Comissão Europeia quer mais imigrantes e deficientes no mercado de trabalho

[Nandito]

Comissão Europeia quer mais imigrantes e deficientes no mercado de trabalho

Agência Lusa , AM
16 set, 12:26



Em 2024, a UE criou mais 1,8 milhões de postos de trabalho em comparação com o ano anterior, elevando a taxa de emprego para 75,8%, enquanto a taxa de desemprego caiu para um novo mínimo histórico de 5,9%

A Comissão Europeia defendeu hoje que a facilitação do acesso de pessoas com mais de 55 anos, mulheres, imigrantes e portadores de deficiência ajudaria a alcançar a meta de 78% de emprego até 2023 na União Europeia (UE).

Num relatório divulgado esta terça-feira sobre a evolução do emprego e da situação social em 2025, o executivo comunitário saliente que “um quinto da população em idade ativa, cerca de 51 milhões de pessoas, está atualmente fora do mercado de trabalho da UE, com as mulheres, as pessoas com idades entre os 55 e os 64 anos, os imigrantes e as pessoas com deficiência a constituírem a grande maioria”.

A Comissão defendeu que facilitar o acesso ao mercado de trabalho contribuiria igualmente para alcançar a meta da UE de uma taxa de emprego de 78% para 2030, ao mesmo tempo que melhoraria a coesão social e apoiaria a meta de redução da pobreza da UE.

Em 2024, a UE criou mais 1,8 milhões de postos de trabalho em comparação com o ano anterior, elevando a taxa de emprego para 75,8%, enquanto a taxa de desemprego caiu para um novo mínimo histórico de 5,9%, refere ainda o documento.

No entanto, Bruxelas alerta que a participação das mulheres no mercado de trabalho na UE continua a ser inferior à dos homens em 10 pontos percentuais, com 32 milhões de mulheres fora do mercado de trabalho.

Cerca de 75% das mães de crianças pequenas fora da população ativa apontam os deveres de prestação de cuidados como a principal razão, em comparação com apenas 13% dos pais.

O relatório mostra que a expansão das estruturas de acolhimento de crianças poderia aumentar a taxa de emprego das mulheres em alguns Estados-Membros até 30% e aumentar o Produto Interno Bruto da UE até 1,7%.

Por outro lado, quase 20 milhões de pessoas com idades entre os 55 e os 64 anos não fazem parte do mercado de trabalho da UE, muitas vezes devido a regras de reforma, problemas de saúde ou flexibilidade insuficiente no trabalho.

Em relação aos imigrantes, estima-se que mais de sete milhões na UE estão atualmente desempregados por várias razões e enfrentam o maior risco de pobreza de qualquer grupo demográfico da força de trabalho (38%).

O relatório defende incentivos fiscais bem concebidos, juntamente com apoio à procura de emprego, formação linguística e autorizações de trabalho mais simples.

Dos 44 milhões de pessoas com deficiência em idade ativa, 56,4% trabalhavam em 2024 – contra 55,6% em 2022 – em comparação com 84% das pessoas sem deficiência, concluindo o relatório que os regimes de quotas, as medidas de luta contra a discriminação e a colocação de postos de trabalho específicos são instrumentos eficazes para a sua integração.

A Evolução do Emprego e dos Assuntos Sociais na Europa é o relatório anual da Comissão Europeia sobre o emprego e os assuntos sociais.





Fonte: cnnportugal.iol.pt                    Link: https://cnnportugal.iol.pt/uniao-europeia/comissao-europeia/comissao-europeia-quer-mais-imigrantes-e-deficientes-no-mercado-de-trabalho/20250916/68c94950d34e58bc6795caa6