Aveiro: Invisuais navegam à vela Um grupo de cegos e amblíopes navegou à vela, ontem, na Ria de Aveiro, convidados pelo Sporting Clube de Aveiro Um cego consegue navegar sozinho à vela e até participar em competições? Pode e esse é um objectivo do Sporting Clube de Aveiro (SCA) que iniciou ontem uma “nova vida”, disse ao Diário de Aveiro o director da academia do clube, Nuno Silva, enquanto acompanhava um grupo de invisuais e amblíopes, numa manhã que marcou o arranque deste projecto náutico designado por “Vela sem limites” na Ria. Com equipamentos específicos, é possível realizar competições à vela para invisuais ou ambliopes, o que já acontece noutros países. Mas chegar a este ponto é um objectivo que já está apontado pelo SCA para o próximo ano. É um “trabalho demorado, não é fácil e estamos a aprender”, afirma Nuno Silva. E é também dispendioso.
“Vela sem limites” é um “projecto de vela adaptado” aberto a pessoas com mobilidade condicionada. O desporto adaptado já está em curso na secção de natação do clube e, além da vela, poderá suceder a canoagem.
Nesta fase, o clube conta com a colaboração da Universidade de Aveiro e da sua Associação Académica. Mas Nuno Silva pretende ter mais parceiros, como a Administração do Porto de Aveiro (APA) ou a Câmara Municipal, além de mecenas, entre “empresas socialmente responsáveis”. No clube conta com um “grupo forte e dinâmico”, entre velejadores, familiares, treinadores e voluntários. No fundo, é “cumprir um dever de ser um clube aberto”, explica.
O SCA quer ser um “clube inclusivo” e é também nesse sentido que se encontra em construção um novo espaço das instalações do clube, na margem do canal principal de Navegação, junto à antiga Lota.
IN diarioaveiro