Apesar de dizer que já não há questões técnicas que impeçam que os doentes com paramiloidose tomem o Tafamidis, Teresa Coelho recordou que o fármaco é extremamente caro.
A directora da Unidade de Paramiloidose do Hospital de Santo António, no Porto, defende as qualidades do medicamento que trava esta doença e que os portadores da paramiloidose em Portugal pretendem que seja aprovado no país.
Ouvida pela TSF, Teresa Coelho, a principal responsável pelo estudo que permitiu o desenvolvimento do Tafamidis, indicou que as «questões podem ser financeiras ou burocráticas» e que «não há questões técnicas para atrasar a possibilidade de os doentes tomarem o medicamento».
Contudo, esta especialista recordou que o hospital onde trabalha não pode pedir uma autorização especial para tratar os doentes, pois não está em condições para pagar a factura.
«No caso concreto deste medicamento, o preço que sabemos que está a ser praticado em França é completamente assustador. São 135 mil euros por ano, por doente, ou seja, são mais de 11 mil euros por mês para tratar o doente», adiantou.
Teresa Coelho lembrou que grande parte dos mais de cem doentes portadores desta doença gostariam de experimentar o fármaco, contudo, «nem sequer se coloca a questão de saber se o Hospital de Santo António, onde está concentrado o tratamento destes doentes, vai fazer uma AUE aos doentes com paramiloidose e se depois o Infarmed a vai aprovar».
TSF