos reforçam evidências de que a inflamação no cérebro pode de fato dirigir o desenvolvimento da doença.

Os resultados sugerem que, reduzindo essa inflamação, a progressão da doença pode ser interrompida.

Microglia

Os pesquisadores da Universidade de Southampton (Reino Unido) usaram amostras de tecido de cérebros saudáveis e de cérebros com a doença de Alzheimer, todos da mesma idade.

Ao contar a quantidade de um tipo específico de célula imune, conhecida como microglia, verificou-se que elas eram mais numerosas nos cérebros com a doença de Alzheimer. Além disso, a atividade das moléculas que regulam a população de microglia está diretamente correlacionada com a gravidade da doença.

Experimentos em animais de laboratório então mostraram que, bloqueando o receptor responsável pela regulação da microglia, conhecido como CSF1R, as habilidades cognitivas melhoram e se evita a proliferação das células microgliais conforme a doença progride.

Além disso, o inibidor impediu a perda de pontos de comunicação entre as células nervosas do cérebro associadas com a doença de Alzheimer, e os camundongos tratados demonstraram menos problemas de memória e comportamentais em comparação com os animais não tratados.

Mais importante, o número de microglias saudáveis necessárias para manter a função imunológica normal no cérebro foi mantida, sugerindo que o bloqueio da CSF1R só reduz o excesso de microglia.

Amiloides beta

O que o estudo não descobriu foi uma redução correlacionada do número de placas amiloides no cérebro, uma característica da doença de Alzheimer. Isso apoia estudos anteriores que defendem que outros fatores podem desempenhar um papel mais importante no declínio cognitivo do que o crescimento das placas amiloides beta.

Proteína beta-amiloide do Alzheimer pode ter efeito benéfico
"O próximo passo será trabalhar em estreita colaboração com nossos parceiros na indústria para encontrar uma droga segura e adequada que possa ser testada para ver se ela funciona em humanos," disse o Dr. Diego Gomez-Nicola, que liderou o estudo publicado na revista Brain.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=inflamacao-cerebro-parte-essencial-alzheimer&id=11114
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Claram em 02/02/2016, 13:14
Descoberto mecanismo que evita perda de memória no Alzheimer
Redação do Diário da Saúde

Descoberto mecanismo que evita perda de memória no Alzheimer
As proteínas beta-amiloides recrutam PTEN em excesso para as sinapses, atrapalhando a formação da memória.

 (http://www.diariodasaude.com.br/news/imgs/pten-alzheimer.jpg)
Plasticidade sináptica

Acaba de ser descoberto um mecanismo capaz de impedir a perda de memória associada à doença de Alzheimer.

Os neurônios comunicam-se uns com os outros por conexões sinápticas - nas sinapses, a informação é trocada entre um neurônio e os seus vizinhos.

Essas conexões não são estáticas, sendo continuamente moduladas em resposta à atividade que estiver sendo executada pelo neurônio.

Esse processo, conhecido como plasticidade sináptica, é um mecanismo fundamental para a aprendizagem e a memória, nos seres humanos e em todos os animais.

São alterações na plasticidade sináptica as responsáveis pela diminuição da memória em distúrbios cognitivos, tais como a doença de Alzheimer. Mas os mecanismos precisos pelos quais essas alterações ocorrem ainda precisam ser desvendados.

Proteger as sinapses

Shira Knafo (Universidade do País Basco) e José Esteban (Universidade Autônoma de Madri) descobriram agora que, na doença de Alzheimer, a plasticidade sináptica é alterada por uma proteína já conhecida, mas que vinha sendo originalmente associada com a supressão de tumores: a PTEN.

Em 2010, o mesmo grupo havia descoberto que a PTEN é recrutada pelas sinapses durante a plasticidade sináptica normal. Agora, eles descobriram como este mecanismo de recrutamento fica descontrolado durante a doença de Alzheimer.

Um dos agentes patológicos da doença, as proteínas beta-amiloides, disparam PTEN em excesso nas sinapses, desequilibrando os mecanismos de plasticidade sináptica e enfraquecendo a formação da memória.

Preservar a memória no Alzheimer

A boa notícia é que a equipe encontrou um meio de evitar que a PTEN seja levada às sinapses em resposta à ação das proteínas beta-amiloides.

Usando um camundongo geneticamente modificado para funcionar como modelo da doença de Alzheimer, os pesquisadores desenvolveram uma substância para proteger as sinapses do excesso de PTEN. Em resposta ao fármaco, os neurônios se tornaram resistentes à beta-amiloide, e os camundongos com Alzheimer preservaram sua memória.

Embora esta seja uma pesquisa em estágio inicial, baseada apenas em modelos animais básicos, e ainda sem qualquer estudo de toxicidade e eficácia da nova substância em humanos, ela ajuda a desvendar os mecanismos que controlam a função cognitiva, apontando possíveis caminhos terapêuticos para patologias mentais em que estes mecanismos deixam de funcionar.

Fonte: http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=descoberto-mecanismo-evita-perda-memoria-alzheimer&id=11150
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Fisgas em 21/02/2016, 10:09
Curar Alzheimer com recuperação de neurónios

(http://cdn.cmjornal.xl.pt/2016-02/img_970x410$2016_02_20_01_38_59_515272.jpg)

Estima-se que perto de 90 mil portugueses sofram da doença. Por Teresa Oliveira PERGUNTA CM Conhece sintomas de Alzheimer? SIM NÃO António tinha convidados em casa, quando o pai, 73 anos, entrou na sala e começou a urinar. Estava confuso e reagiu com agressividade quando o filho o abordou. Não sabia quem ele era. Este é um caso real, de entre as cerca de 90 mil pessoas que sofrem de Alzheimer em Portugal. Mas é também um cenário que pode estar perto do fim. A comunidade científica mundial está esperançada em que a cura para o Alzheimer possa estar num novo medicamento. Trata-se do LM11A-31, ou C31, uma substância que já curou a doença em ratos. Mais do que tratar sintomas, o C31 visa recuperar os neurónios destruídos. "A atuação do C31 interrompe o processo de degradação dos neurónios. Nesse aspeto, reflete uma nova abordagem", explica ao CM o neurologista Bruno Rodrigues, travando, porém, o otimismo: "É possível que, parcialmente, aconteça alguma recuperação. Resta saber se esse efeito se confirma nos humanos e se isso permite recuperar a memória." O ceticismo prende-se com o facto de os testes em humanos ainda estarem numa fase inicial. "Já aconteceu o mesmo com outros medicamentos, não se confirmando a cura. Também os efeitos secundários podem comprometer uma aprovação", alerta, explicando que o processo de aprovação é moroso. Os efeitos da C31 são uma descoberta do neurologista norte- -americano Frank Longo, da Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford. A substância está a ser atualmente testada em 72 pessoas. Exercício físico beneficia a capacidade cerebral O exercício físico tem inúmeros benefícios conhecidos para a saúde. Cada vez mais especialistas defendem que a atividade física regular tem, também, efeitos positivos no cérebro. Estudos demonstram que pessoas fisicamente ativas são menos propensas a sofrer um declínio na sua função mental e têm um menor risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Os especialistas defendem que praticar exercício várias vezes por semana, durante 30 a 60 minutos, melhora a memória, o raciocínio e a habilidade de pensamento (função cognitiva) e atrasa o surgimento da doença de Alzheimer nas pessoas em risco de desenvolver a doença. O Alzheimer ao microscópio

Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/nacional/sociedade/detalhe/cura_para_alzheimer_esta_em_recuperar_neuronios.html


Correio da manhã
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: pantanal em 24/02/2016, 10:41
Novo tratamento pode devolver memória a doentes de Alzheimer

23/2/2016,
Um tratamento testado em ratos conseguiu devolver a memória à maior parte dos indivíduos da amostra. A técnica ainda não foi testada em humanos, mas pode representar um avanço na cura do Alzheimer.


Cientistas australianos desenvolveram um tratamento que pode eliminar substâncias neurotóxicas causadoras de perda de memória e de funções cognitivas em pessoas com Alzheimer. A técnica, testada em ratos, conseguiu devolver a memória a 75% da amostra através de uma tecnologia ultrassónica não invasiva. Mas o tratamento ainda não foi testado em humanos.

O desenvolvimento de Alzheimer deve-se normalmente a dois tipos de lesões: placas de amiloides – filamentos de proteínas que se depositam nos tecidos do corpo prejudicando a sua função – e novelos neurofibrilares – que alteram a composição do citoplasma dos neurónios do córtex cerebral. Essas placas depositam-se entre os neurónios formando massas densas de moléculas de proteínas. Os novelos, por sua vez, estão dentro das células e nascem a partir de proteínas deformadas que formam uma massa insolúvel. Essa massa origina filamentos que se emaranham e impedem o transporte de matérias essenciais, como os nutrientes.

Estes investigadores dizem que foram capazes de eliminar estas lesões utilizando uma terapêutica de ultrassom focalizado, que envia ondas sonoras para o interior do cérebro. A sua oscilação é tão rápida que essas ondas conseguem contornar a barreira hematoencefálica (uma camada permeável que protege o cérebro de bactérias) e ativar as células gliais, que protegem os neurónios. Como essas células são as responsáveis pela “limpeza” das células, tornam-se capazes de eliminar as placas de amiloides.

Nenhum dos ratos onde o tratamento foi testado e bem-sucedido apresentou danos colaterais, garantiram os cientistas no comunicado de imprensa. Pelo contrário, ficaram mais capacitados para identificar objetos, recordar espaços que devem evitar e lembrar caminhos em labirintos.


Fonte: Observador
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 06/04/2016, 15:04
Câmara de Sintra promove Sessão de Sensibilização sobre a Doença de Alzheimer

(http://www.cm-sintra.pt/images/imagens_2016/mar%C3%A7o/alzheimer.jpg)

A Câmara Municipal de Sintra, em parceria com a Associação Alzheimer Portugal vai realizar no dia 06 de abril às 16h45, no Auditório da Escola Secundária de Santa Maria, uma sessão de sensibilização dirigida a professores e à comunidade educativa sobre a problemática das demências, designadamente a Doença de Alzheimer. 

Esta sessão de sensibilização faz parte do Ciclo de Formação "Esquecido na Mente, Guardado no Coração" destinado, essencialmente, aos alunos dos Cursos Profissionais de Técnico Auxiliar de Saúde e Técnico de Apoio Psicossocial da Escola Secundária de Santa Maria do Agrupamento de Escolas Monte da Lua, a quem é concedida a oportunidade de adquirir conhecimentos sobre a problemática das demências e suas implicações na vida dos doentes e seus cuidadores.

Temas como a “Introdução às Demências”, “Os vários tipos de demência e suas características”, “A sobrecarga do Cuidador Familiar e Profissional”, “O Bem-Estar da Pessoa com Demência”, entre outros aspetos, serão abordados nas 15 ações de formação a decorrer até 19 de abril, e constituem uma vantagem na valorização do Plano Curricular destes cursos profissionais, fornecendo aos alunos ferramentas fundamentais para um futuro desempenho profissional.


Fonte: http://www.cm-sintra.pt/camara-de-sintra-promove-sessao-de-sensibilizacao-sobre-a-doenca-de-alzheimer
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: salgado18 em 27/05/2016, 15:17
Alzheimer pode dever-se a infeções? Sim, dizem cientistas

Um grupo de cientistas de Harvard sugere que a doença de Alzheimer surge quando o cérebro responde a uma infeção. Esta ideia poderá revolucionar por completo a investigação feita até agora.


(https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1370x587/naom_5747e8e7042b3.jpg?1464330490)
   
Uma investigação liderada por cientistas de Harvard questiona a mais amplamente aceite versão sobre a origem da doença de Alzheimer e, se se confirmar, deita por terra muitas tentativas de travar a doença que têm sido desenvolvidas.


Há anos que se acredita que a doença de Alzheimer pode ter que ver com a presença de placas beta-amilóides no cérebro – uma vez que estas surgiam sempre nos cérebros das pessoas com Alzheimer e não nas com o cérebro saudável.

Mas os investigadores deste estudo publicado esta semana na revista Science Translational Medicine acreditam ter descoberto que as placas beta-amilóides encontradas nos cérebros das pessoas com a doença são, na verdade, um resíduo do sistema imunitário. Um tipo de antibiótico que é a primeira linha de defesa contra uma infeção, como reporta o New York Time.

Ainda é cedo para revelar uma conclusão final mas este estudo, que está a ser feito em animais, causou um grande impacto entre os cientistas que têm investigado esta doença.

De acordo com a nova hipótese levantada, a doença de Alzheimer ocorre quando um vírus, uma bactéria ou fungo entra no cérebro, passando através de uma membrana - a hematoencefálica – que enfraquece à medida que envelhecemos.

O sistema de defesa do cérebro é rápido a travar o invasor construindo uma espécie de jaula pegajosa formada pela proteína beta-amilóide. O micróbio em questão fica preso nesta jaula como uma mosca numa teia de aranha e morre. Mas a jaula permanece, e é isso que, eventualmente, leva à doença de Alzheimer.

Robert Moir, do Massachusetts General Hospital, liderou a investigação e destaca que as conclusões do estudo sugerem que a visão que se tem tido nos últimos 30 anos é “incompleta”.


Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/595723/alzheimer-pode-dever-se-a-infecoes-sim-dizem-cientistas
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 07/06/2016, 11:48
Cerveja ajuda a proteger cérebro contra Alzheimer

(http://www.24horasnews.com.br/files/imagens_noticias/cerveja-ajuda-a-proteger-cerebro-contra-alzheimer.jpg)

A cevada – que diminui risco de infarto, de pedra nos rins e aumenta o colesterol bom – pode proteger o cérebro por diminuir o acúmulo de proteínas que causam os sintomas do Alzheimer
 Cerveja ajuda a proteger cérebro contra Alzheimer
Um estudo feito na Finlândia mostra que cérebro de quem bebe cerveja – com moderação – tem menos chance de desenvolver sintomas do mal de Alzheimer.

A cevada – que diminui risco de infarto, de pedra nos rins e aumenta o colesterol bom – pode proteger o cérebro por diminuir o acúmulo de proteínas que causam os sintomas do Alzheimer.

A pesquisa revelou uma relação surpreendente: os homens que tinham o hábito de beber cerveja tinham uma concentração de placas beta-amilóide menor do que aqueles que não bebiam. Essas placas envolvem os neurônios, impedindo a comunicação entre eles.

E o benefício é exclusivo da cevada: aqueles que bebiam vinho ou destilados não apresentaram redução do acúmulo da proteína.

Os cientistas ainda não entendem de que forma a cerveja se relaciona a um menor acúmulo de placas beta-amilóide mas sabem que todas as explicações para os sintomas do Alzheimer tem relação com o acúmulo dessas estruturas.

Pesquisa

O estudo analisou o cérebro de 125 homens que morreram em Helsinki, de 35 a 70 anos. Os mais velhos tinham uma quantidade maior de placas das proteínas beta-amilóides – o que é normal, considerando que o Alzheimer se manifesta geralmente a partir dos 65 anos.

No Alzheimer, esses neurônios presos se atrofiam e o paciente passa a apresentar distúrbios de memória, de comportamento e de personalidade.

Os cientistas não encontraram relação entre a quantidade de bebida e o tamanho das placas, então não adianta beber mais para aumentar a proteção.

Combo

Outra boa pedida contra o Alzheimer é o café.Se a cerveja dá sinais de que não deixa as placas se acumularem, o café faz uma faxina no cérebro.

Pesquisadores da Universidade Old Dominion, nos Estados Unidos, fizeram testes com ratos no ano passado e a substância reduziu em até 50% a quantidade de beta-amilóide já acumuladas no cérebro dos animais.

Acredita-se que a proteína beta-amilóide seja seja a responsável pela formação de placas nas células nervosas que destroem as sinapses – e desencadear o Alzheimer.

Fonte: http://www.24horasnews.com.br/noticias/ver/cerveja-ajuda-a-proteger-cerebro-contra-alzheimer.html
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: salgado18 em 21/06/2016, 19:11
Novo exame de sangue detecta Alzheimer em seus estágios iniciais com 100% de precisão

 
Publicado em 14.06.2016   
teste alzheimer

(http://hypescience.com/wp-content/uploads/2016/06/teste-alzheimer-838x340.jpg)

O que torna a doença de Alzheimer tão aterrorizante é a sua inevitabilidade. Não temos vacinas ou medidas preventivas, de forma que ou você tem (ou terá) Alzheimer ou não. E uma vez que você tenha, há pouca esperança de recuperação, porque não temos nenhum tratamento ou cura.
Cientistas podem ter descoberto tratamento para o Alzheimer
Mas e se pudéssemos detectar a doença anos antes que seus sintomas começassem a aparecer, para dar não só aos pacientes a chance de retardar sua progressão, mas também aos pesquisadores uma melhor visão sobre como ela se desenvolve?

 
A “prova de conceito” de um novo exame de sangue acaba de ser concluída, e a equipe responsável relatou “uma precisão sem paralelo” na detecção dos estágios iniciais da condição.
“É comumente aceito atualmente que as mudanças relacionadas ao Alzheimer começam no cérebro pelo menos uma década antes do surgimento de sintomas reveladores”, diz Robert Nagele, membro da equipe, da Universidade de Rowan, nos EUA.
“Pelo nosso conhecimento, esta é a primeira análise de sangue utilizando biomarcadores de auto-anticorpos que podem detectar com precisão a doença de Alzheimer em um ponto mais cedo no decurso da doença, quando os tratamentos são mais suscetíveis a serem benéficos – isto é, antes que uma devastação muito grande do cérebro ocorra”.

O teste

O teste foi concebido para detectar uma fase precoce da doença chamada Leve Comprometimento Cognitivo de Alzheimer (MCI, na sigla em inglês), e distingui-la de casos similares de declínio mental que são causados por outros fatores, como problemas vasculares, depressão crônica, abuso de álcool e efeitos colaterais de certas drogas.
Esse jogo poderá dizer se você tem Alzheimer
Para o teste, Nagele e sua equipe recolheram amostras de sangue de 236 participantes, incluindo 50 que tinham sido diagnosticados com MCI, 50 com doença leve a moderada de Alzheimer, 50 pessoas saudáveis, e o restante tinha sido diagnosticado com doença leve a moderada de Parkinson, uma fase precoce de Parkinson, esclerose múltipla ou câncer de mama.
Os pacientes com MCI tinham sido diagnosticados com base em níveis baixos de beta-amilóide 42 peptídicos no líquido cefalorraquidiano, que tem sido identificado como um predecessor da rápida progressão do Alzheimer.
Para analisar o sangue, o teste utiliza uma série de microarranjos de proteínas humanas – catálogos de 9.486 proteínas únicas – para atrair auto-anticorpos no sangue que podem estar ligados à doença.
Outras doenças

Os auto-anticorpos são um tipo particular de anticorpos produzidos pelo sistema imune para atingir certas proteínas no organismo. Isto às vezes pode dar errado, e acabar como uma doença auto-imune, mas a forma como eles respondem a diferentes tipos de doenças faz deles um novo candidato muito promissor para a detecção e diagnóstico.
Os investigadores identificaram os 50 melhores biomarcadores de auto-anticorpos para MCI e outras doenças diagnosticadas em seus participantes, e quando os usaram para analisar as amostras de sangue, descobriram que eram 100% precisos na taxa global de precisão, sensibilidade e especificidade na detecção de amostras de sangue com MCI.
Usando este método, o teste também foi bem sucedido na detecção de Alzheimer precoce e moderado (98,7%), da fase inicial do Parkinson (98%), esclerose múltipla (100%) e câncer da mama (100%).
10 Sintomas de Alzheimer
A equipe diz que, embora esses resultados sejam animadores, eles precisam testar o método em uma amostra muito maior e mais diversificada, para ver se a média de 100% oscila com dados adicionais.
Embora saber que você tem Alzheimer mais cedo do que mais tarde não vai impedi-lo de desenvolver a doença por completo, poderia dar aos pacientes a oportunidade de se inscrever para ensaios clínicos de novos medicamentos e tratamentos, planejar cuidados médicos futuros, e até mesmo explorar formas de ajudar a retardar sua progressão, define a equipe de pesquisadores.
O Alzheimer é responsável por 50% a 80% dos casos de demência no mundo, o que mostra que testes como este são extremamente necessários. Talvez, se conhecermos melhor esta doença em seus estágios iniciais, podemos ser capazes de descobrir como ela começa e como preveni-la. [Science Alert]


Fonte: http://hypescience.com/alzheimer-precisao/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: salgado18 em 24/06/2016, 11:15
Alzheimer: descoberta forma de eliminar primeiros sintomas

http://www.esquerda.net/sites/default/files/styles/480y/public/alzhiemer_0.jpg?itok=bRSdeqXN
Uma equipa internacional coordenada pelo investigador português, Rodrigo Cunha descobriu como eliminar os primeiros sintomas de Alzheimer em modelos animais o que é considerado como um “avanço extraordinário” no combate à doença.
22 de Junho, 2016 - 17:09h

A Universidade de Coimbra (UC) revelou que esta descoberta foi possível porque “pela primeira vez os cientistas focaram o estudo na causa dos primeiros sintomas da doença”, que são as perturbações na memória, causadas por modificações da chamada “plasticidade das sinapses no hipocampo”.

“O hipocampo desempenha um papel essencial na memória, funcionando como o gestor do gigantesco centro de informação recebida pelo cérebro. Das dezenas de milhões de sinais recebidos, o hipocampo tem de selecionar a informação relevante e validá-la, atribuindo-lhe uma espécie de ‘carimbo de qualidade’. Quando ocorrem falhas, este gestor assume que toda a informação é irrelevante”, revela uma nota da UC, citada pela Lusa.

Recuperação do sistema sináptico

Sendo as sinapses “as responsáveis pela transmissão de informação no sistema nervoso”, ao garantirem a comunicação entre neurónios, “a equipa utilizou um modelo animal duplo mutante - com a modificação de dois genes da proteína APP, que causam doença de Alzheimer em seres humanos - para rastrear toda a atividade destas ligações e identificar o que impede o hipocampo de processar e gerir corretamente” a informação obtida.

Os resultados desta investigação representam “um avanço extraordinário para o desenvolvimento de estratégias de combate à doença de Alzheimer, pois conseguiu-se recuperar o funcionamento sináptico”, sublinhou Rodrigo Cunha.

O investigador considera que, “do ponto de vista ético, é criticável se não se prosseguir para ensaios" em humanos e garante que estes são seguros para os doentes, tendo ainda acrescentado que em Coimbra há “todas as condições para avançar”, embora seja necessário assegurar financiamento.

Este estudo foi realizado ao longo de três anos pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e contou com a participação de 15 investigadores portugueses e franceses tendo sido financiado pelo Prémio Mantero Belard de Neurociências da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e pela Association Nationale de Recherche de França.


Fonte: esquerda net
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 20/09/2016, 16:01
Alzheimer atinge 50 a 70% das pessoas com demência
         
(https://deficiente-forum.com/proxy.php?request=http%3A%2F%2Fwww.pcd.pt%2Ffotos%2Fnoticias%2Fbig1474366100.jpg&hash=e986b6d3952c223b5dec812a1cf46dd9)
 Alzheimer atinge 50 a 70% das pessoas com demência no dia 20 de Setembro de 2016
Cinquenta a setenta por cento dos portugueses com demência sofrem de Alzheimer, disse à agência Lusa a responsável pela consulta de demência do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
"O número de portugueses [cerca de 160 mil] com demência é uma estimativa adaptada às características da nossa população, com base em estudos efetuados para os países da Europa do sul", precisou a médica Isabel Santana.
A neurologia coordena a exposição científica sobre aquela patologia que é inaugurada amanhã em Coimbra, no Museu Machado de Castro, intitulada "Desenhar o tempo", que se insere nas  comemorações do Dia Mundial da Doença de Alzheimer.
A mostra, que vai estar patente até 31 de outubro, retrata a forma como "se desenha o tempo na demência" e pretende, segundo Isabel Santana, "apenas sensibilizar as pessoas para a doença e nada mais".
Trata-se de uma experiência cognitiva e gráfica que permite compreender o funcionamento do cérebro humano e conhecer as suas fragilidades, de forma a sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce da demência e da doença de Alzheimer.
"Esta exposição é dedicada ao Teste do Desenho do Relógio (TDR), um dos testes cognitivos mais populares tanto na deteção como no acompanhamento da evolução de doentes de Alzheimer", explica a neurologista do CHUC.
Os avanços alcançados no diagnóstico cada vez mais precoce têm sido acompanhados pela inovação em fármacos com potencial de prevenção, que podem retardar o aparecimento de sintomas e a progressão da doença.


DD
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Oribii em 22/09/2016, 10:47
Menina cria aplicação para que a avó com Alzheimer não a esqueça

(http://static.globalnoticias.pt/storage/DN/2016/dn2015_detalhe_topo/ng7613963.jpg)

 
Emma Yang tem desde os 8 anos uma paixão tecnologia, tendo desenvolvido a aplicação com uma médica especialista na doença

A avó de Emma Yang tem Alzheimer, doença que afeta 44 milhões de pessoas em todo o mundo. A doença faz com que tenha dificuldade em reconhecer caras, a sua própria família. Emma Yang, de 12 anos, quis arranjar uma forma de se manter na memória da sua avó e para isso criou uma aplicação: Timeless.


DN



 

Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 24/09/2016, 10:09
Dia Mundial da Doença de Alzheimer assinalou-se a 21 de setembro

(http://www.pcd.pt/fotos/noticias/big1474640878.jpg)

no dia 23 de Setembro de 2016

O Museu Machado de Castro em parceria com a Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer, vai promover uma exposição intitulada “desenhar o tempo”, para sensibilizar para a importância do diagnóstico precoce da demência e da Doença de Alzheimer.

A inauguração da exposição está agendada para as 18 horas, no dia 21 de setembro, e insere-se nas comemorações do Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

“Esta exposição é dedicada ao Teste do Desenho do Relógio (TDR), um dos testes cognitivos mais populares tanto na deteção como no acompanhamento da evolução de doentes de Alzheimer”, explica Isabel Santana, coordenadora científica da exposição e neurologista responsável pela Consulta de Demência do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

A estimativa de Portugueses com mais de 60 anos e com demência ronda os 160.000 e, destes doentes, 50-70 por cento sofrem de doença de Alzheimer. A perda de memória é geralmente o sintoma inicial e dominante desta patologia neurodegenerativa a qual gradualmente vai afectando outras capacidades cognitivas, acabando por comprometer a autonomia dos doentes no seu quotidiano. A representação do tempo através de  um relógio envolve a ativação de várias regiões cerebrais e a colaboração de múltiplas funções cognitivas (visuais, abstração, conhecimento dos números, capacidades de organização e de execução...), capacidades essas que se vão perdendo progressivamente nas demências. A utilização desta prova na prática clínica implicou a realização de estudos na comunidade que permitiram definir objetivamente os padrões de normalidade de acordo com a idade e a escolaridade e caracterizar os erros mais frequentes nas diversas formas de demência.

A identificação dos doentes com Doença de Alzheimer justifica-se pela disponibilidade de medicação sintomática que permite minorar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos doentes e familiares. Os avanços alcançados no diagnóstico cada vez mais precoce, têm sido acompanhados pela inovação em fármacos com potencial de prevenção ou que poderão retardar o aparecimento de sintomas e a progressão da doença. O envelhecimento activo, baseado em programas que associam actividade física e estimulação cognitiva, é também uma estratégia preventiva com eficácia comprovada e que deve ser implementada na comunidade.

O teste do desenho do relógio é um instrumento neuropsicológico breve e ecológico que reflecte a evolução da doença mas que também tem sensibilidade para revelar os benefícios e reconquistas das novas estratégias de intervenção.

A exposição “desenhar o tempo” é uma experiência cognitiva e gráfica que nos permite compreender o funcionamento do cérebro humano e conhecer as suas fragilidades e estará patente no Museu Machado de Castro até ao dia 31 de outubro de 2016.


PCD
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 18/10/2016, 15:08
Doença de Alzheimer: pode ser tratada com terapia genética?

(http://www.pcd.pt/fotos/noticias/big1476781520.jpg)

no dia 18 de Outubro de 2016

Investigadores do Reino Unido desenvolveram um método capa de impedir o desenvolvimento da doença de Alzheimer através de injecção de um vírus que transporta um gene específico para o cérebro, dá conta um estudo publicado no "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Estudos anteriores realizados pela mesma  equipa de investigadores do Imperial College de Londres, no Reino Unido, já tinham sugerido que este gene, denominado PGC1-alfa, poderia impedir a formação da proteína beta-amiloide nas células.

O peptídeo beta-amiloide é o principal componente das placas beta-amiloide presentes no cérebro dos pacientes com doença de  Alzheimer. Acredita-se que estas placas desencadeiam a morte das células cerebrais. Os intomas desta doença, para a qual ainda não existe cura, incluem perda de memória, confusão e alteração de humor ou personalidade.

Para o estudo, os investigadores utilizaram um vírus modificado, denominado vector lentivírus, que é habitualmente utilizado na terapia genética. O vírus, que continha o gene PGC1-alfa, foi injectado em duas áreas do cérebro de ratinhos suscetíveis à doença de Alzheimer, o hipocampo e o córtex, que são as primeiras a desenvolver placas amiloide. A proteína PGC1-alfa está envolvida em processos metabólicos, incluindo na regulação do metabolismo do açúcar e gordura.

Os danos no hipocampo afectam a memória de curto prazo e fazem com que um indivíduo se esqueça de eventos recentes, como uma conversa ou o que comeu ao pequeno-almoço. O  hipocampo também é responsável pela orientação, sendo que os danos nesta área podem, por exemplo, fazer com que as pessoas se percam em percursos conhecidos.

Por outro lado, o córtex é responsável pela memória de longo prazo, raciocínio e humor. Os danos nesta zona do cérebro podem desencadear sintomas como depressão, dificuldade em se vestir ou cozinhar uma recita habitual.

No estudo, os animais foram tratados nos estadios iniciais da doença de Alzheimer, quando as placas amiloides ainda não se tinham desenvolvido. Após quatro meses, os investigadores constataram que os ratinhos que receberam o gene tinham menos placas amiloides e um melhor desempenho nas tarefas de memória, comparativamente com os animais do grupo de controlo.

O estudo apurou ainda que não houve perda de células cerebrais no hipocampo dos ratinhos tratados. Estes animais apresentaram também uma redução no número de células da glia, que, no caso da doença de Alzheimer, podem libertar substâncias inflamatórias que causam mais danos.

Os autores do estudo concluem que esta terapia genética pode abrir portas para o desenvolvimento de novos e potenciais tratamentos para a doença.

 
PCD
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Claram em 02/02/2017, 11:36
Alzheimer e outras demências: como lidar com alterações cognitivas e comportamentais

 (https://i2.wp.com/www.postal.pt/wp-content/uploads/2016/12/margarida-rebolo-neuroser-e1482509546507.jpg?w=500)
Margarida Rebolo *

No âmbito do ciclo de sessões práticas e informativas sobre doença de Alzheimer e outras demências dirigido a cuidadores e familiares, promovido entre os meses de Fevereiro e Junho pelo NeuroSer, a neuropsicóloga do centro dedicado às doenças neurológicas, Margarida Rebolo, avança algumas questões que serão esclarecidas na primeira sessão sob o tema “Como lidar com as alterações cognitivas e comportamentais”. A sessão tem lugar no próximo dia 6 de Fevereiro, das 18 às 19 horas em Lisboa.

Todas as pessoas com demência sofrem alterações cognitivas e comportamentais?

A demência diz respeito a um conjunto de doenças progressivas que afectam a cognição (ex: memória ou atenção) e o comportamento, pelo que todos os indivíduos com esta condição experienciam alterações em pelo menos um destes domínios. É muito frequente existirem problemas cognitivos e comportamentais em simultâneo.

Sabemos que os cuidadores têm mais dificuldade em aceitar e gerir mudanças de comportamento ou da personalidade do que as alterações cognitivas decorrentes da doença. Por exemplo, poderão ter mais dificuldade em aceitar a verbalização de palavrões (que anteriormente não era habitual) do que esquecimentos.

Quais as alterações cognitivas e comportamentais mais comuns na demência?

Alterações cognitivas

As funções cognitivas afectadas, pelo menos numa fase inicial, dependem do tipo de demência em questão. Se estivermos a falar na doença de Alzheimer (o tipo de demência mais prevalente) o sintoma mais notório é a dificuldade em recordar coisas recentes, o que pode levar a que a pessoa não se lembre de eventos importantes e que repita a mesma pergunta ou afirmação várias vezes. Também podem existir alterações ao nível da capacidade de concentração, da linguagem e da percepção visual, por exemplo. Em fases mais avançadas as alterações são difusas, não havendo um perfil tão distintivo.

Alterações comportamentais

As manifestações comportamentais decorrentes da demência podem passar por perda de interesse nos amigos ou nas actividades de vida diária, negligência pessoal (aparência e higiene), agressividade, deambulação, desinibição, acumulação de objectos, entre outros.

É possível prevenir estas alterações?

Alterações cognitivas

Não é possível prevenir as alterações cognitivas pois elas são uma manifestação incontornável da doença. No entanto, existem estratégias que podem ser postas em prática de modo a diminuir a exigência cognitiva das tarefas do dia-a-dia, acabando por penalizar menos a pessoa com demência. A estimulação mental e física através da participação em actividades significativas pode contribuir para desacelerar o ritmo de deterioração cognitiva.

Alterações comportamentais

Quando as alterações comportamentais são uma consequência directa da doença – pela afectação da região cerebral responsável por inibir comportamentos desadequados – não é possível preveni-las. No entanto, existem intervenções farmacológicas e não farmacológicas que permitem diminuir a intensidade das mesmas.

Ainda assim, muitas vezes as manifestações comportamentais são reactivas a um estado interno ou factor externo negativo. Alguns destes comportamentos podem sinalizar necessidades básicas da pessoa que não estão a ser supridas (ex: fome, dor, aborrecimento, isolamento). Neste caso, garantir que a pessoa está sempre confortável e segura pode ser uma boa forma de prevenir comportamentos indesejados.

No caso de uma pessoa com demência, o comprometimento cerebral pode levar a que tenha uma percepção da realidade diferente da das pessoas saudáveis (por exemplo, pode estar desorientada no tempo e no espaço e pode não se lembrar de algum evento recente). No entanto, o facto da pessoa ter uma visão diferente da dos outros não é suficiente para gerar comportamentos desafiantes. Estes normalmente surgem quando a pessoa com demência é confrontada com uma realidade que, pela doença, não é a sua. Por exemplo, tentar convencer a pessoa com demência que não está a ver a sua mãe mas sim o seu reflexo no espelho pode levar a um quadro de agitação e agressividade.

O que fazer perante estas alterações?

Alterações cognitivas

Um dos aspectos mais importantes a considerar quando abordamos pessoas com demência é focarmo-nos nos seus pontos fortes e não na evocação de factos. Se pedirmos a opinião à pessoa esta poderá ser engraçada, triste, incomum e até controversa, mas nunca estará errada. Cada pessoa poderá ter a sua opinião. Assim, em vez de, por exemplo, perguntar “Onde passou as férias do verão?” (uma pergunta de memória, que tem uma resposta certa ou errada), pergunte “Prefere campo ou praia? Porquê?” ou “Para onde é que me aconselha a ir viajar?” (perguntas de opinião). A comunicação com uma pessoa com demência não deve ser um teste de memória, pelo que devemos evitar fazer perguntas como “Lembra-se de…” ou “Sabe qual é…?”. Reduzir as exigências de memória promove a participação e garante o sucesso da actividade.

Alterações comportamentais

Quando a pessoa com demência manifesta um comportamento indesejado, a primeira reacção de quem a rodeia é de tentar modificar esse comportamento. No entanto, o mais provável é a pessoa com demência não responder favoravelmente à sua solicitação. Em vez disso, podemos tentar lidar com o comportamento da seguinte forma:

É importante ter presente que aquele comportamento é resultante de uma patologia que perturba o funcionamento cerebral e não levá-lo a peito.
Se o comportamento for agressivo pode ser útil retirarmo-nos da situação dando espaço à pessoa e, passado algum tempo, reaproximando-nos calmamente. Devemos evitar ao máximo discutir.
Devemos utilizar um tom de voz calmo e suave.
Será que existe algum factor que possa estar na origem daquele comportamento? Estará a pessoa com fome? Cansada? Com dores? Aborrecida? A sentir-se só? Poderá ser um efeito secundário da medicação?
Podemos tentar responder à emoção subjacente e não ao comportamento. Por exemplo, se a pessoa com demência estiver constantemente a perguntar por determinado membro familiar, pode precisar de ser assegurada de que essa pessoa está em segurança. Não devemos contrariar nem tentar empregar um raciocínio lógico, pois isto poderá frustrar a pessoa com demência.
Para mais informações e inscrições nesta ou noutra sessão do ciclo, consulte o website ou facebook do NeuroSer: www.neuroser.pt/ ou www.facebook.com/NeuroSerPortugal/

* Neuropsicóloga do NeuroSer, Centro de Diagnóstico e Terapias dedicado às doenças neurológicas

mrebolo@neuroser.pt


Fonte: http://www.postal.pt/2017/02/alzheimer-outras-demencias-lidar-as-alteracoes-cognitivas-comportamentais/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 06/02/2017, 15:02
Doença de Alzheimer: descoberto potencial tratamento?

(http://www.pcd.pt/fotos/noticias/big1486379514.jpg)
no dia 06 de Fevereiro de 2017

A diminuição dos níveis de glucose no cérebro é um dos primeiros sinais da doença de Alzheimer. Contudo, até à data, ainda não se sabia se era uma  causa ou consequência da disfunção neurológica. Investigadores americanos demonstraram inequivocamente que a privação da glucose no cérebro desencadeia o início do declínio cognitivo, atesta um estudo publicado na revista "Translational Psychiatry".

Segundo a Universidade de Temple, nos EUA, em informação veiculada no seu sítio da Internet, nos últimos anos uma das alterações que tem sido consistentemente observada é a diminuição da disponibilidade de glucose no hipocampo. Esta é uma área do cérebro que desempenha um papel importante no processamento e armazenamento das memórias. O hipocampo, tal como outras regiões do cérebro, depende exclusivamente da glucose, na sua ausência os neurónios podem eventualmente morrer.

No estudo, os investigadores, liderados por Domenico Praticò, demonstraram, pela primeira vez, que existe uma associação direta entre a deterioração da memória e a privação da glucose no cérebro através de um mecanismo que envolve a acumulação da  proteína tau fosforilada.

O investigador explicou que a tau fosforilada precipita e agrega-se no cérebro, formando emaranhados que induzem a morte neuronal. No geral, uma maior abundância de emaranhados da tau está associada a uma demência mais grave.

O estudo também identificou pela primeira vez uma proteína, a p38, como um potencial alvo terapêutico no desenvolvimento da doença de Alzheimer. Os neurónios ativam a proteína p38 em resposta à privação de glucose, possivelmente como um mecanismo de defesa. Contudo, a longo prazo, esta ativação aumenta a fosforilação da tau, o que agrava o problema.

De forma a investigar o impacto da glucose na privação do cérebro, os investigadores utilizaram um modelo de ratinho para a doença de Alzheimer. Aos quatro e aos cinco meses de idade, alguns animais foram tratados com 2-desoxiglucosa (DG), um composto que impede a glucose de entrar e ser utilizada pelas células. O composto foi administrado ao longo de vários meses e a função cognitiva dos animais foi avaliada.

Após terem submetidos os ratinhos a um conjunto de testes de memória, os investigadores concluíram que aqueles com privação de glucose tiveram, comparativamente com os restantes, um pior desempenho nos testes.

O estudo apurou que os neurónios dos ratinhos tratados com DG apresentavam uma gfunção sináptica alterada, o que sugere que as vias de comunicação neuronal foram interrimpidas. Observou-se uma  redução significativa no mecanismo que reforça as ligações sinápticas e que assegura a formação e armazenamento da memória.

Os investigadores observaram ainda que os cérebros dos ratinhos privados de glucose apresentavam níveis alterados da proteína tau fosforilada e quantidades muito elevadas de morte celular. Posteriormente verificou-se que a deterioração da memória estava diretamente associada ao aumento da ativação da p38.

Domenico Praticò referiu que agora o próximo passo é inibir o p38 para verificar se os problemas de memória podem ser aliviados, apesar da privação da glucose. Um fármaco que tenha por alvo esta proteína pode fornecer grandes benefícios para os pacientes.

Alert
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Fisgas em 17/02/2017, 10:07
Suspensos ensaios de medicamento promissor contra a Alzheimer
 
(http://images-cdn.impresa.pt/visao/2016-08-08-GettyImages-512298233.jpg-2/original/mw-860)
GSO Images

O ensaio clínico já ia numa fase adiantada mas a farmacêutica Merk anunciou que não vai continuar, depois de um estudo independente ter concluído que o novo medicamento não tinha "qualquer hipótese de funcionar"

Em novembro de 2016, foi notícia que o Verubecestat, um novo e promissor comprimido contra o Alzheimer produzido pela farmacêutica Merk, tinha passado com sucesso a primeira fase de testes.

Os trabalhos continuaram mas esta semana a Merk veio a público dizer que irá parar com o ensaio clínico, que já ia na terceira fase, depois da divulgação dos resultados de um estudo independente, onde se descobriu que o comprimido "não tem qualquer hipótese" de funcionar.

A doença afeta entre 60 a 80% dos cerca de 47 milhões de pessoas que vivem com demência, em todo o mundo. E as previsões apontam para uma evolução destes números, que deverão duplicar-se a cada 20 anos. Várias farmacêuticas têm testado comprimidos que visam a inibição da produção das proteínas amiloides-beta, que se acumulam no cérebro dos doentes com Alzheimer.

Há três meses, também a farmacêutica Eli Lilly anunciou o fim dos testes que iniciou para o Solanezumab, um comprimido com princípios ativos semelhantes aos do Verubecestat. A decisão seguiu a descoberta de que os doentes a tomar o medicamento não demonstraram sinais de melhorias relativamente aos que estavam a testar um placebo.

Relativamente ao Verubecestat, no qual a comunidade cientifica depositava muita esperança, os investigadores dizem que a falha se verificou sobretudo nos doentes num estado ainda pouco avançado da doença e que isso significou um retrocesso substancial dos trabalhos.


Fonte: Visão
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: rui sopas em 11/03/2017, 10:28
Cientistas mais perto de prevenir doença de Alzheimer

9/3/2017, 10:581.641
Uma equipa de investigadores dos EUA concluiu que a descida do nível de glicose no cérebro estimula os sintomas do Alzheimer, e propõem uma forma de combater a doença.

(http://img.obsnocookie.com/s=w800,pd1/o=80/http://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2017/03/09102707/110688661_770x433_acf_cropped.jpg)

SEBASTIEN BOZON/AFP/Getty Images

Autor


A relação entre os baixos níveis de glicose no cérebro e o Alzheimer já era conhecida dos médicos, mas uma equipa de investigadores da Temple University, nos Estados Unidos, descobriu recentemente que esta ligação pode ser ainda mais profunda.

Num estudo publicado na revista Translational Psychiatry, a equipa liderada pelo investigador Domenico Praticò descobriu que a descida dos níveis de glicose acontece muito antes dos primeiros sintomas (a perda de memória e as dificuldades cognitivas) e pode até motivar o aparecimento desses sintomas. Além disto, os investigadores apontam neste artigo um tratamento que pode impedir a queda dos níveis de glicose, o que, em última análise, poderá significar a prevenção do próprio Alzheimer.

Os especialistas identificaram novas provas que apontam para uma ideia que já era conhecida: o envolvimento da proteína p38 neste processo. Segundo Domenico Praticò, “há agora muitas provas de que a proteína p38 está envolvida no desenvolvimento da doença de Alzheimer“. Por isso, propõem a utilização desta proteína na produção de um medicamento para prevenir a doença.

O estudo foi feito com recurso a ratos de laboratório. Os investigadores reduziram o nível de glicose no cérebro dos animais e observaram o resultado. O que aconteceu foi que os ratos a quem foi diminuído o nível de glicose sofreram um declínio no funcionamento das células do cérebro, falharam muito mais em testes de memória e registaram uma aceleração da morte celular no cérebro – sintomas que indicam o início da doença de Alzheimer.


Observador
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 17/03/2017, 10:51
NOVO TRATAMENTO CONTRA A DOENÇA DE ALZHEIMER PODE AJUDAR OS DENTES A REGENERAR-SE
16 MAR 2017 14:28 // REVISTA PREVENIR // NOTÍCIAS


Um grupo do King’s College London, no Reino Unido, descobriu que uma molécula usada em ensaios clínicos tem uma capacidade regenerativa surpreendente, como avança a revista Scientific Reports.

Foi durante os ensaios clínicos de um novo tratamento contra patologias neurológicas como a doença de Alzheimer que um grupo de cientistas do King’s College, no Reino Unido, descobriu que uma molécula, Tideglusib, apresenta uma capacidade de ativar a regeneração natural dos dentes cariados. O estudo, já divulgado pela publicação Scientific Reports, abre as portas a novas soluções terapêuticas para a saúde oral. «Os dentes não são apenas um pedaço de mineral», afirma Paul Sharpe.

«Possuem a sua própria fisiologia», acrescenta o professor, coordenador da investigação. «A simplicidade da nossa abordagem torna-a ideal enquanto produto dentário clínico para o tratamento natural das grandes cavidades, garantindo a proteção da polpa dentária e o restauro da dentina», justifica o docente. «Conseguimos mais células e mais rapidamente se estas estiverem ativas», refere ainda.

Além dos testes laboratoriais já realizados com ratos, está prevista uma nova bateria de ensaios, para demonstrar a sua eficácia a uma escala humana, a fase seguinte do processo. «Toda a gente, em todo o planeta, em determinada fase da sua vida, sofre de cárie dentária. Há um grande volume de pessoas a tratar», afirmou já publicamente Paul Sharpe.

Técnica inovadora permite tratar as cáries sem o uso de broca

A empresa alemã DMG, juntamente com a Universidade de Kiel, desenvolveu um tratamento para tratar as cáries sem o uso de broca, em apenas 15 minutos. O novo método está indicado para cáries recentes depositadas sobre o esmalte ou que penetraram apenas até ao primeiro terço da dentina, sobretudo nos espaços entre os dentes. Começa-se por isolar o dente com uma espécie de borracha e aplicam-se substâncias que permitem remover a cárie do local afetado.

Depois, coloca-se uma película de resina que preenche a cavidade e endurece rapidamente. Apesar de inovador, este novo método de tratamento não é recomendado para o tratamento de situações de cárie mais antigas. Nos Estados Unidos da América, a Universidade de Alabama está a testar um tratamento à base de resina das cavidades dentárias que geram dor.


Fonte: Sapo
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sardinha em 21/03/2017, 09:29
Islandeses podem ser chave para a cura do Alzheimer

Variações genéticas presentes na população da Islândia podem ajudar na cura e no tratamento de doenças. Seja o Alzheimer, o cancro da mama e problemas cardíacos
2017-03-17 21:20   / BM

(http://www.iol.pt/multimedia/oratvi/multimedia/imagem/id/12819792/800)
        
Uma empresa islandesa, a deCODE, que estuda os genes presentes no DNA da população do país já fez várias descobertas que podem ajudar no tratamento ou mesma na cura de várias doenças como, por exemplo, Alzheimer, ou cancro da mama.

De acordo com a cadeia de informação CNN, a empresa acredita que variações e mutações genéticas presentes em genes específicos podem ser a chave para a cura de várias enfermidades.

A Islândia é um país remoto e isolado. Desde que a colonização feita pelos Vikings, há mais de 1200 anos, que a população permaneceu isolada do resto do mundo. Por isso, o código genético dos islandeses é muito homogéneo, sendo que 90% das pessoas são considerados islandeses "puros". Foi essa característica dos islandeses que fez o neurologista e geneticista, Kari Stefansson, voltar para ao país onde nasceu, após 20 anos fora.

Quando começamos a olhar para a genética e a pensar sobre a vida em geral, descobrimos que toda a vida na Terra está enraizada no DNA. Não há vida na Terra que não se baseie em informações que estão nesta macromolécula milagrosa, a que chamamos DNA”, disse Stefansson.

Regressado à Islândia, Stefansson fundou a deCODE, que tem como objetivo mapear o genoma de todo o país. Em 2016, a Islândia tinha uma população de 332 mil habitantes.


Achamos que podemos sequenciar o genoma inteiro para um grande número de pessoas. Por exemplo, neste edifício, temos sequenciado todo o genoma de 40 mil pessoas”, referiu Stefasson, na sede da empresa deCODE, em Reykjavik, na Islândia.

O genoma é o conjunto do DNA, ou seja, é o composto químico que contém as informações genéticas. É o código que diz ao nosso corpo como funcionar, desde os nossos órgãos às nossas células. A equipa de empresa deCODE acredita que quando o código genético é analisado em conjunto com registos médicos pode ser possível identificar mudanças ligadas a doenças.

"Proteção contra a doença de Alzheimer"
A equipa de Kari Stefasson já conseguiu identificar genes que afetam a probabilidade de se desenvolver doenças como o Alzheimer, problemas cardíacos e cancro da mama.

A maioria dos islandeses apenas descende dos colonizadores Vikings, o que permite que a deCODE consiga perceber a tendência e a evolução das doenças, através das árvores genealógicas, que são pouco complexas nesta população. Assim, é mais fácil identificar uma mutação ou variação genética.

Descobrimos uma variação de há talvez três ou quatro anos que confere proteção contra o Alzheimer. É uma variação (genética) rara encontrada em cerca de 1% da população islandesa e quem a tem está quase completamente protegido contra essa doença”, explicou Stefansson.

No entanto, as variações identificadas na população islandesa, que é uma população com um genoma homogéneo, podem não resultar em populações mais heterogéneas.

O próximo passo é, então, perceber como estas variações genéticas reagem no corpo humano, através da medicina, para poderem proteger a saúde de outros.

Novos medicamentos
A empresa deCODE uniu-se à farmacêutica Amgen, que está a começar a usar as informações obtidas pela primeira.

Alguns críticos levantaram questões sobre a privacidade e sobre o destino de toda a informação que está nos códigos genéticos, bem como sobre o facto da equipa ter acesso aos registos médicos da população. Em resposta, Stefansson referiu que todos os dados são encriptados e anónimos.

Por agora, o neurologista e geneticista Kari Stefansson espera que o código genético possa levar à criação de novos medicamentos, que salvem vidas.

Já estão a ser testados novos medicamentos para o tratamento do Alzheimer e de doenças cardiovasculares, baseados em descobertas feitas pela empresa deCODE. Também já descobriram uma mutação genética, que pode ajudar na luta contra o cancro da mama.


Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/islandia/genes-islandeses-podem-ser-chave-para-curar-doencas
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 28/03/2017, 11:20
Cientistas investigam proteína que pode retardar ou até impedir o Alzheimer

(http://static.globalnoticias.pt/dn/image.aspx?type=generate&name=original&id=5753231&w=579&h=371&t=20170328014700)

Estudo é de investigadores norte-americanos, numa universidade em Baltimore

O bloqueio na produção de uma proteína que regula as conexões das células cerebrais, a Ephexin5, evitou perdas de memória em animais, o que pode ser uma nova esperança para o tratamento da doença de Alzheimer.

Uma investigação da Universidade de Medicina Johns Hopkins, de Baltimore, Estados Unidos, mostrou que a Ephexin5 parece ser elevada nas células cerebrais de doentes de Alzheimer e também em ratos com a doença.

Os investigadores da Universidade fizeram várias experiências com ratos e concluíram que a remoção da proteína evita que os animais desenvolvam perdas de memória, uma característica da doença.

Num relatório publicado hoje no "The Journal Clinical Investigation", os investigadores dizem que a descoberta poderá ser um avanço no desenvolvimento de medicamentos para a proteína e assim prevenir ou tratar os sintomas da doença.

"Ephexin5 é um alvo farmacêutico tentador, porque em adultos saudáveis a sua presença é mínima no cérebro", disse Gabrielle Sell, da Universidade, acrescentando: "Isso significa que tirar a Ephexin5 pode ter poucos efeitos secundários".

Em conjunto com Seth Margolis, da mesma instituição, o trabalho dos responsáveis partiu do princípio das características da doença, a formação de placas no cérebro compostas por uma proteína chamada beta amiloide, sendo a sua destruição o foco principal dos esforços para tratar a doença. No entanto, dizem os cientistas, não é a beta amiloide que leva à gravidade da doença mas sim a perda das chamadas sinapses excitatórias.

Embora não esteja claro como a beta amiloide e a perda das sinapses excitatórias estão ligadas, pesquisadores da Universidade da Califórnia mostraram há vários anos que os doentes de Alzheimer diminuíram os níveis cerebrais da uma proteína chamada EphB2. A Ephexin5 é regulada pela EphB2.

Os investigadores quiseram saber primeiro se a proteína poderia estar a ser mal regulada nos modelos animais e nos pacientes com Alzheimer. E descobriram que quando adicionavam beta amiloide às células de cérebros de ratos saudáveis essas células começaram a produzir Ephexin5 em excesso, o que parece indicar que a proteína que produz as placas características da doença também desencadeia um aumento da Ephexin5.

Em diversas experiências os investigadores concluíram que o excesso de Ephexin5 está associado à doença de Alzheimer e procuraram perceber se a redução de Ephexin5 iria impedir também os efeitos da doença.

Segundo o estudo, bloqueando a produção da proteína em ratos verificou-se que estes desenvolviam as placas mas não perdiam as sinapses excitatórias. E também não perdiam a memória, uma causa da doença.

Com esses resultados obtidos com os ratos os cientistas consideram que o aumento da Ephexin5 pode ser a razão pela qual os pacientes perdem as sinapses e por consequência a memória, e admitem que bloquear a proteína pode retardar ou interromper a doença.

 
Fonte: DN
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: rui sopas em 16/05/2017, 15:14
PORTUGUESES DESCOBREM QUE CÂMARA FOTOGRÁFICA PODE ATRASAR ALZHEIMER
15 MAI 2017 10:09 // NUNO NORONHA // NOTÍCIAS


Poderá uma SenseCam, câmara fotográfica automática portátil que capta imagens do dia-a-dia, ajudar a atrasar a manifestação clínica da Doença de Alzheimer (DA), a forma mais comum de demência?

(http://thumbs.web.sapo.io/?W=900&H=450&crop=face&tv=1&delay_optim=1&epic=V2%3AxXGq4S9DmWwOGBaTpcv9Cg1B6SLtZcTy8fIpb2pFn9d%2B3Fkwe6peXX4zQ6%2BgPpNRIsVBYDbT74ktLug7puvKi4MrI8%2BCOTPC6nKL19f5Ub31zN1MP5TBghvm1LnFdqwp)
Um estudo realizado por uma equipa de investigadores das Universidades de Coimbra (UC) e Leeds (Reino Unido), entre 2011 e 2016, intitulado "Estimulação da memória na Doença de Alzheimer em fase inicial. O papel da SenseCam no funcionamento cognitivo e no bem-estar", revela que sim e recomenda o uso deste método como complemento ao tratamento farmacológico da doença.

(https://mb.web.sapo.io/13110fc19f6e4af96614c55c40bdbcf3e9b557b5.jpg)
Ana Rita Silva, investigadora da FPCEUC
créditos: UC

Partindo de estudos anteriores onde é evidenciado que a visualização de imagens estimula as zonas do cérebro responsáveis pelas memórias autobiográficas (lobo temporal medial - hipocampo e áreas parahipocampais), das primeiras a deteriorarem-se na Doença de Alzheimer, os investigadores quiseram estudar a eficácia da utilização da SenseCam, como ferramenta de estimulação cognitiva, na fase inicial da doença.

Numa primeira fase do projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e liderado por investigadores das Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUC) e Ciências e Tecnologia (FCTUC, Departamento de Engenharia Informática) da UC, a equipa realizou um estudo piloto com um grupo de 29 jovens e idosos saudáveis (15 jovens e 14 idosos) para explorar os efeitos da SenseCam em testes de cognição global e analisar em que medida este instrumento poderia ser útil para os pacientes com DA.

Identificadas as potencialidade do método no funcionamento cognitivo global, os investigadores avançaram então para o estudo principal com 51 idosos, na sua maioria mulheres, diagnosticados com Doença de Alzheimer em fase inicial, seguidos nos serviços de Psiquiatria (consulta de gerontopsiquiatria) e de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e também na Associação Alzheimer Portugal.

Os idosos, com idades compreendidas entre os 60 e 80 anos de idade, foram divididos em três grupos e sujeitos a estratégias de estimulação cognitiva diferentes durante seis semanas: um grupo foi intervencionado com o uso da SenseCam que captou imagens quotidianas vivenciadas pelos pacientes, outro com um treino convencional ativo (exercícios como memorização de listas de compras, associação faces-nomes, etc.) e o terceiro grupo registou o seu dia-a-dia num diário.

No final das seis semanas, os investigadores observaram que a intervenção baseada na SenseCam «foi mais eficaz no desempenho cognitivo comparativamente com o programa de treino cognitivo ativo e com o diário escrito», afirma Ana Rita Silva, investigadora principal do estudo, cujos resultados já foram aceites para publicação na revista internacional Current Alzheimer Research.

A investigação demonstrou, também, que este método de ajuda passiva, já que não implica esforço ou motivação por parte do paciente (basta colocar a câmara ao pescoço), "aumenta o bem-estar geral do paciente e diminui a sintomatologia depressiva que afeta cerca de 40% de doentes com Alzheimer na fase inicial. Ao fim de seis semanas de intervenção, o grupo que utilizou a SenseCam foi o que apresentou maior redução da sintomatologia depressiva", observa a investigadora da UC.

As conclusões deste estudo, do qual resultou a Tese de Doutoramento de Ana Rita Silva, "reforçam a importância do desenvolvimento de intervenções não farmacológicas para pacientes com DA em fase inicial" porque, defende a investigadora, "embora a primeira linha de atuação nesta doença, após o diagnóstico, seja o tratamento farmacológico, há um consenso crescente relativamente à urgência de complementar esta atuação com a implementação de intervenções não farmacológicas, de modo a reduzir o impacto da doença".


Fonte: http://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/portugueses-descobrem-que-maquina-fotografica-pode-atrasar-alzheimer?artigo-completo=sim
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Sininho em 10/08/2017, 11:22
Caminhadas e corridas podem prevenir Doença de Alzheimer, diz médico

Cardiologista Nabil Ghorayeb comenta estudo feito com idosos ativos e sedentários que mostrou que o risco da doença pode ser reduzido através da simples prática de atividade física

Caminhadas e corridas podem prevenir Doença de Alzheimer, diz médico Caminhadas e corridas podem prevenir Doença de Alzheimer, diz médico

Por Nabil Ghorayeb, São Paulo
09/08/2017 12h32  Atualizado há 18 horas

(https://s2.glbimg.com/fVmFsL7PrzzRhdMB1-0oQTi9gVA=/0x0:2121x1414/1360x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2017/05/10/istock-537466372.jpg)
Caminhar ou correr mantém o cérebro ativo e saudável depois dos 60 anos.

É o que sugerem novos estudos científicos de alta credibilidade. Os idosos que andam ou trotam entre 6km e 9km por semana apresentaram mais massa cinzenta no cérebro do que aqueles que levam uma vida sedentária. O exercício físico regular ajuda a proteger contra a deterioração do tecido cerebral no hipocampo e em outras áreas críticas para a memória, podendo proteger contra o Alzheimer e outros tipos de demência. O conceito atual é de que maiores quantidades dessa massa cinzenta significam um menor risco de vir a sofrer de distúrbios de memória e de comportamento em geral.
Com o avançar da idade o cérebro encolhe muito, o que afeta quase todas as suas funções. Na doença de Alzheimer, as células nervosas morrem e são substituídas por pedaços de proteína chamada Beta–Amiloide (A?). Junto com outra proteína cerebral chamada TAU, elas se agrupam em depósitos anormais de fragmentos, as placas dessas proteínas entre as células nervosas, formando a Doença de Alzheimer, um tipo de demência (que é a perda da função cerebral).

(https://s2.glbimg.com/8P1fjsiSgNZHCB2Q7FsbaQwr7lQ=/0x0:4290x2886/984x0/smart/filters:strip_icc()/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2017/03/16/gettyimages-591769650.jpg)
Benefícios da prática de exercícios ocorrem em qualquer idade (Foto: Getty Images) Benefícios da prática de exercícios ocorrem em qualquer idade (Foto: Getty Images)

Benefícios da prática de exercícios ocorrem em qualquer idade (Foto: Getty Images)
Nos últimos anos, a identificação dos biomarcadores para essa doença permitiu comparar os níveis das proteínas patológicas naqueles que são e aqueles que não são fisicamente ativos. A atividade física aeróbica não só melhora a função comportamental, como também o fluxo sanguíneo cerebral, reduzindo os níveis do Beta-Amiloide e Tau, proteínas causadoras dessa terrível demência.
Assim torna-se obrigatório, por parte dos profissionais da saúde, incentivar o exercício físico, em todas as fases da vida, dadas as evidências crescentes de que o risco da Doença de Alzheimer pode ser diminuído através da prática da atividade física como o simples caminhar e mesmo a corrida. Sem dúvida esses benefícios em qualquer idade, são um verdadeiro imperativo da saúde pública.

Devemos intervir no estilo de vida - alimentação saudável, reduzir o estresse, ter sono adequado e aumentar atividade física - para prevenir a demência. Todas as pesquisas demonstram que o exercício é de resultado efetivo superior quando se trata de preservar a saúde mental: cognição, memória, etc.
+ Atividade física é o "remédio" para evitar doenças
A partir de relatos pessoais sobre exercícios físicos, pesquisadores dividiram os pacientes em dois grupos, os que relataram menos de 150 minutos por semana (baixo exercício) e aqueles que relataram 150 minutos ou mais por semana (alto exercício). O grupo de baixo exercício apresentou mais sintomas depressivos, conforme medido pela Escala de Depressão Geriátrica. No grupo de baixo exercício, o nível médio de Beta-Amiloide cerebral foi maior do que nos que estavam no grupo de alto exercício. Essa quantificação foi pela tomografia computadorizada cerebral.
Nos últimos anos, também foram identificados biomarcadores para a Doença de Alzheimer, o que permitiu comparar os níveis Beta -amiloide (A?) e Tau - ambas as características da Doença de Alzheimer - naquelas pessoas que são e das que não são fisicamente ativas.

Fonte: Conferência Internacional de Associação de Alzheimer (AAIC) 2017.




Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/caminhadas-e-corridas-podem-prevenir-doenca-de-alzheimer-diz-medico.ghtml
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 21/09/2017, 10:07
Alzheimer. Uma doença cruel capaz de roubar a personalidade que não tem cura nem causa aparente

21 Set 2017 08:51 // Nuno Noronha // Notícias // Com AFP

 
Há 30 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer em todo o mundo, uma doença cujo diagnóstico melhorou mas para a qual ainda não existe um tratamento eficaz. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

(http://thumbs.web.sapo.io/?W=900&H=450&crop=face&tv=1&delay_optim=1&epic=V2%3AJXIEN9uFQsjaPUVgG3k5FqoxKzkDgv9NsFBi56tXvy0LOBl5EuFLJVHTOPqiEyZVX0N%2F7yCWc99hPGuuygokFIQUWzKgDoN7ojKbK2Jx9GHqTzSXvapV0FX1ulPEdFTa)
créditos: AFP

Descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer, esta doença neurodegenerativa causa a deterioração progressiva das capacidades cognitivas do paciente, até desencadear a perda total de autonomia, roubando-lhe praticamente todas as características da sua personalidade.

Os principais sintomas são os esquecimentos recorrentes, problemas de orientação e alterações das funções executivas, como por exemplo não saber como utilizar o telefone. Após o aparecimento destes sintomas, é essencial consultar-se um médico ou um centro especializado, onde vários exames neuropsicológicos permitirão diagnosticar ou descartar a doença.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há cerca de 47 milhões de pessoas que sofrem de demência no mundo, dos quais 60% a 70% têm Alzheimer, o que representa 28 a 33 milhões de pessoas. A cada ano, são registados mais 9,9 milhões de casos de demência.

Qual é a causa?

Na maioria dos casos, a principal causa é desconhecida, segundo Stéphane Epelbaum, neurologista do hospital parisiense Pitié-Salpêtrière. "Não sabemos porque é que em algumas pessoas os neurónios começam a degenerar-se e noutras não".

A idade "é o maior fator de risco conhecido", segundo a OMS. Estima-se que a partir dos 85 anos, uma em cada quatro mulheres e um em cada cinco homens desenvolvam Alzheimer. A partir dos 65 anos, o risco de desenvolver a doença duplica a cada cinco anos.

Fonte: Sapo
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 21/09/2017, 11:48
Dia da Doença de Alzheimer: Hábitos a adotar para prevenir esta demência

Há cerca de 130 mil pessoas em Portugal com Alzheimer, uma doença que representa 60 a 70% dos casos de demência.
(https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1920/naom_59c369533e3fc.jpg?1505978861)
 Dia da Doença de Alzheimer: Hábitos a adotar para prevenir esta demência
© iStock

 
Sabia que a cada três segundos à uma pessoa no mundo que recebe o diagnóstico de demência?

 
Pode ser bastante assustador, mas felizmente a ciência já descobriu algumas coisas que podem ajudar a prevenir a doença, algo que destacamos neste que é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer, 21 de setembro.

De acordo com um dos últimos estudos publicados na revista The Lancet, é possível evitar um em cada três casos de demência.

Para isso, os investigadores sugerem que é essencial controlar fatores de risco como: obesidade, diabetes, hipertensão e depressão.

Mas também evitar o tabagismo, promover as atividades física, social e mental, fazer uma alimentação saudável e fomentar a motivação.


Fonte: Notícias ao Minuto
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Oribii em 06/10/2017, 11:10
O que é a doença de Alzheimer, dos sintomas ao tratamento

O mal que acometeu a atriz Ruth Escobar não tem cura. Mas dá pra controlá-lo ou até evitar seu surgimento - conheça!

(https://abrilsaude.files.wordpress.com/2017/10/ruth-alzheimer.png)
A atriz Ruth Escobar lutava há anos com a doença de Alzheimer. Você conhece esse problema? (Foto: Cláudio Rossi/SAÚDE é Vital)

A doença de Alzheimer – com a qual a atriz e produta Ruth Escobar lutou por anos antes de morrer – é marcada principalmente pela perda gradativa da memória. Ela é causada pela degeneração de células de áreas cerebrais como o hipocampo, fundamental para o aprendizado e o armazenamento de lembranças, e o córtex, que controla a linguagem e as habilidades motoras.

Embora esse mal seja objeto de pesquisas no mundo inteiro, ainda não estão desvendados os mecanismos de seu desenvolvimento. Já se sabe, entretanto, que a ação de duas proteínas no cérebro fornece pistas para decifrar as causas do distúrbio.

Uma delas é a beta-amiloide, cujo acúmulo na massa cinzenta gera placas capazes de destruir as conexões entre os neurônios. A proteína TAU, por sua vez, seria responsável por uma espécie de enrijecimento do neurônio, causando a morte da célula nervosa.


A doença de Alzheimer é um dos quadros de demência mais comuns com o avançar da idade. Sua evolução costuma ser lenta, porém contínua. A fase inicial é marcada por pequenos esquecimentos e uma certa desorientação espacial. No estágio seguinte, aparecem sinais de mudança de personalidade, a pessoa já não reconhece alguns familiares e amigos e deixa de realizar atividades cotidianas, como escovar os dentes.

Por fim, tem início a debilitação física do paciente. Ele pode passar a depender de outras pessoas, não falar e não se alimentar sozinho.

Sinais e sintomas

– Esquecimentos

– Perda da memória recente

– Confusão mental

– Agitação

– Insônia

– Dificuldade em se localizar espacialmente

– Alterações de personalidade

– Resistência a realizar atividades do dia a dia

– Agressividade

– Dificuldade de comunicação

– Recusa de alimentos ou dor ao engolir

– Apatia

 

Fatores de risco

– Idade: a doença é mais prevalente em pessoas acima dos 60 anos

– Predisposição genética

– Obesidade

– Colesterol alto

– Hipertensão

– Tabagismo

– Diabetes

– Depressão

A prevenção

Diante da falta de respostas sobre as causas da doença de Alzheimer e, portanto, sobre as formas de contê-la, ao menos uma regra é consenso entre os especialistas. E ela é: todos devemos adotar um estilo de vida saudável para preservar os neurônios.

Estudos recentes com idosos comprovam os benefícios dos exercícios físicos no funcionamento cerebral, com ganhos de memória, atenção e concentração. As práticas melhoram o aporte de sangue na massa cinzenta, estimulando o crescimento de novas células nervosas e vasos sanguíneos.

Os chamados treinos cognitivos são outra aposta para frear a doença. Ler, jogar xadrez e videogame, fazer palavras cruzadas, aprender uma outra língua são atividades que estimulam os neurônios e dão ao cérebro maior capacidade de contornar ou atrasar o aparecimento de falhas.

No campo da alimentação, a recomendação é investir numa dieta rica em peixes, azeite de oliva, vegetais e castanhas, além de frutas vermelhas. A combinação reduz o risco de perdas cognitivas combatendo os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento das células.

A dobradinha atividade física e alimentação equilibrada, aliás, ajuda a controlar o peso e evita danos às artérias que, com o passar dos anos, atrapalham as atividades neuronais. Manter-se em forma, além de tudo, é crucial para controlar o colesterol, a pressão e o diabetes, outros fatores relacionados ao apagão das memórias.

O diagnóstico

O caminho para a confirmação da doença de Alzheimer se inicia com exame clínico e a análise dos relatos de familiares sobre o comportamento do paciente. Testes de memória, linguagem e outras funções mentais se somam ao diagnóstico.

O neurologista ou geriatra deve solicitar testes laboratoriais para descartar outras eventuais causas dos sintomas. O hipotireoidismo, por exemplo, ocasiona sonolência e confusão mental que podem ser confundidas com o Alzheimer.

Exames de tomografia ou ressonância magnética são outros recursos usados para verificar se hemorragias ou tumores não são os verdadeiros responsáveis pelas falhas cerebrais.

O tratamento

Não existe cura para o Alzheimer. Uma vez confirmada a doença, os especialistas apelam para o uso de medicamentos que apenas retardam, por um certo tempo, o declínio cognitivo.

Na fase inicial do distúrbio, costumam ser receitados inibidores de acetilcolinesterase. Oi? Em formato de adesivo ou comprimido, eles impedem a degradação da acetilcolina, um neurotransmissor com função primordial na memória. O remédio atenua os sintomas, embora com efeito temporário.

Nos casos moderados a graves, outros fármacos entram em cena. É o caso da memantina, droga que combate o glutamato, outra substância da química cerebral que, em excesso, intoxica aos neurônios.
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: 100nick em 27/02/2018, 10:21
Alzheimer Portugal promove formação sobre nutrição na demência

Iniciativa formativa da Alzheimer Portugal para apoiar cuidadores e o público em geral, a decorrer a 28 de fevereiro. O objetivo é reforçar competências para identificar fatores de risco e de progressão da doença e a promoção de uma alimentação adequada.

(https://www.tveuropa.pt/cnt/uploads/F17TR008-696x464.jpg)
Pessoas a passear. Foto: Rosa Pinto

A Associação Alzheimer Portugal organiza a 28 de fevereiro, em Lisboa, formação sobre demência e nutrição. A formação é dirigida ao público em geral e aos cuidadores de pessoas com demência.

A iniciativa tem como objetivos “saber identificar fatores de risco e de progressão da doença de Alzheimer, bem como medidas para promover uma alimentação adequada”. É esperado que no final da formação os participantes “compreendam os vários grupos de alimentos, necessidades nutricionais e como estes podem influenciar a doença de Alzheimer.”

O workshop ‘Demências: Nutrição’, ministrado pela nutricionista Inês Domingos, é realizado das 14h00 às 17h00, do dia 28 de fevereiro, nas instalações da Alzheimer Portugal, em Lisboa, na Avenida de Ceuta Norte, Lote 15, Piso 3 – Quinta do Loureiro. A inscrição poderá ser feita online.

A Organização Mundial de Saúde estima que, em todo o mundo, existam mais de 50 milhões de pessoas com Demência, e o número pode a atingir os 75 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135 milhões. Em Portugal, os dados da Alzheimer Europe apontam para cerca de 182 mil pessoas com Demência, sendo que a Doença de Alzheimer é a doença mais comum com cerca de 60 a 70% de todos os casos de Demência.


 
A Alzheimer Portugal lembrou que “é certificada como Entidade Formadora pela DGERT (Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), desde 2006.”


Fonte: https://www.tveuropa.pt/noticias/alzheimer-portugal-promove-formacao-sobre-nutricao-na-demencia/

Título: Re: Alzheimer
Enviado por: rui sopas em 25/05/2018, 15:00
Cinco sinais que indicam que alguém pode ter Alzheimer

O Alzheimer não é de todo uma doença óbvia. Geralmente desenvolve-se lentamente, ao longo de vários anos e os sintomas tendem a confundir-se com os de outras doenças.
 Cinco sinais que indicam que alguém pode ter Alzheimer

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Notícias ao Minuto
HÁ 8 HORAS POR LILIANA LOPES MONTEIRO

   
Existem mais de 35,6 milhões de pessoas no mundo que sofrem de Alzheimer, já em Portugal estima-se que mais de 180 mil pessoas padeçam com esta condição.

 
De acordo com a BBC News os sintomas associados a esta patologia são um reflexo da morte das células do cérebro. Trata-se de uma doença degenerativa, ou seja, quem sofre de Alzheimer passa a ter cada vez menos células e conexões nervosas.

Afinal quais são os sintomas?

É mais sério do que esquecer onde pôs os óculos

Esquecer pequenas coisas, como onde deixámos os óculos ou o relógio, é uma consequência natural do envelhecimento, e não é, necessariamente, sinal de Alzheimer ou de outro tipo de demência.

Já a perda de memória é algo mais sério e costuma ser um dos principais sinais da doença. E a memória recente costuma ser a mais afetada. Pessoas nos primeiros estágios do Alzheimer podem esquecer-se de conversas que acabaram de ter ou até do que fizeram 10 minutos antes.

Como que se faz um café?

De repente atividades do dia a dia podem tornar-se num verdadeiro desafio. Por exemplo, fazer um café ou um chá podem subitamente transformar-se em tarefas dantescas.

Esteja atento a problemas na fala e a mudanças na linguagem, e ao esquecimento de palavras.

Até a aparência de quem sofre de Alzheimer pode ir mudando com o tempo – a doença poderá por exemplo, alterar rotinas de higiene, como tomar banho ou o ato de vestir de manhã.

O que estou aqui a fazer?

Não saber onde está ou o porquê de estar num sítio é outro sintoma bastante comum. Quem é diagnosticado com Alzheimer, está mais predisposto a perder-se ou a ficar desorientado.

É normal inclusive que se sintam confusos em espaços que deveriam ser familiares, e que essa confusão inclua o dia em que estão, o mês ou até o ano.

Alterações de humor

Uma pessoa com Alzheimer, e que demonstre os sintomas anteriores, tem tendência a mostrar-se frequentemente ansiosa, frustrada e irritada ou a perder a auto confiança. Tal pode manifestar-se através de um desinteresse acentuado nas atividades do dia a dia.

A maioria das pessoas sabe que algo está errado

Kathryn Smith, da Alzheimer's Society, no Reino Unido, destaca que esse tipo de demência "não é uma característica natural do envelhecimento, é uma doença do cérebro".

Segundo Smith, a maioria das pessoas com Alzheimer percebe que algo está errado. Ela destaca que é importante procurar um médico para um diagnóstico preciso, e lembra que é possível ter qualidade de vida com a doença durante vários anos.


Fonte: Notícias ao Minuto
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 02/01/2019, 19:18
Alzheimer: "Agora é como se eu fosse mãe da minha própria mãe"


Nélida Aguiar é cuidadora da mãe, Idalina. A tarefa destruiu um relacionamento amoroso e acabou com a sua vida pessoal, mas voltaria a fazer tudo de novo.

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Nélida Aguiar com a mãe, Idalina, na véspera de Natal.


Mais de 800 mil portugueses dedicam a sua vida a cuidar de familiares que, por razões de saúde ou por velhice, perderam autonomia e necessitam de atenção 24 horas por dia. São pessoas que abdicam de fins de semana, de férias e que chegam a uma cansaço extremo ao fim de anos de dedicação. Nélida Aguiar é uma dessas pessoas. Apesar do esforço, o governo não criou um estatuto jurídico para o cuidador informal, nem incluiu medidas de apoio financeiro na nova Lei de Bases da Saúde que aprovou há três semanas.

Foi uma batalha perdida na guerra travada por Nélida Aguiar e pela mãe, Idalina Aguiar. As duas fazem parte da Alzheimer Portugal e Idalina foi escolhida para representar Portugal no Grupo de Trabalho de Pessoas com Demência, criado pela Alzheimer Europa. À SÁBADO, Nélida Aguiar conta como se tornou cuidadora da mãe.

"Há oito anos que a mãe tem Alzheimer e precisa de alguém 24 horas por dia para a orientar. Consegue vestir-se e comer sozinha, mas temos de lhe colocar a roupa em cima da cama e o prato de comida à frente, se não ela não come. Perde-se com facilidade e nem sempre se recorda dos nomes das filhas. Mas a doença está estabilizada devido aos estímulos diários que lhe proporcionamos. Vai todos os dias para o centro de dia especializado em demências no Funchal [Madeira], que faz estimulação cognitiva e tem uma sala de Snoezelen [estímulos sensoriais com luzes, sons, texturas e aromas]. Para além disso, faz risoterapia, dança e meditação ativa. Em casa, fazemos palavras cruzadas e jogamos às cartas. Tudo isto retarda a doença.


Continue a lêr aqui: https://www.sabado.pt/vida/detalhe/alzheimer-agora-e-como-se-eu-fosse-mae-da-minha-propria-mae?fbclid=IwAR03aQ0StaoCix-2iTXMJPNXD6nwWHwf9afKXXH1rPSOMBDBGyndxoQDvxg
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 03/01/2019, 11:05
Injeção capaz de travar Alzheimer pode estar disponível em 10 anos

Os cientistas creem que a injeção será capaz de isolar e travar as proteínas nocivas que se acumulam no cérebro humano e que propiciam o aparecimento da doença degenerativa.


 (https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1920/naom_5c2c76d0392ae.jpg)
Injeção capaz de travar Alzheimer pode estar disponível em 10 anos
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Notícias ao Minuto
09:00 - 02/01/19 POR LILIANA LOPES MONTEIRO 

LIFESTYLE REVOLUÇÃO DA CIÊNCIA

 
Uma injeção com o potencial de deter o aparecimento da doença de Alzheimer poderá estar disponível no mercado dentro de uma década, refere a Alzheimer’s Society (associação de caridade britânica dedicada ao estudo da demência).

 
O médico James Pickett, investigador chefe naquela organização, disse à publicação The Telegraph, que as recentes descobertas revolucionárias levaram os cientistas a um “ponto de viragem”.

Acrescentando: “Neste momento estamos a começar a conseguir juntar inúmeras peças do puzzle, que estão finalmente a fazer sentido. Temos todo este conhecimento sobre genética, tal como os investigadores de doenças cancerígenas tinham há 30 anos, e estamos agora a investir no seu conhecimento e exploração”.

A injeção iria isolar e aniquilar as proteínas prejudiciais que se acumulam no cérebro.


As declarações chegam após a realização de ensaios científicos “revolucionários” que envolveram o isolamento das ditas proteínas em crianças que padeciam de uma condição rara na espinha.


Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1172157/injecao-capaz-de-travar-alzheimer-pode-estar-disponivel-em-10-anos
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: pantanal em 23/01/2019, 10:43
Demência vascular ultrapassa a que é causada por Alzheimer em Portugal


Resultados de um estudo epidemiológico do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto contrariam a norma encontrada na Europa Ocidental. Elevado número de casos de hipertensão é uma das explicações para o invulgar padrão português.

Andrea Cunha Freitas 22 de Janeiro de 2019

(https://imagens.publicocdn.com/imagens.aspx/1323588?tp=UH&db=IMAGENS&type=JPG&w=823)
 Foto
A demência constitui a expressão clínica de várias patologias diferentes e que a que resulta da doença de Alzheimer é considerada a mais prevalente UNIVERSIDADE DE LANCASTER


Quando se fala em demência vascular é comum partir-se do princípio de que se trata da segunda forma mais comum de demência, logo a seguir à doença de Alzheimer. Um estudo de uma equipa do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto vem agora contrariar esta ideia. Após uma avaliação que envolveu 730 pessoas com mais de 55 anos, os investigadores concluíram que “os portugueses são mais afectados por demência vascular do que por Alzheimer”. A explicação estará no elevado número de hipertensos e de acidentes vasculares cerebrais (AVC), mas a boa notícia é que esta forma de demência pode ser evitada com uma mudança no estilo de vida.

Os estudos epidemiológicos sobre a demência são muito caros e, por isso, muito raros. Normalmente, a questão resolve-se com uma extrapolação a partir das médias europeias, porém, o estudo agora divulgado mostra que o simples exercício de matemática pode revelar-se perigoso. Sabemos que a demência constitui a expressão clínica de várias patologias diferentes e que a que resulta da doença de Alzheimer é a mais prevalente, sendo que a maioria dos manuais refere que é responsável por 50 a 70% dos casos. Sabemos também que tanto a incidência (número de novos casos) como a prevalência (total de casos num determinado período) da demência aumentam quase exponencialmente com a idade, duplicando aproximadamente a cada cinco anos. Tudo isto parece continuar a ser verdade com uma excepção.

Continue  a lêr aqui: https://www.publico.pt/2019/01/22/ciencia/noticia/demencia-vascular-ultrapassa-causada-alzheimer-portugal-1858760
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 06/02/2019, 11:26
Perdeu a mãe aos poucos, mas esteve sempre lá. Agora conta ao Presidente da República como foi

05 DE FEVEREIRO DE 2019 - 10:59
Marcelo Rebelo de Sousa recebe esta terça-feira a Associação Nacional de Cuidadores Informais, incluído Filipe Catapirra, que passou parte da infância a cuidar da mãe com Alzheimer.

(https://static.globalnoticias.pt/tsf/image.aspx?brand=TSF&type=generate&guid=2391e9cb-0ff2-4836-9780-cdf67382998b&w=700&t=20190205150838)
Foto: TSF
Paula Dias com Carolina Rico


Filho e mãe inverteram os papéis. Tinha ele pouco mais de dez anos quando se viu obrigado a passar de criança a cuidador informal.

Durante cinco anos, Filipe Catapirra, o irmão gémeo e um outro irmão mais velho, cuidaram da mãe, a quem aos 48 anos foi diagnosticada doença de Alzheimer, até à sua morte, em 2014.

Agora com 25 anos, vai contar ao Presidente da República como foi crescer lado a lado com uma doença "injusta", em defesa da aprovação do estatuto do cuidador informal.

"Foi um choque". Entrevistado por Paula Dias, Filipe Catapirra conta como foi passar de não saber o que era o Alzheimer a ajudar a mãe em tudo.
Começou com coisas pequenas, como "acender um cigarro ou mudar o canal de televisão". Seguiu-se a incapacidade para escolher as roupas que vestir, gerir o dinheiro, cuidar da casa, proferir frases completas. Quando as coisas pioraram foi preciso "amadurecer muito rápido", conta à TSF.

Foi difícil, conta, ver a mãe, "pouco a pouco, a perder capacidades", perder a mãe pouco a pouco.

Filipe Catapirra conta que o marcou a primeira vez que teve de dar banho à mãe quando esta apresentava um quadro agressivo. Duas crianças tinham que despir uma mulher adulta, lavá-la, corpo e cabelo, enquanto esta gritava "como se se lhe estivessem a fazer mal". A primeira vez foi marcante, depois tornou-se mais um dever que tinham de o fazer e pronto. Foi um desgaste físico, mas sobretudo psicológico.

Os três irmãos contavam com a ajuda da família materna, em especial de uma tia que também "sacrificou parte da vida dela para agarrar uma família que não conseguia sobreviver sozinha". Só assim conseguiram alguma normalidade na infância.

Chegados da escola Filipe Catapirra e os irmãos cuidavam da mãe e só com ela já na cama, de pijama vestido, jantar comido, comprimidos tomados, tinham tempo para eles. Descasavam o que podiam, mas não eram raras as vezes que acordavam a meio da noite quando a mãe sofria alucinações.

Se queriam sair com amigos os irmãos faziam turnos, mas pouco falavam do problema da mãe entre si ou com outros. "Esta doença dá-me raiva", diz.

O estatuto do cuidador informal "vem dar um pouco mais de dignidade à pessoa que está a cuidar e indiretamente influenciar a pessoa cuidada", defende Filipe Catapirra.

Marcelo Rebelo de Sousa Recebe esta terça-feira recebe a Associação Nacional de Cuidadores Informais, a cujo conselho fiscal pertence Filipe Catapirra, poucos dias da discussão do estatuto do cuidador informal no Parlamento.


Fonte: TSF
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Pantufas em 13/02/2019, 09:56
'A Solução para o Alzheimer', um guia revolucionário para prevenir doença

Na próxima década, 10% da população com mais de 65 anos irá desenvolver algum tipo de demência. 90% dos casos de Alzheimer podem ser prevenidos através de mudanças no estilo de vida.
 'A Solução para o Alzheimer', um guia revolucionário para prevenir doença

(https://static.noticiasaominuto.com/stockimages/1920/naom_5c61655c611fd.jpg)
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Notícias ao Minuto
21:00 - 11/02/19 POR LILIANA LOPES MONTEIRO 

   
De uma dupla de neurologistas que há muito investiga a doença de Alzheimer, este é um livro revolucionário que demonstra que o cérebro é um universo vivo, diretamente influenciado pelo modo como nos comportamos em cinco áreas essenciais: alimentação, exercício físico, stress, sono e trabalho. O Plano NEURO atua nestas áreas para prevenir e reverter os sintomas.

 
Apoiado no estudo clínico mais vasto sobre a doença de Alzheimer, e escrito por dois dos maiores especialistas na matéria, 'A Solução para o Alzheimer' fornece as ferramentas práticas para prevenir e reverter os sintomas do declínio cognitivo. Os autores constataram que esta doença não é uma inevitabilidade genética e o seu diagnóstico não deve representar uma fatalidade.

Noventa por cento das pessoas podem evitá-la, e as restantes, as que têm maior predisposição genética, podem adiá-la por longos anos.

Alguns dados sobre o Alzheimer, em Portugal e no mundo:

A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência;
A OMS estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões;
Os custos de saúde e sociais da demência nos países da OCDE estão estimados em 847 mil milhões de euros por ano;
Em Portugal, os dados apontam para cerca de 182 mil pessoas com demência;
Portugal é o 4º país com mais casos por cada mil habitantes. A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9. Pior, só o Japão, a Itália e a Alemanha.
Portugal figura entre os países com menos especialistas para acompanhar doentes com demência. Segundo o relatório da OCDE (2017), Portugal tem 12 psiquiatras e cinco neurologistas por cada 100 mil habitantes, um rácio muito inferior ao da Suíça, que surge no primeiro lugar com um rácio de 50 psiquiatras e sete neurologistas por cada 100 mil habitantes.
Sobre os autores

Dean Sherzai e Ayesha Sherzai são um casal de prestigiados neurologistas que dirigem o programa de prevenção da doença de Alzheimer na Universidade de Loma Linda, na Califórnia. Ao longo das suas carreiras médicas, trabalharam com as melhores equipas de investigação e estudaram os efeitos benéficos da introdução de hábitos saudáveis nas vidas dos seus pacientes. Conheceram-se numa missão de voluntariado no Afeganistão, onde desde logo partilharam a filosofia que desenvolvem neste livro: apresentar os dados científicos mais recentes sobre este tema, de uma forma acessível, encorajando a implementação de hábitos saudáveis em famílias e comunidades por todo o mundo.


Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1196603/a-solucao-para-o-alzheimer-um-guia-revolucionario-para-prevenir-doenca
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 08/07/2019, 15:26
Cinco sinais de alerta de que alguém pode ter Alzheimer


O Alzheimer normalmente desenvolve-se aos poucos, ao longo dos anos. Especialistas dizem que nem sempre a doença é óbvia, porque os sintomas muitas vezes se assemelham aos de outras patologias.

(https://media-manager.noticiasaominuto.com/1920/1562572273/naom_5d22f53e63763.jpg?crop_params=eyJsYW5kc2NhcGUiOnsiY3JvcFdpZHRoIjoyNTYwLCJjcm9wSGVpZ2h0IjoxNDM5LCJjcm9wWCI6MCwiY3JvcFkiOjgyfSwicG9ydHJhaXQiOnsiY3JvcFdpZHRoIjoxMTQwLCJjcm9wSGVpZ2h0IjoyMDI2LCJjcm9wWCI6OTg5LCJjcm9wWSI6MH19)
 Cinco sinais de alerta de que alguém pode ter Alzheimer
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Notícias ao Minuto
08/07/19 10:00 ‧ HÁ 5 HORAS POR LILIANA LOPES MONTEIRO 


A doença de Alzheimer, de instalação insidiosa e progressão lenta, afeta, primeira e predominantemente, a memória episódica, com o doente começando por ter dificuldades em lembrar-se de fragmentos recentes da sua vida (onde coloca os objetos, os recados, o que comeu no dia anterior, em que dia do mês está).

 
O relatório 'Health at a Glance 2017' ('Uma visão da saúde') da OCDE apresenta novos dados sobre a prevalência da demência, colocando Portugal como o quarto país com mais casos por cada mil habitantes. A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9.

Os sintomas são um reflexo da morte de células do cérebro. A doença é neurodegenerativa, o que significa que uma pessoa com Alzheimer passa a ter cada vez menos células e conexões nervosas.

Como identificar os sintomas?

É mais sério do que esquecer a chave do carro

Os sintomas de alerta costumam ser mais sérios do que simplesmente esquecer coisas ocasionalmente.

Todos nós podemos esquecer-nos onde deixamos a chave do carro ou ter dificuldade nos lembrar-mos do nome de algumas pessoas. Esquecer coisas é uma consequência natural do envelhecimento - não é, necessariamente, sinal de Alzheimer ou de outro tipo de demência.

Já a perda de memória é algo mais sério e costuma ser um dos principais sinais da doença. E a memória recente costuma ser a mais afetada. Pessoas nos primeiros estágios do Alzheimer podem esquecer-se conversas que acabaram de ter ou até o que fizeram 10 minutos antes.

Problemas de memória podem levar a repetições no discurso e ações, ou dificuldade em recordar acontecimentos recentes. Esses sintomas acabam por prejudicar tarefas de rotina, como seguir uma receita ou usar um cartão bancário.

Leia Também - Alzheimer: Cérebro começa a mudar 30 anos antes do diagnóstico

Como que se faz um chá ou café?

Atividades do dia a dia podem tornar-se subitamente desafiadoras nos primeiros estágios do Alzheimer. Fazer um café ou chá obviamente não são tarefas complicadas ou que requeiram raciocínio complexo.

Mas quem tem Alzheimer, muitas vezes, sofre para saber qual o próximo passo em atividades aparentemente simples. No começo, as alterações podem ser muita ténues para serem notadas, mas vão piorando ao longo do tempo, a ponto de afetar a rotina.

Podem surgir problemas na fala e mudança na linguagem, com o esquecimento frequente de palavras.

Até a aparência de quem tem Alzheimer pode acabar por alterar-se com o tempo, se a doença afetar a rotina de tomar banho e vestir-se de manhã, por exemplo.

O que estou aqui a fazer?

Não saber bem onde está ou o motivo de estar ali é outro sintoma comum. As pessoas diagnosticadas com Alzheimer podem perder-se facilmente, especialmente em lugares com os quais não estão familiarizadas. Mas a desorientação pode ocorrer em casa também.

Mudanças de humor

Alguém que esteja a experienciar todos os sintomas apresentados em cima possivelmente também demonstra sinais de mudança de humor e personalidade.

Uma pessoa com Alzheimer pode ficar facilmente chateada ou irritada, frustrar-se com mais frequência ou perder a confiança em si mesma.

Tal pode provocar a perda de interesse em atividades diárias. O paciente pode ficar menos flexível e mais hesitante a experimentar coisas novas. Ansiedade e agitação normalmente acompanham essas mudanças.

A maioria das pessoas sabe que algo está errado

Kathryn Smith, da Alzheimer's Society, no Reino Unido, destaca em entrevista à BBC que esse tipo de demência "não é uma característica natural do envelhecimento, é uma doença do cérebro".

E o Alzheimer não afeta apenas pessoas idosas. Mais de 40 mil pessoas com menos de 65 anos têm a doença.

Segundo Smith, a maioria das pessoas com Alzheimer percebe que algo está errado. A especialista destaca que é importante procurar um médico para um diagnóstico correto, e lembra que é possível ter qualidade de vida com a doença durante vários anos.



Direitos: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1283951/cinco-sinais-de-alerta-de-que-alguem-pode-ter-alzheimer
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: rodrigosapo em 25/11/2019, 09:31
Alzheimer afeta 11,5% da população brasileira
21/11/2019 - 15:49 Por:  Camila Borba



 
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo, ela ainda não possui uma cura, mas diversas pesquisas apontam que se a doença for diagnosticada cedo, é possível diminuir os impactos de seus sintomas. Isso quer dizer que, se detectado precocemente, os sinais da doenças podem ser tratados com intervenções terapêuticas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente. Segundo dados do Governo do Brasil, a doença afeta 11,5% da população idosa do país.

Atualmente, 1,4 milhões de brasileiros vivem com demência, com o envelhecimento acelerado da população mundial, estima-se que até 2050 esse número aumente para mais de seis milhões, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Com o envelhecimento acelerado, o crescimento de casos de demência tem se tornado um dos principais desafios de saúde na atualidade”, comenta xxx, médico da Docway.

(https://i0.wp.com/surgiu.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Alzheimer-2.jpg?resize=1280%2C853)

Foto: Divulgação
O Alzheimer provoca a degeneração das células no cérebro, causando demência e provocando diversos sintomas, como perda de memória, dificuldade de raciocínio e fala, dificuldade de reconhecer objetos e suas funções, dificuldade de reconhecer familiares, além de interferir no comportamento e na personalidade da pessoa.

Sintomas e estágios da doença

A doença é complicada de ser diagnosticada, pois seus sintomas são muito parecidos com o processo natural de envelhecimento. Além disso, ele também podem ser confundidos com sintomas de outras enfermidades menos graves. Atentar-se para os primeiros sinais com atenção é muito importante:

(https://i0.wp.com/surgiu.com.br/wp-content/uploads/2019/11/Alzheimer-1.jpg?resize=1536%2C1025)
Foto: Divulgação
· Perda de memória recente. É muito comum que as pessoas que estejam no processo inicial do desenvolvimento do Alzheimer se lembrem de fatos antigos mas percam a memória sobre fatos recentes;

· Perda de capacidade de concentração nas atividades cotidianas, que antes eram executadas com facilidade e sem problemas;

· Repetição de afirmações e perguntas. A pessoa acaba por não perceber que já fez a mesma pergunta anteriormente;

· Dificuldades de expressar e de compreender linguagens;

· Sentir uma desorientação espacial, se perder em locais já conhecidos;

· Enfrentar uma certa dificuldade em encontrar as palavras certas para identificar objetos, expressar pensamentos ou participar de conversas;

· Esquecimento dos nomes dos membros da família, amigos e objetivos do cotidiano.

O médico, xxx, da Docway alerta que além dos sintomas iniciais, existem também uma mudança aparente na personalidade e comportamento da pessoas. “As alterações

cerebrais que ocorrem durante a doença de Alzheimer podem afetar a maneira como a pessoa age e sente. Nesse caso, é preciso ficar de olho se houve outras mudanças como depressão; apatia; retraimento social; mudanças repentinas e seguidas de humor; mudanças nos hábitos de sono; aumento na desconfiança de humor; aumento na irritabilidade e na agressividade, além de delírios”.

O Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e grave, não há nada que possa ser feito para retardar ou barrar o avanço da doença. Após o diagnóstico, os portadores da doença têm uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico é dividido em quatros estágios:

· Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

· Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.

· Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.

· Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Hábitos Saudáveis

A OMS destaca que a atividade física também está associada à saúde cerebral. Estudos apontam que pessoas com vida mais ativa tem menor risco de desenvolver demências. A recomendação é que adultos de 65 anos pratiquem no mínimo 150 minutos de atividades aeróbicas de intensidade moderada por semana. “Os idosos não devem deixar de ser estimulados. Estudar, ler e pensar são formas de manter a mente ativa, além uma alimentação saudável e regrada”, finaliza XXX.


Fonte: http://surgiu.com.br/2019/11/21/alzheimer-afeta-115-da-populacao-brasileira/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: salgado18 em 01/10/2020, 10:21
Doença de Alzheimer: estudo aponta desafios para tratar pacientes

(https://portalmaratimba.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Doenca-de-Alzheimer-1-696x400.jpg)

Não é preciso ir muito longe para se deparar com a doença de Alzheimer (DA). Muito provavelmente você tem alguém do seu círculo familiar ou mesmo da sua rede de amigos que foi diagnosticado com a condição, que é neurológica, progressiva e fatal e a forma mais comum de demência, correspondendo a 60 – 70% dos casos[3]. “Atualmente, um bilhão de pessoas são afetadas por doenças neurológicas, 13% de toda a população global. É um número alto. Estamos no mês que marca a conscientização da doença. Além de alertar sobre a condição, é muito importante lembrar que a doença de Alzheimer não afeta só quem tem a doença, a condição impacta toda a família”, explica Douglas Moraes da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).
Os impactos do Alzheimer vão além do âmbito familiar. A carga das doenças neurológicas impõe aos governos uma crescente demanda por serviços de tratamento, reabilitação e apoio. Um estudo, que avaliou a infraestrutura dos sistemas de saúde em seis países na Europa (França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido) apontou que o tempo de espera para avaliação da população que já apresenta transtornos leve de cognição, um dos sintomas da DA, pode variar de 5 a 19 meses. De acordo com o levantamento, só em 2030 não haveria espera para atendimento na Alemanha. Na França, Reino Unido e Espanha demoraria ainda mais para os sistemas atingirem prontidão no atendimento – seria só em 2033, 2042 e 2044, respectivamente[4].
“Não tenho conhecimento de que exista um levantamento no Brasil neste sentido, mas certamente os desafios não seriam diferentes”, reforça Douglas Moraes. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro aumentou de 73,9 para 76,3 anos[5]. Segundo o órgão, a relação entre a porcentagem de idosos e de jovens – chamada de índice de envelhecimento – deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060[2].
Há também outros aspectos relacionados à DA que merecem atenção. Em 2030, a estimativa é que o custo social total da doença seja equivalente a 2,2% do produto interno bruto (PIB) global[6]. As despesas indiretas (relacionadas ao impacto na vida do próprio cuidador) podem representar até 169% da renda familiar[7].
A taxa de prevalência média de demência na população idosa brasileira é de cerca de 7,6%[8], um percentual maior que o índice mundial[9]. O neurologista, Rodrigo Rizek Schultz, destaca que a doença de Alzheimer é complexa, assim como outras demências, e reforça a importância de estar atento aos indícios. “Se houver, por exemplo, perda de memória recente, dificuldade para dirigir e repetição de perguntas, é importante procurar ajuda médica. A identificação da doença Alzheimer no início, assim como o tratamento adequado, são fundamentais para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença”.
A causa ainda é desconhecida e o diagnóstico é feito por exclusão. O especialista reforça que a doença é desafiadora, por isso a ajuda dos familiares e profissionais de saúde é fundamental. “Além do tratamento orientado pelo médico e de uma abordagem multidisciplinar, há recomendações que podem facilitar a vida de quem tem Alzheimer e do cuidador. Como, por exemplo, estabelecer uma rotina diária, espalhar lembretes pela casa – apague a luz, feche a torneira, desligue a TV etc. – e, quando possível, encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta”, finaliza.
Saiba mais sobre o Alzheimer[10]: a doença se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, pelo comprometimento das atividades de vida diária e consequente independência do indivíduo, e por uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo. Os principais sinais e sintomas são perda de memória recente; repetir a mesma pergunta várias vezes; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais e irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento. O quadro clínico da doença é dividido em quatro estágios. Forma inicial (estágio 1): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. Forma moderada (estágio 2): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia. Forma grave (estágio 3): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva. Forma grave avançada (estágio 4): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Fonte: https://portalmaratimba.com.br/doenca-de-alzheimer-estudo-aponta-desafios-para-tratar-pacientes/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 20/09/2021, 09:30
Há uma nova esperança, embora tímida, para tratar o Alzheimer

20 set 2021 07:05

Um projeto de medicamento contra a doença de Alzheimer, a partir de uma pista ainda pouco explorada, gera tímidas esperanças de tratamento, após vinte anos de poucos avanços neste campo médico tão difícil.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=YmI5KfwogBPNAKhIHQgOx6FUpTGjj0Q/+o6PSrN5VK2XzT855t0WOCrVNiAuaoqrJLHBVoX5FCiRMO6ZKlz9aIdtpQ6vFd0UGkvxjTXXobz0p1g=)

"Estes resultados (...) são particularmente promissores e representam uma novidade a partir de vários pontos de vista", explicou à AFP Andrea Pfeifer, chefe da empresa emergente AC Immune, que está a desenvolver, junto a uma filial da gigante farmacêutica suíça Roche, um tratamento contra a demência senil.

Os dois grupos anunciaram no final de agosto resultados preliminares favoráveis, mas continuam com os testes para determinar a eficácia do medicamento. Os resultados ainda precisam de ser publicados e analisados de forma independente.

O que torna este anúncio interessante é o facto de que a molécula que está a ser usada, a semorinemab, foi pouco explorada para preocupar um tratamento para o Alzheimer, um campo em que os fracassos se multiplicam há duas décadas.

Este anticorpo monoclonal parece concentrar-se na destruição de placas formadas por algumas proteínas, conhecidas como beta-amiloides, no cerébro dos pacientes. Ao comprimir os neurónios, estas placas são um dos grandes fatores da doença de Alzheimer.

Até agora, essa pista forneceu poucos resultados, com exceção de um tratamento de Biogen autorizado neste ano pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, embora o seu interesse terapêutico não gere unanimidade.

Nos últimos anos, os laboratórios têm explorado outras direções: o comportamento anormal de outra categoria de proteínas, as denominadas 'tau', também presentes nos neurónios. Nos pacientes de Alzheimer, essas proteínas agrupam-se e acabam a provocar a morte das células.

Esse é o aspecto que interessa a AC Immune e a Roche. Estão a tentar criar um anticorpo sintético que reconheça essas proteínas para destruí-las.

Esse tratamento foi administrado durante quase um ano em pacientes em estado relativamente avançado da doença. Segundo os dois laboratórios, o declínio das suas capacidades cognitivas, avaliado com o mesmo tipo de teste, foi reduzido quase pela metade, em comparação com os que não receberam o tratamento.

É a primeira vez que se anuncia um resultado positivo para um projeto de tratamento contra a proteína tau, após uma série de fracassos, entre eles outro projeto da Biogen neste mesmo ano.

"Eu seria muito prudente: existe claramente um lado do marketing, embora seja certo que pode haver algo aí", explica à AFP o neurobiologista Luc Buée, especialista das doenças relacionadas à proteína tau.

É apenas um ensaio clínico precoce, de fase 2, com um número limitado de pacientes. Para confirmar o impacto do tratamento, terá de passar para a próxima fase, potencialmente com milhares de pacientes.

Este especialista lembra que vários projetos que exploraram a pista dos beta-amiloides deram bons resultados na fase 2, mas depois fracassaram na etapa seguinte.

Os resultados do semorinebab são mistos. Os testes cognitivos foram substancialmente melhores nos pacientes que receberam a molécula, mas no seu comportamento do dia a dia, no que é conhecido como declínio funcional, os pacientes não apresentaram melhoria.

"É promissor e francamente positivo, mas ainda não cura", explica à AFP Florence Clavaguera. A neurobiologista, assim como a AC Immune, tem uma hipótese: o declínio funcional é mais difícil de tratar e poderia apresentar melhorias dentro de vários meses, à medida que o ensaio clínico prossegue.

No entanto, o semorinemab é apenas uma pista para enfrentar o Alzheimer, alertam os especialistas.

"A longo prazo, será preciso combinar os dois tratamentos, um tratamento anti-tau e um tratamento anti-beta (amiloides)", afirma Clavaguera. "Em todos os casos de Alzheimer, ambas as proteínas são patológicas."


Fonte: 24.sapo.pt          Link: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/nova-esperanca-embora-timida-para-tratar-o-alzheimer
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 21/09/2021, 15:59
A história da professora Maria não é incomum. Porque o Alzheimer pode chegar cedo demais
Nuno de Noronha - 21 set 2021 08:00

A Doença de Alzheimer com início precoce é uma forma da doença que afeta menos de 10% de todas as pessoas com esta patologia. É preciso estar atento, porque "frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa", alerta o médico Rui Araújo, especialista em Neurologia. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=ZDFiUJ9eUfRtoyM1JdCW6RcNPHX1i7ZDRw8gnJPtXxcTo6hrcHvRlJw7pI43jRchtY7+/YQtxUnmWBdXXwB7idegmZNrC+RFoQJUcMYfmmzZ3Uw=)
Fonte imagem: Direitos Reservados / lifestyle.sapo.pt

Maria tem 57 anos, é professora do ensino básico, e notou desde há uns meses alguns esquecimentos. Inicialmente tratavam-se de pequenos lapsos de importância menor – uma porta que não se fechou; uma panela no fogão tempo demais. Esquecimentos que rapidamente foram amparados pela família, que ao início igualmente desvalorizou – a professora andava cansada, era altura de exames, havia muita pressão na escola.

As férias chegaram pouco tempo depois e os lapsos de memória agravaram-se. Era frequente deixar estragar as refeições por não conseguir seguir os passos da receita; se não fosse alertada, vestia a mesma roupa vários dias seguidos.

O episódio que provocou maior alarme foi quando a professora saiu de casa após o jantar, julgando ser hora do passeio que habitualmente a família fazia depois do almoço.

A história de Maria é igual à de muitos outros doentes que desenvolvem Doença de Alzheimer antes dos 65 anos. Estima-se que sejam 10% de todas as pessoas com esta patologia, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Alzheimer: os sintomas e as fases da doença

No início da doença, observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente interpretadas pelos familiares como parte do processo natural de envelhecimento, apesar de se irem agravando gradualmente.

Por vezes, os pacientes podem tornar-se bastante confusos e até agressivos, podendo também apresentar alterações da personalidade com comportamentos sociais inadequados.

Apresentam dificuldade em reconhecer os familiares e até a si próprios, quando confrontados com o espelho.

Estas pessoas, à medida que a doença avança, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros.

A progressão da doença pode ser categorizada em 3 fases, consoante a sua evolução. A fase ligeira, a moderada e a grave, refletindo assim o nível de declínio cognitivo e consequentemente a dependência do paciente.

"A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa"

"A Doença de Alzheimer é uma das síndromes demenciais mais frequentes em todo o mundo, configurando uma emergência em termos de saúde pública e uma prioridade em termos de agenda médica. É uma das patologias mais frequentemente geridas em consulta de Neurologia. Espera-se que o número de casos continue a aumentar nos próximos anos", começa por explicar Rui Araújo, médico neurologista do Hospital CUF Porto.

"A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa. Com efeito, a descrição da primeira doente a que se atribui Doença de Alzheimer corresponde a uma senhora na sexta década de vida (50-60 anos)", acrescenta o neurologista.

A importância do dignóstico precoce


Quanto mais cedo surgem os sintomas da doença, mais importante é realizar um bom diagnóstico diferencial, com enfoque nas causas tratáveis e reversíveis, como défices vitamínicos ou alterações das hormonas tiroideias. O diagnóstico diferencial com síndrome depressivo também é fundamental, porque a depressão pode cursar com sintomas cognitivos.

"A orientação precoce e especializada é fundamental para a gestão da doença. A neurologia inicia o processo de diagnóstico pelo estabelecimento da natureza das queixas, da procura de quais os domínios cognitivos afetados (memória, linguagem, atenção...) através de testes de cabeceira e, se tido por necessário, avaliação complementar com estudo neuropsicológico", frisa o médico.

"Depois realizará o exame neurológico, e caso se justifique, solicitará exames complementares que visam, essencialmente, a exclusão de causas tratáveis", indica.

Existem vários e diferentes tipos de demências, como por exemplo a Demência fronto-temporal, a Demência de Corpos de Lewy, a Demência Vascular, entre outras. Cada tipo de doença degenerativa tem a sua abordagem particular e individualizada, idealmente realizada por neurologistas, a especialidade que trata esta doença.

Que sintomas?

Os sintomas mais frequentes e que justificam avaliação médica são os "esquecimentos que tenham repercussão na autonomia do doente e suas tarefas quotidianas".

"Alterações de linguagem (dificuldade em expressar-se ou compreender o que lhe é dito), desorientação espacial ou temporal (perder-se, precisar de ajuda para sair de locais menos familiares, trocar as horas), e dificuldade na execução de tarefas ou recados" também devem ser motivo de preocupação, conclui o médico Rui Araújo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135,5 milhões.


Fonte: lifestyle.sapo.pt         Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/a-historia-de-maria-repete-se-porque-o-alzheimer-pode-chegar-cedo-demais
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 28/09/2021, 10:05
Doença de Alzheimer tem custos anuais equivalentes a 1% do PIB

28 set 2021, 08:41 Agência Lusa

O país gasta todos os anos uma média de dois mil milhões de euros (em custos diretos médicos e não médicos) no combate à doença. Só os gastos com cuidadores informais atingem cerca de 1,1 mil milhões.

(https://bordalo.observador.pt/v2/q:85/c:1024:575:nowe:0:32/rs:fill:860/f:webp/plain/https://s3.observador.pt/wp-content/uploads/2015/08/12224734/GettyImages-1169640332.jpg)
Fonte imagem: dpa/picture alliance via getty i - observador.pt

A doença de Alzheimer tem custos anuais equivalentes a 1% do PIB, sendo responsável por cerca de 7% dos anos de vida perdidos por morte prematura, para pessoas com 65 ou mais anos, indica um estudo divulgado esta terça-feira.

O estudo, “Custo e Carga da Doença de Alzheimer em Portugal”, conduzido pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, indica que o impacto nos anos de vida perdidos é superior a 7,6% nas mulheres enquanto nos homens é de 6,4%.

As conclusões, com o apoio da empresa de biotecnologia Biogen, na áreAlzheimerAlzheimera das neurociências, indicam também que o nível dos anos perdidos por incapacidade provocada pela doença está estimado em 45.754, mais de dois terços dos gerados pela aterosclerose.

De acordo com esta investigação, que avalia a presença da patologia numa amostra da população residente em Portugal Continental com idade igual ou superior a 65 anos, o país gasta todos os anos uma média de dois mil milhões de euros (em custos diretos médicos e não médicos) no combate à doença. Só os gastos com cuidadores informais atingem cerca de 1,1 mil milhões de euros.

Os resultados do estudo colocam em perspetiva duas prioridades para Portugal, a primeira “a necessidade de se refletir sobre o papel do cuidador informal e a importância de ter estratégias e políticas públicas que garantam a proteção social e financeira deste grupo”, mas também a importância de “manter o foco na investigação científica e no desenvolvimento de tratamentos capazes de prolongar a qualidade de vida dos doentes”, diz a especialista Isabel Santana, citada no comunicado de divulgação do estudo.

Isabel Santana é professora catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde é diretora do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e membro do Grupo de Estudos do Envelhecimento Cerebral e Demência.

A Alzheimer Portugal, uma instituição particular de solidariedade social, também citada no comunicado, concorda com a professora e lembra que uma das principais “bandeiras” da associação é “o reconhecimento das demências como uma prioridade nacional de saúde pública e a implementação dos Planos Regionais de Saúde para as demências”, nas palavras de Manuela Morais, presidente da Alzheimer Portugal.

O estudo é apresentado esta terça-feira numa iniciativa ”online” organizada pela Alzheimer Portugal e que contempla um debate com especialistas.

A Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e segundo o estudo do CEMBE deverá haver em Portugal cerca de 194 mil pessoas com demência, dos quais 60 a 80% são casos de doença de Alzheimer (perto de 145 mil).

“À medida que a idade avança, maior é a probabilidade de uma pessoa desenvolver esta patologia, tal como demonstram os dados recolhidos para este estudo, que indicam que a prevalência da doença de Alzheimer se encontra nos 1,76% nos homens entre os 65 e os 69 anos, chegando aos 12,75% naqueles com mais de 80 anos. No caso das mulheres, o grupo entre os 65 e os 69 anos regista uma prevalência de 0,35% da doença de Alzheimer, enquanto a população feminina com mais de 80 anos detém uma prevalência desta patologia de 13,61%”, diz-se no comunicado.


Fonte: observador.pt          Link: https://observador.pt/2021/09/28/doenca-de-alzheimer-tem-custos-anuais-equivalentes-a-1-do-pib/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 29/10/2021, 18:47
Doença de Alzheimer atinge precocemente diferentes regiões cerebrais, segundo cientistas

MadreMedia / Lusa
29 out 2021 18:13


Cientistas descobriram que a doença de Alzheimer atinge precocemente diferentes regiões do cérebro, em vez de uma só que desencadeia uma reação em cadeia que leva à morte das células cerebrais, foi hoje divulgado.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=YzA3ahPRnkfJeyNOHNtBbZgs7SPchxnGE2SPKgFyaxHbKbGGECxJ1lFmOYZQM9294cJxbRR8fK291pb1IqoGbP+CZQ==)
Fonte imagem: AFP; EMMANUEL DUNAND

A descoberta, divulgada na publicação científica Science Advances, abre novas frentes para o tratamento da doença, segundo a universidade britânica de Cambridge, que liderou a investigação, em que foram usados pela primeira vez dados humanos para quantificar a velocidade dos diferentes processos que conduzem à doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência que provoca danos progressivos e irreversíveis em diversas funções cognitivas, como memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento.

Na doença de Alzheimer, as proteínas 'tau' e 'beta-amiloide' acumulam-se em placas, conhecidas no conjunto como agregados, fazendo com que as células cerebrais morram.

"A teoria era que a Alzheimer se desenvolvia de forma semelhante a muitos cancros: os agregados formavam-se numa região e em seguida espalhavam-se pelo cérebro. Mas, em vez disso, descobrimos que quando a Alzheimer começa já existem agregados em várias regiões do cérebro. Portanto, tentar interromper a propagação [de agregados de proteínas] entre as regiões [do cérebro] fará pouco para retardar a doença", afirmou o primeiro autor do estudo, Georg Meisl, citado em comunicado da Universidade de Cambridge.

No estudo, os cientistas analisaram amostras de cérebros de doentes que morreram com Alzheimer e exames PET (tomografia por emissão de positrões) de doentes em vida, que tinham desde deficiência cognitiva ligeira a doença de Alzheimer desenvolvida, para rastrear a agregação da proteína 'tau', considerada chave na patologia.

Ao combinarem cinco séries de dados diferentes e aplicarem-nas a um mesmo modelo matemático, os investigadores concluíram que o mecanismo que controla a taxa de progressão da doença de Alzheimer é a replicação de agregados em regiões individuais do cérebro e não a propagação de agregados de uma região para outra.

Resultados de estudos anteriores feitos com ratos sugeriam que a doença de Alzheimer expandia-se rapidamente à medida que os aglomerados de proteínas tóxicas "colonizavam" diferentes zonas do cérebro.

Contudo, de acordo com os autores do estudo hoje divulgado, a replicação dos agregados da proteína 'tau' é lenta, demora até cinco anos.

"Os neurónios [células cerebrais] são surpreendentemente bons a impedir a formação de agregados, mas necessitamos de encontrar maneiras de torná-los ainda melhores se quisermos desenvolver um tratamento eficaz", sublinhou o coautor da investigação David Klenerman, citado no mesmo comunicado da Universidade de Cambridge.



Fonte: 24.sapo.pt             Link: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/doenca-de-alzheimer-atinge-precocemente-diferentes-regioes-cerebrais-segundo-cientistas

Título: Re: Alzheimer
Enviado por: SLB2010 em 10/02/2022, 13:01
Equipe liderada por neurocientistas brasileiras faz descoberta promissora contra Alzheimer


(https://wp.pt.aleteia.org/wp-content/uploads/sites/5/2022/01/shutterstock_2033086775.jpg?w=640&crop=1)
Neurocientistas brasileiras fazem descoberta relevante sobre Alzheimer


Francisco Vêneto - publicado em 09/02/22

A descoberta pode ajudar a desenvolver possíveis medicamentos para prolongar a saúde das células
Uma equipe liderada por neurocientistas brasileiras fez descobertas promissoras para o combate ao mal de Alzheimer: a pesquisa identificou uma proteína que funciona como um marcador do envelhecimento do cérebro, já que a sua quantidade vai sendo reduzida nas células nervosas à medida que envelhecemos. A descoberta ajuda a entender mudanças funcionais e, portanto, a desenvolver possíveis medicamentos para prolongar a saúde das células, evitando o Alzheimer.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Aging Cell, a proteína em questão é a lamina-B1. A coordenadora da pesquisa, Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ), comenta que a novidade do trabalho foi “encontrar um marcador que identifica as células envelhecidas no cérebro”.

A equipe coordenada pelas neurocientistas brasileiras analisou 16 amostras cerebrais de pessoas de meia idade e de 14 de idosos para investigar transformações nos astrócitos, células nervosas que dão sustentação e ajudam a controlar o funcionamento dos neurônios. A lamina-B1, por sua vez, ajuda a preservar o núcleo dos astrócitos, o que é necessário para que eles consigam cumprir a sua função. Por isso mesmo, a lamina-B1 “é um indicador de que os astrócitos estão envelhecidos”, explica Flávia.

Segundo a co-autora do estudo Isadora Matias, do mesmo laboratório, é preciso agora aprofundar os estudos sobre a possibilidade de interromper ou mesmo reverter o envelhecimento dos astrócitos, normalizando a concentração de lamina-B1. O processo de envelhecimento, no entanto, é complexo e envolve muitos outros fatores além da lamina-B1. “Mas já será muito importante usar o que aprendemos com essa proteína capaz de dar o sinal de alerta de envelhecimento precoce”, ressalta Isadora.

Várias pesquisas estão em andamento com a finalidade de retardar o envelhecimento – algumas alegam até mesmo buscar a “imortalidade humana“. Há sinais de alerta éticos a levar em conta:


Fonte: https://pt.aleteia.org/2022/02/09/equipe-liderada-por-neurocientistas-brasileiras-faz-descoberta-promissora-contra-alzheimer/?fbclid=IwAR0VZpK2z4WQUs-UHdx3yTF_ZrtSMr-labOaSzwn3MmxbdZ3N1DUzvt43xg
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 28/02/2022, 10:01
Novo teste sanguíneo deteta Alzheimer com 93% de exatidão

27 Fev 2022 · Ciência

Os investigadores não param de procurar formas de entender, detetar e prevenir a doença de Alzheimer, pelo que as novidades surgem com certa regularidade. Desta vez, um novo teste sanguíneo detetou a Alzheimer com 93% de exatidão.

Esta percentagem permanece alta, independentemente do laboratório em que o teste é realizado e dos protocolos que são seguidos.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/02/alzheimer00-720x405.jpg)
Fonte imagem: pplware.sapo.pt   

A Alzheimer é uma condição debilitante que causa estragos a vários níveis, aquando da fase da demência. Por isso, os investigadores não desistem de estudar a doença e procuram incessantemente formas de a resolver.

De acordo com um comunicado de imprensa emitido pela Washington University School of Medicine, um novo teste sanguíneo pode ser capaz de identificar o risco de as pessoas virem a desenvolver a doença mais cedo, permitindo-lhes procurar a ajuda necessária.

    -O nosso estudo mostra que a análise ao sangue fornece uma medida robusta para detetar placas amiloides associadas à doença de Alzheimer, mesmo entre os doentes que ainda não experimentaram declínios cognitivos.

Disse o autor sénior Randall J. Bateman, Charles F. e Joanne Knight, professor de neurologia.

    -Um teste sanguíneo para a doença de Alzheimer proporciona um enorme impulso à investigação e diagnóstico da doença, reduzindo drasticamente o tempo e o custo da identificação de pacientes para ensaios clínicos e estimulando o desenvolvimento de novas opções de tratamento.

    -À medida que novos medicamentos se tornam disponíveis, uma análise ao sangue poderia determinar quem poderia beneficiar do tratamento, incluindo os que se encontram em fases muito precoces da doença.

Acrescentou Bateman.

(https://pplware.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/02/bateman_universidade_washington00.jpg)
Autor sénior do estudo Randall J. Bateman

O estudo envolveu quase 500 pacientes dos Estados Unidos da América, Austrália e Suécia, e provou ser 93% exato. Esta percentagem significa que o teste poderá revolucionar a forma como as análises sobre a presença e progressão da doença de Alzheimer são realizadas.

Contrariamente às alternativas que existem atualmente, que são demasiado caras, este novo teste sanguíneo custaria apenas 500 dólares e poderia ser concluído em menos de seis meses. Além disso, o estudo refere que, independentemente do laboratório e dos protocolos, o teste permanece altamente exato.

    -Estes resultados sugerem que o teste pode ser útil na identificação de pacientes não deficientes que possam estar em risco de demência futura, oferecendo-lhes a oportunidade de se inscreverem em ensaios clínicos quando a intervenção precoce tem potencial.

Concluiu Bateman.



Fonte: pplware.sapo.pt            Link: https://pplware.sapo.pt/ciencia/novo-teste-sanguineo-deteta-alzheimer-com-93-de-exatidao/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 28/08/2022, 14:12
Alzheimer. A descoberta da Universidade de Coimbra que pode revolucionar o combate à doença

MARIA MOREIRA RATO
24/08/2022 17:44


(https://cdn1.newsplex.pt/media/2022/8/24/831019.png?type=artigo)
Fonte de imagem:  © Dreamstime

O neurocientista e professor catedrático Miguel Castelo-Branco, da UC, liderou a equipa multidisciplinar que fez uma descoberta que pode auxiliar a luta contra esta patologia.

Um hotspot triplo de patologia cerebral na doença de Alzheimer: eis a mais recente descoberta de uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), coordenada por Miguel Castelo-Branco (UC) e por Isabel Santana (CHUC).

Sabe-se, desde já, que este avanço poderá ter implicações importantíssimas em terapias futuras, na medida em que os investigadores identificaram um alvo cerebral de alteração precoce, relacionado com a perda de memória.

“É triplo porque usámos três técnicas que são muito importantes, como medir a amiloide – fomos os primeiros a instituir essa técnica e no diagnóstico da doença de Alzheimer instituímos isto e temos doentes que vêm de todo o país e participamos até em consórcios internacionais. As técnicas de imagem entraram, na última década, no estudo desta doença porque espelham aquilo que se passa no cérebro”, começa por elucidar Miguel Castelo-Branco, investigador da Faculdade de Medicina e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra, em declarações ao i.

“Ninguém sabe, apesar de muita investigação e muito investimento, o cerne desta doença. Temos também uma técnica molecular para medir a neuroinflamação porque se diz que, na verdade, a doença de Alzheimer é provocada por um processo de inflamação. E temos outra técnica que passa por entender como é que o cérebro reage quando está a executar tarefas cognitivas. Estávamos a estudar fases precoces porque as pessoas ainda conseguem colaborar connosco”, justifica o investigador, reconhecendo que, “normalmente, são feitos estudos em repouso, as pessoas não estão a fazer nada, e são os mais fáceis”.

“Na nossa opinião, é um viés que a comunidade tem porque temos de dar tarefas às pessoas para que as executem. É nessa fase que se deve atuar. Podemos testar fármacos numa fase em que podem ser eficazes. Uma pessoa que andou a vida toda a formar placas de aterosclerose, por exemplo... Pode haver fármacos eficazes que não são testados na altura certa! Podemos fazer esta analogia. Esta é uma região muito importante porque é pivô nos circuitos de memória e navegação. Esta região está conectada ao hipocampo e faz parte do monte da Lua, quando estamos a divagar, mind wondering em inglês”, explicita o docente universitário que liderou a equipa que estudou a região cerebral identificada como cíngulo posterior e que demonstra, em fases muito iniciais da doença de Alzheimer, alterações tripartidas únicas: inflamação neuronal, acumulação de amiloide e atividade neuronal aparentemente compensatória.

“Vemos esta tripla conjugação – inflamação, acumulação da amiloide e ativação excessiva nesta região – e o que é curioso é que esta área é hiperativa. Quando as células ainda estão em sofrimento, mas ainda funcionam, ativam mais do que as de uma pessoa saudável. Vimos isto noutros estudos acerca de outras doenças e, antes de entrar em falência, acontece isto. Esta hiperativação sugere que estes neurónios ainda são funcionais. Achamos que é importante estudar isto em fases precoces. Entra na linha, não diria da medicina preventiva... Mas tentamos desenvolver investigação para ajudar o mais precocemente possível. Fazemos ensaios clínicos, estou ligado à Universidade de Coimbra, sou professor. Trabalho em várias frentes, tal como os meus colegas”, declara Miguel Castelo-Branco, que desempenha funções enquanto investigador coordenador desde 2008.

“Mesmo a questão da amiloide, posso fazer uma analogia com os depósitos de cálcio nas artérias: contam-nos a história de lesões antigas, não quer dizer que estejam ativas. A amiloide pequenina é, se calhar, aquela que é mais neurotóxica. Não estou a dizer que não se possa fazer nada em fases avançadas da doença, mas aquilo que parece mais viável é procurar fármacos que funcionem numa fase inicial”, reflete o Professor Catedrático que, para além de dar aulas em Coimbra, já lecionou na Universiteit Maastricht, nos Países Baixos.

Doença é responsável por 7% dos anos de vida perdidos por morte prematura Como o i já havia noticiado, em setembro do ano passado, há apenas quatro anos, 6.275 mortes, em Portugal Continental, foram atribuídas à demência. Destas, 1.629 diziam respeito à doença de Alzheimer. Estes dados foram apurados a partir dos Certificados de óbito na Plataforma da Mortalidade da Direção-Geral da Saúde, pela equipa que levou a cabo o estudo Custos anuais com a Doença de Alzheimer equivalem a 1% do PIB português cujos resultados foram ontem divulgados.

O Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa uniu esforços com a Biogen, empresa de biotecnologia pioneira na área das Neurociências, e, tendo em conta o elevado número de óbitos que a Alzheimer origina em território nacional, percecionou que esta patologia é atualmente responsável por cerca de 7% do total de anos de vida perdidos por morte prematura, sendo este impacto superior nas mulheres, com uma percentagem de 7,6%, enquanto os homens alcançam apenas 6,4%.

Não existem estimativas portuguesas representativas a nível nacional para a prevalência da patologia, sendo que os investigadores selecionaram uma que considerasse os dados da literatura quanto à proporção de Alzheimer no conjunto das demências e as estimativas de prevalência das mesmas. Deste modo, acreditam que, nas faixas compreendidas entre os 65 e os 80 ou mais anos, são as mulheres que mais são afetadas (13,61% de doentes com Alzheimer no universo da demência), enquanto a prevalência é menor naquelas entre os 65 e os 69 anos. (1,76%). No caso dos homens, as percentagens variam entre os 1,76% e os 12,75%, escalando esta à medida que avançam na terceira idade.

Por outro lado, o estudo revelou que a Alzheimer foi responsável por 45.754 anos perdidos por incapacidade, mais de dois terços dos gerados pela Aterosclerose. Tal como no caso das mortes, em que as mais afetadas são as mulheres, também são estas que mais anos perdem por incapacidade (60%).

Os autores tentaram colmatar a lacuna da apuração do universo de portugueses que padecem desta doença e calcularam que, aproximadamente, 36.789 vivem com demência ligeira, 59.245 com demência moderada e 47.300 com demência grave. Ou seja, perfazendo um total de 143.334 doentes. Portanto, em Portugal, existem cerca de 194 mil pessoas com variadas demências, das quais 60% a 80% são casos de Doença de Alzheimer – perto de 145 mil.

Naquilo que diz respeito aos custos, a sociedade investe cerca de 2 mil milhões de euros, todos os anos, nesta doença, sendo a maioria das despesas referentes a custos diretos não médicos, tais como cuidadores informais, cuja despesa ronda os 1.1 milhões de euros – ainda na segunda-feira, os prazos para a entrega de documentos para o processo de reconhecimento e de manutenção do estatuto do cuidador informal foram alargados até 30 de novembro, segundo uma portaria publicada – e apoios sociais, que correspondem a um custo anual de cerca de 551 milhões, equivalente a uma despesa média anual de cerca de 3.800 euros por doente.

Além disto, são necessários os dispositivos de apoio – cadeiras de rodas e apoios à marcha –, os acessórios para cuidado – fraldas, luvas, resguardos e toalhitas – , as adaptações físicas do domicílio, os apoios sociais – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e apoio a doentes no domicílio por meio de transportes. As despesas anteriormente mencionadas podem ser superiores em caso de doença mais grave.

Relativamente aos custos médicos, que constituem 11% do total dos custos anuais associados à Alzheimer, estes dizem respeito ao internamento, ambulatório – a maior fatia da fatura –, diagnóstico, seguimento, tratamento de reabilitação e tratamento farmacológico cujo total estimado é de cerca de 166 milhões de euros, isto é, um custo médio anual por doente ronda os 1.700 euros.

A doença de Alzheimer é de cariz neurológico progressivo e o tipo de Demência mais frequente. Uma das componentes principais da mesma é a acumulação progressiva de placas da proteína beta-amilóide no cérebro, que acaba por comprometer a ligação entre as células cerebrais e, consequentemente, deteriora as mesmas, conduzindo à perda de um conjunto de funções cognitivas, como a capacidade de memória, de raciocínio, de linguagem, de concentração, etc. Consoante a perda destas capacidades, dá-se o aumento da dependência dos idosos e, na maioria dos casos, a morte destes.

É por isso que investigações como aquela que foi liderada por Miguel Castelo-Branco assumem um papel cada vez mais relevante. No entanto, existem outras que podem ser referidas. Exemplificando, em fevereiro deste ano, o i lembrou que cerca de 153 milhões de pessoas no mundo terão demência em 2050, ou seja, quase o triplo do estimado para 2019 – 57 milhões. Esta foi uma das conclusões publicadas num estudo divulgado na publicação científica The Lancet Public Health, sendo que o trabalho adianta estimativas do número de adultos com 40 ou mais anos a viverem com demência em 204 países ou territórios diferentes, comparando os anos de 2019 e as projeções de 2050.

Segundo este documento, são quatro os principais fatores de risco: tabagismo, obesidade, hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) e escolaridade baixa. Em Portugal, serão 351 504 pessoas com demência em 2050, menos do dobro do número previsto para 2019, 200 994. Sabe-se que o tipo mais comum de demência é a Alzheimer que, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, representa 50 a 70% dos casos.

Será que este cenário pode ser evitado? Talvez não totalmente, mas Pedro Miguel Rodrigues acredita que o projeto Neuro SDR, que analisa a atividade cerebral e tem uma taxa de sucesso de 98%, permitirá que esta patologia seja detetada precocemente. “Sempre gostei da área da informática e da saúde. Portanto, quis conciliar esses dois pontos na minha vida profissional. Na altura, havia pouco conhecimento de engenharia biomédica e, a partir do momento em que vi que poderia ajudar as pessoas, decidi fazer isto ao longo do meu percurso académico”, começa por explicar ao i o professor Auxiliar na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. “E agora passo este ‘bichinho’ aos meus alunos”, contava, à época, ao i.

“Funciona em tempo real. A precisão é de 98%, mas uma margem de erro de 2% não pode ser menosprezada”, realçava o investigador, falando da ferramenta. “Nunca houve entraves, os médicos do S. João sempre colaboraram muito bem connosco”, diz o professor cujas áreas de interesse e investigação focam-se na aplicação de técnicas de processamento de sinal/imagem e de inteligência artificial no diagnóstico automático de doenças neurodegenerativas, cardíacas e da fala e na monitorização em tempo real de cicatrização de feridas.

“Nada nos serve ter 98% de precisão se não tivermos uma interface limpa e rápida: está muito ‘à engenheiro’ e precisamos de parceiros tecnológicos. Quanto maior o financiamento, mais fácil será chegarmos ao mercado”, finalizava o engenheiro que esperava obter resultados promissores na deteção de sinais de outras doenças que afetam o sistema nervoso central, apostando, para tal, na inteligência artificial que tantos frutos tem dado, alinhando-se com Miguel Castelo-Branco.

“Esta descoberta no cérebro humano foi demonstrada in vivo, por meio de um conjunto de técnicas avançadas de imagem funcional e cerebral: o PET duplo (que mede, no mesmo doente, neuroinflamação e deposição de amiloide) e a ressonância magnética funcional para medir a atividade cerebral em tarefas de memória. Pois, como referi anteriormente, a área do diagnóstico por imagem tem vindo a ganhar território”, refere Castelo-Branco, abordando a investigação que coordenou e que poderá ser conjugada com outras como a de Pedro Miguel Rodrigues. “A maior parte das medidas que temos são mitigadoras: não atuam na causa. E não é só na doença de Alzheimer, há mais, como a área do autismo”.

“Por exemplo, temos vindo a desenvolver jogos para assisted living (jogos cognitivos). A nossa teoria é de que a tecnologia pode ajudar. Se não podemos ter um terapeuta a cem por cento do tempo, podemos ter outras formas. Temos uma abordagem muito holística!”, declara. “No caso do autismo temos vários papers publicados (sobre pessoas com autismo a usar transportes públicos com o auxílio destas ferramentas), no caso da doença de Alzheimer temos várias coisas em preparação. Isto acaba por envolver sempre empresas. É preciso investimento ou até ter alunos de doutoramento que queiram criar empresas”, observa. “Temos alguma experiência, mas vemos que é complicado. No autismo, os pais gastam rios de dinheiro, mas no caso das doenças neurodegenerativas é mais complicado ainda porque as pessoas não têm meios financeiros”.

Miguel Castelo-Branco contou, no âmbito desta investigação, com Nádia Canário e Lília Jorge, primeiras autoras do estudo, e Ricardo Martins, investigadores do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da UC, sendo que os resultados deste trabalho estão disponíveis no artigo científico “Dual PET-fMRI reveals a link between neuroinflammation, amyloid binding and compensatory task-related brain activity in Alzheimer’s disease”, publicado na revista Communications Biology.






Fonte: ionline.sapo.pt                     Link: https://ionline.sapo.pt/artigo/779435/alzheimer-a-descoberta-da-universidade-de-coimbra-que-pode-revolucionar-o-combate-a-doenca?seccao=Portugal_i
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 08/09/2022, 15:57
Alzheimer Portugal reivindica resposta nacional integrada para as Demências

Nuno de Noronha
7 set 2022 16:51


(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=NDEwKMFmtz3Xp0xGstWbeFpgd5dbgywx5OFPt/h9QVFYwRy440EbQOcRzuVZIiTJsrNJM18TzJlAnzj84Oo2tFIHIN05PJMoI/xf5jduT/1G3+k=)
Fonte de imagem: Pexels

Manifesto ‘Pela Memória Futura’ é divulgado hoje publicamente, com o objetivo de reivindicar uma resposta nacional integrada à Doença de Alzheimer e outras Demências. A Alzheimer Portugal destaca no documento a urgência das Demências serem vistas como uma prioridade de saúde e social em Portugal.

A Associação Alzheimer Portugal, Instituição Particular de Solidariedade Social dedicada a promover a qualidade de vida das pessoas com Demência e dos seus familiares e cuidadores, acaba de divulgar publicamente o manifesto ‘Pela Memória Futura’, um documento que reivindica a necessidade de existir um maior empenho político e social na prossecução de uma resposta nacional integrada à Doença de Alzheimer e outras demências, informa a instituição em comunicado.

O lançamento público deste manifesto, que marca o arranque do programa de atividades da Associação no âmbito do mês que assinala o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, surge na sequência da apresentação do documento aos grupos parlamentares que constituem a atual legislatura, com o objetivo de sensibilizar a classe política para um conjunto de prioridades de atuação que devem ser consideradas ao nível da formulação e aplicação de políticas públicas que visem responder aos crescentes desafios na área das Demências.

De acordo com o documento hoje divulgado, a resposta para uma melhoria efetiva da qualidade de vida de quem vive com Demência e das respetivas famílias e cuidadores terá de passar pela adoção de quatro princípios-chave: priorizar, concretizar, consciencializar e aproximar.

Como primeiro passo, a Alzheimer Portugal destaca a urgência de fazer da Doença de Alzheimer e outras demências uma prioridade social e de saúde pública em Portugal, tendo em conta não só o número de pessoas que vivem atualmente com Demência no país, mas também as estimativas de aumento da sua prevalência e consequente impacto. Para o conseguir, a Associação refere ser perentória e premente a concretização no terreno dos Planos Regionais de Saúde para as Demências, já aprovados em dezembro do ano passado e identificados no Plano de Recuperação e Resiliência português como um objetivo a implementar, no sentido de promover, segundo esse mesmo documento, “uma sólida resposta intersectorial às pessoas que vivem com demência, às suas famílias
e cuidadores, tirando partido das iniciativas que já existem com resultados positivos”.

À parte da atuação política, o manifesto ‘Pela Memória Futura’ refere igualmente a necessidade de promover a consciencialização da sociedade, cuidadores informais, bem como profissionais de saúde e da área social, como forma de eliminar o desconhecimento e o estigma e, por conseguinte, melhorar a prevenção, o diagnóstico atempado, e as intervenções e apoios dados às pessoas com Demência e respetivas famílias e cuidadores.

O manifesto sinaliza ainda a importância de se promover uma maior articulação e integração da resposta à Demência, em particular, de se garantir que um percurso específico de cuidados esteja acessível, de forma próxima, contínua e equitativa, a todas as pessoas com Demência e suas famílias e cuidadores. Para isso, a Associação aponta como medidas necessárias: a eliminação das assimetrias entre regiões no que respeita aos cuidados e apoios prestados; a criação de ligações ágeis entre os cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados, que acompanhe a pessoa desde os primeiros sinais da doença até aos cuidados de fim de vida; e, por fim, o envolvimento do setor social com o setor da saúde, assim como uma maior articulação com as autarquias locais, de forma a alcançar respostas mais eficazes e ajustadas às diferentes realidades familiares e locais.

Para Maria do Rosário Zincke dos Reis, Vice-Presidente da Alzheimer Portugal, “a decisão de apresentar o nosso Manifesto à sociedade decorre da nossa missão. Com efeito, cabe-nos como IPSS e associação de doentes chamar a atenção para as lacunas que ainda persistem no apoio às Pessoas com Demência e suas famílias desde os primeiros sintomas e no exercício efetivo dos seus direitos ao longo do curso da doença”.

E acrescenta: “É por isso imperativo que a nossa sociedade como um todo – políticos, profissionais de saúde e do setor social, e população – reconheça as demências como uma prioridade social e de saúde pública, de modo a conseguirmos acelerar a concretização de uma resposta específica, integrada e eficiente para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a doença e de quem cuida, e a reduzir o seu impacto para a sociedade.”






Fonte: lifestyle.sapo.pt                     Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/alzheimer-portugal-reivindica-resposta-nacional-integrada-para-as-demencias
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 20/09/2022, 15:40
Famalicão: Caminhada para lembrar a pessoa com Alzheimer

Setembro 20, 2022 9:31 am

(https://cidadehoje.sapo.pt/wp-content/uploads/2022/09/cidadehoje.pt-famalicao-caminhada-para-lembrar-a-pessoa-com-alzheimer-2022-09-20_09-30-52-835x1024.png)
Fonte de imagem: cidadehoje.sapo.pt

A associação famalicense Casa da Memória Viva (CMV) assinala na manhã do próximo sábado, dia 24, o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, instituído pela Organização Mundial da Saúde em 1994 e que, desde então, ocorre a 21 de setembro.

A iniciativa proposta é uma caminhada de quatro quilómetros, pelos principais parques da cidade e algumas artérias da União de Freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário. É de grau de dificuldade baixa, o que permite a participação de famílias e de grupos, incluindo pessoas com mobilidade reduzida.

Esta caminhada, a que dão o nome “Dê 2 passos”, começa às 10 horas, com previsão de chegada por volta do meio-dia ao topo norte dos Paços do Concelho.

Com este evento, a CMV procura sensibilizar os famalicenses para os impactos da demência e, ao mesmo tempo, recolher fundos para as suas atividades de informação e capacitação de cuidadores e familiares de pessoas com doença de Alzheimer.

A inscrição pode ser feita através do preenchimento de um formulário disponível na página da CMV na rede social Facebook ou no próprio sábado, no local da partida, até às 9,30 horas. A participação implica uma doação mínima de cinco euros. A cada participante será entregue uma T-shirt e disponibilizadas as condições e meios necessários para hidratação.

A 2.ª Caminhada Solidária “Dê 2 Passos” conta com os apoios da empresa de contabilidade Nac, da associação Calcantes e da Cidade Hoje – Rádio, Jornal e TV.

Proposta para criar o “Jardim da Memória”

«Vamos arrancar dali porque queremos tornar pública a proposta que fizemos ao Senhor Presidente da Câmara, para que aquele espaço verde, onde outrora funcionou o posto dos Serviços Médico-Sociais da Previdência – de que ali, e bem, há memória, sob a forma de um interessante painel azulejar –, passe a ser tratado e usufruído por todos como um jardim, adotando o topónimo de ‘Jardim da Memória», explica Carlos de Sousa, presidente da direção da associação promotora da caminhada.

O presidente da direção da CMV apela à participação dos famalicenses na caminhada “Dê 2 Passos”, porquanto, assinala, «quantos mais formos, mais convincentes seremos na erradicação do estigma e da indiferença que, lamentavelmente, ainda são fatores de constrangimento de tantos concidadãos nossos».

«Eliminando o estigma – sublinha ainda –, estamos a tornar Vila Nova de Famalicão uma comunidade mais saudável e mais amigável e compassiva das pessoas com demência», acrescenta.

Há um ano, a OMS antecipava que cerca de 55 milhões de pessoas no mundo com mais de 65 anos têm demência, número que deverá quase triplicar nas próximas duas décadas, passando para 138 milhões até 2050. A cada ano surgem cerca de 10 milhões de novos casos.






Fonte: cidadehoje.sapo.pt                     Link: https://cidadehoje.sapo.pt/famalicao-caminhada-para-lembrar-a-pessoa-com-alzheimer/
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 21/09/2022, 11:15
A história da professora Maria não é incomum. Porque o Alzheimer pode chegar cedo demais

Nuno de Noronha
21 set 2022 08:00


(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=ZDFiUJ9eUfRtoyM1JdCW6RcNPHX1i7ZDRw8gnJPtXxcTo6hrcHvRlJw7pI43jRchtY7+/YQtxUnmWBdXXwB7idegmZNrC+RFoQJUcMYfmmzZ3Uw=)
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A Doença de Alzheimer com início precoce é uma forma da doença que afeta menos de 10% de todas as pessoas com esta patologia. É preciso estar atento, porque "frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa", alerta o médico Rui Araújo, especialista em Neurologia. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer

Maria tem 57 anos, é professora do ensino básico, e notou desde há uns meses alguns esquecimentos. Inicialmente tratavam-se de pequenos lapsos de importância menor – uma porta que não se fechou; uma panela no fogão tempo demais. Esquecimentos que rapidamente foram amparados pela família, que ao início igualmente desvalorizou – a professora andava cansada, era altura de exames, havia muita pressão na escola.

As férias chegaram pouco tempo depois e os lapsos de memória agravaram-se. Era frequente deixar estragar as refeições por não conseguir seguir os passos da receita; se não fosse alertada, vestia a mesma roupa vários dias seguidos.

O episódio que provocou maior alarme foi quando a professora saiu de casa após o jantar, julgando ser hora do passeio que habitualmente a família fazia depois do almoço.

A história de Maria é igual à de muitos outros doentes que desenvolvem Doença de Alzheimer antes dos 65 anos. Estima-se que sejam 10% de todas as pessoas com esta patologia, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Alzheimer: os sintomas e as fases da doença

No início da doença, observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente interpretadas pelos familiares como parte do processo natural de envelhecimento, apesar de se irem agravando gradualmente.

Por vezes, os pacientes podem tornar-se bastante confusos e até agressivos, podendo também apresentar alterações da personalidade com comportamentos sociais inadequados.

Apresentam dificuldade em reconhecer os familiares e até a si próprios, quando confrontados com o espelho.

Estas pessoas, à medida que a doença avança, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros.

A progressão da doença pode ser categorizada em 3 fases, consoante a sua evolução. A fase ligeira, a moderada e a grave, refletindo assim o nível de declínio cognitivo e consequentemente a dependência do paciente.


    "A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa"

"A Doença de Alzheimer é uma das síndromes demenciais mais frequentes em todo o mundo, configurando uma emergência em termos de saúde pública e uma prioridade em termos de agenda médica. É uma das patologias mais frequentemente geridas em consulta de Neurologia. Espera-se que o número de casos continue a aumentar nos próximos anos", começa por explicar Rui Araújo, médico neurologista do Hospital CUF Porto.

"A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa. Com efeito, a descrição da primeira doente a que se atribui Doença de Alzheimer corresponde a uma senhora na sexta década de vida (50-60 anos)", acrescenta o neurologista.

A importância do dignóstico precoce

Quanto mais cedo surgem os sintomas da doença, mais importante é realizar um bom diagnóstico diferencial, com enfoque nas causas tratáveis e reversíveis, como défices vitamínicos ou alterações das hormonas tiroideias. O diagnóstico diferencial com síndrome depressivo também é fundamental, porque a depressão pode cursar com sintomas cognitivos.

"A orientação precoce e especializada é fundamental para a gestão da doença. A neurologia inicia o processo de diagnóstico pelo estabelecimento da natureza das queixas, da procura de quais os domínios cognitivos afetados (memória, linguagem, atenção...) através de testes de cabeceira e, se tido por necessário, avaliação complementar com estudo neuropsicológico", frisa o médico.

"Depois realizará o exame neurológico, e caso se justifique, solicitará exames complementares que visam, essencialmente, a exclusão de causas tratáveis", indica.

Existem vários e diferentes tipos de demências, como por exemplo a Demência fronto-temporal, a Demência de Corpos de Lewy, a Demência Vascular, entre outras. Cada tipo de doença degenerativa tem a sua abordagem particular e individualizada, idealmente realizada por neurologistas, a especialidade que trata esta doença.

Que sintomas?

Os sintomas mais frequentes e que justificam avaliação médica são os "esquecimentos que tenham repercussão na autonomia do doente e suas tarefas quotidianas".

"Alterações de linguagem (dificuldade em expressar-se ou compreender o que lhe é dito), desorientação espacial ou temporal (perder-se, precisar de ajuda para sair de locais menos familiares, trocar as horas), e dificuldade na execução de tarefas ou recados" também devem ser motivo de preocupação, conclui o médico Rui Araújo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135,5 milhões.






Fonte: lifestyle.sapo.pt                      Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/a-historia-de-maria-repete-se-porque-o-alzheimer-pode-chegar-cedo-demais
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: migel em 01/12/2022, 12:20
Medicamento retarda declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer, revela estudo

MadreMedia / AFP
30 nov 2022 07:48

Mais de 1,1 milhões de seringas distribuídas em 2021 a utilizadores de drogas

Especialistas elogiaram dados que mostram que um novo medicamento pode retardar o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer, mas alertaram que as melhorias foram comparativamente pequenas e o tratamento pode ter sérios efeitos colaterais.

(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=MTg2mx2ejzEGYxqdoVrveHNy65qbix24sTNUHO/BnBHCY20NuUYi7J1joaj4BZn2w/9CsGi5rWyssmOmw/ZrXkT3Y1DWllAV6pkjg5kACpRTaXQ=)

Dados preliminares de um teste do medicamento lecanemab foram divulgados em setembro e salientam que este retardou o declínio cognitivo em 27%, num período de 18 meses.

Os dados completos do estudo, publicados no New England Journal of Medicine, reforçam essas descobertas, mas também levantam preocupações sobre a incidência de "efeitos adversos", incluindo hemorragias cerebrais e inchaço.

Os resultados mostraram que 17,3% dos pacientes que receberam o medicamento tiveram hemorragias cerebrais, em comparação com 9% daqueles que receberam placebo.

E 12,6% daqueles que tomaram o medicamento apresentaram inchaço cerebral, em comparação com apenas 1,7% no grupo placebo.

As mortes foram relatadas aproximadamente na mesma proporção, deste teste que foi desenvolvido pelas empresas Biogen e Eisai.

Os resultados foram amplamente bem recebidos por pesquisadores e ativistas, incluindo Bart De Strooper, diretor do UK Dementia Research Institute.

"Este é o primeiro medicamento que oferece uma opção real de tratamento para pessoas com Alzheimer", disse.

"Embora os benefícios clínicos pareçam um tanto limitados, pode esperar-se que eles se tornem mais aparentes se o medicamento for administrado por um período de tempo mais longo".

Tentativas mais longas necessárias
Na doença de Alzheimer, duas proteínas-chave, tau e beta-amilóide, acumulam-se em emaranhados e placas, conhecidas como agregados, que causam a morte das células cerebrais e levam ao encolhimento do cérebro.

O lecanemab atua visando o amilóide e De Strooper diz que a droga mostrou-se eficaz em eliminá-lo, mas também teve “efeitos benéficos em outras características do mal de Alzheimer, incluindo tau”.


O ensaio de fase 3 envolveu cerca de 1.800 pessoas, divididas entre as que receberam o medicamento e as que receberam placebo, e durou 18 meses.

Os utentes foram avaliados numa escala clínica para pacientes com Alzheimer que mede cognição e função, bem como alterações nos níveis de amilóide e outros indicadores.

Mas Tara Spires-Jones, líder do programa no UK Dementia Research Institute, observou que "não há uma definição aceite de efeitos clinicamente significativos no teste cognitivo que usaram".

"Ainda não está claro se a modesta redução no declínio fará uma grande diferença para as pessoas que vivem com demência. Serão necessários testes mais longos para garantir que os benefícios desse tratamento superem os riscos", acrescentou.

A droga também visa apenas aqueles nos estágios iniciais da doença, com um certo nível de amiloide, limitando o número de pessoas que poderiam realizar o tratamento.

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E como a doença de Alzheimer nem sempre é detectada rapidamente, alguns especialistas disseram que uma revisão no diagnóstico precoce seria necessária para garantir que mais pessoas pudessem beneficiar do mesmo.

"Este não é o fim da jornada do lecanemab, ele está a ser explorado em mais testes para ver como funciona por um longo período de tempo", disse Richard Oakley, diretor associado de pesquisa da Alzheimer's Society.

“A segurança dos medicamentos é crucial e o lecanemab teve efeitos colaterais, mas eles serão analisados ​​de perto quando forem tomadas decisões sobre a aprovação ou não do lecanemab, para ver se os benefícios superam os riscos”, disse.
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Fonte: Lusa
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 21/09/2023, 10:17
Alzheimer: uma doença cruel, que rouba a personalidade e que não tem cura nem causa aparente

Nuno de Noronha
21 set 2023 09:12


(https://thumbs.web.sapo.io/?W=775&H=0&delay_optim=1&webp=1&epic=OGZifP38A9Azd1Fot4utMNkzMZXixVsje70pkl64EJxk/Yt/Y0i5LTUfouQ2fN6mnmVoxi9POfJPdSkJrLPPN1SDOvAvrOWmOVVFNZhayyr8etg=)
Um doente diagnosticado com Alzheimer é ajudado a fazer a barba em Yarumal, na Colômbia AFP PHOTO / RAUL ARBOLEDA

Há mais de 30 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer em todo o mundo, uma doença cujo diagnóstico melhorou mas para a qual ainda não existe um tratamento eficaz. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

A incidência das demências - que afetam entre 160 mil a 185 mil pessoas em Portugal - deve duplicar a cada cinco anos nas próximas décadas, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer, esta doença neurodegenerativa causa a deterioração progressiva das capacidades cognitivas do paciente, até desencadear a perda total de autonomia, roubando-lhe praticamente todas as características da sua personalidade.

Os principais sintomas são os esquecimentos recorrentes, problemas de orientação e alterações das funções executivas, como por exemplo não saber como utilizar o telefone. Após o aparecimento destes sintomas, é essencial consultar-se um médico ou um centro especializado, onde vários exames neuropsicológicos permitirão diagnosticar ou descartar a doença.

Segundo a OMS, há cerca de 47 milhões de pessoas que sofrem de demência no mundo, dos quais 60% a 70% têm Alzheimer, o que representa 28 a 33 milhões de pessoas. A cada ano, são registados mais 9,9 milhões de casos de demência.

Qual é a causa?

Na maioria dos casos, a principal causa é desconhecida, segundo Stéphane Epelbaum, neurologista do hospital parisiense Pitié-Salpêtrière. "Não sabemos porque é que em algumas pessoas os neurónios começam a degenerar-se e noutras não".

A idade "é o maior fator de risco conhecido", segundo a OMS. Estima-se que a partir dos 85 anos, uma em cada quatro mulheres e um em cada cinco homens desenvolvam Alzheimer. A partir dos 65 anos, o risco de desenvolver a doença duplica a cada cinco anos.

Esta doença não deve, no entanto, ser considerada uma consequência inevitável da velhice.  Só em 1% dos casos existe um fator hereditário, com o aparecimento precoce, por volta dos 60 anos ou inclusivamente antes. Para o resto dos casos, alguns estudos apontam como fatores de risco o sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, tabaco, álcool e alimentação desequilibrada.

A depressão, o nível baixo de escolaridade, o isolamento social e a ausência de atividade intelectual também são citadas pela OMS como condições favoráveis ao desenvolvimento da doença.

Durante muitos anos, diagnosticar a doença de Alzheimer era uma tarefa difícil. Mas hoje existem métodos eficazes de diagnóstico.

O paciente é submetido a um exame clínico, com testes com perguntas para detetar transtornos cognitivos, explica Epelbaum. Para confirmar a doença, os médicos podem recorrer a imagens por Ressonância Magnética ou à Tomografia por Emissão de Pósitrons, a fim de visualizar as modificações no cérebro. Também há a possibilidade de realizar punções lombares para detetar alguns marcadores da doença.

Qual é o tratamento?

Não há nenhum tratamento para curar o Alzheimer. "Muitas estratégias terapêuticas estão atualmente em fase de estudo", segundo a Fundação para a Pesquisa Médica de França.

Há medicamentos para eliminar as lesões cerebrais características do Alzheimer - as placas amiloides -, mas estes são ineficazes para deter o avanço da doença. "No futuro, os tratamentos provavelmente consistirão (...) na associação de vários medicamentos para agir contra as diferentes disfunções que a doença provoca", segundo Epelbaum.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, esta patologia degenerativa do cérebro afetará juntamente com outras demências 131 milhões de pessoas em 2050.

Com AFP





Fonte: lifestyle.sapo.pt                          Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/alzheimer-a-doenca-cruel-capaz-de-roubar-a-personalidade-que-ainda-nao-tem-cura

Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 20/09/2024, 09:42
Cientistas confirmam potencial terapêutico de novo composto químico contra doença de Alzheimer

Lusa
20 set 2024 07:41


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Testado em ratinhos que mimetizavam a doença de Alzheimer, o composto de aminoácidos que o grupo de investigação criou em laboratório e designou de TAT-TrkB "preveniu a perda de memória e aprendizagem sem demonstração de efeitos secundários"

Uma equipa científica liderada pela neurofarmacologista Maria José Diógenes confirmou em experiências com ratinhos o potencial terapêutico de um novo composto químico contra a doença de Alzheimer, forma mais comum de demência que afeta a memória e a linguagem.

"Este composto é totalmente inovador, pois tem um mecanismo de ação completamente diferente de outros compostos e medicamentos estudados para a doença de Alzheimer", sustentou à Lusa a investigadora do Instituto de Farmacologia e Neurociências da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Testado em ratinhos que mimetizavam a doença de Alzheimer, o composto de aminoácidos que o grupo de investigação criou em laboratório e designou de TAT-TrkB "preveniu a perda de memória e aprendizagem sem demonstração de efeitos secundários".

"A nível molecular foi possível observar a ausência de alterações que são usualmente encontradas nos cérebros dos doentes com doença de Alzheimer", acrescentou Maria José Diógenes, na véspera do Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, celebrado anualmente em 21 de setembro.

O trabalho, descrito num artigo publicado recentemente na revista da especialidade Molecular Therapy e assinado por uma equipa internacional de cientistas, foi distinguido em 2021 pela Misericórdia de Lisboa com um dos Prémios Santa Casa de Neurociências.

Na altura, em declarações à Lusa, a investigadora e professora Maria José Diógenes referiu que se propunha "confirmar o potencial terapêutico de um composto" criado por uma vasta equipa de investigação num estudo anterior.

O composto foi concebido "para proteger os efeitos neuroprotetores de uma molécula muito importante para o cérebro, a BDNF", que "é crucial para os processos de memória e aprendizagem" e cuja função "está diminuída" nos doentes de Alzheimer porque "o local onde a molécula se liga para exercer o seu efeito está destruído".

"Ao longo de muitas décadas investigadores de todo o mundo dedicaram-se a estudar formas de aumentar a BDNF, contudo não se dedicaram a estudar a fechadura, o recetor", afirmou agora à Lusa a neurofarmacologista, sublinhando que o novo composto, TAT-TrkB, "impede a clivagem" do recetor da molécula, designado de 'TrkB-FL'.

"Para a BDNF exercer os seus efeitos é necessário que ative o recetor TrkB-FL, é como se a BDNF fosse uma chave e o recetor a fechadura. Para que a chave consiga abrir a porta é necessário que a fechadura esteja intacta", ilustrou.

Na doença de Alzheimer, a fechadura, o recetor 'TRKB-FL', está partida e "a quebra do recetor origina dois fragmentos", sendo que "um deles tem a capacidade de por si só promover a alteração da memória e de alterar o funcionamento dos genes", explicou a investigadora, cuja equipa analisou anteriormente amostras "colhidas em autópsias de cérebros de doentes de Alzheimer" e fez estudos em neurónios (células do sistema nervoso) e em modelos animais.

Na sequência desse trabalho, a equipa testou a eficácia e a toxicidade do composto em culturas de células, fatias de cérebro e terminais sinápticos de roedores mortos e em roedores vivos que mimetizavam a doença de Alzheimer ('versus' animais saudáveis). Para perceberem as diferenças, os cientistas administraram tanto a ratinhos "doentes" como a ratinhos saudáveis um placebo.

A equipa de Maria José Diógenes verificou que, quando administrado a roedores que reproduziam a doença de Alzheimer, o novo composto químico "recupera as ações" da molécula BDNF no cérebro, "por prevenir a clivagem do recetor TrkB-FL", e "impede a formação de um fragmento tóxico que tem potencial para propagar a doença".

Além disso, a nova substância "diminui os níveis de Tau hiperfosforilada, um péptido [composto de aminoácidos] que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer e que se julga ser uma das causas da doença", e "impede a perda de espinhas dendríticas, estruturas que permitem que os neurónios comuniquem uns com os outros e essenciais para a formação de memória".

Ações que, de acordo com a investigadora, "resultam na melhoria da memória e aprendizagem de ratinhos modelo da doença de Alzheimer de forma muito robusta sem aparecimento de efeitos secundários".

Até o novo composto ser testado em humanos, Maria José Diógenes e restante equipa vão "trabalhar no aperfeiçoamento das vias e formas de administração" da substância. "Estamos também a estudar outros compostos com uma estrutura química diferente para aumentar ao máximo a probabilidade de conseguirmos fazer chegar um composto com este mecanismo de ação a ensaios clínicos", adiantou à Lusa.







Fonte: sapo.pt                       Link: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/cientistas-confirmam-potencial-terapeutico-de_66ed190ab927f75a82e6704a
Título: Re: Alzheimer
Enviado por: Nandito em 09/06/2025, 22:59
Prevenir o Alzheimer e estimular a mente? O alecrim pode ajudar

Notícias ao Minuto
09/06/2025 20:32 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto
Lifestyle - Saúde


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O alecrim atua no cérebro estimulando a circulação sanguínea e a clareza mental.

Além do seu charme culinário, o alecrim também está a ser reconhecido pelos seus impressionantes benefícios para a saúde, especialmente quando se trata de saúde cognitiva, inflamação e função imunitária.

Estudos sugerem que o alecrim pode até ser promissor na luta contra a doença de Alzheimer, a principal causa de demência no mundo.

Dipa Kamdar, professor de Prática Farmacêutica na Universidade de Kingston, revelou ao ScienteAlert que o alecrim tem sido associado à memória e à clareza mental.

"Na Grécia e Roma antigas, os estudantes usavam o alecrim na esperança de aguçar a concentração e a memória", explicou.

Já a ciência moderna tem vindo a descobrir que isso talvez não seja assim tão descabido. "Num novo estudo, pessoas que inalaram o aroma do alecrim tiveram melhor desempenho em tarefas de memória em comparação àquelas num ambiente sem aroma."

Posto isto, como é que o alecrim atua no cérebro? "Existem vários mecanismos em jogo. Para começar, o alecrim estimula a circulação sanguínea, inclusive para o cérebro, ajudando a transportar mais oxigénio e nutrientes, o que pode melhorar a clareza mental."

Além disso, possui propriedades calmantes. "Alguns estudos sugerem que o seu aroma pode reduzir a ansiedade e melhorar o sono. Menos stress pode significar melhor foco e retenção de memória", acrescentou.

Esta erva aromática contém compostos que interagem com os neurotransmissores do cérebro. "Um desses compostos, o 1,8-cineol, ajuda a prevenir a degradação da acetilcolina, uma substância química cerebral essencial para a aprendizagem e a memória. Ao preservar a acetilcolina, o alecrim pode ajudar a melhorar o desempenho cognitivo, especialmente à medida que envelhecemos."

Por fim, o professor concluiu que o alecrim "é rico em antioxidantes, que ajudam a proteger as células cerebrais dos danos causados ​​pelo stress oxidativo - um fator importante no declínio cognitivo."







Fonte: noticiasaominuto.com                       Link: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/2802914/prevenir-o-alzheimer-e-estimular-a-mente-o-alecrim-pode-ajudar