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Autor Tópico: Turismo acessível, turismo inclusivo, turismo para todos  (Lida 1161 vezes)

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Turismo acessível, turismo inclusivo, turismo para todos


Teresa Gonçalves

O conceito de Turismo Acessível ou Turismo Inclusivo parte do pressuposto que o turismo é uma experiência que deve ser acessível de forma equitativa e digna a todos os cidadãos, independentemente da sua idade, condição física ou psíquica e das suas capacidades ou aptidões. Tornar o turismo mais acessível a todos não é apenas uma questão de responsabilidade social, é também sobretudo uma oportunidade de aumentar a competitividade de um destino e diversificar a sua segmentação.

A ENAT (European Network for Acessible Tourism) define o Turismo Acessível como um conjunto de “serviços e meios (tais como a envolvente física, meios de transporte, informação e comunicação) que permite às pessoas com necessidades especiais, temporárias ou permanentes, o usufruto de tempo de lazer ou férias isento de barreiras ou problemas”. Turismo Acessível inclui assim as pessoas com necessidade de acesso especiais mas também as pessoas que podem beneficiar de infraestruturas de acessibilidade especial, tais como pessoas idosas, pessoas com crianças pequenas, pessoas com bagagens pesadas, entre outras.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que cerca de 15% da população mundial viva atualmente com algum tipo de deficiência.

Um relatório de 2014, efetuado pela DG Enterprise and Industry e publicado pela Comissão Europeia conclui que mais de 50% dos Europeus com algum tipo de deficiência fazem turismo. Em média, cada viagem dura 6,7 dias e é feita na sua maioria dentro do espaço da UE. Comparativamente, uma proporção ligeiramente menor de pessoas acima dos 65 anos, faz turismo com uma duração de 5,5 dias mas as viagens abrangem destinos ligeiramente mais longínquos que o grupo anterior. Dentro dos estados membros da UE, os principais mercados geradores para turismo acessível são a França, Reino Unido e Alemanha.

O mesmo estudo refere que a taxa de crescimento da população idosa dentro dos 27 países da EU se manterá a um ritmo de 1,6% ao ano, atingindo os 104 milhões de pessoas no ano de 2020. Igualmente até 2020 prevê-se que a população com necessidades especiais de mobilidade irá atingir os 154,6 milhões de pessoas. O valor deste mercado (faturação bruta dos prestadores de serviços relacionados com o turismo) dentro dos 27 países da UE está estimado em 352 mil milhões de euros, empregando diretamente 4,2 milhões de pessoas (dados de 2012 do relatório da Comissão Europeia já referido). A ligação ao turismo de saúde também poderá ser relevante em termos de cadeia de valor neste Turismo Inclusivo.

Assim, apesar de, por vezes, ser necessário investimentos adicionais – que em parte serão suportados pela estrutura pública – o Turismo Inclusivo pode ser considerado racionalmente como um segmento de mercado para o qual as empresas que atuam sobre os destinos turísticos devem dar a sua atenção. Claro que teremos de ter estruturas físicas que possam ser mais adequadas e equipas de colaboradores que possam prestar uma atenção redobrada no sentido de ultrapassar de forma simpática, educada e pró ativa os constrangimentos que possam surgir. Existem já ações de formação nas principais Escolas de Turismo do nosso país com o objetivo de abordar esta temática, preparando os profissionais do setor para um serviço de excelência nesta área.

O Turismo de Portugal publicou em 2012 o “Guia de Boas Práticas de Acessibilidade na Hotelaria”, procurando enquadrar a Lei nº46/2006, de 28 de agosto e no espírito de “proporcionar iguais condições a todos os que pretendem usufruir da oferta turística disponível, garantindo a ausência de qualquer prática ou forma de discriminação, seja ela direta ou indireta”. Para além de apresentar um conjunto muito útil de recomendações e informações técnicas, proporciona também um conjunto de procedimentos com vista à melhoria do planeamento das infraestruturas e da qualidade da interação e do atendimento ao cliente.

Destinos como a Madeira, com saber receber e capacidade de adaptação estarão um passo potencial à frente para poder acolher estes consumidores.


Fonte: http://www.jm-madeira.pt/artigos/turismo-acess%C3%ADvel-turismo-inclusivo-turismo-para-todos
 

 



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