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Autor Tópico: Alzheimer  (Lida 102497 vezes)

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Online migel

Re: Alzheimer
« Responder #60 em: 02/01/2019, 19:18 »
 
Alzheimer: "Agora é como se eu fosse mãe da minha própria mãe"


Nélida Aguiar é cuidadora da mãe, Idalina. A tarefa destruiu um relacionamento amoroso e acabou com a sua vida pessoal, mas voltaria a fazer tudo de novo.

 
Nélida Aguiar com a mãe, Idalina, na véspera de Natal.


Mais de 800 mil portugueses dedicam a sua vida a cuidar de familiares que, por razões de saúde ou por velhice, perderam autonomia e necessitam de atenção 24 horas por dia. São pessoas que abdicam de fins de semana, de férias e que chegam a uma cansaço extremo ao fim de anos de dedicação. Nélida Aguiar é uma dessas pessoas. Apesar do esforço, o governo não criou um estatuto jurídico para o cuidador informal, nem incluiu medidas de apoio financeiro na nova Lei de Bases da Saúde que aprovou há três semanas.

Foi uma batalha perdida na guerra travada por Nélida Aguiar e pela mãe, Idalina Aguiar. As duas fazem parte da Alzheimer Portugal e Idalina foi escolhida para representar Portugal no Grupo de Trabalho de Pessoas com Demência, criado pela Alzheimer Europa. À SÁBADO, Nélida Aguiar conta como se tornou cuidadora da mãe.

"Há oito anos que a mãe tem Alzheimer e precisa de alguém 24 horas por dia para a orientar. Consegue vestir-se e comer sozinha, mas temos de lhe colocar a roupa em cima da cama e o prato de comida à frente, se não ela não come. Perde-se com facilidade e nem sempre se recorda dos nomes das filhas. Mas a doença está estabilizada devido aos estímulos diários que lhe proporcionamos. Vai todos os dias para o centro de dia especializado em demências no Funchal [Madeira], que faz estimulação cognitiva e tem uma sala de Snoezelen [estímulos sensoriais com luzes, sons, texturas e aromas]. Para além disso, faz risoterapia, dança e meditação ativa. Em casa, fazemos palavras cruzadas e jogamos às cartas. Tudo isto retarda a doença.


Continue a lêr aqui: https://www.sabado.pt/vida/detalhe/alzheimer-agora-e-como-se-eu-fosse-mae-da-minha-propria-mae?fbclid=IwAR03aQ0StaoCix-2iTXMJPNXD6nwWHwf9afKXXH1rPSOMBDBGyndxoQDvxg
 

Offline Pantufas

Re: Alzheimer
« Responder #61 em: 03/01/2019, 11:05 »
 
Injeção capaz de travar Alzheimer pode estar disponível em 10 anos

Os cientistas creem que a injeção será capaz de isolar e travar as proteínas nocivas que se acumulam no cérebro humano e que propiciam o aparecimento da doença degenerativa.


 
Injeção capaz de travar Alzheimer pode estar disponível em 10 anos
© iStock

Notícias ao Minuto
09:00 - 02/01/19 POR LILIANA LOPES MONTEIRO 

LIFESTYLE REVOLUÇÃO DA CIÊNCIA

 
Uma injeção com o potencial de deter o aparecimento da doença de Alzheimer poderá estar disponível no mercado dentro de uma década, refere a Alzheimer’s Society (associação de caridade britânica dedicada ao estudo da demência).

 
O médico James Pickett, investigador chefe naquela organização, disse à publicação The Telegraph, que as recentes descobertas revolucionárias levaram os cientistas a um “ponto de viragem”.

Acrescentando: “Neste momento estamos a começar a conseguir juntar inúmeras peças do puzzle, que estão finalmente a fazer sentido. Temos todo este conhecimento sobre genética, tal como os investigadores de doenças cancerígenas tinham há 30 anos, e estamos agora a investir no seu conhecimento e exploração”.

A injeção iria isolar e aniquilar as proteínas prejudiciais que se acumulam no cérebro.


As declarações chegam após a realização de ensaios científicos “revolucionários” que envolveram o isolamento das ditas proteínas em crianças que padeciam de uma condição rara na espinha.


Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1172157/injecao-capaz-de-travar-alzheimer-pode-estar-disponivel-em-10-anos
 
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Offline pantanal

Re: Alzheimer
« Responder #62 em: 23/01/2019, 10:43 »
 
Demência vascular ultrapassa a que é causada por Alzheimer em Portugal


Resultados de um estudo epidemiológico do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto contrariam a norma encontrada na Europa Ocidental. Elevado número de casos de hipertensão é uma das explicações para o invulgar padrão português.

Andrea Cunha Freitas 22 de Janeiro de 2019


 Foto
A demência constitui a expressão clínica de várias patologias diferentes e que a que resulta da doença de Alzheimer é considerada a mais prevalente UNIVERSIDADE DE LANCASTER


Quando se fala em demência vascular é comum partir-se do princípio de que se trata da segunda forma mais comum de demência, logo a seguir à doença de Alzheimer. Um estudo de uma equipa do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto vem agora contrariar esta ideia. Após uma avaliação que envolveu 730 pessoas com mais de 55 anos, os investigadores concluíram que “os portugueses são mais afectados por demência vascular do que por Alzheimer”. A explicação estará no elevado número de hipertensos e de acidentes vasculares cerebrais (AVC), mas a boa notícia é que esta forma de demência pode ser evitada com uma mudança no estilo de vida.

Os estudos epidemiológicos sobre a demência são muito caros e, por isso, muito raros. Normalmente, a questão resolve-se com uma extrapolação a partir das médias europeias, porém, o estudo agora divulgado mostra que o simples exercício de matemática pode revelar-se perigoso. Sabemos que a demência constitui a expressão clínica de várias patologias diferentes e que a que resulta da doença de Alzheimer é a mais prevalente, sendo que a maioria dos manuais refere que é responsável por 50 a 70% dos casos. Sabemos também que tanto a incidência (número de novos casos) como a prevalência (total de casos num determinado período) da demência aumentam quase exponencialmente com a idade, duplicando aproximadamente a cada cinco anos. Tudo isto parece continuar a ser verdade com uma excepção.

Continue  a lêr aqui: https://www.publico.pt/2019/01/22/ciencia/noticia/demencia-vascular-ultrapassa-causada-alzheimer-portugal-1858760
 
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Offline Pantufas

Re: Alzheimer
« Responder #63 em: 06/02/2019, 11:26 »
 
Perdeu a mãe aos poucos, mas esteve sempre lá. Agora conta ao Presidente da República como foi

05 DE FEVEREIRO DE 2019 - 10:59
Marcelo Rebelo de Sousa recebe esta terça-feira a Associação Nacional de Cuidadores Informais, incluído Filipe Catapirra, que passou parte da infância a cuidar da mãe com Alzheimer.


Foto: TSF
Paula Dias com Carolina Rico


Filho e mãe inverteram os papéis. Tinha ele pouco mais de dez anos quando se viu obrigado a passar de criança a cuidador informal.

Durante cinco anos, Filipe Catapirra, o irmão gémeo e um outro irmão mais velho, cuidaram da mãe, a quem aos 48 anos foi diagnosticada doença de Alzheimer, até à sua morte, em 2014.

Agora com 25 anos, vai contar ao Presidente da República como foi crescer lado a lado com uma doença "injusta", em defesa da aprovação do estatuto do cuidador informal.

"Foi um choque". Entrevistado por Paula Dias, Filipe Catapirra conta como foi passar de não saber o que era o Alzheimer a ajudar a mãe em tudo.
Começou com coisas pequenas, como "acender um cigarro ou mudar o canal de televisão". Seguiu-se a incapacidade para escolher as roupas que vestir, gerir o dinheiro, cuidar da casa, proferir frases completas. Quando as coisas pioraram foi preciso "amadurecer muito rápido", conta à TSF.

Foi difícil, conta, ver a mãe, "pouco a pouco, a perder capacidades", perder a mãe pouco a pouco.

Filipe Catapirra conta que o marcou a primeira vez que teve de dar banho à mãe quando esta apresentava um quadro agressivo. Duas crianças tinham que despir uma mulher adulta, lavá-la, corpo e cabelo, enquanto esta gritava "como se se lhe estivessem a fazer mal". A primeira vez foi marcante, depois tornou-se mais um dever que tinham de o fazer e pronto. Foi um desgaste físico, mas sobretudo psicológico.

Os três irmãos contavam com a ajuda da família materna, em especial de uma tia que também "sacrificou parte da vida dela para agarrar uma família que não conseguia sobreviver sozinha". Só assim conseguiram alguma normalidade na infância.

Chegados da escola Filipe Catapirra e os irmãos cuidavam da mãe e só com ela já na cama, de pijama vestido, jantar comido, comprimidos tomados, tinham tempo para eles. Descasavam o que podiam, mas não eram raras as vezes que acordavam a meio da noite quando a mãe sofria alucinações.

Se queriam sair com amigos os irmãos faziam turnos, mas pouco falavam do problema da mãe entre si ou com outros. "Esta doença dá-me raiva", diz.

O estatuto do cuidador informal "vem dar um pouco mais de dignidade à pessoa que está a cuidar e indiretamente influenciar a pessoa cuidada", defende Filipe Catapirra.

Marcelo Rebelo de Sousa Recebe esta terça-feira recebe a Associação Nacional de Cuidadores Informais, a cujo conselho fiscal pertence Filipe Catapirra, poucos dias da discussão do estatuto do cuidador informal no Parlamento.


Fonte: TSF
 
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Offline Pantufas

Re: Alzheimer
« Responder #64 em: 13/02/2019, 09:56 »
 
'A Solução para o Alzheimer', um guia revolucionário para prevenir doença

Na próxima década, 10% da população com mais de 65 anos irá desenvolver algum tipo de demência. 90% dos casos de Alzheimer podem ser prevenidos através de mudanças no estilo de vida.
 'A Solução para o Alzheimer', um guia revolucionário para prevenir doença


© iStock

Notícias ao Minuto
21:00 - 11/02/19 POR LILIANA LOPES MONTEIRO 

   
De uma dupla de neurologistas que há muito investiga a doença de Alzheimer, este é um livro revolucionário que demonstra que o cérebro é um universo vivo, diretamente influenciado pelo modo como nos comportamos em cinco áreas essenciais: alimentação, exercício físico, stress, sono e trabalho. O Plano NEURO atua nestas áreas para prevenir e reverter os sintomas.

 
Apoiado no estudo clínico mais vasto sobre a doença de Alzheimer, e escrito por dois dos maiores especialistas na matéria, 'A Solução para o Alzheimer' fornece as ferramentas práticas para prevenir e reverter os sintomas do declínio cognitivo. Os autores constataram que esta doença não é uma inevitabilidade genética e o seu diagnóstico não deve representar uma fatalidade.

Noventa por cento das pessoas podem evitá-la, e as restantes, as que têm maior predisposição genética, podem adiá-la por longos anos.

Alguns dados sobre o Alzheimer, em Portugal e no mundo:

A doença de Alzheimer representa cerca de 60 a 70% de todos os casos de demência;
A OMS estima que em todo o mundo existam 47.5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135.5 milhões;
Os custos de saúde e sociais da demência nos países da OCDE estão estimados em 847 mil milhões de euros por ano;
Em Portugal, os dados apontam para cerca de 182 mil pessoas com demência;
Portugal é o 4º país com mais casos por cada mil habitantes. A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9. Pior, só o Japão, a Itália e a Alemanha.
Portugal figura entre os países com menos especialistas para acompanhar doentes com demência. Segundo o relatório da OCDE (2017), Portugal tem 12 psiquiatras e cinco neurologistas por cada 100 mil habitantes, um rácio muito inferior ao da Suíça, que surge no primeiro lugar com um rácio de 50 psiquiatras e sete neurologistas por cada 100 mil habitantes.
Sobre os autores

Dean Sherzai e Ayesha Sherzai são um casal de prestigiados neurologistas que dirigem o programa de prevenção da doença de Alzheimer na Universidade de Loma Linda, na Califórnia. Ao longo das suas carreiras médicas, trabalharam com as melhores equipas de investigação e estudaram os efeitos benéficos da introdução de hábitos saudáveis nas vidas dos seus pacientes. Conheceram-se numa missão de voluntariado no Afeganistão, onde desde logo partilharam a filosofia que desenvolvem neste livro: apresentar os dados científicos mais recentes sobre este tema, de uma forma acessível, encorajando a implementação de hábitos saudáveis em famílias e comunidades por todo o mundo.


Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1196603/a-solucao-para-o-alzheimer-um-guia-revolucionario-para-prevenir-doenca
 
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Online migel

Re: Alzheimer
« Responder #65 em: 08/07/2019, 15:26 »
 
Cinco sinais de alerta de que alguém pode ter Alzheimer


O Alzheimer normalmente desenvolve-se aos poucos, ao longo dos anos. Especialistas dizem que nem sempre a doença é óbvia, porque os sintomas muitas vezes se assemelham aos de outras patologias.


 Cinco sinais de alerta de que alguém pode ter Alzheimer
© iStock

Notícias ao Minuto
08/07/19 10:00 ‧ HÁ 5 HORAS POR LILIANA LOPES MONTEIRO 


A doença de Alzheimer, de instalação insidiosa e progressão lenta, afeta, primeira e predominantemente, a memória episódica, com o doente começando por ter dificuldades em lembrar-se de fragmentos recentes da sua vida (onde coloca os objetos, os recados, o que comeu no dia anterior, em que dia do mês está).

 
O relatório 'Health at a Glance 2017' ('Uma visão da saúde') da OCDE apresenta novos dados sobre a prevalência da demência, colocando Portugal como o quarto país com mais casos por cada mil habitantes. A média da OCDE é de 14.8 casos por cada mil habitantes, sendo que para Portugal a estimativa é de 19.9.

Os sintomas são um reflexo da morte de células do cérebro. A doença é neurodegenerativa, o que significa que uma pessoa com Alzheimer passa a ter cada vez menos células e conexões nervosas.

Como identificar os sintomas?

É mais sério do que esquecer a chave do carro

Os sintomas de alerta costumam ser mais sérios do que simplesmente esquecer coisas ocasionalmente.

Todos nós podemos esquecer-nos onde deixamos a chave do carro ou ter dificuldade nos lembrar-mos do nome de algumas pessoas. Esquecer coisas é uma consequência natural do envelhecimento - não é, necessariamente, sinal de Alzheimer ou de outro tipo de demência.

Já a perda de memória é algo mais sério e costuma ser um dos principais sinais da doença. E a memória recente costuma ser a mais afetada. Pessoas nos primeiros estágios do Alzheimer podem esquecer-se conversas que acabaram de ter ou até o que fizeram 10 minutos antes.

Problemas de memória podem levar a repetições no discurso e ações, ou dificuldade em recordar acontecimentos recentes. Esses sintomas acabam por prejudicar tarefas de rotina, como seguir uma receita ou usar um cartão bancário.

Leia Também - Alzheimer: Cérebro começa a mudar 30 anos antes do diagnóstico

Como que se faz um chá ou café?

Atividades do dia a dia podem tornar-se subitamente desafiadoras nos primeiros estágios do Alzheimer. Fazer um café ou chá obviamente não são tarefas complicadas ou que requeiram raciocínio complexo.

Mas quem tem Alzheimer, muitas vezes, sofre para saber qual o próximo passo em atividades aparentemente simples. No começo, as alterações podem ser muita ténues para serem notadas, mas vão piorando ao longo do tempo, a ponto de afetar a rotina.

Podem surgir problemas na fala e mudança na linguagem, com o esquecimento frequente de palavras.

Até a aparência de quem tem Alzheimer pode acabar por alterar-se com o tempo, se a doença afetar a rotina de tomar banho e vestir-se de manhã, por exemplo.

O que estou aqui a fazer?

Não saber bem onde está ou o motivo de estar ali é outro sintoma comum. As pessoas diagnosticadas com Alzheimer podem perder-se facilmente, especialmente em lugares com os quais não estão familiarizadas. Mas a desorientação pode ocorrer em casa também.

Mudanças de humor

Alguém que esteja a experienciar todos os sintomas apresentados em cima possivelmente também demonstra sinais de mudança de humor e personalidade.

Uma pessoa com Alzheimer pode ficar facilmente chateada ou irritada, frustrar-se com mais frequência ou perder a confiança em si mesma.

Tal pode provocar a perda de interesse em atividades diárias. O paciente pode ficar menos flexível e mais hesitante a experimentar coisas novas. Ansiedade e agitação normalmente acompanham essas mudanças.

A maioria das pessoas sabe que algo está errado

Kathryn Smith, da Alzheimer's Society, no Reino Unido, destaca em entrevista à BBC que esse tipo de demência "não é uma característica natural do envelhecimento, é uma doença do cérebro".

E o Alzheimer não afeta apenas pessoas idosas. Mais de 40 mil pessoas com menos de 65 anos têm a doença.

Segundo Smith, a maioria das pessoas com Alzheimer percebe que algo está errado. A especialista destaca que é importante procurar um médico para um diagnóstico correto, e lembra que é possível ter qualidade de vida com a doença durante vários anos.



Direitos: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/1283951/cinco-sinais-de-alerta-de-que-alguem-pode-ter-alzheimer
« Última modificação: 08/07/2019, 15:29 por migel »
 

Offline rodrigosapo

Re: Alzheimer
« Responder #66 em: 25/11/2019, 09:31 »
 
Alzheimer afeta 11,5% da população brasileira
21/11/2019 - 15:49 Por:  Camila Borba



 
O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas no mundo, ela ainda não possui uma cura, mas diversas pesquisas apontam que se a doença for diagnosticada cedo, é possível diminuir os impactos de seus sintomas. Isso quer dizer que, se detectado precocemente, os sinais da doenças podem ser tratados com intervenções terapêuticas, proporcionando melhor qualidade de vida ao paciente. Segundo dados do Governo do Brasil, a doença afeta 11,5% da população idosa do país.

Atualmente, 1,4 milhões de brasileiros vivem com demência, com o envelhecimento acelerado da população mundial, estima-se que até 2050 esse número aumente para mais de seis milhões, diz a Organização Mundial da Saúde (OMS). “Com o envelhecimento acelerado, o crescimento de casos de demência tem se tornado um dos principais desafios de saúde na atualidade”, comenta xxx, médico da Docway.



Foto: Divulgação
O Alzheimer provoca a degeneração das células no cérebro, causando demência e provocando diversos sintomas, como perda de memória, dificuldade de raciocínio e fala, dificuldade de reconhecer objetos e suas funções, dificuldade de reconhecer familiares, além de interferir no comportamento e na personalidade da pessoa.

Sintomas e estágios da doença

A doença é complicada de ser diagnosticada, pois seus sintomas são muito parecidos com o processo natural de envelhecimento. Além disso, ele também podem ser confundidos com sintomas de outras enfermidades menos graves. Atentar-se para os primeiros sinais com atenção é muito importante:


Foto: Divulgação
· Perda de memória recente. É muito comum que as pessoas que estejam no processo inicial do desenvolvimento do Alzheimer se lembrem de fatos antigos mas percam a memória sobre fatos recentes;

· Perda de capacidade de concentração nas atividades cotidianas, que antes eram executadas com facilidade e sem problemas;

· Repetição de afirmações e perguntas. A pessoa acaba por não perceber que já fez a mesma pergunta anteriormente;

· Dificuldades de expressar e de compreender linguagens;

· Sentir uma desorientação espacial, se perder em locais já conhecidos;

· Enfrentar uma certa dificuldade em encontrar as palavras certas para identificar objetos, expressar pensamentos ou participar de conversas;

· Esquecimento dos nomes dos membros da família, amigos e objetivos do cotidiano.

O médico, xxx, da Docway alerta que além dos sintomas iniciais, existem também uma mudança aparente na personalidade e comportamento da pessoas. “As alterações

cerebrais que ocorrem durante a doença de Alzheimer podem afetar a maneira como a pessoa age e sente. Nesse caso, é preciso ficar de olho se houve outras mudanças como depressão; apatia; retraimento social; mudanças repentinas e seguidas de humor; mudanças nos hábitos de sono; aumento na desconfiança de humor; aumento na irritabilidade e na agressividade, além de delírios”.

O Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e grave, não há nada que possa ser feito para retardar ou barrar o avanço da doença. Após o diagnóstico, os portadores da doença têm uma sobrevida média que oscila entre 8 e 10 anos. O quadro clínico é dividido em quatros estágios:

· Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais.

· Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia.

· Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva.

· Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Hábitos Saudáveis

A OMS destaca que a atividade física também está associada à saúde cerebral. Estudos apontam que pessoas com vida mais ativa tem menor risco de desenvolver demências. A recomendação é que adultos de 65 anos pratiquem no mínimo 150 minutos de atividades aeróbicas de intensidade moderada por semana. “Os idosos não devem deixar de ser estimulados. Estudar, ler e pensar são formas de manter a mente ativa, além uma alimentação saudável e regrada”, finaliza XXX.


Fonte: http://surgiu.com.br/2019/11/21/alzheimer-afeta-115-da-populacao-brasileira/
 

Offline salgado18

Re: Alzheimer
« Responder #67 em: 01/10/2020, 10:21 »
 
Doença de Alzheimer: estudo aponta desafios para tratar pacientes



Não é preciso ir muito longe para se deparar com a doença de Alzheimer (DA). Muito provavelmente você tem alguém do seu círculo familiar ou mesmo da sua rede de amigos que foi diagnosticado com a condição, que é neurológica, progressiva e fatal e a forma mais comum de demência, correspondendo a 60 – 70% dos casos[3]. “Atualmente, um bilhão de pessoas são afetadas por doenças neurológicas, 13% de toda a população global. É um número alto. Estamos no mês que marca a conscientização da doença. Além de alertar sobre a condição, é muito importante lembrar que a doença de Alzheimer não afeta só quem tem a doença, a condição impacta toda a família”, explica Douglas Moraes da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz).
Os impactos do Alzheimer vão além do âmbito familiar. A carga das doenças neurológicas impõe aos governos uma crescente demanda por serviços de tratamento, reabilitação e apoio. Um estudo, que avaliou a infraestrutura dos sistemas de saúde em seis países na Europa (França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido) apontou que o tempo de espera para avaliação da população que já apresenta transtornos leve de cognição, um dos sintomas da DA, pode variar de 5 a 19 meses. De acordo com o levantamento, só em 2030 não haveria espera para atendimento na Alemanha. Na França, Reino Unido e Espanha demoraria ainda mais para os sistemas atingirem prontidão no atendimento – seria só em 2033, 2042 e 2044, respectivamente[4].
“Não tenho conhecimento de que exista um levantamento no Brasil neste sentido, mas certamente os desafios não seriam diferentes”, reforça Douglas Moraes. De acordo com o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro aumentou de 73,9 para 76,3 anos[5]. Segundo o órgão, a relação entre a porcentagem de idosos e de jovens – chamada de índice de envelhecimento – deve aumentar de 43,19%, em 2018, para 173,47%, em 2060[2].
Há também outros aspectos relacionados à DA que merecem atenção. Em 2030, a estimativa é que o custo social total da doença seja equivalente a 2,2% do produto interno bruto (PIB) global[6]. As despesas indiretas (relacionadas ao impacto na vida do próprio cuidador) podem representar até 169% da renda familiar[7].
A taxa de prevalência média de demência na população idosa brasileira é de cerca de 7,6%[8], um percentual maior que o índice mundial[9]. O neurologista, Rodrigo Rizek Schultz, destaca que a doença de Alzheimer é complexa, assim como outras demências, e reforça a importância de estar atento aos indícios. “Se houver, por exemplo, perda de memória recente, dificuldade para dirigir e repetição de perguntas, é importante procurar ajuda médica. A identificação da doença Alzheimer no início, assim como o tratamento adequado, são fundamentais para possibilitar o alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da progressão da doença”.
A causa ainda é desconhecida e o diagnóstico é feito por exclusão. O especialista reforça que a doença é desafiadora, por isso a ajuda dos familiares e profissionais de saúde é fundamental. “Além do tratamento orientado pelo médico e de uma abordagem multidisciplinar, há recomendações que podem facilitar a vida de quem tem Alzheimer e do cuidador. Como, por exemplo, estabelecer uma rotina diária, espalhar lembretes pela casa – apague a luz, feche a torneira, desligue a TV etc. – e, quando possível, encorajar a pessoa a vestir-se, comer, ir ao banheiro, tomar banho por sua própria conta”, finaliza.
Saiba mais sobre o Alzheimer[10]: a doença se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, pelo comprometimento das atividades de vida diária e consequente independência do indivíduo, e por uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais que se agravam ao longo do tempo. Os principais sinais e sintomas são perda de memória recente; repetir a mesma pergunta várias vezes; dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos; incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas; dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos; dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais e irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento. O quadro clínico da doença é dividido em quatro estágios. Forma inicial (estágio 1): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais. Forma moderada (estágio 2): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia. Forma grave (estágio 3): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva. Forma grave avançada (estágio 4): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Fonte: https://portalmaratimba.com.br/doenca-de-alzheimer-estudo-aponta-desafios-para-tratar-pacientes/
 
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Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #68 em: 20/09/2021, 09:30 »
 
Há uma nova esperança, embora tímida, para tratar o Alzheimer

20 set 2021 07:05

Um projeto de medicamento contra a doença de Alzheimer, a partir de uma pista ainda pouco explorada, gera tímidas esperanças de tratamento, após vinte anos de poucos avanços neste campo médico tão difícil.



"Estes resultados (...) são particularmente promissores e representam uma novidade a partir de vários pontos de vista", explicou à AFP Andrea Pfeifer, chefe da empresa emergente AC Immune, que está a desenvolver, junto a uma filial da gigante farmacêutica suíça Roche, um tratamento contra a demência senil.

Os dois grupos anunciaram no final de agosto resultados preliminares favoráveis, mas continuam com os testes para determinar a eficácia do medicamento. Os resultados ainda precisam de ser publicados e analisados de forma independente.

O que torna este anúncio interessante é o facto de que a molécula que está a ser usada, a semorinemab, foi pouco explorada para preocupar um tratamento para o Alzheimer, um campo em que os fracassos se multiplicam há duas décadas.

Este anticorpo monoclonal parece concentrar-se na destruição de placas formadas por algumas proteínas, conhecidas como beta-amiloides, no cerébro dos pacientes. Ao comprimir os neurónios, estas placas são um dos grandes fatores da doença de Alzheimer.

Até agora, essa pista forneceu poucos resultados, com exceção de um tratamento de Biogen autorizado neste ano pelas autoridades de saúde dos Estados Unidos, embora o seu interesse terapêutico não gere unanimidade.

Nos últimos anos, os laboratórios têm explorado outras direções: o comportamento anormal de outra categoria de proteínas, as denominadas 'tau', também presentes nos neurónios. Nos pacientes de Alzheimer, essas proteínas agrupam-se e acabam a provocar a morte das células.

Esse é o aspecto que interessa a AC Immune e a Roche. Estão a tentar criar um anticorpo sintético que reconheça essas proteínas para destruí-las.

Esse tratamento foi administrado durante quase um ano em pacientes em estado relativamente avançado da doença. Segundo os dois laboratórios, o declínio das suas capacidades cognitivas, avaliado com o mesmo tipo de teste, foi reduzido quase pela metade, em comparação com os que não receberam o tratamento.

É a primeira vez que se anuncia um resultado positivo para um projeto de tratamento contra a proteína tau, após uma série de fracassos, entre eles outro projeto da Biogen neste mesmo ano.

"Eu seria muito prudente: existe claramente um lado do marketing, embora seja certo que pode haver algo aí", explica à AFP o neurobiologista Luc Buée, especialista das doenças relacionadas à proteína tau.

É apenas um ensaio clínico precoce, de fase 2, com um número limitado de pacientes. Para confirmar o impacto do tratamento, terá de passar para a próxima fase, potencialmente com milhares de pacientes.

Este especialista lembra que vários projetos que exploraram a pista dos beta-amiloides deram bons resultados na fase 2, mas depois fracassaram na etapa seguinte.

Os resultados do semorinebab são mistos. Os testes cognitivos foram substancialmente melhores nos pacientes que receberam a molécula, mas no seu comportamento do dia a dia, no que é conhecido como declínio funcional, os pacientes não apresentaram melhoria.

"É promissor e francamente positivo, mas ainda não cura", explica à AFP Florence Clavaguera. A neurobiologista, assim como a AC Immune, tem uma hipótese: o declínio funcional é mais difícil de tratar e poderia apresentar melhorias dentro de vários meses, à medida que o ensaio clínico prossegue.

No entanto, o semorinemab é apenas uma pista para enfrentar o Alzheimer, alertam os especialistas.

"A longo prazo, será preciso combinar os dois tratamentos, um tratamento anti-tau e um tratamento anti-beta (amiloides)", afirma Clavaguera. "Em todos os casos de Alzheimer, ambas as proteínas são patológicas."


Fonte: 24.sapo.pt          Link: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/nova-esperanca-embora-timida-para-tratar-o-alzheimer
"A justiça é o freio da humanidade."
 
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Online Nandito

Re: Alzheimer
« Responder #69 em: 21/09/2021, 15:59 »
 
A história da professora Maria não é incomum. Porque o Alzheimer pode chegar cedo demais
Nuno de Noronha - 21 set 2021 08:00

A Doença de Alzheimer com início precoce é uma forma da doença que afeta menos de 10% de todas as pessoas com esta patologia. É preciso estar atento, porque "frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa", alerta o médico Rui Araújo, especialista em Neurologia. Hoje é o Dia Mundial da Doença de Alzheimer


Fonte imagem: Direitos Reservados / lifestyle.sapo.pt

Maria tem 57 anos, é professora do ensino básico, e notou desde há uns meses alguns esquecimentos. Inicialmente tratavam-se de pequenos lapsos de importância menor – uma porta que não se fechou; uma panela no fogão tempo demais. Esquecimentos que rapidamente foram amparados pela família, que ao início igualmente desvalorizou – a professora andava cansada, era altura de exames, havia muita pressão na escola.

As férias chegaram pouco tempo depois e os lapsos de memória agravaram-se. Era frequente deixar estragar as refeições por não conseguir seguir os passos da receita; se não fosse alertada, vestia a mesma roupa vários dias seguidos.

O episódio que provocou maior alarme foi quando a professora saiu de casa após o jantar, julgando ser hora do passeio que habitualmente a família fazia depois do almoço.

A história de Maria é igual à de muitos outros doentes que desenvolvem Doença de Alzheimer antes dos 65 anos. Estima-se que sejam 10% de todas as pessoas com esta patologia, segundo dados da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Alzheimer: os sintomas e as fases da doença

No início da doença, observam-se pequenos esquecimentos, perdas de memória, normalmente interpretadas pelos familiares como parte do processo natural de envelhecimento, apesar de se irem agravando gradualmente.

Por vezes, os pacientes podem tornar-se bastante confusos e até agressivos, podendo também apresentar alterações da personalidade com comportamentos sociais inadequados.

Apresentam dificuldade em reconhecer os familiares e até a si próprios, quando confrontados com o espelho.

Estas pessoas, à medida que a doença avança, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros.

A progressão da doença pode ser categorizada em 3 fases, consoante a sua evolução. A fase ligeira, a moderada e a grave, refletindo assim o nível de declínio cognitivo e consequentemente a dependência do paciente.

"A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa"

"A Doença de Alzheimer é uma das síndromes demenciais mais frequentes em todo o mundo, configurando uma emergência em termos de saúde pública e uma prioridade em termos de agenda médica. É uma das patologias mais frequentemente geridas em consulta de Neurologia. Espera-se que o número de casos continue a aumentar nos próximos anos", começa por explicar Rui Araújo, médico neurologista do Hospital CUF Porto.

"A Doença de Alzheimer atinge preferencialmente a população mais idosa, mas pode manifestar-se cedo demais, numa faixa etária a que frequentemente o público não considera poder tratar-se de uma doença neurodegenerativa. Com efeito, a descrição da primeira doente a que se atribui Doença de Alzheimer corresponde a uma senhora na sexta década de vida (50-60 anos)", acrescenta o neurologista.

A importância do dignóstico precoce


Quanto mais cedo surgem os sintomas da doença, mais importante é realizar um bom diagnóstico diferencial, com enfoque nas causas tratáveis e reversíveis, como défices vitamínicos ou alterações das hormonas tiroideias. O diagnóstico diferencial com síndrome depressivo também é fundamental, porque a depressão pode cursar com sintomas cognitivos.

"A orientação precoce e especializada é fundamental para a gestão da doença. A neurologia inicia o processo de diagnóstico pelo estabelecimento da natureza das queixas, da procura de quais os domínios cognitivos afetados (memória, linguagem, atenção...) através de testes de cabeceira e, se tido por necessário, avaliação complementar com estudo neuropsicológico", frisa o médico.

"Depois realizará o exame neurológico, e caso se justifique, solicitará exames complementares que visam, essencialmente, a exclusão de causas tratáveis", indica.

Existem vários e diferentes tipos de demências, como por exemplo a Demência fronto-temporal, a Demência de Corpos de Lewy, a Demência Vascular, entre outras. Cada tipo de doença degenerativa tem a sua abordagem particular e individualizada, idealmente realizada por neurologistas, a especialidade que trata esta doença.

Que sintomas?

Os sintomas mais frequentes e que justificam avaliação médica são os "esquecimentos que tenham repercussão na autonomia do doente e suas tarefas quotidianas".

"Alterações de linguagem (dificuldade em expressar-se ou compreender o que lhe é dito), desorientação espacial ou temporal (perder-se, precisar de ajuda para sair de locais menos familiares, trocar as horas), e dificuldade na execução de tarefas ou recados" também devem ser motivo de preocupação, conclui o médico Rui Araújo.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que em todo o mundo existam cerca de 47,5 milhões de pessoas com demência, número que pode atingir os 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050 para os 135,5 milhões.


Fonte: lifestyle.sapo.pt         Link: https://lifestyle.sapo.pt/saude/noticias-saude/artigos/a-historia-de-maria-repete-se-porque-o-alzheimer-pode-chegar-cedo-demais
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Re: Alzheimer
« Responder #70 em: 28/09/2021, 10:05 »
 
Doença de Alzheimer tem custos anuais equivalentes a 1% do PIB

28 set 2021, 08:41 Agência Lusa

O país gasta todos os anos uma média de dois mil milhões de euros (em custos diretos médicos e não médicos) no combate à doença. Só os gastos com cuidadores informais atingem cerca de 1,1 mil milhões.


Fonte imagem: dpa/picture alliance via getty i - observador.pt

A doença de Alzheimer tem custos anuais equivalentes a 1% do PIB, sendo responsável por cerca de 7% dos anos de vida perdidos por morte prematura, para pessoas com 65 ou mais anos, indica um estudo divulgado esta terça-feira.

O estudo, “Custo e Carga da Doença de Alzheimer em Portugal”, conduzido pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE), da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, indica que o impacto nos anos de vida perdidos é superior a 7,6% nas mulheres enquanto nos homens é de 6,4%.

As conclusões, com o apoio da empresa de biotecnologia Biogen, na áreAlzheimerAlzheimera das neurociências, indicam também que o nível dos anos perdidos por incapacidade provocada pela doença está estimado em 45.754, mais de dois terços dos gerados pela aterosclerose.

De acordo com esta investigação, que avalia a presença da patologia numa amostra da população residente em Portugal Continental com idade igual ou superior a 65 anos, o país gasta todos os anos uma média de dois mil milhões de euros (em custos diretos médicos e não médicos) no combate à doença. Só os gastos com cuidadores informais atingem cerca de 1,1 mil milhões de euros.

Os resultados do estudo colocam em perspetiva duas prioridades para Portugal, a primeira “a necessidade de se refletir sobre o papel do cuidador informal e a importância de ter estratégias e políticas públicas que garantam a proteção social e financeira deste grupo”, mas também a importância de “manter o foco na investigação científica e no desenvolvimento de tratamentos capazes de prolongar a qualidade de vida dos doentes”, diz a especialista Isabel Santana, citada no comunicado de divulgação do estudo.

Isabel Santana é professora catedrática da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, onde é diretora do Serviço de Neurologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e membro do Grupo de Estudos do Envelhecimento Cerebral e Demência.

A Alzheimer Portugal, uma instituição particular de solidariedade social, também citada no comunicado, concorda com a professora e lembra que uma das principais “bandeiras” da associação é “o reconhecimento das demências como uma prioridade nacional de saúde pública e a implementação dos Planos Regionais de Saúde para as demências”, nas palavras de Manuela Morais, presidente da Alzheimer Portugal.

O estudo é apresentado esta terça-feira numa iniciativa ”online” organizada pela Alzheimer Portugal e que contempla um debate com especialistas.

A Alzheimer é uma doença neurológica progressiva e segundo o estudo do CEMBE deverá haver em Portugal cerca de 194 mil pessoas com demência, dos quais 60 a 80% são casos de doença de Alzheimer (perto de 145 mil).

“À medida que a idade avança, maior é a probabilidade de uma pessoa desenvolver esta patologia, tal como demonstram os dados recolhidos para este estudo, que indicam que a prevalência da doença de Alzheimer se encontra nos 1,76% nos homens entre os 65 e os 69 anos, chegando aos 12,75% naqueles com mais de 80 anos. No caso das mulheres, o grupo entre os 65 e os 69 anos regista uma prevalência de 0,35% da doença de Alzheimer, enquanto a população feminina com mais de 80 anos detém uma prevalência desta patologia de 13,61%”, diz-se no comunicado.


Fonte: observador.pt          Link: https://observador.pt/2021/09/28/doenca-de-alzheimer-tem-custos-anuais-equivalentes-a-1-do-pib/
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Re: Alzheimer
« Responder #71 em: 29/10/2021, 18:47 »
 
Doença de Alzheimer atinge precocemente diferentes regiões cerebrais, segundo cientistas

MadreMedia / Lusa
29 out 2021 18:13


Cientistas descobriram que a doença de Alzheimer atinge precocemente diferentes regiões do cérebro, em vez de uma só que desencadeia uma reação em cadeia que leva à morte das células cerebrais, foi hoje divulgado.


Fonte imagem: AFP; EMMANUEL DUNAND

A descoberta, divulgada na publicação científica Science Advances, abre novas frentes para o tratamento da doença, segundo a universidade britânica de Cambridge, que liderou a investigação, em que foram usados pela primeira vez dados humanos para quantificar a velocidade dos diferentes processos que conduzem à doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência que provoca danos progressivos e irreversíveis em diversas funções cognitivas, como memória, atenção, concentração, linguagem e pensamento.

Na doença de Alzheimer, as proteínas 'tau' e 'beta-amiloide' acumulam-se em placas, conhecidas no conjunto como agregados, fazendo com que as células cerebrais morram.

"A teoria era que a Alzheimer se desenvolvia de forma semelhante a muitos cancros: os agregados formavam-se numa região e em seguida espalhavam-se pelo cérebro. Mas, em vez disso, descobrimos que quando a Alzheimer começa já existem agregados em várias regiões do cérebro. Portanto, tentar interromper a propagação [de agregados de proteínas] entre as regiões [do cérebro] fará pouco para retardar a doença", afirmou o primeiro autor do estudo, Georg Meisl, citado em comunicado da Universidade de Cambridge.

No estudo, os cientistas analisaram amostras de cérebros de doentes que morreram com Alzheimer e exames PET (tomografia por emissão de positrões) de doentes em vida, que tinham desde deficiência cognitiva ligeira a doença de Alzheimer desenvolvida, para rastrear a agregação da proteína 'tau', considerada chave na patologia.

Ao combinarem cinco séries de dados diferentes e aplicarem-nas a um mesmo modelo matemático, os investigadores concluíram que o mecanismo que controla a taxa de progressão da doença de Alzheimer é a replicação de agregados em regiões individuais do cérebro e não a propagação de agregados de uma região para outra.

Resultados de estudos anteriores feitos com ratos sugeriam que a doença de Alzheimer expandia-se rapidamente à medida que os aglomerados de proteínas tóxicas "colonizavam" diferentes zonas do cérebro.

Contudo, de acordo com os autores do estudo hoje divulgado, a replicação dos agregados da proteína 'tau' é lenta, demora até cinco anos.

"Os neurónios [células cerebrais] são surpreendentemente bons a impedir a formação de agregados, mas necessitamos de encontrar maneiras de torná-los ainda melhores se quisermos desenvolver um tratamento eficaz", sublinhou o coautor da investigação David Klenerman, citado no mesmo comunicado da Universidade de Cambridge.



Fonte: 24.sapo.pt             Link: https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/doenca-de-alzheimer-atinge-precocemente-diferentes-regioes-cerebrais-segundo-cientistas

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Re: Alzheimer
« Responder #72 em: 10/02/2022, 13:01 »
 
Equipe liderada por neurocientistas brasileiras faz descoberta promissora contra Alzheimer



Neurocientistas brasileiras fazem descoberta relevante sobre Alzheimer


Francisco Vêneto - publicado em 09/02/22

A descoberta pode ajudar a desenvolver possíveis medicamentos para prolongar a saúde das células
Uma equipe liderada por neurocientistas brasileiras fez descobertas promissoras para o combate ao mal de Alzheimer: a pesquisa identificou uma proteína que funciona como um marcador do envelhecimento do cérebro, já que a sua quantidade vai sendo reduzida nas células nervosas à medida que envelhecemos. A descoberta ajuda a entender mudanças funcionais e, portanto, a desenvolver possíveis medicamentos para prolongar a saúde das células, evitando o Alzheimer.

Segundo o estudo, publicado na revista científica Aging Cell, a proteína em questão é a lamina-B1. A coordenadora da pesquisa, Flavia Alcântara Gomes, do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ICB/UFRJ), comenta que a novidade do trabalho foi “encontrar um marcador que identifica as células envelhecidas no cérebro”.

A equipe coordenada pelas neurocientistas brasileiras analisou 16 amostras cerebrais de pessoas de meia idade e de 14 de idosos para investigar transformações nos astrócitos, células nervosas que dão sustentação e ajudam a controlar o funcionamento dos neurônios. A lamina-B1, por sua vez, ajuda a preservar o núcleo dos astrócitos, o que é necessário para que eles consigam cumprir a sua função. Por isso mesmo, a lamina-B1 “é um indicador de que os astrócitos estão envelhecidos”, explica Flávia.

Segundo a co-autora do estudo Isadora Matias, do mesmo laboratório, é preciso agora aprofundar os estudos sobre a possibilidade de interromper ou mesmo reverter o envelhecimento dos astrócitos, normalizando a concentração de lamina-B1. O processo de envelhecimento, no entanto, é complexo e envolve muitos outros fatores além da lamina-B1. “Mas já será muito importante usar o que aprendemos com essa proteína capaz de dar o sinal de alerta de envelhecimento precoce”, ressalta Isadora.

Várias pesquisas estão em andamento com a finalidade de retardar o envelhecimento – algumas alegam até mesmo buscar a “imortalidade humana“. Há sinais de alerta éticos a levar em conta:


Fonte: https://pt.aleteia.org/2022/02/09/equipe-liderada-por-neurocientistas-brasileiras-faz-descoberta-promissora-contra-alzheimer/?fbclid=IwAR0VZpK2z4WQUs-UHdx3yTF_ZrtSMr-labOaSzwn3MmxbdZ3N1DUzvt43xg
 
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Re: Alzheimer
« Responder #73 em: 28/02/2022, 10:01 »
 
Novo teste sanguíneo deteta Alzheimer com 93% de exatidão

27 Fev 2022 · Ciência

Os investigadores não param de procurar formas de entender, detetar e prevenir a doença de Alzheimer, pelo que as novidades surgem com certa regularidade. Desta vez, um novo teste sanguíneo detetou a Alzheimer com 93% de exatidão.

Esta percentagem permanece alta, independentemente do laboratório em que o teste é realizado e dos protocolos que são seguidos.


Fonte imagem: pplware.sapo.pt   

A Alzheimer é uma condição debilitante que causa estragos a vários níveis, aquando da fase da demência. Por isso, os investigadores não desistem de estudar a doença e procuram incessantemente formas de a resolver.

De acordo com um comunicado de imprensa emitido pela Washington University School of Medicine, um novo teste sanguíneo pode ser capaz de identificar o risco de as pessoas virem a desenvolver a doença mais cedo, permitindo-lhes procurar a ajuda necessária.

    -O nosso estudo mostra que a análise ao sangue fornece uma medida robusta para detetar placas amiloides associadas à doença de Alzheimer, mesmo entre os doentes que ainda não experimentaram declínios cognitivos.

Disse o autor sénior Randall J. Bateman, Charles F. e Joanne Knight, professor de neurologia.

    -Um teste sanguíneo para a doença de Alzheimer proporciona um enorme impulso à investigação e diagnóstico da doença, reduzindo drasticamente o tempo e o custo da identificação de pacientes para ensaios clínicos e estimulando o desenvolvimento de novas opções de tratamento.

    -À medida que novos medicamentos se tornam disponíveis, uma análise ao sangue poderia determinar quem poderia beneficiar do tratamento, incluindo os que se encontram em fases muito precoces da doença.

Acrescentou Bateman.


Autor sénior do estudo Randall J. Bateman

O estudo envolveu quase 500 pacientes dos Estados Unidos da América, Austrália e Suécia, e provou ser 93% exato. Esta percentagem significa que o teste poderá revolucionar a forma como as análises sobre a presença e progressão da doença de Alzheimer são realizadas.

Contrariamente às alternativas que existem atualmente, que são demasiado caras, este novo teste sanguíneo custaria apenas 500 dólares e poderia ser concluído em menos de seis meses. Além disso, o estudo refere que, independentemente do laboratório e dos protocolos, o teste permanece altamente exato.

    -Estes resultados sugerem que o teste pode ser útil na identificação de pacientes não deficientes que possam estar em risco de demência futura, oferecendo-lhes a oportunidade de se inscreverem em ensaios clínicos quando a intervenção precoce tem potencial.

Concluiu Bateman.



Fonte: pplware.sapo.pt            Link: https://pplware.sapo.pt/ciencia/novo-teste-sanguineo-deteta-alzheimer-com-93-de-exatidao/
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Re: Alzheimer
« Responder #74 em: 28/08/2022, 14:12 »
 
Alzheimer. A descoberta da Universidade de Coimbra que pode revolucionar o combate à doença

MARIA MOREIRA RATO
24/08/2022 17:44



Fonte de imagem:  © Dreamstime

O neurocientista e professor catedrático Miguel Castelo-Branco, da UC, liderou a equipa multidisciplinar que fez uma descoberta que pode auxiliar a luta contra esta patologia.

Um hotspot triplo de patologia cerebral na doença de Alzheimer: eis a mais recente descoberta de uma equipa multidisciplinar de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) e do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), coordenada por Miguel Castelo-Branco (UC) e por Isabel Santana (CHUC).

Sabe-se, desde já, que este avanço poderá ter implicações importantíssimas em terapias futuras, na medida em que os investigadores identificaram um alvo cerebral de alteração precoce, relacionado com a perda de memória.

“É triplo porque usámos três técnicas que são muito importantes, como medir a amiloide – fomos os primeiros a instituir essa técnica e no diagnóstico da doença de Alzheimer instituímos isto e temos doentes que vêm de todo o país e participamos até em consórcios internacionais. As técnicas de imagem entraram, na última década, no estudo desta doença porque espelham aquilo que se passa no cérebro”, começa por elucidar Miguel Castelo-Branco, investigador da Faculdade de Medicina e do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da Universidade de Coimbra, em declarações ao i.

“Ninguém sabe, apesar de muita investigação e muito investimento, o cerne desta doença. Temos também uma técnica molecular para medir a neuroinflamação porque se diz que, na verdade, a doença de Alzheimer é provocada por um processo de inflamação. E temos outra técnica que passa por entender como é que o cérebro reage quando está a executar tarefas cognitivas. Estávamos a estudar fases precoces porque as pessoas ainda conseguem colaborar connosco”, justifica o investigador, reconhecendo que, “normalmente, são feitos estudos em repouso, as pessoas não estão a fazer nada, e são os mais fáceis”.

“Na nossa opinião, é um viés que a comunidade tem porque temos de dar tarefas às pessoas para que as executem. É nessa fase que se deve atuar. Podemos testar fármacos numa fase em que podem ser eficazes. Uma pessoa que andou a vida toda a formar placas de aterosclerose, por exemplo... Pode haver fármacos eficazes que não são testados na altura certa! Podemos fazer esta analogia. Esta é uma região muito importante porque é pivô nos circuitos de memória e navegação. Esta região está conectada ao hipocampo e faz parte do monte da Lua, quando estamos a divagar, mind wondering em inglês”, explicita o docente universitário que liderou a equipa que estudou a região cerebral identificada como cíngulo posterior e que demonstra, em fases muito iniciais da doença de Alzheimer, alterações tripartidas únicas: inflamação neuronal, acumulação de amiloide e atividade neuronal aparentemente compensatória.

“Vemos esta tripla conjugação – inflamação, acumulação da amiloide e ativação excessiva nesta região – e o que é curioso é que esta área é hiperativa. Quando as células ainda estão em sofrimento, mas ainda funcionam, ativam mais do que as de uma pessoa saudável. Vimos isto noutros estudos acerca de outras doenças e, antes de entrar em falência, acontece isto. Esta hiperativação sugere que estes neurónios ainda são funcionais. Achamos que é importante estudar isto em fases precoces. Entra na linha, não diria da medicina preventiva... Mas tentamos desenvolver investigação para ajudar o mais precocemente possível. Fazemos ensaios clínicos, estou ligado à Universidade de Coimbra, sou professor. Trabalho em várias frentes, tal como os meus colegas”, declara Miguel Castelo-Branco, que desempenha funções enquanto investigador coordenador desde 2008.

“Mesmo a questão da amiloide, posso fazer uma analogia com os depósitos de cálcio nas artérias: contam-nos a história de lesões antigas, não quer dizer que estejam ativas. A amiloide pequenina é, se calhar, aquela que é mais neurotóxica. Não estou a dizer que não se possa fazer nada em fases avançadas da doença, mas aquilo que parece mais viável é procurar fármacos que funcionem numa fase inicial”, reflete o Professor Catedrático que, para além de dar aulas em Coimbra, já lecionou na Universiteit Maastricht, nos Países Baixos.

Doença é responsável por 7% dos anos de vida perdidos por morte prematura Como o i já havia noticiado, em setembro do ano passado, há apenas quatro anos, 6.275 mortes, em Portugal Continental, foram atribuídas à demência. Destas, 1.629 diziam respeito à doença de Alzheimer. Estes dados foram apurados a partir dos Certificados de óbito na Plataforma da Mortalidade da Direção-Geral da Saúde, pela equipa que levou a cabo o estudo Custos anuais com a Doença de Alzheimer equivalem a 1% do PIB português cujos resultados foram ontem divulgados.

O Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência (CEMBE) da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa uniu esforços com a Biogen, empresa de biotecnologia pioneira na área das Neurociências, e, tendo em conta o elevado número de óbitos que a Alzheimer origina em território nacional, percecionou que esta patologia é atualmente responsável por cerca de 7% do total de anos de vida perdidos por morte prematura, sendo este impacto superior nas mulheres, com uma percentagem de 7,6%, enquanto os homens alcançam apenas 6,4%.

Não existem estimativas portuguesas representativas a nível nacional para a prevalência da patologia, sendo que os investigadores selecionaram uma que considerasse os dados da literatura quanto à proporção de Alzheimer no conjunto das demências e as estimativas de prevalência das mesmas. Deste modo, acreditam que, nas faixas compreendidas entre os 65 e os 80 ou mais anos, são as mulheres que mais são afetadas (13,61% de doentes com Alzheimer no universo da demência), enquanto a prevalência é menor naquelas entre os 65 e os 69 anos. (1,76%). No caso dos homens, as percentagens variam entre os 1,76% e os 12,75%, escalando esta à medida que avançam na terceira idade.

Por outro lado, o estudo revelou que a Alzheimer foi responsável por 45.754 anos perdidos por incapacidade, mais de dois terços dos gerados pela Aterosclerose. Tal como no caso das mortes, em que as mais afetadas são as mulheres, também são estas que mais anos perdem por incapacidade (60%).

Os autores tentaram colmatar a lacuna da apuração do universo de portugueses que padecem desta doença e calcularam que, aproximadamente, 36.789 vivem com demência ligeira, 59.245 com demência moderada e 47.300 com demência grave. Ou seja, perfazendo um total de 143.334 doentes. Portanto, em Portugal, existem cerca de 194 mil pessoas com variadas demências, das quais 60% a 80% são casos de Doença de Alzheimer – perto de 145 mil.

Naquilo que diz respeito aos custos, a sociedade investe cerca de 2 mil milhões de euros, todos os anos, nesta doença, sendo a maioria das despesas referentes a custos diretos não médicos, tais como cuidadores informais, cuja despesa ronda os 1.1 milhões de euros – ainda na segunda-feira, os prazos para a entrega de documentos para o processo de reconhecimento e de manutenção do estatuto do cuidador informal foram alargados até 30 de novembro, segundo uma portaria publicada – e apoios sociais, que correspondem a um custo anual de cerca de 551 milhões, equivalente a uma despesa média anual de cerca de 3.800 euros por doente.

Além disto, são necessários os dispositivos de apoio – cadeiras de rodas e apoios à marcha –, os acessórios para cuidado – fraldas, luvas, resguardos e toalhitas – , as adaptações físicas do domicílio, os apoios sociais – Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e apoio a doentes no domicílio por meio de transportes. As despesas anteriormente mencionadas podem ser superiores em caso de doença mais grave.

Relativamente aos custos médicos, que constituem 11% do total dos custos anuais associados à Alzheimer, estes dizem respeito ao internamento, ambulatório – a maior fatia da fatura –, diagnóstico, seguimento, tratamento de reabilitação e tratamento farmacológico cujo total estimado é de cerca de 166 milhões de euros, isto é, um custo médio anual por doente ronda os 1.700 euros.

A doença de Alzheimer é de cariz neurológico progressivo e o tipo de Demência mais frequente. Uma das componentes principais da mesma é a acumulação progressiva de placas da proteína beta-amilóide no cérebro, que acaba por comprometer a ligação entre as células cerebrais e, consequentemente, deteriora as mesmas, conduzindo à perda de um conjunto de funções cognitivas, como a capacidade de memória, de raciocínio, de linguagem, de concentração, etc. Consoante a perda destas capacidades, dá-se o aumento da dependência dos idosos e, na maioria dos casos, a morte destes.

É por isso que investigações como aquela que foi liderada por Miguel Castelo-Branco assumem um papel cada vez mais relevante. No entanto, existem outras que podem ser referidas. Exemplificando, em fevereiro deste ano, o i lembrou que cerca de 153 milhões de pessoas no mundo terão demência em 2050, ou seja, quase o triplo do estimado para 2019 – 57 milhões. Esta foi uma das conclusões publicadas num estudo divulgado na publicação científica The Lancet Public Health, sendo que o trabalho adianta estimativas do número de adultos com 40 ou mais anos a viverem com demência em 204 países ou territórios diferentes, comparando os anos de 2019 e as projeções de 2050.

Segundo este documento, são quatro os principais fatores de risco: tabagismo, obesidade, hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue) e escolaridade baixa. Em Portugal, serão 351 504 pessoas com demência em 2050, menos do dobro do número previsto para 2019, 200 994. Sabe-se que o tipo mais comum de demência é a Alzheimer que, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, representa 50 a 70% dos casos.

Será que este cenário pode ser evitado? Talvez não totalmente, mas Pedro Miguel Rodrigues acredita que o projeto Neuro SDR, que analisa a atividade cerebral e tem uma taxa de sucesso de 98%, permitirá que esta patologia seja detetada precocemente. “Sempre gostei da área da informática e da saúde. Portanto, quis conciliar esses dois pontos na minha vida profissional. Na altura, havia pouco conhecimento de engenharia biomédica e, a partir do momento em que vi que poderia ajudar as pessoas, decidi fazer isto ao longo do meu percurso académico”, começa por explicar ao i o professor Auxiliar na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. “E agora passo este ‘bichinho’ aos meus alunos”, contava, à época, ao i.

“Funciona em tempo real. A precisão é de 98%, mas uma margem de erro de 2% não pode ser menosprezada”, realçava o investigador, falando da ferramenta. “Nunca houve entraves, os médicos do S. João sempre colaboraram muito bem connosco”, diz o professor cujas áreas de interesse e investigação focam-se na aplicação de técnicas de processamento de sinal/imagem e de inteligência artificial no diagnóstico automático de doenças neurodegenerativas, cardíacas e da fala e na monitorização em tempo real de cicatrização de feridas.

“Nada nos serve ter 98% de precisão se não tivermos uma interface limpa e rápida: está muito ‘à engenheiro’ e precisamos de parceiros tecnológicos. Quanto maior o financiamento, mais fácil será chegarmos ao mercado”, finalizava o engenheiro que esperava obter resultados promissores na deteção de sinais de outras doenças que afetam o sistema nervoso central, apostando, para tal, na inteligência artificial que tantos frutos tem dado, alinhando-se com Miguel Castelo-Branco.

“Esta descoberta no cérebro humano foi demonstrada in vivo, por meio de um conjunto de técnicas avançadas de imagem funcional e cerebral: o PET duplo (que mede, no mesmo doente, neuroinflamação e deposição de amiloide) e a ressonância magnética funcional para medir a atividade cerebral em tarefas de memória. Pois, como referi anteriormente, a área do diagnóstico por imagem tem vindo a ganhar território”, refere Castelo-Branco, abordando a investigação que coordenou e que poderá ser conjugada com outras como a de Pedro Miguel Rodrigues. “A maior parte das medidas que temos são mitigadoras: não atuam na causa. E não é só na doença de Alzheimer, há mais, como a área do autismo”.

“Por exemplo, temos vindo a desenvolver jogos para assisted living (jogos cognitivos). A nossa teoria é de que a tecnologia pode ajudar. Se não podemos ter um terapeuta a cem por cento do tempo, podemos ter outras formas. Temos uma abordagem muito holística!”, declara. “No caso do autismo temos vários papers publicados (sobre pessoas com autismo a usar transportes públicos com o auxílio destas ferramentas), no caso da doença de Alzheimer temos várias coisas em preparação. Isto acaba por envolver sempre empresas. É preciso investimento ou até ter alunos de doutoramento que queiram criar empresas”, observa. “Temos alguma experiência, mas vemos que é complicado. No autismo, os pais gastam rios de dinheiro, mas no caso das doenças neurodegenerativas é mais complicado ainda porque as pessoas não têm meios financeiros”.

Miguel Castelo-Branco contou, no âmbito desta investigação, com Nádia Canário e Lília Jorge, primeiras autoras do estudo, e Ricardo Martins, investigadores do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde da UC, sendo que os resultados deste trabalho estão disponíveis no artigo científico “Dual PET-fMRI reveals a link between neuroinflammation, amyloid binding and compensatory task-related brain activity in Alzheimer’s disease”, publicado na revista Communications Biology.






Fonte: ionline.sapo.pt                     Link: https://ionline.sapo.pt/artigo/779435/alzheimer-a-descoberta-da-universidade-de-coimbra-que-pode-revolucionar-o-combate-a-doenca?seccao=Portugal_i
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