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Autor Tópico: Expressões populares  (Lida 3823 vezes)

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Online casconha

Expressões populares
« em: 07/03/2023, 16:16 »
 

Muitas das expressões populares que utilizamos no dia-a-dia, têm uma razão de ser e por vezes significados que assentam em factos históricos, quer da nossa cultura quer da cultura mundial. Existem aquelas expressões muito portuguesas assim como outras traduzidas. Estas expressões acabaram por se enraizar na linguagem do dia-a-dia, de Norte a Sul do país, sendo usadas sem que se saiba por vezes a sua origem. As suas origens são controversas mas fundamentam-se em alguns factos, uns mais curiosos que outros, que aqui se irão relatar

Rei morto rei posto

"Rei morto rei posto" é uma expressão popular da língua portuguesa, utilizada no contexto político quando há a necessidade imediata de substituir um governante por outro, sem que haja um grande período de vacância de poder, ou quando alguém de determinada importância, quer sentimental quer de cargo superior, é substituída rapidamente por outra por morte ou demissão. Esta é uma frase comum também em países como o Reino Unido e França; "Le roi est mort, vive le roi!", na tradução para o francês, assim como na língua inglesa, "The king is dead. Long live the king!" ("O rei está morto. Longa vida ao rei!"), e é normalmente proclamada tradicionalmente quando um novo monarca sobe ao trono.

Como exemplos:
" O primeiro ministro demissionário já tem substituto, foi rei morto rei posto!"
" Ela mal enviuvou não perdeu tempo em casar novamente, foi rei morto rei posto."


Existem várias teorias de como teria surgido esta expressão, sendo a mais aceite baseada numa clássica história da mitologia grega. De acordo com a lenda, o herói Teseu teria usado esta expressão quando derrotou o Minotauro (criatura mística, metade touro e metade homem) e Minos, o rei lendário de Creta. Imediatamente após derrotar Minos e a criatura monstruosa existente no labirinto do palácio de Knossos em Creta, Teseu herdou o trono de Minos, o amor da esposa viúva e a adoração do povo de Creta. Assim, o "rei morto" do famoso ditado popular seria uma referência a Minos. Esta lenda está, inclusive, narrada no famoso livro "Rei Morto, Rei Posto" (The King Must Die, no seu título original), da escritora britânica Mary Renault (1905 - 1983). Muito embora sendo uma expressão mais comum no âmbito político, "rei morto rei posto", também pode ser utilizada em diversos contextos em que envolva a substituição de alguém de algum cargo ou função, assim como numa relação sentimental, por outra pessoa num curto período.


Representação de Teseu lutando com o Minotauro (arq. priv.)


   Representação do que terá sido o palácio de Knossos em Creta (arq. priv.)

« Última modificação: 05/04/2023, 20:07 por casconha »
 
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Online casconha

Re: Expressões populares
« Responder #1 em: 07/03/2023, 16:25 »
 

Guardado a sete chaves

"Guardado a sete chaves" é uma expressão popular da língua portuguesa, utilizada no sentido de algo que está muito bem protegido ou um segredo muito bem guardado por alguém. Na língua inglesa, a mesma expressão "guardar a sete chaves" não possui uma tradução literal, mas pode ser substituída pela frase "2 under lock and key", que possui um significado semelhante ao da expressão popular em português.

Como exemplos:
"Existem peças muito valiosas naquela casa mas está tudo guardado a sete chaves."
"Estou a pensar em mudar de casa, mas tem de guardar este segredo a sete chaves!"


Segundo algumas teorias esta expressão terá incorporado o número sete pelo facto de ter um significado cabalístico e místico para algumas religiões antigas, principalmente entre os babilónicos e egípcios. Assim, algumas antigas religiões do chamado Crescente Fértil, realizavam rituais de adoração aos sete planetas conhecidos até então. As referências ao número sete, são numerosas: 7 dias da semana, 7 colinas de Roma, 7 cores do arco-íris, 7 pecados mortais...
A palavra "chave" vem do latim "clavus" que queria dizer "prego", dado que inicialmente as primeiras fechaduras que foram usadas em Roma consistiam em duas argolas, uma em cada aba da porta, e entre elas passava um prego. O nome de prego "clavus", mudou ligeiramente para "clavis" que originou a palavra "chave". Na própria narrativa bíblica, o número sete aparece várias vezes como meio de se referir à figura divina ou às acções executadas de forma perfeita. Durante a idade média, as cartas de testamento eram lacradas com sete selos e a formulação desses mesmos documentos também contava com a participação de sete testemunhas. De tal modo, quando dizemos que um segredo ou tesouro esta "guardado a sete chaves", rememoramos toda essa tradição simbólica conferida ao número sete. De acordo com outros registos históricos, esta expressão terá tido origem a partir de um hábito bastante comum entre a realeza de Portugal, durante o século XIII. Todas as jóias, documentos e demais objectos de importância para a Coroa Portuguesa eram guardados num baú especial (também designado de burra), que tinha três a quatro fechaduras diferentes. As quatro chaves, que abriam as fechaduras, eram entregues a quatro funcionários de grande responsabilidade do Reino, sendo necessário a presença dos quatro juntos para que o baú fosse aberto. Naquela época, este era considerado um dos modos mais seguros de se guardar os tesouros e informações secretas. Com o passar do tempo, o acto de guardar algo com várias chaves transformou-se em sinónimo de segurança. O número sete (em vez de quatro) passou a ser utilizado, na expressão popular, devido ao seu valor místico, passando assim a utilizar-se a expressão "guardar a sete chaves". Uma outra teoria para a origem desta expressão popular, terá a ver com o número de chaves e por conseguinte o número de portas e grades, que os presos na Cadeia Penitenciária de Lisboa (inaugurada em 1885), tinham desde a entrada naquele estabelecimento prisional até às celas e vice versa. Dai a derivação e se dizer também "estar fechado a sete chaves".



Representação dos sete planetas da astrologia tradicional, in gravura rosacruz (col. pess.)


   As sete chaves simbólicas de algo bem guardado e em segredo (arq. pess.)

 
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Online casconha

Re: Expressões populares
« Responder #2 em: 13/03/2023, 19:30 »
 

"A casa da mãe Joana",
É uma expressão popular da língua portuguesa e em países de expressão portuguesa.
Significa um lugar sem organização, sem regras onde todos mandam,
onde cada um se serve livremente e faz o que quer.


Exemplos:

"Tire os seus sapatos de cima do meu sofá! O que pensa que isto é? Que isto aqui é a casa da mãe Joana?"

 "Entra gente e sai naquela casa a toda a hora, aquilo parece a casa da mãe Joana…"


A expressão "casa da mãe Joana" teve origem no século XIV, segundo alguns autores e foi criada graças a Joanna I (1326 – 1382), rainha de Nápoles e condessa de Provença. Esta monarca terá tido uma vida conturbada e em 1346 mudou de residência para Avignon, em França. Segundo esses autores afirmam, esta mudança ocorreu porque Joana se envolveu numa conspiração em Nápoles que resultou na morte de seu marido André, enquanto outros indicam que Joanna foi exilada pela Igreja por viver de uma forma sem regras e permissiva. Em 1347, quando tinha 21 anos, Joanna frequentou os bordéis da cidade onde vivia refugiada, criou certas regras para impedir que alguns frequentadores agredissem as prostitutas e saíssem sem pagar. Para as meretrizes, Joanna era como uma mãe e por isso os bordéis eram conhecidos como "casa da mãe Joana". Em Portugal, surge a expressão paço-da-mãe-joana, que era um sinonimo de prostíbulo. A expressou chegou ao Brasil e como "paço" não é uma palavra comum, foi mudado para "casa", e a expressão "casa de mãe Joana" passou a significar o lugar onde cada pessoa faz o que bem entende, sem respeitar nenhum tipo de normas. No caso do Brasil também, existe ainda uma versão que remonta à época do Segundo Império, em que os homens importantes tinham por habito frequentar os bordeis cariocas e um dos preferidos seria o de uma senhora chamada Joana. Surgiram ainda as derivações da expressão com o mesmo significado, nomeadamente em Portugal; "Ser o da Joana" ou "Casa da Maria Joana"


Rainha Joanna I 1326-1382, do manuscrito de Giovanni Boccaccio De mulieribus claris


Ambiente de bordel da época medieval com os respectivos banhos (col. priv.)


Representação de bordel por Joachim Beuckelaer, 1562 (col. Walters Art Museum)


Ambiente de bordel de luxo em meados do séc. XIX (col. pess.)

Fonte:historiaschistoria

                                                                                     
 

Online casconha

Re: Expressões populares
« Responder #3 em: 24/03/2023, 15:51 »
 
Cai o Carmo e a Trindade

Éuma expressão popular portuguesa com origem como tantas outras na cidade de Lisboa, nomeadamente com o terramoto de 1755 (já desenvolvido em artigo anterior) e que se espalhou de norte a sul de Portugal. Significa um facto ou um acontecimento de grande impacto que provocam incredulidade ou, por ironia, factos sem importância dos quais se receiam consequências graves.

Como exemplos:

"Quando ele vir a desarrumação lá em casa cai o Carmo e a Trindade!

"O barulho dos trabalhadores é tal que parece que cai o Carmo e a Trindade."

A expressão "Cai o Carmo e a Trindade" terá tido origem segundo alguns autores, com a destruição de dois conventos importantes da cidade de Lisboa com o Grande Terramoto de 1755. Os conventos do Carmo e da Trindade, eram antes do Grande Terramoto, dois dos mais importantes conventos do Bairro Alto lisboeta e por sua vez duas importantes áreas que constituíam a freguesia histórica do Sacramento. O convento da Trindade ou da Santíssima Trindade, fundado por D. Afonso II (1185 – 1223), em 1218, vindo a pertencer à Ordem dos Trinitários.  O grandioso e monumental convento do Carmo, fundado por D. Nuno Álvares Pereira (1360 – 1431), o Condestável de Portugal, em 1389, foi ocupado inicialmente por frades da Ordem dos Carmelitas da Antiga Observância. A expressão popular remete para o sismo de 1755, já que a zona da freguesia foi uma das mais prejudicadas, tendo esses dois conventos ruído, para grande desgosto e terror dos lisboetas perante a tragédia. Na manhã do dia 1 de novembro de 1755, ouviu-se um enorme estrondo durante o sismo, era manhã cedo e os dois conventos, tal como outros templos, estavam cheios de fiéis que assistiam à missa do Dia de Finados. Caíra o Carmo e a Trindade. Quando os habitantes descobriram qual tinha sido a causa de tal barulheira, terão gritado incrédulos: "Caiu o Carmo e a Trindade…" , e dai terá surgido a expressão popular "Cai o Carmo e a Trindade". Desses dois locais simbólicos, o antigo convento do Carmo, em que a igreja, ainda hoje se encontra praticamente como ficou depois do Grande Terramoto, tendo sido reconstruida uma ala do convento, mas interrompidos os trabalhos em 1834 aquando da extinção das ordens religiosas em Portugal. Na parte habitável do convento foi instalada em 1836 um quartel militar (actualmente pertencente à GNR) e em 1863 o Museu Arqueológico do Carmo, no restante espaço, onde se mantém até hoje. O convento da Trindade ainda foi reconstruido, tendo durado mais umas décadas, mas acabou por ser parcialmente destruído mais tarde em 1835, para a abertura da rua Nova da Trindade, tendo a CML dividido o espaço em lotes. No que restou do edifício e espaços contíguos, incluindo o antigo refeitório do convento, foi lá instalada desde 1836 a Fábrica de Cerveja da Trindade e mais tarde, a famosa Cervejaria Trindade, ainda hoje existente. A fachada e parte do interior do edifício, estão revestidas com alguns azulejos retirados das ruínas do mesmo convento assim como muita da cantaria antiga foi ai reutilizada.


Reconstituição da fachada do convento do Carmo em Lisboa


Maqueta do convento do Carmo (col. Museu da Cidade, Lisboa)


Largo e ruínas da igreja do convento do Carmo em meados do início do séc. XX (arq. AML)


Ruínas no interior da igreja do convento do Carmo na actualidade


 O antigo refeitório do convento da Trindade transformado em sala da cervejaria Trindade em 1938


O que restou do antigo refeitório do convento da Trindade transformado
em sala da Cervejaria Trindade na actualidade
 

Online casconha

Re: Expressões populares
« Responder #4 em: 05/04/2023, 19:55 »
 
"Ficar a ver navios"

É uma expressão popular da língua portuguesa com origem como tantas outras na cidade de Lisboa
e que se espalhou de norte a sul sendo também usada no Brasil e em alguns países de língua portuguesa.
Significa ser enganado, ludibriado, ver as suas expectativas serem frustradas e ficar desiludido.

Como exemplos:

"Ele disse que me daria boleia para a festa, mas não apareceu e eu fiquei a ver navios."

"Ela disse que o seu amor por ele era grande no entanto coitado ficou a ver navios"


A expressão "ficar a ver navios" surgiu em Portugal e há algumas histórias que podem explicar a sua origem. Para alguns autores a expressão "ficar a ver navios" no sentido de ser enganado por alguém, poderá remontar a 1492 quando foi determinado que, os judeus que não se convertessem ao catolicismo teriam de deixar o reino de Espanha até ao fim de julho. Milhares então deslocaram-se para Portugal. O casamento do rei D. Manuel I (1469 - 1521), com D. Isabel de Aragão (1470 - 1498), filha dos Reis Católicos, fez com que aceitasse a exigência espanhola de expulsar todos os judeus que viviam em Portugal e que não se tornassem católicos, num prazo que ia de janeiro a outubro do ano de 1497. O rei D. Manuel I precisava dos judeus portugueses, pois representavam toda a classe média e a mão-de-obra, eram também uma grande influência intelectual. Se Portugal os expulsasse como fez a Espanha, o país teria que enfrentar uma grande crise. Contudo, D. Manuel I não tinha qualquer interesse em expulsar esta comunidade. O rei de Portugal tinha esperança que, retendo os judeus no país, os seus descendentes pudessem talvez vir a ser cristãos, como resultado da influência da cultura católica em Portugal. Para que isso acontecesse, tomou medidas extremamente drásticas, chegando a ordenar que os filhos menores de 14 anos fossem tirados aos pais para que fossem convertidos. Depois fingiu marcar uma data de expulsão na Páscoa. Quando chegou a data do embarque, dos que não aceitaram o catolicismo, ele afirmou que não havia navios suficientes para os levar e ordenou um baptismo em massa dos que estavam reunidos em Lisboa esperando o transporte para outros países. No dia marcado, estavam todos os judeus no porto esperando os navios que não vieram. Todos foram convertidos e baptizados. O rei então declarou: não há mais judeus em Portugal, são todos cristãos (os chamados cristãos-novos). Muitos foram arrastados, segundo crónicas da época, até à pia baptismal pelas barbas ou pelos cabelos. Deste acontecimento surgiu a expressão: "ficaram a ver navios", porque tinham sido enganados.
Outros autores atribuem a explicação ao tempo das grandes navegações e descobertas, muitos portugueses ficavam em Lisboa, no Alto de Santa Catarina, que é um ponto alto da cidade com vista para a barra do Tejo, esperando as caravelas que vinham de continentes além-mar, trazendo os vários tesouros, eram por norma armadores, outros eram sebastianistas que acreditavam no retorno de D. Sebastião (1554 - 1578), rei de Portugal, desaparecido em África, na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578. O povo português recusava-se a acreditar na morte do seu rei e por isso, era comum algumas pessoas ficarem no Alto de Santa Catarina, em Lisboa, esperando o rei um dia chegar. É certo que o D. Sebastião nunca regressou, e por isso essas pessoas "ficaram a ver navios", ou seja, ficaram desiludidas porque aquilo que esperavam não se concretizou.
Uma outra explicação bastante parecida, consiste no facto de na altura, as mulheres ficarem em casa, esperando os maridos que tinham embarcado nessas longas viagens em busca dos "novos mundos". Depois de muito tempo, as mulheres ficavam observando os navios que chegavam ao Tejo para encontrarem os seus maridos, muitas vezes sem sucesso. Então surgiu a expressão: "Ficou a ver navios", ou seja, ficou à espera de algo que não veio.
Já uma outra explicação diferente, ficou associada à chegada tardia do general francês Jean Junot (1771 - 1813), a Lisboa, em novembro de 1807, durante as Invasões Francesas. Diz a lenda que, do alto do miradouro de Santa Catarina, o general ficou a ver, impotente, a esquadra que transportava a Corte Portuguesa sulcando o Tejo rumo ao Brasil. E daí a expressão "ficaram a ver navios", a partirem literalmente, falhando assim a captura da família real portuguesa. Este acontecimento deu também origem a várias sátiras e caricaturas cómicas em jornais da época, nomeadamente ingleses.



Judeus forçados à saída de Portugal


Embarque do príncipe regente D. João VI para o Brasil por Giuseppe Gianni


Miradouro da Santa Catarina em Lisboa
na atualidade de onde ainda se conseguem ver navios

Fonte:historiaschistoria
 

Online casconha

Re: Expressões populares
« Responder #5 em: 12/04/2023, 20:22 »
 

Rés-vés Campo de Ourique


É uma expressão popular da língua portuguesa que tal como muitas outras tiveram origem na cidade de Lisboa e logo se espalharam de norte a sul do país. Significa em sentido figurado, que algo ou alguém ficou por perto ou à justa de algum obstáculo ou de um acontecimento.

Como exemplos:

"Ao entrar na sala ias deitando o candeeiro ao chão, foi rés-vés Campo de Ourique"

"Hoje ias chegando atrasado para a reunião das nove horas, foste tu a chegar e ela a começar, foi mesmo rés-vés Campo de Ourique
"

"Rés-vés Campo de Ourique" é uma expressão popular da língua portuguesa para a qual existem algumas explicações plausíveis. Alguns autores afirmam que estará associada ao Grande Terramoto de Lisboa em 1755 que foi seguido de um maremoto, que por sua vez atingiu a cidade e arredores, matando milhares de pessoas. A força do maremoto, segundo as crónicas da época, foi de tal ordem que as águas entraram por Lisboa dentro e chegaram à zona que hoje equivale a parte da Avenida da Liberdade e chegaram, segundo essas crónicas, perto de Campo de Ourique. Foi portanto "rés-vés". Outros atribuem ao facto de com o Grande Terramoto de 1755, o grande Aqueduto das Águas Livres com os seus 35 arcos, ter sobrevivido sem fissuras. Visto ficar situado na junção de duas placas tectónicas do designado Cretáceo Superior (época geológica), muito perto de uma falha sísmica, a de Campo de Ourique. Dai ter sido "rés-vés Campo de Ourique". Outros autores ainda atribuem o sentido da expressão ao facto de no traçado urbano da cidade de Lisboa oitocentista, quando a Estrada da Circunvalação atravessava o bairro de Campo de Ourique, pela mais tarde rua Maria Pia, ficar "por um triz, por pouco, à justa", como parte limítrofe da cidade, generalizando-se a partir daí a expressão nos meios populares de "rés-vés". Outra tese defende que esta expressão surgiu com o carro eléctrico da carreira 24 da Companhia da Carris de Ferro de Lisboa (CCFL), que fazia o percurso entre o Largo do Carmo e Campolide. Este carro eléctrico quase roçava, segundo relatos, na esquina da Real Panificação na rua Silva Carvalho em Campo de Ourique, e um passageiro colocando a mão fora da janela, tocava no edifício, era portanto "rés-vés Campo de Ourique".


Grande Terramoto acompanhado de maremoto em Lisboa no ano de 1755


  Perspectiva do grande Aqueduto das Águas Livres de Lisboa em meados do séc. XVIII


Esquina da Real Panificação em Campo de Ourique


Carro eléctrico turístico numa rua estreita de Lisboa quase roçando a esquina do prédio
                    à semelhança do que acontecia em Campo de Ourique

historiaschistoria
 

 



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