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Autor Tópico: Cancro Geral  (Lida 45441 vezes)

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Offline Sardinha

Cancro Geral
« em: 21/08/2015, 12:41 »
 
Importância do conhecimento para uma decisão informada no Mieloma Múltiplo

21/08/2015 - 03:28

O MM, por ser uma doença pouco frequente, raramente é encontrada ao nível dos cuidados de saúde primários.


O Mieloma Múltiplo (MM) é uma doença maligna rara que afeta os plasmócitos (células sanguíneas), encontradas na medula óssea, local de produção dos constituintes do sangue.

Em condições normais, os plasmócitos representam uma pequena percentagem (menos de 5%) de todos os constituintes da medula óssea. No MM, os plasmócitos aumentam em número, de forma descontrolada, sendo responsáveis pela produção de inúmeras proteínas malignas, em vez de produzirem anticorpos benéficos para o combate de infeções. Muitas vezes, esta doença é detetada através dos elevados valores apresentados pelas proteínas anómalas.

Este tipo de doença maligna representa cerca de 1% de todos os tipos de cancro e aproximadamente cerca de 10% de todas as doenças malignas hematológicas (doenças que afetam as células do sangue). O MM ocorre mais frequentemente entre os 50 e os 70 anos, com um pico de incidência entre os 60 e os 65 anos. Apenas em 3% dos casos o doente apresenta uma idade inferior a 40 anos. O sexo masculino é o mais afetado, embora a diferença não seja muito significativa.

As causas para o aparecimento do MM ainda não foram estabelecidas, sendo que se acredita que existem alguns fatores que tornam o doente mais suscetível para o aparecimento deste tipo de doença, nomeadamente fatores genéticos e agentes ambientais.

Os sintomas mais comuns associados a este tipo de cancro são: dor óssea intensa e/ou prolongada, fraturas ósseas, anemia (baixa concentração de glóbulos vermelhos no sangue), trombocitopenia (baixa concentração de plaquetas no sangue), hemorragias, infeções repetidas, insuficiência renal e fadiga.

O tratamento do MM deve ser decidido em equipa multidisciplinar e depende de diversos fatores, nomeadamente da evolução da doença e estado geral do doente. Para que a melhor terapêutica seja escolhida, é importante que todas as dúvidas dos doentes sejam esclarecidas, relativamente aos procedimentos envolvidos em cada opção de tratamento, assim como os seus efeitos secundários.

Até aos dias de hoje, ainda não existe cura para este tipo de doença maligna, isto é, não existe um tratamento que consiga fazer desaparecer o Mieloma Múltiplo para sempre. Mas existem diversas terapêuticas que permitem controlar este tipo de cancro, através da sua regressão e consequente estabilização da doença. Entre essas terapêuticas encontram-se: a quimioterapia oral, a radioterapia para o alívio da dor óssea localizada e auto-transplante de medula óssea.

Num período relativamente curto, muitas decisões terão que ser tomadas relativamente a que tipo de opção terapêutica adotar. Enquanto alguns doentes poderão optar por um tratamento mais agressivo, para combater o seu MM, outros irão preferir um tratamento menos agressivo mas que poderá proporcionar uma melhor qualidade de vida. Desta forma, é crucial que os cuidados de saúde, oferecidos aos doentes com MM, sejam adaptados a cada doente de acordo com as suas necessidades individuais.

A comunicação entre o médico e o doente deve ser eficaz, para que sejam estabelecidos objetivos realistas e a curto-prazo e, que possam ser constantemente reavaliados e ajustados. Uma das primeiras necessidades do doente consiste na obtenção de informação referente à sua doença. Esta informação deve ser simples, adequada a cada situação e/ou estado da doença e disponibilizada no momento certo. Cada vez mais, os doentes devem tornar-se mais proactivos, para desenvolverem a confiança e o conhecimento necessário à procura de uma segunda opinião ou para terem conhecimento da existência de centros de tratamento especializados. O MM por ser uma doença pouco frequente, raramente é encontrada ao nível dos cuidados de saúde primários e, desta forma, é deveras importante que os doentes tenham conhecimento de toda a informação disponível e de todas as organizações que tem como missão o apoio a esses mesmos doentes. Desta forma, os doentes com Mieloma Múltiplo conseguem tornar-se numa parte ativa na gestão da própria doença.

Uma participação activa e informada de todos os que têm um papel nas áreas da saúde e investigação, que contribua para o aumento do conhecimento do MM, do seu diagnóstico e do seu tratamento, com o intuito de melhorar a vida dos doentes, através de estratégias e tecnologias inovadoras que permitam uma intervenção mais eficaz, integral e com resultados para as pessoas com MM, pode conduzir a uma mudança positiva e efectiva do paradigma e das respostas em saúde.

Isabel Leal Barbosa, Associação Portuguesa de Leucemias e Linfomas

Sofia Sá Cardoso, Associação Portuguesa Contra a Leucemia


Fonte: Publico
« Última modificação: 28/09/2015, 14:38 por migel »
 
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Offline pantanal

 
Anticoncepcionais podem ajudar na prevenção de câncer no endométrio
    [/list]

    Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), apesar de pouco conhecido, o número de novos casos do câncer de endométrio no Brasil em 2014 foi de 5.900 a cada 100 mil mulheres. A doença, que é muitas vezes assintomática, costuma ser descoberta durante exames de rotina. Para Isabela Barboza, ginecologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho, um dos fatores que têm contribuído para a diminuição desse tipo de câncer é algo comum na vida de muitas mulheres: a pílula anticoncepcional.


    Fonte: R7
     

    Online migel

     
    Cancro: Investimento de 87 mil milhões de euros garante radioterapia para todos

     

    Um investimento entre 87 mil e 165 mil milhões de euros poderia fazer com que o tratamento do cancro através da radioterapia salvasse milhões de vidas até 2035, refere um estudo revelado hoje.

    Segundo um estudo publicado no The Lancet Oncology e apresentado no Congresso Europeu do Cancro de 2015, em Viena de Áustria, citado pela AFP, se os países de baixo e médio rendimento tivessem acesso maciço à radioterapia, seria possível salvar «cerca de 27 milhões de anos de vida» a pacientes com cancro.

    Tal situação, refere o documento, traria um benefício económico entre 248 mil e 326 mil milhões através da poupança em tratamentos de saúde e maior produtividade.



    Diário Digital / Lusa
     

    Online migel

    Re: Cancro Geral
    « Responder #3 em: 28/09/2015, 14:40 »
     
    IPO recebe certificação da Sociedade Europeia de Oncologia Médica



    O Instituto Português de Oncologia (IPO) é a partir de hoje reconhecido como Centro Integrado de Oncologia e Cuidados Paliativos, uma certificação da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) que atesta a qualidade dos serviços do hospital.


    O anúncio das novas instituições certificadas, sendo o IPO o primeiro hospital do Serviço Nacional de Saíde a obter aquele certificado de qualidade, é feito numa sessão especial sobre centros integrados de oncologia e cuidados paliativos no âmbito do Congresso Europeu do Cancro.

    O Congresso, que decorre em Viena, na Áustria, começou na sexta-feira e termina na próxima terça, estando o IPO representado pelo oncologista João Freire (que liderou a candidatura do IPO à certificação) e por Madalena Feio, coordenadora da Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos.

    A distinção, disse fonte do IPO à Lusa, é uma garantia de que os serviços prestados estão de acordo com os protocolos da ESMO.

    O Instituto explica também que para a certificação foi necessário apresentar uma candidatura, que foi analisada por peritos de vários países. Os candidatos têm de preencher requisitos relacionados com qualidade mas também com a filosofia dos cuidados.

    "Em oncologia, os cuidados paliativos devem ser prestados de forma integrada com os tratamentos dirigidos ao cancro e devem estar disponíveis ao longo de toda a trajetória da doença, não apenas no fim da vida, sendo extensíveis à família", diz João Freire num comunicado divulgado pelo IPO.

    No IPO os cuidados paliativos são prestados pelo Serviço de Oncologia Médica (médicos, enfermeiros e assistentes sociais com formação específica além da especialização oncológica) e pela equipa de Madalena Feio (médico, enfermeiros, psicóloga e assistente social). Na pediatria há um programa específico do mesmo género.

    "O doente oncológico é paradigmático na sua necessidade de cuidados paliativos na fase de doença avançada, pela elevada prevalência de sintomas e pelo sofrimento físico, psicológico e espiritual, tanto do próprio doente como dos seus familiares", segundo Madalena Feio, no mesmo comunicado, a propósito da importância dos cuidados paliativos.

    O programa de acreditação da ESMO começou em 2003 e desde então já certificou 172 centros (incluindo países de fora da União Europeia). Em Portugal já tinham sido distinguidas duas instituições, o Centro Clínico Champalimaud e a Unidade de Oncologia e Cuidados Paliativos do Hospital da Luz.

    Diário Digital com Lusa
     

    Offline Pantufas

    Re: Cancro Geral
    « Responder #4 em: 25/10/2015, 11:01 »
     
    Cancro: Não culpe a carne vermelha, culpe o chocolate


    Contrariamente à crença comum de que a carne vermelha provoca cancro no intestino, um especialista vem alertar que “não há provas disso” e sugere que a culpa é do açúcar.


    Somo constantemente aconselhados a não comer carnes vermelhas em excesso, uma vez que podem provocar cancro no intestino mas, afinal é mais provável que fique com cancro colorretal por comer muito açúcar.
    PUB

    Roger Leicester, cirurgião colorretal no St George's Hospital, em Londres, e diretor do SW London Bowel Cancer Screening Programme, sublinha que não há “provas” que relacionem a ingestão de carne vermelha com o risco de sofrer de cancro colorretal.

    E vai mais longe dizendo que “o chocolate – cheio de açúcar e gordura – é um culpado mais provável no que toca ao cancro”, cita o Daily Mail.

    Apesar de se recomendar que o consumo de carnes não ultrapasse os 70g por dia, Roger Leicester sublinha que a “carne tem sido injustamente demonizada”. Além disso, diz que “é sabido que cortar na carne vermelha provoca défice de ferro.”

    Quanto ao facto de achar que o chocolate representa um risco maior do que a carne vermelha no que toca ao cancro, Leicester sublinha que “as altas ingestões de açúcar e gorduras saturadas são um problema mais, mas ninguém nunca sugere que deve ‘desistir’ do chocolate, que carregado de gordura. Isso seria demasiado impopular.”


    Noticias ao minuto
     

    Offline Claram

    Re: Cancro Geral
    « Responder #5 em: 09/11/2015, 11:47 »
     
    Investigadores desenvolvem lasers que detetam proteína ligada ao cancro


    A Universidade de Alicante e o centro tecnológico IK-4-Tekniker de Eibar desenvolveram lasers baseados num material plástico, com os quais conseguiram, pela primeira vez no mundo, detetar no sangue uma proteína relacionada com a presença de diversos tipos de cancros.

    Esta descoberta de interesse médico, realizada em colaboração com um centro tecnológico do País Basco, foi publicada há umas semanas na revista internacional "Sensors and Actuators B: Chemical", uma das primeiras publicações científicas na área da química analítica, e é fruto de um projeto de investigação financiado pelo Governo.

    Os médicos levam tempo "tentando descobrir a maneira de se poder detetar" esta proteína, ligada à presença de "diversos tipos de cancro" e chamada ErbB2, existente em concentrações muito pequenas no sangue, disse à EFE a responsável do projeto na Universidade de Alicante (UA), a catedrática de Física Maria A. Díaz García.

    "Quando uma pessoa já tem um tumor cancerígeno, a concentração da referida proteína é maior do que 14 nanogramas por milímetro (ng/ml)", pelo que " o correto é tentar medir concentrações de ErbB2 abaixo do limite dos 15 ng/ml", para assim detetar a doença em estádios iniciais e travar o seu desenvolvimento com um tratamento atempado, explicou.

    Precisamente, a importância do novo dispositivo, em cujo desenvolvimento participou também o centro tecnológico IK-4-Tekniker, de Eibar (Guipúzcoa), radica na sua sensibilidade para medir a ErbB2 no sangue em concentrações muito pequenas (14 ng/ml).

    A sensibilidade que estes lasers têm capacita-os para detetar o cancro em estádios muito precoces, ou seja, antes de aparecerem os tumores, segundo a investigadora, que lidera o Grupo de Eletrónica e Fotónica Orgânica da UA, pertencente ao Departamento de Física Aplicada e ao Instituto Universitário de Materiais.

    "Existem algumas técnicas que permitem ter uma maior sensibilidade do que a dos nossos lasers e detetar essa proteína, mas são mais complexas e, em todo o caso, este trabalho foi apenas uma primeira demonstração que, sem dúvida, se pode ser melhorado", disse Maria Díaz García.

    Em comparação com outros dispositivos já existentes para a mesma função, a técnica desenvolvida pela UA e pelo centro tecnológico basco é sensível e pode ser reutilizável por ser feito com material de plástico, destacou.

    Diário Digital com Lusa
     

    Offline Pantufas

    Re: Cancro Geral
    « Responder #6 em: 13/01/2016, 11:09 »
     
    10 Tipos de Cânceres Entre os 22 Mais Comuns Podem Estar Relacionados à Obesidade e ao Sobrepeso

       


        Fonte/Autoria.: Carla Navarro


    A obesidade e o sobrepeso podem acarretar diversos problemas de saúde como hipertensão, diabetes tipo 2, problemas ortopédicos severos, entre outros. No entanto, uma nova constatação evidenciou ainda mais a relação entre o sobrepeso e o desenvolvimento de doenças. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgou recentemente a estimativa de 596.070 mil novos casos de câncer para 2016 e indicou a obesidade como principal fator de risco para 10 tipos entre os 22 mais comuns, como mama, próstata, cólon e reto, ovário, esôfago e endométrio. O nutricionista Gabriel Cairo Nunes ressalta que este fator demonstra a importância das pessoas se manterem no peso ideal, de acordo com o Índice de Massa Corporal (IMC). “O peso ideal e hábitos saudáveis são essenciais para a prevenção de doenças. Nos casos de pacientes já obesos, há estudos que comprovam a eficácia da cirurgia bariátrica como solução para as comorbidades, além de proporcionar a perda de peso”, ressalta o nutricionista.
     
    Outro ponto positivo da cirurgia é que ela promove qualidade de vida aos pacientes tanto no meio social, quanto no psicológico e, com isso, pode reduzir a incidência de uma grave doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, um estudo realizado na Universidade da Califórnia e o Moores Cancer Center apontou que o risco de uma mulher ter câncer de útero diminui de 71% a 81%, com a cirurgia bariátrica. “A obesidade e o sobrepeso acarretam o sedentarismo e a baixa auto-estima, que quando relacionados a alta ingestão de alimentos industrializados e de baixa relevância nutricional destes alimentos, deixam o corpo mais suscetível as doenças”, esclarece Gabriel.
     
    A cirurgia de redução do estômago é o método mais usado no Brasil para tratamento de pessoas obesas com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 35 kg/m2 associado a alguma comorbidade ou superior a 40 kg/m2 sem apresentar comorbidade.
     
    Sobre o nutricionista Gabriel Cairo Nunes
     
    Pós graduado, entre outras especializações, em Obesidade e Emagrecimento, Cirurgia da Obesidade e Fisiologia do Emagrecimento, o Dr. Gabriel atende em dois conceituados consultórios: um na cidade de São Paulo e outro em Araraquara. O nutricionista atende, também, no Hospital das Clínicas, além de possuir um livro de sua autoria, chamado “O balão que Emagrece”.


    Fonte: http://www.segs.com.br/saude/74961-10-tipos-de-canceres-entre-os-22-mais-comuns-podem-estar-relacionados-a-obesidade-e-ao-sobrepeso.html
     

    Offline Claram

    Re: Cancro Geral
    « Responder #7 em: 28/01/2016, 11:27 »
     
    HOT TOPICS IN PROSTATE CANCER –


    no dia 28 de Janeiro de 2016

    No passado dia 16 de janeiro, o Centro Académico de Medicina de Lisboa acolheu a reunião“Hot Topics in Prostate Cancer”, que teve como objetivo a revisão dos recentes avanços nestapatologia e discutir a sua aplicação na prática clínica.Esta reunião científica com “Expert meeting” foi organizada pelo Serviço de Oncologia do CHLNtendo como “host” o Professor Doutor Luís Costa, Professor na Faculdade de Medicina daUniversidade de Lisboa, Diretor da Unidade de Investigação de Oncologia Clínica Translacionalno Instituto de Medicina Molecular e Diretor do Departamento de Oncologia no CentroHospitalar de Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria.

    O programa incluiu palestras realizadas por um painel de palestrantes internacionais derenome, especialistas na área de cancro da próstata, que discutiram o estado da arte notratamento desta patologia. A este painel associaram-se médicos portugueses, oncologistas eurologistas, que moderaram as diferentes sessões e apresentaram casos clínicos reais paradiscussão.Enrique Grande, do hospital Ramón y Cajal, focou a sua apresentação na importância da via desinalização do recetor de androgénio no cancro da próstata, e nas abordagens terapêuticasdirigidas a esta via que demonstraram melhorias na sobrevivêcia global em doentes comCPRCm, em progressão sobre ADT (terapêutica de privação androgénica). Estes resultadosreforçam a importância da via que activa o recetor de androgénio na doença avançada.

    Cora Sternberg, Diretora do Departamento de Oncologia do Hospital San Camillo-Forlanini emRoma, discutiu o papel da quimioterapia no cancro da próstata avançado. Durante a suaapresentação, referiu três estudos clínicos recentes que permitem concluir que a terapêuticacom docetaxel tem vantagem nos doentes hormonosensíveis com elevado volume da doença ealto risco. Dados recentes sugerem que estas conclusões poderão vir a ser também aplicáveispara os restantes grupos em análise. No entanto, e segundo Cora Sternberg, o cancro dapróstata é uma doença extremamente heterógenea pelo que se deve analisar criticamentequais os doentes que podem ou não beneficiar precocemente da quimioterapia. Nestecontexto, é importante enquadrar os recentes resultados dos estudos apresentados, com adoença e com o doente. Estes resultados devem apontar para o uso da quimioterapia up-frontnão em todos os doentes mas em doentes seleccionados, seguindo o princípio Hipocrático:“First do no harm”.Karim Fizazi, do Institut Gustave Roussy, focou a sua intervenção na árvore de decisão e napersonalização do tratamento nos doentes com cancro da próstata metastático, incluindo osmais recentes avanços terapêuticos na prática clínica. Referiu a importância dos estudos comparativos na decisão terapêutica mas sublinhou ainda a importância do envolvimento dodoente nesta decisão.Eleni Efstahiou, do MD Anderson Cancer Center, Texas, abordou a importância de seidentificarem biomarcadores que permitam selecionar os doentes que mais beneficiam de cadatratamento e mostrou alguns dos resultados já disponíveis e publicados.Após cada uma das três primeiras palestras, foi apresentado um caso clínico relacionado com otema discutido, que desafiou os participantes a discutir quais as melhores opções para cadacaso, à luz dos mais recentes avanços científicos.O Expert Meeting teve o apoio de uma unrestricted grant da farmacêutica Astellas Farma.


    Fonte: PCD
     

    Offline Claram

    Re: Cancro Geral
    « Responder #8 em: 06/02/2016, 11:18 »
     
     O cancro da tiróide é cada vez mais frequente. Conhece os sintomas e mantem-te alerta!
       


    É um dado muito alarmante, mas é a realidade! E representa muito bem o que tem acontecido ultimamente. Pois o número de casos de cancro da tiróide tem aumentado de uma maneira alarmante por todo o mundo!

    Um dado alarmante, mas que representa muito bem o que acontece ultimamente, é o número crescente dos casos de cancro de tiróide.
    As pesquisas mais recentes sugerem que esse crescimento pode ser devido ao excesso de investigação, fazendo com que haja uma maior incidência nos diagnósticos. Porém, alguns especialistas alertam que estas investigações geram erros de diagnósticos de tumores inofensivos.
    Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos, de 1994 para cá, o número de casos duplicou, enquanto na Coreia do Sul houve um aumento em até 15 vezes nos últimos 20 anos.
    É interessante observar que estão a ser feitos muito mais exames de ultrassom de tiróide para rastreamento do cancro, com isso aumentando também o número de diagnósticos, porém, a taxa de mortalidade se mantém baixa e/ou inalterada.
    Sabemos que a detecção precoce ajuda a salvar vidas, o que consequentemente fariam as taxas de mortalidade cair, fato este que não está a acontecer.
    Ou seja, trata-se mais cancro, porém o tipo errado, o não perigoso. Tratam-se tumores benignos que na verdade nem precisam de tratamento, pois apresentam um crescimento lento e nunca causam problemas.
    Cerca de 30% das pessoas morrem com pequenos tumores de tiróide, o que não significa que o problema seja a causa mortis. O tipo de tumor mais encontrado nesses casos é o cancro papilar de tiróide, tido como o menos agressivo.
    O procedimento cirúrgico e o tratamento do tumor pode levar a diversos problemas de saúde; o paciente pode ser levado a tomar hormonas de tiróide para sempre e, na pior das hipóteses, sofrer uma lesão acidental nas cordas vocais e/ou de glândulas paratiroides.
    Doença na tiroide


    Apesar de na verdade não aumentar o número cancro, por outro lado a incidência de doenças na glândula tem sido muito frequente actualmente. Entre elas está o hipotiroidismo, mais frequente em mulheres na faixa etária de 35 a 65 anos de idade. Estima-se que 1 a cada 4 mulheres apresente o problema, correspondendo a 25% de incidência.
    Sinais e sintomas
    As hormonas da tiróide são os responsáveis pela regulação do metabolismo e do peso corpóreo, controlando a queima de gordura, geração de energia e de calor. Sendo assim, a alteração nesta hormonas promovem sintomas que se manifestam de diversas formas, entre elas:

        cansaço, falta de energia
        extremidades frias e intolerância ao frio
        dores musculares e/ou articulares
        depressão
        ganho de peso
        memória diminuída, dificuldade de concentração
        distúrbios menstruais
        queda de cabelo
        pele seca, flácida e cabelo fino, quebradiço
        constipação
        comprometimentos da fertilidade
        instabilidade emocional
        bradicardia
        aumento do LDL colesterol (mau)
        aumento de risco cardíaco

    Caso apresentes estes sintomas, conversa com o teu médico.
    Factores que podem causar a disfunção da tiroide
    Muito se fala sobre a disfunção da tiroide, mas quase nada se comenta sobre os factores causadores do problema. Sendo assim, fica atento aos seguintes factores:

        Medicações: barbitúricos, medicações para reduzir o colesterol, drogas antiepiléticas, beta bloqueadores e esteroides;
        Dominância de estrogénio subjacente: corrigir a parte estrogénica;
        Metais pesados (intoxicação): algo frequente e mal avaliado;
        Consumo de soja: a soja inibe a função tiroidiana, portanto deve ser evitada.

    Além disso, é preciso ter uma atenção especial ao componente emocional, pois a doença de tiroide é potencializada frequentemente por esse factor.
    Pessoas quem têm uma relação desequilibrada com o tempo, ou seja, nunca têm tempo suficiente para nada, ou que correm contra o tempo, acabam por causar exaustão da glândula adrenal, que promove distúrbios de tiróide.
    Referências Bibliográficas:
    New England Journal of Medicine 2014; 371:1765-1767
    Clinics in Geriatric Medicine, May 1995;11(2):231-238.
    J Toxicol Environ Health, 2002;65(Part A):649-654
    Cleveland Clinic Journal of Medicine, May-June, 1995;62(3):184-192.
    New Zealand Medical Journal May 24, 1995, p. 318



    Fonte: http://www.muitofixe.pt/cancro-da-tiroide-e-cada-vez-mais-frequente-conhece-os-sintomas-mantem-te-alerta/
     

    Offline rui sopas

    Re: Cancro Geral
    « Responder #9 em: 03/10/2016, 15:46 »
     
    Cancro do pulmão: diurético torna tratamento mais eficaz

    no dia 03 de Outubro de 2016

    Um fármaco utilizado no controlo da pressão arterial e retenção de fluidos pode tornar mais eficaz um tipo de tratamento contra o cancro do pulmão, sugere um estudo publicado na revista "Cell Discovery".

    No estudo, a equipa liderada pelos investigadores do Imperial College London, no Reino Unido, e da Universidade da China, analisou o erlotinib, que pode ser utilizado para tratar 10 a 30% dos pacientes com cancro.

    Infelizmente, o fármaco deixa de funcionar em poucos meses, uma vez que as células cancerígenas desenvolvem resistência ao tratamento. Contudo, os investigadores demonstraram que esta resistência poderia ser revertida através da utilização de um diurético, denominado ácido etracrínico.

    Anualmente, quase dois milhões de pessoas em todo o mundo são diagnosticadas com cancro do pulmão. O erlotinib é um fármaco prescrito para cerca de 10 a 30% dos pacientes com cancro do pulmão de não-pequenas células, que  corresponde a 85% de todos os casos de cancro do pulmão.

    Entre os pacientes com este tipo de cancro, quase um em cada três tem uma mutação genética específica nas células cancerígenas. Esta mutação encontra-se num receptor das células cancerígenas que é crucial para o crescimento e sobrevivência da célula. Aos pacientes com esta mutação é prescrito o erlotinib para bloquear este receptor mutado e impedir o crescimento celular.

    Contudo, as células cancerígenas desenvolvem rapidamente resistência aos efeitos letais do fármaco. Apesar de existirem alternativas ao erlotinib, estas sãos mais dispendiosas e podem também deixar de funcionar.

    Estudos anteriores já tinham constatado que em, pelo menos metade dos casos, as células cancerígenas tornavam-se resistentes ao erlotinib através do desenvolvimento de uma segunda mutação. Neste estudo, os investigadores descobriram que esta segunda mutação diminui os níveis de um antioxidante de origem natural, a glutationa.

    O estudo apurou que se os níveis de glutationa aumentassem a resistência ao erlotinib era revertida e o tratamento funcionava novamente. Com base nestes resultados, os investimentos pesquisaram outros fármacos capazes de aumentar os níveis do antioxidante.

    Os cientistas verificaram que o ácido etracrínico, utilizado há mais de 30 anos no tratamento da tumefação, retenção de fluidos e pressão arterial elevada, aumenta os níveis de glutationa. Este antioxidante faz com que os rins removam mais água do organismo, mas também bloqueia a decomposição da glutationa.

    Estudos realizados em ratinhos confirmaram que a utilização do diurético juntamente com o erlotinib revertia a resistência ao fármaco e permitia que este matasse as células cancerígenas.

    Michael Seckl, líder do estudo, conclui que apesar de estes resultados serem preliminares sugerem que a adição de um diurético económico pode aumentar o tempo de utilização do  anticancerígeno erlotinib, fornecendo assim mais opções de tratamento.

    PCD

     

     
     

    Offline Claram

    Re: Cancro Geral
    « Responder #10 em: 27/01/2017, 16:20 »
     
    O cancro do pulmão é o 4º cancro com mais incidência


    no dia 26 de Janeiro de 2017

    No âmbito do Dia Mundial Contra o Cancro, que se assinala a 04 de fevereiro, irá realizar-se no próximo dia 28 de janeiro o evento Inspired Evolution - Novas Terapêuticas no Carcinoma do Pulmão. Em Portugal, o cancro do pulmão é o 4º cancro com mais incidência, logo a seguir do cancro da mama, próstata e cólo-retal. A nível nacional registam-se cerca de 4.000 novos casos por ano e é ainda o responsável pela maior taxa de mortalidade. No entanto, os especialistas acreditam que a taxa de sobrevivência poderá duplicar nos próximos cinco anos.

    O Inspired Evolution, organizado pela farmacêutica Roche, é um evento médico, que reunirá mais de 100 especialistas nacionais e internacionais, que tem como objetivo o debate sobre novas terapêuticas no cancro do pulmão.

    Nos últimos anos tem-se assistido a uma grande evolução no tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas, alcançando-se uma maior sobrevivência com um menor impacto na qualidade de vida dos doentes. Esse feito tem sido conseguido graças à constante investigação procurando soluções terapêuticas inovadoras, personalizadas ao tipo de cancro do pulmão apresentado pelo doente. Exemplo disso são as terapêuticas-alvo dirigidas a moléculas mutadas nas células cancerígenas e a imunoterapia através da qual o sistema imunitário é estimulado, detetando e destruindo as células neoplásicas com maior eficácia.

    Uma das áreas de destaque deste evento é a abordagem feita a esta nova era de tratamentos para o cancro do pulmão, que poderão permitir, num futuro próximo, o aumento da taxa de sobrevivência, mantendo a qualidade de vida.

    Segundo Fernando Barata, Presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, «estes tratamentos são realmente uma viragem no tratamento desta doença, cuja taxa de sobrevivência a cinco anos se situa apenas nos 15% a 18%». Acrescenta ainda que «para tal contribui o facto, do cancro do pulmão ser muitas vezes um cancro assintomático e os doentes chegarem aos especialistas já em estadio avançados e com metástases».


    Fonte: PCD
     

     
     

    Offline Sardinha

    Re: Cancro Geral
    « Responder #11 em: 04/02/2017, 15:28 »
     
    Registo de doentes oncológicos “não vai mudar nada no panorama do cancro em Portugal”

    04 fev, 2017 - 13:36 • Marina Pimentel
    Governo quer criar uma base de doentes oncológicos a nível nacional, mas os especialistas não consideram a medida prioritária.
     

    A criação de um Registo Nacional de Doentes Oncológicos “não vai mudar nada no panorama do cancro em Portugal”, defende o presidente do Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

    José Maria Laranja Pontes admite que “é um sinal de civilidade, até de eficiência, mas não vai mudar as estatísticas de tratamento porque essas têm que ver com recursos humanos e infra-estruturas que, felizmente, já existem nos nossos hospitais diferenciados”.

    A Assembleia da República já aprovou na generalidade a proposta de lei do Governo que cria uma base de dados a nível nacional. A proposta está agora em sede de comissão da especialidade.

    A base de dados vai incluir informação de todos os doentes de cancro diagnosticados e tratados em Portugal, seja em hospitais públicos, seja em instituições privadas. Dela vão constar todos os novos casos, mas também os já estão nos registos regionais que existem desde 1988.

    Laranja Pontes, que coordena o registo do Norte do país, teme que o trabalho feito pelo seu serviço ao longo de 30 anos se perca com a centralização em Lisboa. Cita o caso do Reino Unido, cujo procedimento foi diferente: criou um registo nacional mas “não pôs em causa os registos regionais que existem”.

    O oncologista afirma que, pelo contrário, “em Portugal, parece que só existe o que existe em Lisboa”. “E isso não é verdade. Neste momento o nosso registo é altamente eficiente. Está incorporado em projectos de investigação ao nível europeu. E isso é um activo que não se pode deitar fora porque alguém decidiu fazer mais um investimento centralizado em Lisboa”, defende.

    Também o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, tem dúvidas sobre a necessidade do Registo Nacional de Doentes Oncológicos proposto pelo Governo. E diz que “só por razões políticas” vai ficar em Lisboa, quando se sabe que “a maior e melhor base de dados funciona no Porto”.

    Existem actualmente no Continente três bases de dados regionais. Mas “só a de Lisboa está devidamente registada”, sublinha a secretária-Geral da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).

    Isabel Cruz explica que quando foram criadas, em 1988, “ foram até objecto de um acórdão do Tribunal Constitucional, porque se pretendia regular a matéria através de um decreto-lei (por parte do Governo) quando teria de ser através de uma lei (aprovada no Parlamento), uma vez que se trata de matéria relativa a direitos, liberdades e garantias”. Isabel Cruz adianta que, na altura, “o único registo que foi autorizado foi o de Lisboa “, além de que os outros (Norte e Sul) “têm pouca informação”, embora conste o “nome e a data de nascimento” do doente.

    Na primeira versão da proposta do Governo também constava a identificação do doente oncológico pelo nome e data de nascimento. Mas, depois das advertências feitas pela Comissão Nacional de Protecção de Dados, ficou previsto que conste apenas o número de utente e do processo clínico.

    A CNPD entende que, “por estar em causa informação de elevado valor económico, se cair nas mãos de seguradoras, banca, ou mesmo entidades patronais, pode representar um risco aumentado de discriminação para os doentes oncológicos”. No seu parecer, que é obrigatório mas não vinculativo, propõe que os dados sejam encriptados.

    Também a Liga Portuguesa Contra o Cancro receia que o registo nacional “ aumente o risco de discriminação negativa dos doentes com cancro”. Vítor Veloso diz que “não serve de nada o Governo ter suprimido o nome e a data de nascimento da sua proposta inicial. Basta constar o número de utente para haver risco de violação da privacidade”.

    Vítor Veloso revela que a grande maioria das perguntas que a Linha Cancro recebe são casos de discriminação e também defende que os dados sejam encriptados.

    A deputada do PS Eurídice Pereira reconhece o risco e por isso admite que a informação venha a ser encriptada. Mas “apenas se ficar provado que essa possibilidade não compromete o objectivo do registo nacional oncológico”.

    O presidente do IPO do Porto, o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, a secretária-Geral da Comissão Nacional de Protecção de Dados e a deputada do PS Eurídice Pereira estiveram no programa da Renascença “Em Nome da Lei” para debater a intenção do Governo de criar um Registo Nacional de Doentes Oncológicos.

    Fonte: RR
     

    Offline Sardinha

    Re: Cancro Geral
    « Responder #12 em: 04/02/2017, 15:30 »
     
    Cancro não é igual em todo o país

    Como acontece em todo o mundo, há diferenças regionais na incidência de cancro no país mas ainda estão pouco estudadas. Registo Oncológico Nacional poderá trazer respostas.


    Os cancros mais frequentes no país são o colorretal, o da próstata (nos homens), o da mama (nas mulheres) e o cancro do pulmão. Mas sabia que os tumores do cólon nos homens são mais comuns nos distritos de Braga, Porto e Évora? E que, nestes três distritos, o cancro do cólon é duas vezes mais frequente do que em Viseu, a zona com menor incidência deste tumor no mapa nacional? Ou ainda que, no geral, há maior incidência de cancro no litoral do país e nos Açores?

    Se lá fora começam a ser publicadas diferentes análises sobre as diferenças regionais na incidência mas também na mortalidade por cancro, por cá este tem sido um capítulo pouco desenvolvido.

    No final dos anos 80 foram criados registos oncológicos regionais, que compilam informação sobre o diagnóstico de cancro no país e taxas de mortalidade a partir de dados fornecidos pelos hospitais. A informação é publicada separadamente por cada registo regional (Norte, Centro e Sul e ilhas) mas, desde o virar do milénio, começou a ser disponibilizado um relatório que compila os resultados nacionais.

    Os dados são publicados com desfasamento temporal, uma vez que está em causa analisar os diagnósticos feitos num determinado ano e perceber a sobrevivência desses doentes ao fim de três ou cinco anos.

    O último relatório nacional foi publicado no ano passado e diz respeito aos casos de cancro diagnosticados no país em 2010. É lá que se apuram os últimos mapas de incidência dos tumores malignos no país que o SOL publica nestas páginas. O Governo decidiu avançar entretanto com a criação de um Registo Oncológico Nacional, que deverá agilizar o processo de recolha e tratamento de dados, que nos últimos anos se tem limitado a pouco mais que páginas e páginas com tabelas.

    Nuno Miranda, diretor nacional do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção Geral da Saúde, admite que uma das intenções é ter uma análise mais profunda sobre as assimetrias nacionais que têm sido encontradas, mas também encurtar o desfasamento temporal de apuramento dos dados. «Atualmente temos dados nacionais com um desfasamento de seis anos, o que me parece excessivo. Integrando os registos e unificando as metodologias de análise de dados, com sistemas informáticos mais robustos, será possível ter dados pelo menos sobre a incidência a cada dois anos», defende o responsável.

    Pretende-se afinar estratégias de prevenção de estilos de vida, que se pensa explicarem algumas diferenças regionais encontradas, mas também aproveitar melhor o rastreio. Por enquanto, a criação do RON está dependente dos trabalhos no Parlamento, que terá de aprovar a nova legislação.

    Cinco novos casos por hora

    Sem data para avançar o registo nacional, eis o que se sabe. De acordo com esta publicação, que o SOL analisou, em 2010 foram diagnosticados 46.724 novos casos de cancro em Portugal, uma subida de 4,5% face ao ano anterior.

    Este número representa 128 diagnósticos por dia, ou cinco novos casos por hora. Sendo já um número elevado, não têm faltado alertas de que no futuro – fruto do envelhecimento da população, que aumenta o risco de doença oncológica, mas também de estilos de vida e da poluição – o peso do cancro no mundo será muito maior. Daí os alertas reiterados para que se previna o que pode ser prevenido, para que aumente o rastreio e deteção precoce e para que melhorem os tratamentos.

    Para Portugal, as últimas projeções internacionais revelam que, já em 2020, deverá haver perto de 54 mil novos casos de cancro por ano no país – uma subida de 15% face ao que se verificava em 2010. As estimativas, que é possível obter no portal GLOBOCAN da Agência Internacional para a Investigação do Cancro da Organização Mundial de Saúde, sugerem ainda que, em 2030, o país registará cerca de 60 mil novos casos de cancro todos os anos. Em 2050, pensa-se que metade da população poderá enfrentar um cancro ao longo da vida.

    À procura de explicações nos estilos de vida

    Nuno Miranda sublinha que, apesar de não haver um estudo aprofundado no país para explicar as assimetrias regionais, há trabalho feito. A maior incidência do cancro do cólon mas também do estômago no Norte do país estará relacionada com hábitos alimentares com o maior consumo de produtos de fumeiro e salgadeira, cuja ingestão excessiva aumenta o risco de doença oncológica. Maiores níveis de tabagismo e de ingestão de álcool também poderão explicar a maior incidência de cancros da cabeça e do pescoço como o tumor do esófago no Norte e nos Açores. Já a maior incidência de cancro do colo do útero regista-se no Algarve, o que o especialista acredita que poderá estar ligado a uma «maior mobilidade» da população e, por isso, maior número de parceiros sexuais – que aumenta o risco de exposição ao vírus do papiloma humano. O cancro da próstata regista maior incidência nos distritos de Coimbra e Açores. No caso deste tumor, incidências mais elevadas poderão resultar da existência de populações mais envelhecidas, uma vez que esta é uma doença que aumenta de forma expressiva com a idade.

    Quanto à maior incidência de cancro no litoral do país, Miranda sublinha que o acesso a rastreios e diagnóstico não deverá ser um fator explicativo. «Os dados que temos sugerem-nos que até é nas zonas rurais que as pessoas aderem mais aos rastreios», conclui o responsável. Obesidade e sedentarismo podem também vir a ajudar a perceber o mapa do cancro no país.

     
    Fonte: sapo
     

    Offline Sardinha

    Re: Cancro Geral
    « Responder #13 em: 04/02/2017, 15:33 »
     
    Imunoterapia é a nova esperança contra o cancro

    Este tipo de tratamento, que ativa o nosso sistema imunitário na luta contra a patologia, foi o grande protagonista do maior encontro mundial de oncologistas. Muitos acreditam que é a solução



    A chave para travar, com maior eficácia e menos efeitos secundários, a progressão de alguns tipos de cancro poderá estar na imunoterapia, apontam os resultados dos mais recentes ensaios clínicos apresentados no congresso anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). «Em vez de agir diretamente sobre o tumor, impedindo que as suas células se dividam (método de atuação da quimioterapia antineoplásica, radioterapia ou tratamentos direcionados com medicamentos), a imunoterapia atua sobre o hospedeiro doente», explica Maria José Passos, médica oncologista.

    A especialista elogia essa ação, «estimulando as suas defesas, de modo a que o seu sistema imunitário esteja preparado para detetar e destruir as células cancerosas (malignas) com maior eficácia». «O ipilimumab foi o primeiro agente que mostrou um aumento significativo da sobrevivência nos doentes com melanoma avançado», recorda.

    Mais recentemente, outros tipos de cancro mostraram também taxas de resposta superiores aos tratamentos convencionais, como acontece, por exemplo, no cancro do pulmão, no linfoma de Hodgkin, leucemia linfática crónica, entre outros. Na prática, o cancro responde ao tratamento e regride, algumas vezes de forma duradoura. «Alguns destes novos agentes imunológicos atuam mais rapidamente e são melhor tolerados pelos doentes, sobretudo os  chamados anti-PD-1, como o nivolumab  e o pembrolizumab», diz.

    Tornar o cancro uma doença crónica

    Por enquanto, neste início de 2016, a maior parte destes fármacos está apenas disponível para cancros agressivos em fase avançada, bastante difíceis de tratar até agora, como o melanoma, o cancro do pulmão e outros cancros metastatizados. Atualmente, continuam a decorrer vários estudos com estas substâncias, isoladamente ou em combinação.

    «É de esperar que a combinação de vários tipos de imunoterapia com outros agentes, como a quimioterapia antineoplásica convencional, venha a ser mais eficaz no futuro. Em muitos casos, o tratamento com imunoterapia tem permitido que alguns doentes com cancro avançado tenham uma vida melhor, com menos sofrimento, encarando o cancro como uma doença crónica», avança a especialista.

    A imunoterapia contra o menlanoma

    De acordo com Maria José Passos, «antes da imunoterapia, um doente diagnosticado com melanoma avançado tinha uma esperança de vida que rondava os seis meses. A quimioterapia convencional e a radioterapia nunca demonstraram aumento de sobrevivência». Os resultados dos estudos com anticorpos monoclonais, que se salientaram no congresso norte-americano, em junho de 2015, trouxeram uma nova esperança no combate a este tipo de cancro de pele.

    Vários estudos realizados em melanoma avançado mostraram que a imunoterapia com nivolumab ou pembrolizumab apresentaram melhores resultados do que a quimioterapia, aumentando as taxas de resposta e a sobrevivência média dos doentes. Segundo a cadeia de televisão CNN, no mesmo congresso foi revelado que a terapia combinada de dois anticorpos (nivolumab e ipilimumab) «impediu a progressão do melanoma durante quase um ano em 58 por cento dos casos».

    Ainda assim, os efeitos secundários da combinação foram também mais acentuados, o que obrigou 36 por cento dos pacientes a parar este tratamento. O ipilimumab está disponível em Portugal para os casos avançados de melanoma. «Foi o primeiro a ser usado, mas demora mais tempo a começar a atuar e não é tão bem tolerado, como o nivolumab e o pembrolizumab», contou Maria José Passos à Prevenir.

    A Comissão Europeia já aprovou estes dois medicamentos e vários hospitais portugueses estão a participar em ensaios clínicos internacionais em que participam mais de 1.500 doentes. Se correrem bem, poderão vir a ser aprovados pelo Sistema Nacional de Saúde num futuro próximo.

    Fonte: sapo
     

    Offline Fisgas

    Re: Cancro Geral
    « Responder #14 em: 06/02/2017, 15:28 »
     
    Afinal, o que é o cancro?

    Muitos falam sobre aquela que é a doença do momento, mas poucos sabem do que realmente se trata.


       
    É quase impossível passar um dia sem ouvir ou ler a palavra cancro. Através da televisão, das redes sociais, dos meios de comunicação ou até mesmo daquele familiar próximo ou colega de trabalho, a palavra cancro é uma constante… assim como as pessoas que afeta.

    Naquele que é o Dia Mundial da Luta Contra o Cancro – porque, sim, esta é uma luta totalmente global e necessária – o Lifestyle ao Minuto decidiu passar a pente fino alguns livros e estudos para encontrar a melhor definição de cancro, ou pelo menos, aquela que será a mais fácil de entender e assimilar.

    O que é o cancro?

    O cancro é uma doença do foro oncológico descrita como uma “doença multifatorial que provoca a proliferação de células de forma anormal e a diminuição da apoptose”, explica a nutricionista Magda Roma no seu livro ‘A Dieta Anticancro’ [2014, editora Vogais].

    Mas vamos por partes e comecemos pelo lado multifatorial. O cancro é uma doença cuja origem se deve a vários fatores que interferem com a divisão celular. O tabaco (ativo ou passivo), a alimentação não saudável ou nutricionalmente deficiente, o consumo excessivo de álcool, a exposição desprotegida e excessiva ao sol, a exposição a determinados metais (como o amianto), os maus cuidados sanitários (ausência de exames de rotina e diagnóstico), a radiação ionizante, alguns vírus e bactérias, determinadas hormonas, o sedentarismo, a obesidade, o envelhecimento e o desconhecimento do histórico de saúde familiar são alguns dos fatores externos e biológicos que podem originar o cancro, sendo que “dois em cada três tumores são causados por causas evitáveis”, como salienta a médica oncológica espanhola Paula J. Fonseca, autora do livro ‘Comer Para Vencer o Cancro’ [2013, editora Lua de Papel].

    Embora a genética não seja um dos fatores com mais peso na doença, o cancro ‘familiar’ existe, embora seja raro. De acordo com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, “alguns tipos de cancro ocorrem mais frequentemente em algumas famílias do que no resto da população. Por exemplo, o melanoma e o cancro da mama, ovário, próstata, e cólon são, por vezes, de origem ‘familiar’”.

    “Vários casos do mesmo tipo de tumor, numa família, podem estar ligados a alterações genéticas herdadas, que podem aumentar a probabilidade de desenvolver cancro. No entanto, fatores ambientais podem, também, estar envolvidos. Na maioria das vezes, os casos de múltiplos tumores na mesma família, são apenas coincidência”, frisa aquela instituição.

    Passemos para a definição de apoptose. Trata-se do termo científico usado para designar a morte programada de células, que se ‘suicidam’ e dão lugar a novas. Este processo é natural, contudo, quando o organismo não é capaz de expulsar as células com defeito, estas podem entrar em conflito e provocar um tumor, algo que também acontece quando o crescimento natural das células acontece de forma anormal.

    Na prática, os vários fatores internos e externos acima mencionados provocam cancro porque interferem diretamente com a regulação interna celular, fazendo ou com que as células cresçam e se multipliquem anormalmente ou com que estas não sejam capazes de desaparecer quando não são de qualidade.

    Porém, é importante salientar o cancro infantil, uma doença de 'adultos' que afeta crianças desde tenra idade. Tal como se lê no Portal de Informação Português de Oncologia Pediátrica, "o desenvolvimento do cancro depende de múltiplos factores, alguns inerentes ao próprio organismo (agentes internos) e outros de natureza ambiental (agentes externos). Os factores ambientais estão pouco estudados na criança uma vez que o tempo de exposição é curto, estando apenas estabelecido o papel de alguns vírus e da exposição a radiações. O cancro hereditário, em que uma predisposição para desenvolver a doença é transmitida de pais para filhos, é muito raro".

    Contudo, e sem uma justificação científica - ou outra qualquer razão para colocar uma criança numa situação destas - são vários os tipos de cancro pediátrico, variando a zona do corpo onde se 'alojam'. Leucemia, Linfoma, Neuroblastoma, Tumores do Sistema Nervoso Central, Tumores Hepáticos, Tumor de Wilms, Retinoblastomas e Sarcomas são os mais comuns.

    Existe uma desregulação do processo celular, e depois?

    O processo de formação de um tumor não é imediato, uma vez que não é um simples cigarro ou um simples hambúrguer que vão provocar a doença, mas sim a exposição constante a estes fatores (como ser fumador há vários anos ou ter uma dieta altamente desequilibrada e rica em alimentos processados).

    Para que uma célula normal dê origem a um tumor é necessário que passe por três fases: a iniciação, a promoção e a progressão.

    De acordo com Magda Roma, o processo de iniciação dá-se quando existe uma transformação celular provocada pelos fatores de risco. Depois, ocorre a promoção, ou seja, o momento em que se verifica ou uma proliferação anormal de células ou uma diminuição da morte celular (apoptose) – este momento depende muito da ação dos fatores de risco, por isso é que é importante manter um estilo de vida saudável. Por fim, dá-se a progressão, fase em que se multiplicam as células anormais (“que desenvolveram mutações de forma desordenada e não controlada”, lê-se no livro ‘A Dieta Anticancro’.

    Mas se as células crescem anormalmente, porque é que alguns cancros são malignos e outros benignos?

    A resposta é simples: tudo depende do estilo de vida e do fator/agente que provocou este comportamento anormal nas células.

    Perante a proliferação de células de forma anormal e a diminuição da apoptose, um sistema imunitário forte e restabelecido e um organismo saudável é capaz de eliminar mais eficazmente as células defeituosas. A ação dos linfócitos T é fundamental e a sua eficácia é melhor quando se trata de uma pessoa saudável e com cuidados de saúde diários, seja no que diz respeito à alimentação, prática de atividade física ou realização de exames de rotina e diagnóstico.

    Nestes casos, dá-se a formação de um tumor benigno, que não passa de uma massa anormal cujo tecido é maior do que o devido.

    Porém, quando o organismo é exposto a fatores de risco – ou quando a genética não é ‘amiga’ - a ação dos lifócitos T não é tão eficaz e, assim, dá-se origem a um tumor maligno, uma vez que as células anormais não só não foram ‘expulsas’, como se multiplicaram e infetaram as células vizinhas que eram saudáveis.

    De acordo com a informação presente no site da Liga Portuguesa Contra o Cancro, “os tumores benignos não são cancro”, uma vez que raramente colocam a saúde da pessoa em risco e podem ser removidos. Já os tumores malignos, ou cancro, “são mais graves, podem colocar a vida em risco e podem ser removidos", embora exista sempre o risco de voltarem a crescer e de se multiplicarem noutras partes do corpo.

    “As células dos tumores malignos podem invadir e danificar os tecidos e órgãos circundantes; podem, ainda, libertar-se do tumor primitivo e entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático - este é o processo de metastização das células cancerígenas, a partir do cancro original (tumor primário), formando novos tumores noutros órgãos”, explica a Liga, que salienta ainda que “as células cancerígenas podem ‘viajar’ para outros órgãos, através do sistema linfático ou da corrente sanguínea. Quando o cancro metastiza, o novo tumor tem o mesmo tipo de células anormais do tumor primário. Por exemplo, se o cancro da mama metastizar para os ossos, as células cancerígenas nos ossos serão células de cancro da mama; neste caso, estamos perante um cancro da mama metastizado, e não um tumor ósseo, devendo ser tratado como cancro da mama”.

    Que tipos de cancro existem

    Atualmente, estão listados 72 tipos de cancro com codificação. O Instituto Nacional de Cancro dos Estados Unidos permite encontrar um a um, numa lista que tem tanto de esclarecedora como de assustadora.

    Em Portugal, os cancros mais comuns são o cancro da bexiga, da boca, do cérebro, do cólo do útero, do cólon e do reto, do estômago, da mama, dos ovários, da pele não-melanoma, do pulmão, da próstata, do rim e do útero. Verificam-se ainda casos significativos de leucemia, linfoma Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, melanoma e mieloma múltiplo.

    O Programa Nacional para as Doenças Oncológicas de 2015, ‘Portugal - Doenças Oncológicas em Números’, da Direção-Geral da Saúde, destaca que a incidência do cancro tenderá a crescer até 2035, ano em que se esperam mais de 60 mil casos da doença.

    Em 2010, revela o relatório, foi o cancro da próstata o que mais incidências teve, seguindo-se o da mama, do cólon, da traqueia, brônquios e pulmões, estômago, reto, útero, bexiga, linfoma não-Hodgkin e glândulas tiroideias. No caso dos homens, foram os cancros da próstata, traqueia, brônquios e pulmões e ainda do cólon os que mais os afetaram. Nas mulheres, os cancros mais comuns foram o da mama, do cólon e da glândula tiroideia.

    A nível mundial, alguns dos dados mais recentes pertencem ao relatório de 2014 da Organização Mundial da Saúde (OMS), que se focam no ano 2012 e que indicam que o cancro do pulmão, da próstata, do cólon e reto, do estômago e do fígado foram os que mais afetaram os homens a nível mundial e que os cancros da mama, do cólon e reto, do pulmão, dos ovários e do estômago foram os que mais penalizaram as mulheres.

    De salientar que o mesmo relatório nota ainda que o tabaco causa 20% dos cancros em todo o mundo, sendo o responsável direto por 70% dos cancros do pulmão que se registam nos quatro cantos do planeta.

    4 de fevereiro, Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

    O Dia Mundial da Luta Contra o Cancro, ou simplesmente Dia Mundial do Cancro, é uma iniciativa global que tem como objetivo aumentar a sensibilização social para a doença e para a batalha que esta implica, seja por parte das pessoas afetadas, dos cuidadores ou até mesmo da Medicina, que luta diariamente para encontrar novas formas de prevenção e tratamentos mais eficazes e menos penosos.

    Tal como explica a Liga Portuguesa Contra o Cancro na sua página online, a campanha deste ano (mais concretamente de 2016 a 2018) foca-se na máxima ‘Nós Podemos. Eu Posso’, um grito de guerra que impõe uma maior responsabilidade pessoal e social face às várias etapas da doença (prevenção, diagnóstico, tratamento).

    No próximo dia 15 celebra-se o Dia Internacional da Criança com Cancro.

    Fonte: https://www.noticiasaominuto.com/lifestyle/732025/afinal-o-que-e-o-cancro
     

     



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