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Autor Tópico: Alzheimer  (Lida 102485 vezes)

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Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #75 em: 08/09/2022, 15:57 »
 
Alzheimer Portugal reivindica resposta nacional integrada para as Demências

Nuno de Noronha
7 set 2022 16:51



Fonte de imagem: Pexels

Manifesto ‘Pela Memória Futura’ é divulgado hoje publicamente, com o objetivo de reivindicar uma resposta nacional integrada à Doença de Alzheimer e outras Demências. A Alzheimer Portugal destaca no documento a urgência das Demências serem vistas como uma prioridade de saúde e social em Portugal.

A Associação Alzheimer Portugal, Instituição Particular de Solidariedade Social dedicada a promover a qualidade de vida das pessoas com Demência e dos seus familiares e cuidadores, acaba de divulgar publicamente o manifesto ‘Pela Memória Futura’, um documento que reivindica a necessidade de existir um maior empenho político e social na prossecução de uma resposta nacional integrada à Doença de Alzheimer e outras demências, informa a instituição em comunicado.

O lançamento público deste manifesto, que marca o arranque do programa de atividades da Associação no âmbito do mês que assinala o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, surge na sequência da apresentação do documento aos grupos parlamentares que constituem a atual legislatura, com o objetivo de sensibilizar a classe política para um conjunto de prioridades de atuação que devem ser consideradas ao nível da formulação e aplicação de políticas públicas que visem responder aos crescentes desafios na área das Demências.

De acordo com o documento hoje divulgado, a resposta para uma melhoria efetiva da qualidade de vida de quem vive com Demência e das respetivas famílias e cuidadores terá de passar pela adoção de quatro princípios-chave: priorizar, concretizar, consciencializar e aproximar.

Como primeiro passo, a Alzheimer Portugal destaca a urgência de fazer da Doença de Alzheimer e outras demências uma prioridade social e de saúde pública em Portugal, tendo em conta não só o número de pessoas que vivem atualmente com Demência no país, mas também as estimativas de aumento da sua prevalência e consequente impacto. Para o conseguir, a Associação refere ser perentória e premente a concretização no terreno dos Planos Regionais de Saúde para as Demências, já aprovados em dezembro do ano passado e identificados no Plano de Recuperação e Resiliência português como um objetivo a implementar, no sentido de promover, segundo esse mesmo documento, “uma sólida resposta intersectorial às pessoas que vivem com demência, às suas famílias
e cuidadores, tirando partido das iniciativas que já existem com resultados positivos”.

À parte da atuação política, o manifesto ‘Pela Memória Futura’ refere igualmente a necessidade de promover a consciencialização da sociedade, cuidadores informais, bem como profissionais de saúde e da área social, como forma de eliminar o desconhecimento e o estigma e, por conseguinte, melhorar a prevenção, o diagnóstico atempado, e as intervenções e apoios dados às pessoas com Demência e respetivas famílias e cuidadores.

O manifesto sinaliza ainda a importância de se promover uma maior articulação e integração da resposta à Demência, em particular, de se garantir que um percurso específico de cuidados esteja acessível, de forma próxima, contínua e equitativa, a todas as pessoas com Demência e suas famílias e cuidadores. Para isso, a Associação aponta como medidas necessárias: a eliminação das assimetrias entre regiões no que respeita aos cuidados e apoios prestados; a criação de ligações ágeis entre os cuidados de saúde primários, hospitalares e continuados, que acompanhe a pessoa desde os primeiros sinais da doença até aos cuidados de fim de vida; e, por fim, o envolvimento do setor social com o setor da saúde, assim como uma maior articulação com as autarquias locais, de forma a alcançar respostas mais eficazes e ajustadas às diferentes realidades familiares e locais.

Para Maria do Rosário Zincke dos Reis, Vice-Presidente da Alzheimer Portugal, “a decisão de apresentar o nosso Manifesto à sociedade decorre da nossa missão. Com efeito, cabe-nos como IPSS e associação de doentes chamar a atenção para as lacunas que ainda persistem no apoio às Pessoas com Demência e suas famílias desde os primeiros sintomas e no exercício efetivo dos seus direitos ao longo do curso da doença”.

E acrescenta: “É por isso imperativo que a nossa sociedade como um todo – políticos, profissionais de saúde e do setor social, e população – reconheça as demências como uma prioridade social e de saúde pública, de modo a conseguirmos acelerar a concretização de uma resposta específica, integrada e eficiente para melhorar a qualidade de vida de quem vive com a doença e de quem cuida, e a reduzir o seu impacto para a sociedade.”






Fonte: lifestyle.sapo.pt                     Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/alzheimer-portugal-reivindica-resposta-nacional-integrada-para-as-demencias
"A justiça é o freio da humanidade."
 

Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #76 em: 20/09/2022, 15:40 »
 
Famalicão: Caminhada para lembrar a pessoa com Alzheimer

Setembro 20, 2022 9:31 am


Fonte de imagem: cidadehoje.sapo.pt

A associação famalicense Casa da Memória Viva (CMV) assinala na manhã do próximo sábado, dia 24, o Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, instituído pela Organização Mundial da Saúde em 1994 e que, desde então, ocorre a 21 de setembro.

A iniciativa proposta é uma caminhada de quatro quilómetros, pelos principais parques da cidade e algumas artérias da União de Freguesias de Vila Nova de Famalicão e Calendário. É de grau de dificuldade baixa, o que permite a participação de famílias e de grupos, incluindo pessoas com mobilidade reduzida.

Esta caminhada, a que dão o nome “Dê 2 passos”, começa às 10 horas, com previsão de chegada por volta do meio-dia ao topo norte dos Paços do Concelho.

Com este evento, a CMV procura sensibilizar os famalicenses para os impactos da demência e, ao mesmo tempo, recolher fundos para as suas atividades de informação e capacitação de cuidadores e familiares de pessoas com doença de Alzheimer.

A inscrição pode ser feita através do preenchimento de um formulário disponível na página da CMV na rede social Facebook ou no próprio sábado, no local da partida, até às 9,30 horas. A participação implica uma doação mínima de cinco euros. A cada participante será entregue uma T-shirt e disponibilizadas as condições e meios necessários para hidratação.

A 2.ª Caminhada Solidária “Dê 2 Passos” conta com os apoios da empresa de contabilidade Nac, da associação Calcantes e da Cidade Hoje – Rádio, Jornal e TV.

Proposta para criar o “Jardim da Memória”

«Vamos arrancar dali porque queremos tornar pública a proposta que fizemos ao Senhor Presidente da Câmara, para que aquele espaço verde, onde outrora funcionou o posto dos Serviços Médico-Sociais da Previdência – de que ali, e bem, há memória, sob a forma de um interessante painel azulejar –, passe a ser tratado e usufruído por todos como um jardim, adotando o topónimo de ‘Jardim da Memória», explica Carlos de Sousa, presidente da direção da associação promotora da caminhada.

O presidente da direção da CMV apela à participação dos famalicenses na caminhada “Dê 2 Passos”, porquanto, assinala, «quantos mais formos, mais convincentes seremos na erradicação do estigma e da indiferença que, lamentavelmente, ainda são fatores de constrangimento de tantos concidadãos nossos».

«Eliminando o estigma – sublinha ainda –, estamos a tornar Vila Nova de Famalicão uma comunidade mais saudável e mais amigável e compassiva das pessoas com demência», acrescenta.

Há um ano, a OMS antecipava que cerca de 55 milhões de pessoas no mundo com mais de 65 anos têm demência, número que deverá quase triplicar nas próximas duas décadas, passando para 138 milhões até 2050. A cada ano surgem cerca de 10 milhões de novos casos.






Fonte: cidadehoje.sapo.pt                     Link: https://cidadehoje.sapo.pt/famalicao-caminhada-para-lembrar-a-pessoa-com-alzheimer/
"A justiça é o freio da humanidade."
 

Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #77 em: 21/09/2022, 11:15 »
 
A história da professora Maria não é incomum. Porque o Alzheimer pode chegar cedo demais

Nuno de Noronha
21 set 2022 08:00



Direitos Reservados

A Doença de Alzheimer com início precoce é uma forma da doença que afeta menos de 10% de todas as pessoas com esta patologia. É preciso estar atento, porque "frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa", alerta o médico Rui Araújo, especialista em Neurologia. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer

Maria tem 57 anos, é professora do ensino básico, e notou desde há uns meses alguns esquecimentos. Inicialmente tratavam-se de pequenos lapsos de importância menor – uma porta que não se fechou; uma panela no fogão tempo demais. Esquecimentos que rapidamente foram amparados pela família, que ao início igualmente desvalorizou – a professora andava cansada, era altura de exames, havia muita pressão na escola.

As férias chegaram pouco tempo depois e os lapsos de memória agravaram-se. Era frequente deixar estragar as refeições por não conseguir seguir os passos da receita; se não fosse alertada, vestia a mesma roupa vários dias seguidos.

O episódio que provocou maior alarme foi quando a professora saiu de casa após o jantar, julgando ser hora do passeio que habitualmente a família fazia depois do almoço.

A história de Maria é igual à de muitos outros doentes que desenvolvem Doença de Alzheimer antes dos 65 anos. Estima-se que sejam 10% de todas as pessoas com esta patologia, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Alzheimer: os sintomas e as fases da doença

No início da doença, observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente interpretadas pelos familiares como parte do processo natural de envelhecimento, apesar de se irem agravando gradualmente.

Por vezes, os pacientes podem tornar-se bastante confusos e até agressivos, podendo também apresentar alterações da personalidade com comportamentos sociais inadequados.

Apresentam dificuldade em reconhecer os familiares e até a si próprios, quando confrontados com o espelho.

Estas pessoas, à medida que a doença avança, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros.

A progressão da doença pode ser categorizada em 3 fases, consoante a sua evolução. A fase ligeira, a moderada e a grave, refletindo assim o nível de declínio cognitivo e consequentemente a dependência do paciente.


    "A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa"

"A Doença de Alzheimer é uma das síndromes demenciais mais frequentes em todo o mundo, configurando uma emergência em termos de saúde pública e uma prioridade em termos de agenda médica. É uma das patologias mais frequentemente geridas em consulta de Neurologia. Espera-se que o número de casos continue a aumentar nos próximos anos", começa por explicar Rui Araújo, médico neurologista do Hospital CUF Porto.

"A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa. Com efeito, a descrição da primeira doente a que se atribui Doença de Alzheimer corresponde a uma senhora na sexta década de vida (50-60 anos)", acrescenta o neurologista.

A importância do dignóstico precoce

Quanto mais cedo surgem os sintomas da doença, mais importante é realizar um bom diagnóstico diferencial, com enfoque nas causas tratáveis e reversíveis, como défices vitamínicos ou alterações das hormonas tiroideias. O diagnóstico diferencial com síndrome depressivo também é fundamental, porque a depressão pode cursar com sintomas cognitivos.

"A orientação precoce e especializada é fundamental para a gestão da doença. A neurologia inicia o processo de diagnóstico pelo estabelecimento da natureza das queixas, da procura de quais os domínios cognitivos afetados (memória, linguagem, atenção...) através de testes de cabeceira e, se tido por necessário, avaliação complementar com estudo neuropsicológico", frisa o médico.

"Depois realizará o exame neurológico, e caso se justifique, solicitará exames complementares que visam, essencialmente, a exclusão de causas tratáveis", indica.

Existem vários e diferentes tipos de demências, como por exemplo a Demência fronto-temporal, a Demência de Corpos de Lewy, a Demência Vascular, entre outras. Cada tipo de doença degenerativa tem a sua abordagem particular e individualizada, idealmente realizada por neurologistas, a especialidade que trata esta doença.

Que sintomas?

Os sintomas mais frequentes e que justificam avaliação médica são os "esquecimentos que tenham repercussão na autonomia do doente e suas tarefas quotidianas".

"Alterações de linguagem (dificuldade em expressar-se ou compreender o que lhe é dito), desorientação espacial ou temporal (perder-se, precisar de ajuda para sair de locais menos familiares, trocar as horas), e dificuldade na execução de tarefas ou recados" também devem ser motivo de preocupação, conclui o médico Rui Araújo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135,5 milhões.






Fonte: lifestyle.sapo.pt                      Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/a-historia-de-maria-repete-se-porque-o-alzheimer-pode-chegar-cedo-demais
"A justiça é o freio da humanidade."
 

Online migel

Re: Alzheimer
« Responder #78 em: 01/12/2022, 12:20 »
 
Medicamento retarda declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer, revela estudo

MadreMedia / AFP
30 nov 2022 07:48

Mais de 1,1 milhões de seringas distribuídas em 2021 a utilizadores de drogas

Especialistas elogiaram dados que mostram que um novo medicamento pode retardar o declínio cognitivo em pacientes com Alzheimer, mas alertaram que as melhorias foram comparativamente pequenas e o tratamento pode ter sérios efeitos colaterais.


Dados preliminares de um teste do medicamento lecanemab foram divulgados em setembro e salientam que este retardou o declínio cognitivo em 27%, num período de 18 meses.

Os dados completos do estudo, publicados no New England Journal of Medicine, reforçam essas descobertas, mas também levantam preocupações sobre a incidência de "efeitos adversos", incluindo hemorragias cerebrais e inchaço.

Os resultados mostraram que 17,3% dos pacientes que receberam o medicamento tiveram hemorragias cerebrais, em comparação com 9% daqueles que receberam placebo.

E 12,6% daqueles que tomaram o medicamento apresentaram inchaço cerebral, em comparação com apenas 1,7% no grupo placebo.

As mortes foram relatadas aproximadamente na mesma proporção, deste teste que foi desenvolvido pelas empresas Biogen e Eisai.

Os resultados foram amplamente bem recebidos por pesquisadores e ativistas, incluindo Bart De Strooper, diretor do UK Dementia Research Institute.

"Este é o primeiro medicamento que oferece uma opção real de tratamento para pessoas com Alzheimer", disse.

"Embora os benefícios clínicos pareçam um tanto limitados, pode esperar-se que eles se tornem mais aparentes se o medicamento for administrado por um período de tempo mais longo".

Tentativas mais longas necessárias
Na doença de Alzheimer, duas proteínas-chave, tau e beta-amilóide, acumulam-se em emaranhados e placas, conhecidas como agregados, que causam a morte das células cerebrais e levam ao encolhimento do cérebro.

O lecanemab atua visando o amilóide e De Strooper diz que a droga mostrou-se eficaz em eliminá-lo, mas também teve “efeitos benéficos em outras características do mal de Alzheimer, incluindo tau”.


O ensaio de fase 3 envolveu cerca de 1.800 pessoas, divididas entre as que receberam o medicamento e as que receberam placebo, e durou 18 meses.

Os utentes foram avaliados numa escala clínica para pacientes com Alzheimer que mede cognição e função, bem como alterações nos níveis de amilóide e outros indicadores.

Mas Tara Spires-Jones, líder do programa no UK Dementia Research Institute, observou que "não há uma definição aceite de efeitos clinicamente significativos no teste cognitivo que usaram".

"Ainda não está claro se a modesta redução no declínio fará uma grande diferença para as pessoas que vivem com demência. Serão necessários testes mais longos para garantir que os benefícios desse tratamento superem os riscos", acrescentou.

A droga também visa apenas aqueles nos estágios iniciais da doença, com um certo nível de amiloide, limitando o número de pessoas que poderiam realizar o tratamento.

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E como a doença de Alzheimer nem sempre é detectada rapidamente, alguns especialistas disseram que uma revisão no diagnóstico precoce seria necessária para garantir que mais pessoas pudessem beneficiar do mesmo.

"Este não é o fim da jornada do lecanemab, ele está a ser explorado em mais testes para ver como funciona por um longo período de tempo", disse Richard Oakley, diretor associado de pesquisa da Alzheimer's Society.

“A segurança dos medicamentos é crucial e o lecanemab teve efeitos colaterais, mas eles serão analisados ​​de perto quando forem tomadas decisões sobre a aprovação ou não do lecanemab, para ver se os benefícios superam os riscos”, disse.
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Fonte: Lusa
 

Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #79 em: 21/09/2023, 10:17 »
 
Alzheimer: uma doença cruel, que rouba a personalidade e que não tem cura nem causa aparente

Nuno de Noronha
21 set 2023 09:12



Um doente diagnosticado com Alzheimer é ajudado a fazer a barba em Yarumal, na Colômbia AFP PHOTO / RAUL ARBOLEDA

Há mais de 30 milhões de pessoas com Doença de Alzheimer em todo o mundo, uma doença cujo diagnóstico melhorou mas para a qual ainda não existe um tratamento eficaz. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer.

A incidência das demências - que afetam entre 160 mil a 185 mil pessoas em Portugal - deve duplicar a cada cinco anos nas próximas décadas, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Descrita pela primeira vez em 1906 pelo médico alemão Alois Alzheimer, esta doença neurodegenerativa causa a deterioração progressiva das capacidades cognitivas do paciente, até desencadear a perda total de autonomia, roubando-lhe praticamente todas as características da sua personalidade.

Os principais sintomas são os esquecimentos recorrentes, problemas de orientação e alterações das funções executivas, como por exemplo não saber como utilizar o telefone. Após o aparecimento destes sintomas, é essencial consultar-se um médico ou um centro especializado, onde vários exames neuropsicológicos permitirão diagnosticar ou descartar a doença.

Segundo a OMS, há cerca de 47 milhões de pessoas que sofrem de demência no mundo, dos quais 60% a 70% têm Alzheimer, o que representa 28 a 33 milhões de pessoas. A cada ano, são registados mais 9,9 milhões de casos de demência.

Qual é a causa?

Na maioria dos casos, a principal causa é desconhecida, segundo Stéphane Epelbaum, neurologista do hospital parisiense Pitié-Salpêtrière. "Não sabemos porque é que em algumas pessoas os neurónios começam a degenerar-se e noutras não".

A idade "é o maior fator de risco conhecido", segundo a OMS. Estima-se que a partir dos 85 anos, uma em cada quatro mulheres e um em cada cinco homens desenvolvam Alzheimer. A partir dos 65 anos, o risco de desenvolver a doença duplica a cada cinco anos.

Esta doença não deve, no entanto, ser considerada uma consequência inevitável da velhice.  Só em 1% dos casos existe um fator hereditário, com o aparecimento precoce, por volta dos 60 anos ou inclusivamente antes. Para o resto dos casos, alguns estudos apontam como fatores de risco o sedentarismo, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, tabaco, álcool e alimentação desequilibrada.

A depressão, o nível baixo de escolaridade, o isolamento social e a ausência de atividade intelectual também são citadas pela OMS como condições favoráveis ao desenvolvimento da doença.

Durante muitos anos, diagnosticar a doença de Alzheimer era uma tarefa difícil. Mas hoje existem métodos eficazes de diagnóstico.

O paciente é submetido a um exame clínico, com testes com perguntas para detetar transtornos cognitivos, explica Epelbaum. Para confirmar a doença, os médicos podem recorrer a imagens por Ressonância Magnética ou à Tomografia por Emissão de Pósitrons, a fim de visualizar as modificações no cérebro. Também há a possibilidade de realizar punções lombares para detetar alguns marcadores da doença.

Qual é o tratamento?

Não há nenhum tratamento para curar o Alzheimer. "Muitas estratégias terapêuticas estão atualmente em fase de estudo", segundo a Fundação para a Pesquisa Médica de França.

Há medicamentos para eliminar as lesões cerebrais características do Alzheimer - as placas amiloides -, mas estes são ineficazes para deter o avanço da doença. "No futuro, os tratamentos provavelmente consistirão (...) na associação de vários medicamentos para agir contra as diferentes disfunções que a doença provoca", segundo Epelbaum.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, esta patologia degenerativa do cérebro afetará juntamente com outras demências 131 milhões de pessoas em 2050.

Com AFP





Fonte: lifestyle.sapo.pt                          Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/alzheimer-a-doenca-cruel-capaz-de-roubar-a-personalidade-que-ainda-nao-tem-cura

"A justiça é o freio da humanidade."
 
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Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #80 em: 20/09/2024, 09:42 »
 
Cientistas confirmam potencial terapêutico de novo composto químico contra doença de Alzheimer

Lusa
20 set 2024 07:41



Getty Images

Testado em ratinhos que mimetizavam a doença de Alzheimer, o composto de aminoácidos que o grupo de investigação criou em laboratório e designou de TAT-TrkB "preveniu a perda de memória e aprendizagem sem demonstração de efeitos secundários"

Uma equipa científica liderada pela neurofarmacologista Maria José Diógenes confirmou em experiências com ratinhos o potencial terapêutico de um novo composto químico contra a doença de Alzheimer, forma mais comum de demência que afeta a memória e a linguagem.

"Este composto é totalmente inovador, pois tem um mecanismo de ação completamente diferente de outros compostos e medicamentos estudados para a doença de Alzheimer", sustentou à Lusa a investigadora do Instituto de Farmacologia e Neurociências da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Testado em ratinhos que mimetizavam a doença de Alzheimer, o composto de aminoácidos que o grupo de investigação criou em laboratório e designou de TAT-TrkB "preveniu a perda de memória e aprendizagem sem demonstração de efeitos secundários".

"A nível molecular foi possível observar a ausência de alterações que são usualmente encontradas nos cérebros dos doentes com doença de Alzheimer", acrescentou Maria José Diógenes, na véspera do Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, celebrado anualmente em 21 de setembro.

O trabalho, descrito num artigo publicado recentemente na revista da especialidade Molecular Therapy e assinado por uma equipa internacional de cientistas, foi distinguido em 2021 pela Misericórdia de Lisboa com um dos Prémios Santa Casa de Neurociências.

Na altura, em declarações à Lusa, a investigadora e professora Maria José Diógenes referiu que se propunha "confirmar o potencial terapêutico de um composto" criado por uma vasta equipa de investigação num estudo anterior.

O composto foi concebido "para proteger os efeitos neuroprotetores de uma molécula muito importante para o cérebro, a BDNF", que "é crucial para os processos de memória e aprendizagem" e cuja função "está diminuída" nos doentes de Alzheimer porque "o local onde a molécula se liga para exercer o seu efeito está destruído".

"Ao longo de muitas décadas investigadores de todo o mundo dedicaram-se a estudar formas de aumentar a BDNF, contudo não se dedicaram a estudar a fechadura, o recetor", afirmou agora à Lusa a neurofarmacologista, sublinhando que o novo composto, TAT-TrkB, "impede a clivagem" do recetor da molécula, designado de 'TrkB-FL'.

"Para a BDNF exercer os seus efeitos é necessário que ative o recetor TrkB-FL, é como se a BDNF fosse uma chave e o recetor a fechadura. Para que a chave consiga abrir a porta é necessário que a fechadura esteja intacta", ilustrou.

Na doença de Alzheimer, a fechadura, o recetor 'TRKB-FL', está partida e "a quebra do recetor origina dois fragmentos", sendo que "um deles tem a capacidade de por si só promover a alteração da memória e de alterar o funcionamento dos genes", explicou a investigadora, cuja equipa analisou anteriormente amostras "colhidas em autópsias de cérebros de doentes de Alzheimer" e fez estudos em neurónios (células do sistema nervoso) e em modelos animais.

Na sequência desse trabalho, a equipa testou a eficácia e a toxicidade do composto em culturas de células, fatias de cérebro e terminais sinápticos de roedores mortos e em roedores vivos que mimetizavam a doença de Alzheimer ('versus' animais saudáveis). Para perceberem as diferenças, os cientistas administraram tanto a ratinhos "doentes" como a ratinhos saudáveis um placebo.

A equipa de Maria José Diógenes verificou que, quando administrado a roedores que reproduziam a doença de Alzheimer, o novo composto químico "recupera as ações" da molécula BDNF no cérebro, "por prevenir a clivagem do recetor TrkB-FL", e "impede a formação de um fragmento tóxico que tem potencial para propagar a doença".

Além disso, a nova substância "diminui os níveis de Tau hiperfosforilada, um péptido [composto de aminoácidos] que se acumula no cérebro dos doentes de Alzheimer e que se julga ser uma das causas da doença", e "impede a perda de espinhas dendríticas, estruturas que permitem que os neurónios comuniquem uns com os outros e essenciais para a formação de memória".

Ações que, de acordo com a investigadora, "resultam na melhoria da memória e aprendizagem de ratinhos modelo da doença de Alzheimer de forma muito robusta sem aparecimento de efeitos secundários".

Até o novo composto ser testado em humanos, Maria José Diógenes e restante equipa vão "trabalhar no aperfeiçoamento das vias e formas de administração" da substância. "Estamos também a estudar outros compostos com uma estrutura química diferente para aumentar ao máximo a probabilidade de conseguirmos fazer chegar um composto com este mecanismo de ação a ensaios clínicos", adiantou à Lusa.







Fonte: sapo.pt                       Link: https://www.sapo.pt/noticias/atualidade/cientistas-confirmam-potencial-terapeutico-de_66ed190ab927f75a82e6704a
"A justiça é o freio da humanidade."
 

Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #81 em: 09/06/2025, 22:59 »
 
Prevenir o Alzheimer e estimular a mente? O alecrim pode ajudar

Notícias ao Minuto
09/06/2025 20:32 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto
Lifestyle - Saúde



© Shutterstock

O alecrim atua no cérebro estimulando a circulação sanguínea e a clareza mental.

Além do seu charme culinário, o alecrim também está a ser reconhecido pelos seus impressionantes benefícios para a saúde, especialmente quando se trata de saúde cognitiva, inflamação e função imunitária.

Estudos sugerem que o alecrim pode até ser promissor na luta contra a doença de Alzheimer, a principal causa de demência no mundo.

Dipa Kamdar, professor de Prática Farmacêutica na Universidade de Kingston, revelou ao ScienteAlert que o alecrim tem sido associado à memória e à clareza mental.

"Na Grécia e Roma antigas, os estudantes usavam o alecrim na esperança de aguçar a concentração e a memória", explicou.

Já a ciência moderna tem vindo a descobrir que isso talvez não seja assim tão descabido. "Num novo estudo, pessoas que inalaram o aroma do alecrim tiveram melhor desempenho em tarefas de memória em comparação àquelas num ambiente sem aroma."

Posto isto, como é que o alecrim atua no cérebro? "Existem vários mecanismos em jogo. Para começar, o alecrim estimula a circulação sanguínea, inclusive para o cérebro, ajudando a transportar mais oxigénio e nutrientes, o que pode melhorar a clareza mental."

Além disso, possui propriedades calmantes. "Alguns estudos sugerem que o seu aroma pode reduzir a ansiedade e melhorar o sono. Menos stress pode significar melhor foco e retenção de memória", acrescentou.

Esta erva aromática contém compostos que interagem com os neurotransmissores do cérebro. "Um desses compostos, o 1,8-cineol, ajuda a prevenir a degradação da acetilcolina, uma substância química cerebral essencial para a aprendizagem e a memória. Ao preservar a acetilcolina, o alecrim pode ajudar a melhorar o desempenho cognitivo, especialmente à medida que envelhecemos."

Por fim, o professor concluiu que o alecrim "é rico em antioxidantes, que ajudam a proteger as células cerebrais dos danos causados ​​pelo stress oxidativo - um fator importante no declínio cognitivo."







Fonte: noticiasaominuto.com                       Link: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/2802914/prevenir-o-alzheimer-e-estimular-a-mente-o-alecrim-pode-ajudar
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