DUPLA COM A MIRA APONTADA A TÓQUIOAdelino Rocha e Bruno Valentim são as armas portuguesas no tiro adaptado rumo a 2020
Dupla com a mira apontada a Tóquio
Bruno Valentim e Adelino Rocha com objetivos definidos para o futuro
Com os Jogos Paralímpicos de Tóquio’2020 à distância de sensivelmente dois anos e meio, as baterias dos mais diversos atletas portugueses começam a voltar-se para a qualificação para o evento onde todos querem estar. Representantes do tiro adaptado, Adelino Rocha e Bruno Valentim estão também já com a cabeça (e a mira) apontada ao Japão, onde ambos esperam marcar presença.
Antes de lá chegar, têm de batalhar pelas vagas de apuramento, algo que começaram a preparar no último mês, quando participaram na Taça do Mundo, nos Emirados. Um evento que acabou por não deixar nenhum satisfeito. "Foi a primeira prova... Nem fiquei satisfeito nem contente", confessou-nos Bruno (33º na prova de R4 e 38º em R5), alinhando um discurso que foi também seguido por Adelino (32º em P1, 17º em P3, 18º em P4 e 10º em P5). "Correu mais ou menos. Ficou aquém das expectativas. Resta continuar a treinar para daqui a um mês as coisas correrem melhor", destacou o atirador, de 42 anos.
Começa a ‘caça’
Ora, daqui a um mês arranca efetivamente a ‘caça’ às vagas, com o Campeonato do Mundo, que decorre na Coreia do Sul. Aí, os dois portugueses vão tentar aquilo que todos sonham: a presença em Tóquio.
"Trabalho para isso. Faltam todas as provas e vou dar tudo. Estou confiante", refere Bruno, de 51 anos. Adelino também confia, ainda que frise que há muito trabalho a fazer. "Vamos ver se se concretiza. Estou otimista, tenho de ser", admite Adelino.
Bruno passou do boccia para o tiro
A história desportiva de Bruno Valentim é pouco comum. Começou no boccia, chegou até a conquistar uma medalha de prata em Pequim’08, mas em 2009 decidiu que era hora de mudar, "por entender que o boccia se tinha esgotado". Como investigador que é, Bruno recolheu dados e começou a ganhar gosto pela modalidade. De tal forma que decidiu avançar, sozinho, para contactos para a construção de um campo de tiro no Boavista, para lá de uma escola. O objetivo é claro: atrair mais gente, tanto homens como mulheres, para a prática da modalidade.
Fonte: Record